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Contratos civis e empresáriais

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1 
 
Contratos Civil e Empresarial 
Contexto Social 
● Vontade humana na realização de um negócio jurídico - regulação pelo Direito; 
● Acordo de vontades das relações privadas patrimoniais; 
● Principal fonte de formação de relações obrigacionais; 
● Principal mecanismo de circulação de riqueza: Econômica, Social e Jurídica; 
● Evolução: 
I. Antes total liberdade e visão privatista 
Atualmente, visão coletiva (Função Social) 
Contratos – Parte especial dos contratos 
Conheceremos os principais contratos dentre os 20 (vinte) previstos no Código Civil, entre os Arts. 481 a 
853. Estes são os contratos nominados, porque têm nome e previsão na lei, mas não são os únicos, são 
apenas os mais importantes. 
Temos também os contratos inominados (atípico), pois, muitas vezes, a espécie contratual possui nome, 
ou seja, é nominada, todavia, não se encontra regulamentada na lei (não possui tipicidade legal). Ex.: 
contrato de publicidade, o de hospedagem, o de mediação, o de cessão de clientela, a joint venture, 
entre muitos outros. 
Compra e Venda – Art. 481 
A Compra e Venda (CV) tem origem na troca, pois o homem primitivo não conhecia o dinheiro, então 
trocavam coisas entre si. A inconveniência das mercadorias terem valores diferentes e a necessidade de 
dar troco, fez surgir o dinheiro e o contrato de CV. Assim, ao invés de se trocar coisa por coisa, passou a 
se trocar coisa por dinheiro. Este é o conceito mais simples de CV: é a troca de coisa por dinheiro. 
Teoria Geral dos Contratos 
 O Contrato é a principal fonte de relação de obrigação que realizamos com as pessoas. Onde duas ou 
mais partes que possuem interesse em realizar ou extinguir uma relação contratual. 
✔ Relevância na vida social; 
✔ Realizações de Contratos (Diariamente); 
✔ Regulamentar o que foi gerado. A vontade humana nas relações: 
❖ Para que serve o Direito? 
✔ Proporção jurídica, econômica e social; 
✔ Principal fonte obrigacional: 
❖ Ex.: Compra e Venda ($ + Resultado) 
✔ Interesse Coletivo (Função Social do Contrato). 
2 
 
Requisitos do Contrato – Art. 104 / CC 
1) Capacidade: Os contratantes precisam ser capazes para produção do ato que desejam celebrar; 
2) Licitude e possibilidade do objeto: 
a) O Objeto deve ser lícito - está de acordo com as normas jurídicas, a moral e os bons costumes: 
Exemplos: Compra de um veículo; contratação de serviços de pedreiro; 
Poderíamos dar exemplos de objetos ilícitos: contrato de compra e venda de drogas; contrato de 
prestador de matador de aluguel; contrato de pagamento de propinas; 
 
b) Objeto possível - é aquele que é possível de ser realizado. É aquele que é possível a sua prestação, é 
aquele que é exequível, a pessoa tem como realizar. 
Exemplos Possíveis: contrato de prestação de serviços de pintura de um quadro, sendo que o pintor 
entregou o quadro; 
Exemplos Impossíveis: Apartamento sem alvará. 
c) Objeto determinado ou determinável: 
Objeto determinado é aquele certo com as suas especificações, seja por: 
Quantidade; 
Gênero; 
Qualidade. 
Exemplo: Comprei 100 celulares iPhone 7; 
Quantidade: 100 
Gênero: Celular 
Qualidade: iPhone 7, tela xpto; marca Apple; 
Objeto determinável possui os mesmos requisitos que o objeto determinado, mas não há especificação 
da qualidade. 
Exemplo: Comprei 100 celulares. 
Quantidade: 100 
Gênero: celular 
Qualidade: ? 
3) Celebração na forma prevista em lei: 
 Se a lei impor a forma tem que ser observada; mas se não haver uma determinação o que se 
prevalecerá é o consensualismo. 
4) Manifestação livre da vontade - no momento da celebração as partes não devem possuir qualquer 
vicio. Ex.: Casamento. 
3 
 
Conceito – Compra e Venda 
Conceito: Contrato em que uma das partes se obriga a transferir a outra o domínio de uma coisa 
mediante o pagamento convencionado de certo preço em dinheiro (Art. 481). 
A sentença “se obriga”, oriunda do Direito Romano e da Alemanha pois a CV, como todo contrato, gera 
obrigação. Na CV não há transferência do domínio (= propriedade), e sim obriga o vendedor a transferir 
o domínio da coisa, e se ele não o fizer será cabível as perdas e danos do Art. 389, com as exceções já 
conhecidas do Art. 475. 
Observem que o Art. 481 prescreve que a CV não transfere o domínio, mas obriga o vendedor a 
transferir. E o que é que vai transferir o domínio da coisa adquirida? Se a coisa for móvel, é a tradição = 
entrega efetiva da coisa prevista nos Arts. 1.226 e 1.267. E se a coisa for imóvel a propriedade se 
adquire pelo registro em Cartório, conforme art. 1.227. Registro e Tradição são assuntos de Direitos 
Reais. 
Por que se exige a tradição e o registro? Porque a propriedade é um direito tão importante na nossa 
vida, que para transferi-la não basta o contrato, é necessário um gesto a mais/uma confirmação, que é a 
tradição para os móveis e o registro para os imóveis. O nosso Direito entende que o contrato é um 
caminho para se adquirir a propriedade, mas não é o único, pois a usucapião (Art. 1.238) e a herança 
(Art. 1.784 – 2.207) também conduzem à propriedade. 
Observação: Os automóveis são bens móveis então se transferem pela tradição. O registro no DETRAN é 
importante para fins administrativos, não para fins civis, assim quando você vende um carro ele deixa de 
ser seu quando você entrega o carro ao comprador, mas é prudente comunicar ao DETRAN para não 
ficar recebendo multas e infrações em seu nome e toda vez ter que ficar provando que já alienou o 
veículo. 
Antes da tradição ou do registro a coisa pertence ao vendedor (Art. 492), de modo que se você compra 
uma geladeira a vista e vai aguardar em casa que a loja entregue, porém o caminhão é roubado, o 
prejuízo será da loja que vai ter que lhe entregar outra geladeira; todavia, se você compra um celular a 
prazo, sai com o aparelho da loja e você é roubado, o prejuízo será seu e você terá que pagar as 
prestações. Tudo isso é consequência do princípio res perit domino ( = a coisa perece para o dono). 
Elementos da Compra e Venda - São 03 (três) – Art. 482: 
a) A COISA (res): é o objeto da obrigação de dar do vendedor; tal coisa em geral é corpórea, ocupa lugar 
no espaço, é tangível; mas pode também ser incorpórea como a propriedade intelectual, os direitos do 
autor e o fundo de comércio. Esta coisa em geral está presente, mas pode ser futura (Art. 483 / Analisar 
Art´s. 458 e 459). 
A coisa, objeto do contrato de compra e venda, deve atender a determinados requisitos, quais sejam, os 
de existência, individualização e disponibilidade: 
Existência da coisa 
É nula a venda de coisa inexistente. A lei se contenta, porém, com a existência potencial da coisa, como 
a safra futura, por exemplo, cuja venda se apresenta como condicional (emptio rei speratae) e se resolve 
se não vier a existir nenhuma quantidade, mas que se reputa perfeita desde a data da celebração com o 
implemento da condição (CC, art. 459). 
São suscetíveis de venda as coisas: a) atuais e as futuras (CC, art. 483); b) corpóreas e incorpóreas. 
4 
 
A doutrina fornece vários exemplos de venda de coisa futura: a do bezerro da vaca prenhe, obrigando -
se o alienante a transferir a propriedade após o nascimento provável; a do produto que está sendo 
fabricado em série pela indústria etc. 
A venda de coisas incorpóreas, como o crédito e o direito à sucessão aberta, por exemplo, é 
denominada cessão (cessão de crédito, cessão de direitos hereditários). Mas é proibida a venda de 
herança de pessoa viva, pois constitui imoral pacto sucessório (CC, art. 426). Trata -se de preceito de 
ordem pública, com origem no direito romano, que considerava a modalidade verdadeiro votum mortis 
ou pacta corvina. 
Individulização da coisa 
O objeto da compra e venda há de ser determinado, ou suscetível de determinação no momento da 
execução, pois o contrato gera uma obrigação de dar, consistente em entregar, devendo incidir, pois, 
sobre coisa individulizada. 
Admite -se avenda de coisa incerta, indicada ao menos pelo gênero e quantidade (CC, art. 243), que 
será determinada pela escolha, bem como a venda alternativa, cuja indeterminação cessa com a 
concentração (art. 252). Admite -se também a determinação por meio de comparação com a amostra, 
protótipo ou modelo exibido. 
Disponibilidade da coisa 
A coisa deve encontrar -se disponível, isto é, não estar fora do comércio. Consideram -se nesta situação 
as coisas insuscetíveis de apropriação (indisponibilidade natural) e as legalmente inalienáveis, sejam 
estas indisponíveis por força de lei (indisponibilidade legal) ou devido a cláusula de inalienabilidade 
colocada em doação ou testamento (indisponibilidade voluntária). São igualmente inalienáveis os 
valores e direitos da personalidade (CC, art. 11), bem como os órgãos do corpo humano (CF, art. 199, § 
4º). 
A disponibilidade alcança a coisa litigiosa, como se extrai do art. 457 do Código Civil, que impede o 
adquirente de demandar pela evicção se sabia da litigiosidade, quando adquiriu a coisa, pois assumiu 
voluntariamente o risco de o alienante sucumbir. Por sua vez, o art. 109 do Código de Processo Civil 
confirma a possibilidade de ser alienada coisa litigiosa. Embora a citação válida torne a coisa litigiosa 
(CPC, art. 240), tal fato, como visto, não impede a sua alienação. 
b) O PREÇO (pretium): é objeto da obrigação de dar do comprador; o preço geralmente é em dinheiro 
(pecúnia, que deriva de pecus = cabeça de gado, que era uma moeda primitiva), mas pode ser em título 
de crédito (ex: cheque). O preço precisa ser combinado pelas partes, afinal todo contrato é consensual, 
não se admitindo uma CV - “o comprador pagará o que quiser” (Art. 489). 
Admite-se que um terceiro fixe o preço, mediante arbitramento (Art. 485; veremos o Contrato de 
Arbitragem ao final do semestre). Finalmente, o preço pode também ser fixado pelo mercado (Art. 486 e 
Art. 487). Em geral, o comprador primeiro dá o preço para depois exigir a coisa (Art. 491). Além do 
preço, a CV gera outras despesas relativas a transporte da coisa móvel ou registro da coisa imóvel, 
despesas que devem ser pagas conforme acerto entre as partes (Art. 490). 
 
5 
 
O preço deve ser pago “em dinheiro”, como prescreve o art. 481, in fine, do Código Civil, ou redutível a 
dinheiro, subentendendo -se válido o pagamento efetuado por meio de título de crédito, do qual conste 
o montante em dinheiro estipulado. Se for pago mediante a entrega de algum objeto, teremos contrato 
de troca ou permuta; se mediante prestação de serviços, o contrato será inominado. Quando o 
pagamento é estipulado parte em dinheiro e parte em outra espécie, a configuração do contrato como 
compra e venda ou como troca é definida pela predominância de uma ou de outra porcentagem. 
Características. O preço deve ser, também, sério e real, correspondente ao valor da coisa, e não vil ou 
fictício. A venda de um edifício suntuoso pelo preço de R$ 1,00 constitui, na verdade, doação. 
Não se exige, contudo, exata correspondência entre o valor real e o preço pago, pois muitas pessoas 
preferem negociar o bem por preço abaixo do valor real para vendê–lo rapidamente. O que não pode 
haver é erro, nem lesão, que se configura quando uma pessoa, sob premente necessidade ou por 
inexperiência, obriga -se a prestação manifestamente desproporcional ao valor da assumida pela outra 
parte (CC, arts. 138 e 157). Quando consta do contrato que a venda é feita pelo justo preço, deve -se 
entender, segundo a doutrina, haver alusão ao preço normal ou, conforme o caso, ao corrente no 
mercado ou na Bolsa. 
c) O CONSENSO (consensus): é o terceiro elemento da CV e de todo contrato, que sempre exige acordo 
de vontades e mútuo consentimento sobre o preço, o objeto e os demais detalhes do negócio. 
 
Características da Compra e Venda 
 
a) bilateral: é contrato de efeito bilateral pois ambas as partes são credoras e devedoras, ambas as 
partes possuem direitos e deveres. Na compra e venda encontraremos duas ações: a do comprador 
entregando o preço e a do vendedor entregando a coisa. O comprador tem o dever de entregar o preço 
e o direito de exigir a coisa, e o vendedor tem o dever de entregar a coisa e o direito de exigir o preço. 
Os contratos de efeitos bilaterais são também conhecidos como sinalagmáticos, palavra que deriva do 
grego sinalagma ( = reciprocidade). 
b) consensual: nasce do acordo de vontades, e mesmo antes da entrega da coisa já existe contrato, 
diferente do depósito e comodato que são contratos reais. A CV pode ser verbal, salvo a compra e 
venda de imóvel que é contrato solene e além do consenso exige escritura pública (Art. 108). 
c) onerosa: não é gratuita, pois ambas as partes têm interesse econômico e vantagem patrimonial. A CV 
pressupõe trocas úteis e justas, no espírito da função social do contrato, exigida pelo art. 421 do CC. 
d) geralmente comutativa: a CV pode ser aleatória, como na já estudada CV de coisa futura, mas em 
geral é contrato comutativo já que existe uma equivalência entre o preço pago (prestação) e a coisa 
adquirida (contraprestação). 
e) instantânea: a CV dura segundos, minutos, e mesmo se o pagamento é a prazo, a CV continua sendo 
instantânea, porém de execução diferida. 
Efeitos da Compra e Venda 
Principais Efeitos: Vendedor vs Comprador; 
Vícios Redibitórios: É vício oculto, é defeito cuja existência nenhuma circunstância pode revelar, senão 
mediante exames ou testes 
6 
 
Evicção: é a perda da posse, propriedade ou uso de determinado bem ou coisa. Ocorre em razão de 
uma sentença judicial que atribui a terceiro, alheio à relação obrigacional, os direitos sobre o bem que já 
lhe era devido antes de ter ocorrido o negócio jurídico entre as partes. 
Responsabilidade/Riscos – Art. 492; 
Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do 
vendedor, e os do preço por conta do comprador. 
§ 1 o Todavia, os casos fortuitos, ocorrentes no ato de contar, marcar ou assinalar 
coisas, que comumente se recebem, contando, pesando, medindo ou assinalando, e 
que já tiverem sido postas à disposição do comprador, correrão por conta deste. 
§ 2 o Correrão também por conta do comprador os riscos das referidas coisas, se 
estiver em mora de as receber, quando postas à sua disposição no tempo, lugar e 
pelo modo ajustados. 
 
Local de entrega – Art. 493; 
Art. 493. A tradição da coisa vendida, na falta de estipulação expressa, dar-se-á no 
lugar onde ela se encontrava, ao tempo da venda. 
 
Limitações – Art. 496; 
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros 
descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. 
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o 
regime de bens for o da separação obrigatória. 
 
Vendas Especiais – Art. 484; 
Art. 484. Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, 
entender-se-á que o vendedor assegura ter a coisa as qualidades que a elas 
correspondem. 
Parágrafo único. Prevalece a amostra, o protótipo ou o modelo, se houver 
contradição ou diferença com a maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato. 
 
Cláusulas Especiais à Compra e Venda 
Art. 505 a 532 
✔ Da retrovenda; pacto acessório, onde o vendedor pode comprar o imóvel “de volta” em 3 
anos. 
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo de 
decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador, 
inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a 
realização de benfeitorias necessárias. 
 
Art. 506. Se o comprador se recusar a receber as quantias a que faz jus, o vendedor, para exercer o 
direito de resgate, as depositará judicialmente. 
Parágrafo único. Verificada a insuficiência do depósito judicial, não será o vendedor restituído no 
domínio da coisa, até e enquanto não forintegralmente pago o comprador. 
 
Art. 507. O direito de retrato, que é cessível e transmissível a herdeiros e legatários, poderá ser exercido 
contra o terceiro adquirente. 
 
7 
 
Art. 508. Se a duas ou mais pessoas couber o direito de retrato sobre o mesmo imóvel, e só uma o 
exercer, poderá o comprador intimar as outras para nele acordarem, prevalecendo o pacto em favor de 
quem haja efetuado o depósito, contanto que seja integral. 
 
✔ Da venda a contento; pegar peças em consignação 
Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob condição suspensiva, ainda 
que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará perfeita, enquanto o adquirente não manifestar 
seu agrado. 
 
Art. 510. Também a venda sujeita a prova presume-se feita sob a condição suspensiva de que a coisa 
tenha as qualidades asseguradas pelo vendedor e seja idônea para o fim a que se destina. 
 
Art. 511. Em ambos os casos, as obrigações do comprador, que recebeu, sob condição suspensiva, a 
coisa comprada, são as de mero comodatário, enquanto não manifeste aceitá-la. 
 
Art. 512. Não havendo prazo estipulado para a declaração do comprador, o vendedor terá direito de 
intimá-lo, judicial ou extrajudicialmente, para que o faça em prazo improrrogável. 
 
✔ Da venda sujeita a prova; 
✔ Da preempção ou preferência; 
Art. 513. A preempção, ou preferência, impõe ao comprador a obrigação de oferecer ao vendedor a 
coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use de seu direito de prelação na 
compra, tanto por tanto. 
Parágrafo único. O prazo para exercer o direito de preferência não poderá exceder a cento e oitenta 
dias, se a coisa for móvel, ou a dois anos, se imóvel. 
 
Art. 514. O vendedor pode também exercer o seu direito de prelação, intimando o comprador, quando 
lhe constar que este vai vender a coisa. 
Art. 515. Aquele que exerce a preferência está, sob pena de a perder, obrigado a pagar, em condições 
iguais, o preço encontrado, ou o ajustado. 
Art. 516. Inexistindo prazo estipulado, o direito de preempção caducará, se a coisa for móvel, não se 
exercendo nos três dias, e, se for imóvel, não se exercendo nos sessenta dias subseqüentes à data em 
que o comprador tiver notificado o vendedor. 
Art. 517. Quando o direito de preempção for estipulado a favor de dois ou mais indivíduos em comum, só 
pode ser exercido em relação à coisa no seu todo. Se alguma das pessoas, a quem ele toque, perder ou 
não exercer o seu direito, poderão as demais utilizá-lo na forma sobredita. 
Art. 518. Responderá por perdas e danos o comprador, se alienar a coisa sem ter dado ao vendedor 
ciência do preço e das vantagens que por ela lhe oferecem. Responderá solidariamente o adquirente, se 
tiver procedido de má-fé. 
Art. 519. Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, 
não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá 
ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa. 
Art. 520. O direito de preferência não se pode ceder nem passa aos herdeiros. 
 
8 
 
✔ Da venda com reserva de domínio; se dá para coisas móveis. Só é transferida a posse ao 
adquirente. A propriedade só será transferida após o pagamento integral do preço 
Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade, até que o preço 
esteja integralmente pago. 
Art. 522. A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e depende de registro no domicílio 
do comprador para valer contra terceiros. 
Art. 523. Não pode ser objeto de venda com reserva de domínio a coisa insuscetível de caracterização 
perfeita, para estremá-la de outras congêneres. Na dúvida, decide-se a favor do terceiro adquirente de 
boa-fé. 
Art. 524. A transferência de propriedade ao comprador dá-se no momento em que o preço esteja 
integralmente pago. Todavia, pelos riscos da coisa responde o comprador, a partir de quando lhe foi 
entregue. 
Art. 525. O vendedor somente poderá executar a cláusula de reserva de domínio após constituir o 
comprador em mora, mediante protesto do título ou interpelação judicial. 
Art. 526. Verificada a mora do comprador, poderá o vendedor mover contra ele a competente ação de 
cobrança das prestações vencidas e vincendas e o mais que lhe for devido; ou poderá recuperar a posse 
da coisa vendida. 
Art. 527. Na segunda hipótese do artigo antecedente, é facultado ao vendedor reter as prestações pagas 
até o necessário para cobrir a depreciação da coisa, as despesas feitas e o mais que de direito lhe for 
devido. O excedente será devolvido ao comprador; e o que faltar lhe será cobrado, tudo na forma da lei 
processual. 
Art. 528. Se o vendedor receber o pagamento à vista, ou, posteriormente, mediante financiamento de 
instituição do mercado de capitais, a esta caberá exercer os direitos e ações decorrentes do contrato, a 
benefício de qualquer outro. A operação financeira e a respectiva ciência do comprador constarão do 
registro do contrato. 
✔ Da venda sobre documentos. 
Art. 529. Na venda sobre documentos, a tradição da coisa é substituída pela entrega do seu título 
representativo e dos outros documentos exigidos pelo contrato ou, no silêncio deste, pelos usos. 
Parágrafo único. Achando-se a documentação em ordem, não pode o comprador recusar o pagamento, 
a pretexto de defeito de qualidade ou do estado da coisa vendida, salvo se o defeito já houver sido 
comprovado. 
Art. 530. Não havendo estipulação em contrário, o pagamento deve ser efetuado na data e no lugar da 
entrega dos documentos. 
 
 
Art. 531. Se entre os documentos entregues ao comprador figurar apólice de seguro que cubra os riscos 
do transporte, correm estes à conta do comprador, salvo se, ao ser concluído o contrato, tivesse o 
vendedor ciência da perda ou avaria da coisa. 
9 
 
Art. 532. Estipulado o pagamento por intermédio de estabelecimento bancário, caberá a este efetuá-lo 
contra a entrega dos documentos, sem obrigação de verificar a coisa vendida, pela qual não responde. 
Parágrafo único. Nesse caso, somente após a recusa do estabelecimento bancário a efetuar o 
pagamento, poderá o vendedor pretendê-lo, diretamente do comprador. 
Ex . Apólice de seguro 
Da Troca ou Permuta – Art. 533/CC 
Conceito: “O contrato em que as partes se obrigam a prestar uma coisa por outra, excluindo o 
dinheiro”. Em outras palavras, é o contrato pelo qual as partes se obrigam a dar uma coisa por outra, 
que não seja dinheiro. 
Objeto – Qualquer coisa (móvel ou imóvel) 
Natureza Jurídica – Idem ao Contrato de Compra e Venda. 
Art. 104/CC – Negócio Jurídico 
a) Bilateral; feito por duas partes 
b) Oneroso; por conta da entrega ou algum sacrifício que tenha que fazer. 
c) Obrigacional; 
d) Consensual; 
e) Solene (Imóveis – Art. 108); se for um objeto imóvel, ele será solene. 
f) Comutativo. Ambas as figuras sabem de suas vantagens e desvantagens 
 
Art. 533. Aplicam-se à troca as disposições referentes à compra e venda, com as seguintes modificações: 
I - salvo disposição em contrário, cada um dos contratantes pagará por metade as despesas com o 
instrumento da troca; 
II - é anulável a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem consentimento dos 
outros descendentes e do cônjuge do alienante. 
 
Não tem relação de dinheiro. 
 
Do Contrato Estimatório – Art. 534/CC 
(contrato de consignação) 
Conceito – Art. 534: Pelo contrato estimatório, o consignante entrega bens móveis ao consignatário, 
que fica autorizado a vendê-los, pagando àquele o preço ajustado, salvo se preferir, no prazo 
estabelecido, restituir-lhe a coisa consignada. 
Consignante (remete a mercadoria) vs Consignatário (recebedor da mercadoria). 
Natureza Jurídica: 
a) Típico; 
b) Bilateral; 
c) Oneroso; 
d) Real. se da a base de uma entrega de um determinado bem. 
 
Transferência do Risco – Art. 535/CC: Art. 535. O consignatário não se exonera da obrigaçãode pagar o 
preço, se a restituição da coisa, em sua integridade, se tornar impossível, ainda que por fato a ele não 
imputável. 
10 
 
Vedações impostas ao consignante – Art. 537/CC: Art. 537. O consignante não pode dispor da coisa 
antes de lhe ser restituída ou de lhe ser comunicada a restituição. 
Art. 536. A coisa consignada não pode ser objeto de penhora ou sequestro pelos credores do 
consignatário, enquanto não pago integralmente o preço. 
 Pelo contrato de consignação, uma pessoa (consignante) entrega um bem móvel a outra (consignatária) 
a incumbência de vendê-lo tendo ajustado um determinado preço. 
Ex. vendas de carro, vendas de celulares. 
 
Da Doação – Art. 538/CC 
Conceito – Art. 538: Pelo contrato de doação, uma pessoa, por total liberalidade, transfere do seu 
patrimônio vantagens a outrem, sem qualquer exigência remuneratória. 
Elementos à doação: 
a) Natureza do Contrato; é a aceitação, em alguns casos tem uma certa dispensa. 
b) Intenção de agir (animus donandi); intenção de doar. 
c) Transferência dos bens; acarreta na redução de patrimônio. 
d) Concordância. 
 
A aceitação pode se dar a partir de três espécies 
● Expressa: feita por um documento (art. 541, CC). 
Art. 541. A doação far-se-á por escritura pública ou instrumento particular. 
Parágrafo único. A doação verbal será válida, se, versando sobre bens móveis e de 
pequeno valor, se lhe seguir incontinenti a tradição. 
 
● Tácita: comportamento, não tem nada expresso, mas através do comportamento percebe-se. 
 
● Presumida: doador fixa prazo para o donatário declarar se aceita ou não. Se não fizer dentro do 
prazo, entenderá que aceitou (art. 539, CC). 
Art. 539. O doador pode fixar prazo ao donatário, para declarar se aceita ou não a 
liberalidade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração, 
entender-se-á que aceitou, se a doação não for sujeita a encargo. 
 
Objeto da Doação: – um bem (tangível, palpável) ou uma vantagem. (art. 538, CC) 
Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, 
transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. 
Obs.: Não se pode realizar doação de coisa alheia (art. 1.268 do CC), ou seja, não se pode doar algo que 
não pertence ao “doador”. Com exceção se a coisa oferecida ao público, em leilão ou estabelecimento 
comercial, for transferida em circunstâncias tais que, ao adquirente de boa-fé, como a qualquer pessoa, 
o alienante se afigurar dono. 
Art. 1.268. Feita por quem não seja proprietário, a tradição não aliena a 
propriedade, exceto se a coisa, oferecida ao público, em leilão ou estabelecimento 
comercial, for transferida em circunstâncias tais que, ao adquirente de boa-fé, 
como a qualquer pessoa, o alienante se afigurar dono. 
11 
 
§ 1o Se o adquirente estiver de boa-fé e o alienante adquirir depois a propriedade, 
considera-se realizada a transferência desde o momento em que ocorreu a 
tradição. 
§ 2o Não transfere a propriedade a tradição, quando tiver por título um negócio 
jurídico nulo. 
 
Pode te doação de bens futuros = condição. Ex. quando prédio se levantar, eu dou um apto para você. 
Ex. vou te dar a TV, se você colocar naquela escola. 
Promessa de Doação; “Se acontecer esse evento, doarei pra você tal coisa” – relação de compromisso – 
“Se você se casar com fulano, doarei uma de minhas casas para vocês”. Não havendo o cumprimento de 
uma determinada promessa de doação caberá indenização (perdas e danos) (art. 389 do CC). 
 
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais 
juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e 
honorários de advogado. 
Espécies de Doação; 
 Doação simples: aquela que não requer nenhuma condição do beneficiário e não o subordina 
a qualquer condição. 
 Doação onerosa (ou com encargo): Aquela que é condicionada a um evento (Art. 553, CC) – 
PROVA – Exemplo: “Gisele, quer doar um terreno para um Município para que se construa um 
hospital” – Nesse caso, o encargo é para Município construir um hospital. Se não for cumprido 
o terreno não será mais do Município, ou seja, ocorrerá uma perda da doação. 
Art. 553. O donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação, caso forem a 
benefício do doador, de terceiro, ou do interesse geral. 
Parágrafo único. Se desta última espécie for o encargo, o Ministério Público poderá 
exigir sua execução, depois da morte do doador, se este não tiver feito. 
 
Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade 
das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto. 
 Doação remuneratória: É aquela que deve ser a base de remuneração de prestação de serviço 
– Exemplo: Médico que cuida de um determinado paciente. 
Restrições legais; o que a lei proíbe. 
São limitações a uma possível doação. Essa limitação pode se dar por alguns eventos: 
 
a) Doação feita por alguém já insolvente (“falência de pessoas naturais”) – Caso a pessoa tente 
lapidar seus bens a fim de resguardar seus bens, nesse caso seria configurado fraude contra 
credores. Doação por uma pessoa que já se encontra insolvente se configura fraude contra 
credores (Art. 158 do CC). Através da ação pauliana conseguimos desfazer essa doação, pois 
esse fato não pode se atribuir. 
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os 
praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o 
ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus 
direitos. 
12 
 
b) Doação inoficiosa (Art. 549 do CC) – Caso da Andressa Urach – Ela doou uma determinada 
quantia para a igreja e depois tentou recuperar esse valor, e alega que não conseguiria deixar 
nada para seus filhos e poderia colocar isso no testamento dos filhos dela. 
Art. 549. Nula é também a doação quanto à parte que exceder à de que o doador, 
no momento da liberalidade, poderia dispor em testamento. 
 
c) Doação universais- todos os bens (Art. 548 do CC) – É nula a doação universal, onde a pessoa 
doa tudo o que possui. Também foi alegado na defesa da Andressa Urach. Essa doação é NULA. 
 
Art. 548. É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda 
suficiente para a subsistência do doador. 
 
d) Doação a base de adultério (Art. 550 do CC) – Doação do cônjuge adúltero ao seu cumplice 
(amante). Pode ser ANULADA. 
Art. 550. A doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice pode ser anulada pelo 
outro cônjuge, ou por seus herdeiros necessários, até dois anos depois de dissolvida 
a sociedade conjugal. 
 
Revogação de doação: desfecho da doação. 
 Quando se der algum vicio de um negócio jurídico – A base de dolo, coação, erro, estado de 
perigo, lesão ou fraude contra credores. (art. 171 do CC). 
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio 
jurídico: 
I - por incapacidade relativa do agente; 
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude 
contra credores. 
 
 Relação de um descumprimento de um encargo – Exemplo: O Município não construiu o 
hospital no terreno doado para essa finalidade (Art. 555 do CC). 
 
 Revogação por ingratidão (Art. 557 do CC) – Se dá de quatro formas: 
o se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicídio doloso 
contra ele; 
o Se cometeu ofensa física (agressão) 
o Quando acontece crime de injúria grave ou calúnia (Art. 138 e 140 do CP). 
o Quando se recusou ao doador os alimentos que este necessitava (Art. 1.695 do CC) – 
Alienação parental inversa, por exemplo, o pai doou a casa para o filho, mas o filho 
não o alimenta, deixou a mercê. 
Art. 557. Podem ser revogadas por ingratidão as doações: 
I - se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicídio 
doloso contra ele; 
II - se cometeu contra ele ofensa física; 
III - se o injuriou gravemente ou o caluniou;IV - se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os alimentos de que este 
necessitava. 
13 
 
 
Essa revogação é feita por uma ação revogatória (art. 559, CC). Essa ação deverá ser pleiteada dentro 
do prazo de 1 ano, a contar de quando chegue ao conhecimento do doador o fato que a autorizar, de ter 
sido o donatário o seu autor. 
Esse ato de revogação é um ato personalíssimo, não é passível de transmissão a ninguém, quem doou 
que entra com a ação revogatória. 
Art. 559. A revogação por qualquer desses motivos deverá ser pleiteada dentro de 
um ano, a contar de quando chegue ao conhecimento do doador o fato que a 
autorizar, e de ter sido o donatário o seu autor. 
Art. 560. O direito de revogar a doação não se transmite aos herdeiros do doador, 
nem prejudica os do donatário. Mas aqueles podem prosseguir na ação iniciada 
pelo doador, continuando-a contra os herdeiros do donatário, se este falecer depois 
de ajuizada a lide. 
Art. 561. No caso de homicídio doloso do doador, a ação caberá aos seus herdeiros, 
exceto se aquele houver perdoado. 
Natureza Jurídica: 
● Gratuito 
● Em regra, unilateral. 
o Exceção: bilateral 
● Solene 
● A doação constitui ato intervivos: tem que ser realizado em vida e não causa morte (depois da 
morte). 
Contemplação de casamento futuro 
 
Art. 546. A doação feita em contemplação de casamento futuro com certa e 
determinada pessoa, quer pelos nubentes entre si, quer por terceiro a um deles, a 
ambos, ou aos filhos que, de futuro, houverem um do outro, não pode ser impugnada 
por falta de aceitação, e só ficará sem efeito se o casamento não se realizar. 
 
Donatário incapaz 
Art. 543. Se o donatário for absolutamente incapaz, dispensa-se a aceitação, desde que 
se trate de doação pura. 
 
Doação ao nascituro 
Art. 542. A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu representante legal. 
 
 
Art. 540. A doação feita em contemplação do merecimento do donatário não perde o caráter de 
liberalidade, como não o perde a doação remuneratória, ou a gravada, no excedente ao valor dos 
serviços remunerados ou ao encargo imposto. 
 
Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do 
que lhes cabe por herança. 
 
Art. 545. A doação em forma de subvenção periódica ao beneficiado extingue-se morrendo o doador, 
salvo se este outra coisa dispuser, mas não poderá ultrapassar a vida do donatário. 
 
14 
 
Art. 547. O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu patrimônio, se sobreviver ao 
donatário. 
Parágrafo único. Não prevalece cláusula de reversão em favor de terceiro. 
 
Art. 551. Salvo declaração em contrário, a doação em comum a mais de uma pessoa entende-se 
distribuída entre elas por igual. 
Parágrafo único. Se os donatários, em tal caso, forem marido e mulher, subsistirá na totalidade a doação 
para o cônjuge sobrevivo. 
 
Art. 552. O doador não é obrigado a pagar juros moratórios, nem é sujeito às conseqüências da evicção 
ou do vício redibitório. Nas doações para casamento com certa e determinada pessoa, o doador ficará 
sujeito à evicção, salvo convenção em contrário. 
 
Art. 554. A doação a entidade futura caducará se, em dois anos, esta não estiver constituída 
regularmente. 
 
 
Da Locação de Coisas – Art. 565/CC 
Conceito – Art. 565/CC: Locação de coisas é o contrato em que umas das partes se obriga a conceder à 
outra o uso e gozo de uma coisa não fungível, por tempo ou não determinado, mediante certa 
remuneração. 
Locação tem relação de pagamento, remuneração. 
Partes: 
a) locador, senhorio ou arrendador; 
b) locatário, inquilino ou arrendatário. 
Lei do Inquilinato (Lei n. 8.245/91) – O Código Civil não disciplina regras para locação de prédios. 
Estatuto da Terra (Lei n. 4.504/64) – Regulação de arrendamento de rural – Art. 92, § 9º. 
Natureza Jurídica - Da Locação de Coisas – Art. 565/CC 
Natureza Jurídica: 
a) Bilateral / Sinalagmático – Art. 476/CC; relações reciprocas 
b) Oneroso; precisa pagar uma determinada prestação. 
c) Consensual; vontade das partes 
d) Comutativo; obrigações reciprocas 
e) Não solene; não existe que se haja uma formalização. Forma livre. 
f) De trato sucessivo ou de execução. Forma continuada, que se prolonga no tempo. 
 
Nesse contrato existe um objeto, um preço e consentimento. 
Elementos do Contrato de Locação: 
a) Objeto; principal elemento 
Móvel ou imóvel – Tem que haver infungibilidade, não pode haver substituição dele. 
 
b) Preço; 
15 
 
 Aluguel ou uma determinada remuneração e sempre deve ter um preço ajustado. 
 
c) Consentimento. 
Expressa ou tácita ou presumida 
 
Obrigações do Locador 
Locador: pessoa que irá ceder o bem para aluguel. 
Analisar contexto geral do art. 566/CC e seguintes, bem como Lei do Inquilinato (8.245/91) – Art. 22. 
Art. 566. O locador é obrigado: 
I - a entregar ao locatário a coisa alugada, com suas pertenças, em estado de servir 
ao uso a que se destina, e a mantê-la nesse estado, pelo tempo do contrato, salvo 
cláusula expressa em contrário; 
 II - a garantir-lhe, durante o tempo do contrato, o uso pacífico da coisa. 
 
Art. 22. O locador é obrigado a: 
I - entregar ao locatário o imóvel alugado em estado de servir ao uso a que se 
destina; 
II - garantir, durante o tempo da locação, o uso pacífico do imóvel locado; 
III - manter, durante a locação, a forma e o destino do imóvel; 
IV - responder pelos vícios ou defeitos anteriores à locação; 
V - fornecer ao locatário, caso este solicite, descrição minuciosa do estado do 
imóvel, quando de sua entrega, com expressa referência aos eventuais defeitos 
existentes; 
VI - fornecer ao locatário recibo discriminado das importâncias por este pagas, 
vedada a quitação genérica; 
VII - pagar as taxas de administração imobiliária, se houver, e de intermediações, 
nestas compreendidas as despesas necessárias à aferição da idoneidade do 
pretendente ou de seu fiador; 
VIII - pagar os impostos e taxas, e ainda o prêmio de seguro complementar contra 
fogo, que incidam ou venham a incidir sobre o imóvel, salvo disposição expressa 
em contrário no contrato; 
IX - exibir ao locatário, quando solicitado, os comprovantes relativos às parcelas 
que estejam sendo exigidas; 
X - pagar as despesas extraordinárias de condomínio. 
Parágrafo único. Por despesas extraordinárias de condomínio se entendem aquelas 
que não se refiram aos gastos rotineiros de manutenção do edifício, 
especialmente: 
a) obras de reformas ou acréscimos que interessem à estrutura integral do imóvel; 
b) pintura das fachadas, empenas, poços de aeração e iluminação, bem como das 
esquadrias externas; 
c) obras destinadas a repor as condições de habitabilidade do edifício; 
d) indenizações trabalhistas e previdenciárias pela dispensa de empregados, 
ocorridas em data anterior ao início da locação; 
e) instalação de equipamento de segurança e de incêndio, de telefonia, de 
intercomunicação, de esporte e de lazer; 
f) despesas de decoração e paisagismo nas partes de uso comum; 
g) constituição de fundo de reserva. 
 
Os reparos necessários são responsáveis pelo locador. 
Uso pacífico da coisa é aquela relação que não se pode ter nenhum tipo de turbação. (art. 568, CC) 
Turbação: é um desassossego, perturbação inerente. 
 
16 
 
Art. 568. O locador resguardará o locatário dos embaraços e turbações de terceiros, 
que tenham ou pretendam ter direitos sobre a coisa alugada, e responderá pelos 
seus vícios, ou defeitos, anteriores à locação. 
 
Obrigações do Locatário 
 
Locatário: pessoa que fica de posse do bem. 
 
 Analisar contexto geral do art. 569/CC e seguintes, bem como Lei do Inquilinato (8.245/91) – Art. 23. 
 
Art. 569. O locatário é obrigado: 
I - a servir-se da coisa alugada para os usos convencionados ou presumidos, 
conforme a natureza dela e as circunstâncias, bem como tratá-la com o mesmo 
cuidado como se sua fosse; 
 
Se você alugou um imóvel residencial, ele tem que se dar para uma residência, se alugou imóvel 
comercial, deve usar paraato de comércio (966, CC). 
 
II - a pagar pontualmente o aluguel nos prazos ajustados, e, em falta de ajuste, 
segundo o costume do lugar; 
III - a levar ao conhecimento do locador as turbações de terceiros, que se 
pretendam fundadas em direito; 
IV - a restituir a coisa, finda a locação, no estado em que a recebeu, salvas as 
deteriorações naturais ao uso regular. 
 
Art. 23. O locatário é obrigado a: 
I - pagar pontualmente o aluguel e os encargos da locação, legal ou 
contratualmente exigíveis, no prazo estipulado ou, em sua falta, até o sexto dia útil 
do mês seguinte ao vencido, no imóvel locado, quando outro local não tiver sido 
indicado no contrato; 
II - servir - se do imóvel para o uso convencionado ou presumido, compatível com a 
natureza deste e com o fim a que se destina, devendo tratá - lo com o mesmo 
cuidado como se fosse seu; 
III - restituir o imóvel, finda a locação, no estado em que o recebeu, salvo as 
deteriorações decorrentes do seu uso normal; 
IV - levar imediatamente ao conhecimento do locador o surgimento de qualquer 
dano ou defeito cuja reparação a este incumba, bem como as eventuais turbações 
de terceiros; 
V - realizar a imediata reparação dos danos verificados no imóvel, ou nas suas 
instalações, provocadas por si, seus dependentes, familiares, visitantes ou 
prepostos; 
VI - não modificar a forma interna ou externa do imóvel sem o consentimento 
prévio e por escrito do locador; 
VII - entregar imediatamente ao locador os documentos de cobrança de tributos e 
encargos condominiais, bem como qualquer intimação, multa ou exigência de 
autoridade pública, ainda que dirigida a ele, locatário; 
VIII - pagar as despesas de telefone e de consumo de força, luz e gás, água e 
esgoto; 
IX - permitir a vistoria do imóvel pelo locador ou por seu mandatário, mediante 
combinação prévia de dia e hora, bem como admitir que seja o mesmo visitado e 
examinado por terceiros, na hipótese prevista no art. 27; 
X - cumprir integralmente a convenção de condomínio e os regulamentos internos; 
XI - pagar o prêmio do seguro de fiança; 
XII - pagar as despesas ordinárias de condomínio. 
§ 1º Por despesas ordinárias de condomínio se entendem as necessárias à 
administração respectiva, especialmente: 
17 
 
a) salários, encargos trabalhistas, contribuições previdenciárias e sociais dos 
empregados do condomínio; 
b) consumo de água e esgoto, gás, luz e força das áreas de uso comum; 
c) limpeza, conservação e pintura das instalações e dependências de uso comum; 
d) manutenção e conservação das instalações e equipamentos hidráulicos, elétricos, 
mecânicos e de segurança, de uso comum; 
e) manutenção e conservação das instalações e equipamentos de uso comum 
destinados à prática de esportes e lazer; 
f) manutenção e conservação de elevadores, porteiro eletrônico e antenas coletivas; 
g) pequenos reparos nas dependências e instalações elétricas e hidráulicas de uso 
comum; 
h) rateios de saldo devedor, salvo se referentes a período anterior ao início da 
locação; 
i) reposição do fundo de reserva, total ou parcialmente utilizado no custeio ou 
complementação das despesas referidas nas alíneas anteriores, salvo se referentes 
a período anterior ao início da locação. 
§ 2º O locatário fica obrigado ao pagamento das despesas referidas no parágrafo 
anterior, desde que comprovadas a previsão orçamentária e o rateio mensal, 
podendo exigir a qualquer tempo a comprovação das mesmas. 
§ 3º No edifício constituído por unidades imobiliárias autônomas, de propriedade 
da mesma pessoa, os locatários ficam obrigados ao pagamento das despesas 
referidas no § 1º deste artigo, desde que comprovadas. 
 
Obs. O entre e sai de garotas de programas não configura turbação (considerado visita). 
 
Direito de preferência art. 27 da Lei do Inquilinato. 
Primeiro precisa avisar o locatário, caso ele tenha interesse de comprar o imóvel. Se ele não tiver, então 
poderá anunciar para outas pessoas. 
Art. 27. No caso de venda, promessa de venda, cessão ou promessa de 
cessão de direitos ou dação em pagamento, o locatário tem preferência para 
adquirir o imóvel locado, em igualdade de condições com terceiros, devendo 
o locador dar - lhe conhecimento do negócio mediante notificação judicial, 
extrajudicial ou outro meio de ciência inequívoca. 
Parágrafo único. A comunicação deverá conter todas as condições do 
negócio e, em especial, o preço, a forma de pagamento, a existência de ônus 
reais, bem como o local e horário em que pode ser examinada a 
documentação pertinente. 
 
Despesas ordinárias: art. 22 do inquilinato 
Sublocação (art. 13, Lei Inquilinato): sublocar um imóvel. É a possibilidade um locatório alugar o imóvel 
para outra pessoa. A sublocação deve ser consentida de forma prévia e por escrito do locador. 
Locatário: sublocatário 
Multa no contrato de aluguel 
 
Em um contato de aluguel não há menção do valor pré-fixado de acordo com a lei do inquilinato. 
Na lei do inquilinato você não vai encontrar o valor exato da multa. Na lei do inquilinato ela só nos traz 
apenas a relação de rescisão de contrato, no art. 54-A fala em rescindir um contrato, mas não em um 
valor pré-fixado o quanto eu devo pagar, se pagar atrasado. Na lei inquilinato ela vai nos fixar apenas a 
relação de um prazo de duração.” Se caso acontecer alguma coisa, você vai pagar uma multa de forma 
proporcional ao cumprimento de um período de um contrato. 
 
18 
 
No código civil havendo um suposto atraso nos abarcamos no art. 413, mas pode haver multas 
contratuais de locação. 
 
1) Multa Moratória (relação integral) 
 
Ela possui uma característica de natureza punitiva. – 10% 
 
A multa de mora está sendo baseada no Decreto 22.626/1933, faz disposição sobre juros em contratos. 
No art. 9°, não é válida a cláusula penal superior de 10% do valor da dívida. 
 
O CTN, art. 161 menciona juros moratórios (relação ao mês) de 1% ao mês. 
 
Art. 161, CTN. O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros 
de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição 
das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas 
nesta Lei ou em lei tributária. 
§ 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa 
de um por cento ao mês. 
 
Diferença de proprietário e possuidor 
 
Proprietário (Art. 1.228 do CC) – Pode vende-lo, pode doa-lo, alugá-lo etc. 
Possuidor (Art. 1.196 do CC) – Pode somente usá-la, mas deve cuidar como se fosse sua. 
Questões Doutrinárias 
 Retomada da coisa antes do vencimento do prazo; 
 Direito de retenção: 
Direito de retenção- benfeitorias. Na lei do inquilinato art. 35 e 36, art. 571, CC. 
Caberá direito de retenção nas benfeitorias necessárias e nas benfeitorias úteis (quando nas 
benfeitorias necessárias, mesmo que não autorizadas pelo locador, cabe ao locatório o direito de 
retenção, bem como indenização, nas benfeitorias útil cabe você reter a coisa mesmo que autorizada 
pelo locador). 
Tipos de benfeitorias 
 Benfeitorias necessárias – são as que têm por fim conservar ou evitar que o bem se deteriore. 
Manutenção e conservação do imóvel. Exemplo: a reforma do telhado de uma casa. 
 Benfeitorias úteis – aumentam ou facilitam o uso da coisa, tornando-a mais útil. Tudo aquilo 
que aumenta ou valoriza o imóvel. Exemplo: instalação de uma grade na janela de uma casa. 
 Benfeitorias voluptuárias – são as de mero deleite, de mero luxo, para tornar mais agradável o 
seu uso. Aquelas de mero deleite, ou seja, não valorizam o uso habitual da coisa locada. 
Exemplo: piscina. 
Art. 571. Havendo prazo estipulado à duração do contrato, antes do 
vencimento não poderá o locador reaver a coisa alugada, senão ressarcindo 
ao locatário as perdas e danos resultantes, nem o locatário devolvê-la ao 
locador, senão pagando, proporcionalmente, a multa prevista no contrato. 
Parágrafo único. O locatário gozará do direito de retenção, enquanto não for 
ressarcido. 
19 
 
 Locação portempo determinado; 
 Locação sem prazo determinado. 
 Locações Prediais 
 
Comodato= Empréstimo 
Conceito: É o empréstimo gratuito de coisas NÃO FUNGÍVEIS (São os móveis que não podem substituir-
se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade). Perfaz-se com a tradição do objeto (art. 579). 
O empréstimo se subdivide em duas categorias: 
1) Comodato 
2) Mútuo 
 
 
Características: 
 Gratuidade do contrato: decorre de sua própria natureza, pois se confundir ia com a locação, se 
fosse oneroso; 
 Infungibilidade do objeto: empreimplica a restituição da mesma coisa recebida em 
empréstimo. Se fungível ou consumível, haverá mútuo; 
 Necessidade da tradição para o seu aperfeiçoamento: o que o torna um contrato real; 
 É contrato unilateral, temporário e não solene: é unilateral porque, aperfeiçoando -se com 
a tradição, gera obrigações apenas para o comodatário. 
 
Obrigações do Comodatário: 
 Conservar a coisa, como se sua fora, evitando desgastá-la (art. 582, CC). 
 Usar a coisa de forma adequada (art. 582). 
 Restituir a coisa, no prazo convencionado, ou, não sendo este determinado, findo o necessário 
ao uso concedido. 
 
Extinção do Comodato: 
 Pelo advento do termo convencionado ou pela utilização da coisa de acordo com a finalidade 
para que foi emprestada. 
 Pela resolução, em caso de descumprimento, pelo comodatário, de suas obrigações. 
20 
 
 Por sentença, a pedido do comodante, provada a necessidade imprevista e urgente. 
 Pela morte do comodatário, se o contrato foi celebrado intuitu personae. 
Contrato de Adesão (Comodato) - SKY 
10.6. Ocorrendo a rescisão do Contrato, por qualquer motivo, o CLIENTE deverá disponibilizar para 
retirada, os Equipamentos cedidos pela SKY a título de comodato ou locação, na forma do item 7.1.(i), 
devendo agendar a devolução no SAC, além de pagar o valor de eventual multa estabelecida no Termo 
de Permanência Mínima. 
(i) devolver os Equipamentos recebidos em comodato ou locação ao término ou rescisão do Contrato, 
bem como por necessidade de substituição, nos termos previstos na legislação vigente. Os 
Equipamentos poderão ser retirados pela SKY ou o CLIENTE poderá efetuar a entrega em qualquer dos 
Revendedores Autorizados da SKY na sua região, ou ainda, enviar diretamente à SKY pelo correio ou 
pessoalmente nos seguintes endereços: Estrada da Cruz Grande, 1700, Parte A, Bairro Santo Antonio, 
Louveira-SP, CEP 13290-000, Via Parafuso, s/n, Km 13/14 Galpão B, Parte 01, Bairro Industrial Urbano, 
Camaçari-BA, CEP 42.800-970 e na Avenida Z, n.º 150, Armazém 21, Bloco B, Distrito Industrial, Cuiabá-
MT, CEP 78.098-530, ou ainda em um credenciado indicado pela SKY. 
10.7. O atraso pelo CLIENTE na devolução dos Equipamentos no prazo mencionado no item 10.6 
implicará o pagamento da multa compensatória (i) no valor de até R$ 299,00 (duzentos e noventa e nove 
reais) por Equipamento Digital não devolvido; (ii) no valor de até R$ 1.299,00 (hum mil, duzentos e 
noventa e nove reais) por equipamento de quaisquer modelos HDTV (Zapper, Slim e Plus) não 
devolvido; (iii) e no valor de até R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) por Kit SKY Media Center (1 
servidor e 3 escravos) não devolvido. 
 
Mútuo 
 
Conceito: É o empréstimo de COISAS FUNGÍVEIS (são os móveis que podem ser substituídos por outros 
da mesma espécie, qualidade e quantidade) pelo qual o mutuário obriga-se a restituir ao mutuante o 
que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade (CC, art. 586). O mutuante 
transfere o domínio da coisa emprestada ao mutuário. É empréstimo para consumo. 
Art. 587. Este empréstimo transfere o domínio da coisa emprestada ao mutuário, por cuja conta correm 
todos os riscos dela desde a tradição. 
Tal contrato é de alta relevância no mundo das Instituições Financeiras. 
Quando estamos diante de mútuo financeiro presume-se devido os juros, conforme art. 591, CC 
Art. 591. Destinando-se o mútuo a fins econômicos, presumem-se devidos juros, os 
quais, sob pena de redução, não poderão exceder a taxa a que se refere o art. 406, 
permitida a capitalização anual. 
Obs.: A grande diferença do mútuo para o comodato é que pode haver a substituição do bem, 
ressalvando o mesmo gênero, qualidade e quantidade. 
Exemplo: Empréstimo de dinheiro (mesma quantidade, espécie...) 
Objeto do mútuo 
Pode ser além do dinheiro, mercadoria e títulos. 
 
21 
 
Distinção do Comodato 
 É empréstimo de consumo, enquanto o comodato é de uso. 
 Tem por objeto coisas fungíveis, e o comodato, bens infungíveis. 
 O mutuário desobriga -se, restituindo coisa da mesma espécie, qualidade e quantidade, mas o 
comodatário só se exonera restituindo a própria coisa emprestada. 
 Acarreta a transferência do domínio — o que não ocorre no comodato. 
 Permite a alienação da coisa emprestada, ao passo que o comodatário é proibido de transferir 
a coisa a terceiro. 
Características do Mútuo 
 É contrato real: aperfeiçoa -se com a entrega da coisa emprestada. 
 É tratado no Código como contrato gratuito, embora o empréstimo de dinheiro seja, em regra, 
oneroso, com estipulação de juros, sendo por isso denominado mútuo feneratício (com a 
inclusão de cobrança de juros). 
 É contrato unilateral, porque, entregue a coisa, quando se aperfeiçoa, as obrigações recaem 
somente sobre o mutuário. 
 É contrato não solene (de forma livre). 
 É contrato temporário, pois será doação se for perpétuo. 
 Garantia da restituição. 
Contrato- Depósito Bancário 
Deposito voluntário: é o contrato em que uma das partes, nomeada depositário (instituição bancária), 
recebe da outra, denominada depositante, uma coisa móvel (dinheiro), para guardá-la, com a obrigação 
de restitui-la na ocasião ajustada ou quando lhe for reclamada. 
Exemplo 1. Quando você vai para balada, você entregava sua bolsa, jaqueta para o cara guardar no 
armário, esse cara fica obrigado a te devolver assim que você o reclamar. 
Exemplo 2. você deixa o carro no estacionamento, e o moço do estacionamento guarda o carro. E será 
devolvido quando você solicitar. 
Exemplo 3. Instituição financeira faz muito esse tipo de contrato. Você chega em um banco deposita seu 
dinheiro, joia, relógio ou um título de ação 
Obs.: o contrato de deposito é gratuito, exceto se houver convenção em contrário, se resultante de 
atividade negocial ou se o depositário o praticar por profissão. - art. 628, CC. 
Exemplo 1: em um mercado que tem guarda volumes (sem custo). 
Exemplo 2: estacionamento particular (com custo). 
Quando falamos de instituição bancária e estacionamento é feito esse depósito por profissão. 
No art. 628, parágrafo único: o arbitramento: relação de um juiz. 
Art. 628, CC (...) Parágrafo único. Se o depósito for oneroso e a retribuição do 
depositário não constar de lei, nem resultar de ajuste, será determinada pelos usos 
do lugar, e, na falta destes, por arbitramento. 
22 
 
Quando se pede para guardar algo que não é possível visualizar, precisa saber pelo menos o gênero, não 
necessariamente quantidade. Quando não se fala o gênero da coisa que está na caixa, trata-se de um 
vício. 
Exemplo: um veículo foi roubado, com pertences pessoais, como notebook. 
Em prática é muito difícil você provar o que tinha dentro do veículo. 
Alguns estacionamentos perguntam se tem algo de valor dentro do veículo, e pedem para tirar caso 
tenha, pois eles não se responsabilizam. 
Súmula 130 STJ “A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou 
furto de veículo ocorridos em seu estacionamento.” 
Exemplo: tem um mercado que tem um estacionamento na rua, o mercado tem responsabilidade pelo 
estacionamento na rua? Ele não tem responsabilidade pelo estacionamento na via pública. Agora se 
fosse uma empresa, teria relação, como é o caso do mercado extra que você quando estaciona recebe 
um ticket. 
O objeto dentro do veículo não inclui na responsabilidade, a não ser que ele faça uma relação de uma 
guarda einforma que dentro do carro tinha pertences como notebook. 
Obrigações depositário (quem recebe essa coisa) 
Art. 629. O depositário é obrigado a ter na guarda e conservação da coisa depositada o cuidado e 
diligência que costuma com o que lhe pertence, bem como a restituí-la, com todos os frutos e acrescidos, 
quando o exija o depositante. 
Art. 630. Se o depósito se entregou fechado, colado, selado, ou lacrado, nesse mesmo estado se 
manterá. 
Natureza Jurídica 
 Não solene (forma livre) 
 Real: faz a relação da entrega efetiva e material da coisa 
 Relação de promessa 
 Gratuito em via de regra. 
Depositário infiel: acontecia no passado, quando a pessoa tinha relação de uma guarda com o objeto e 
não fazia a devolução desse objeto. Não se aplica a prisão por dívida nesse caso. 
Força maior 
Art. 642. O depositário não responde pelos casos de força maior; mas, para que lhe valha a escusa, terá 
de prová-los. 
Depósito necessário: é o contrato pelo qual se há uma necessidade extrema (calamidade pública ou 
por decisão judicial). Feita a base de uma imposição legal. 
 Depósito por uma obrigação legal: alguém foi conferido a aguardar essa coisa para contigo. 
o Exemplo: administrador de bens pode levar essa relação a um depositário. Art. 641, 
CC. 
23 
 
Art. 641. Se o depositário se tornar incapaz, a pessoa que lhe 
assumir a administração dos bens diligenciará imediatamente 
restituir a coisa depositada e, não querendo ou não podendo o 
depositante recebê-la, recolhê-la-á ao Depósito Público ou 
promoverá nomeação de outro depositário. 
Exemplo: eu tive uma enfermidade e estou acamado, não consigo gerenciar isso, vou passar para um 
depositário, uma pessoa que o juiz possa indicar. 
Exemplo: por uma determinação judicial, o juiz determina que esses bens sejam entregues a um 
depositário, por exemplo, prefeitura (existe um lugar que guarda esses bens). 
 Deposito que se efetua por conta de uma calamidade pública. 
o Ex. inundação 
Caso de Mariana, foi uma calamidade de efeito natural. Aquelas casas que estava habitada e tiveram 
que sair, os bens que estavam lá dentro, vai para um deposito, alguém tem que cuidar. 
Responsabilidade 
Obs.: a bagagem de um viajante também em se equipara a um depósito necessário- art. 649, CC 
Art. 649. Aos depósitos previstos no artigo antecedente é equiparado o das 
bagagens dos viajantes ou hóspedes nas hospedarias onde estiverem. 
Parágrafo único. Os hospedeiros responderão como depositários, assim como pelos 
furtos e roubos que perpetrarem as pessoas empregadas ou admitidas nos seus 
estabelecimentos. 
 
Obs.: ao hospedeiro cessa a responsabilidade se provar que o evento não poderia ser evitado (caso 
fortuito ou força maior) - art. 650, CC 
 
Art. 650. Cessa, nos casos do artigo antecedente, a responsabilidade dos 
hospedeiros, se provarem que os fatos prejudiciais aos viajantes ou hóspedes não 
podiam ter sido evitados. 
A remuneração pelo deposito já está incluída na hospedagem, não podendo ser cobrado por outra taxa 
de deposito. 
Art. 651. O depósito necessário não se presume gratuito. Na hipótese do art. 649, a 
remuneração pelo depósito está incluída no preço da hospedagem. 
Art. 647. É depósito necessário: 
I - o que se faz em desempenho de obrigação legal; 
II - o que se efetua por ocasião de alguma calamidade, como o incêndio, a inundação, o naufrágio ou o 
saque. 
 
Art. 648. O depósito a que se refere o inciso I do artigo antecedente, reger-se-á pela disposição da 
respectiva lei, e, no silêncio ou deficiência dela, pelas concernentes ao depósito voluntário. 
 
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se aos depósitos previstos no inciso II do artigo 
antecedente, podendo estes certificarem-se por qualquer meio de prova. 
24 
 
Art. 652. Seja o depósito voluntário ou necessário, o depositário que não o restituir quando exigido será 
compelido a fazê-lo mediante prisão não excedente a um ano, e ressarcir os prejuízos. (depositário 
infiel). 
Contratos de colaboração- relação de bem móvel 
Contratos de Colaboração 
1. Noções Gerais 
2. Colaboração por Intermediação 
3. Colaboração por Aproximação 
Contratos em Espécie 
1. Comissão 
2. Agência e Distribuição 
3. Corretagem 
 
1. Noção gerais 
 Há uma obrigação particular, que um dos contratantes (colaborador) assume em relação aos 
produtos ou serviços do outro contratante (fornecedor). 
 Essa obrigação é para criação ou ampliação do mercado. 
Exemplos de contrato de colaboração: Herbalife, Avon, Natura, Boticário (revistinha). 
Subordinação empresarial 
O colaborador se obriga a fazer investimentos em divulgação, manutenção de estoques, treinamento de 
pessoal, para despertar interesse dos consumidores. 
O colaborador contratado deve se organizar-se empresarialmente da forma definida pelo contratante, 
seguindo suas orientações. 
COLABORAÇÃO POR INTERMEDIAÇÃO 
• Colaborador: “adquire” produto para os revender. Será remunerado pelo fornecedor por 
percentual sobre negócio. 
• Ex. comissão e representação. 
COLABORAÇÃO POR APROXIMAÇÃO 
• COLABORADOR: não adquire o produto/serviço do fornecedor. Seu ganho decorre do próprio 
resultado positivo de sua atividade 
• Ex. franqueado 
Comissão 
(art. 693 a 709, CC) 
25 
 
Conceito 
Você vende algo em nome de alguém. 
Ex. A Thaíne vende produtos para a Magalu, e ganha uma comissão. A Magalu deu a incumbência para 
ela de tentar fazer o nome da Mgalu algumas ações (vendas de produtos). Se ela consegue vender, a 
Thaíne é remunerada por um percentual. 
• Comissão: o latim committere = incumbência, atribuir uma tarefa a alguém. 
• A comissão mercantil é o contrato do mandato relativo a negócios mercantis, quando, pelo 
menos, o comissário é comerciante, sem que nesta gestão seja necessário declarar ou 
mencionar o nome do comitente”. 
Código Comercial 1850, artigo 165 
• “O contrato de comissão tem por objetivo a aquisição ou a venda de bens pelo comissário 
(ex. Thaíne), em seu próprio nome, à conta do comitente (ex. Magalu).” 
Código Civil, artigo 693 
• “Contrato de comissão é aquele pelo qual uma pessoa, denominada comitente (ex. Magalu), 
encarrega a outra, intitulada comissário, de adquirir ou vender bens móveis, mediante 
remuneração (ex. Thaíne), agindo está em nome próprio e obrigando-se para com terceiros 
com quem contrata, mas por conta daquela.” - Carlos Roberto Gonçalves 
Natureza Jurídica 
 Bilateral 
 Consensual 
 Oneroso 
 Comutativo 
 Não Solene 
 Intuitu Personae 
Partes do Contrato 
• COMITENTE: Pessoa que por sua conta consigna mercadorias ao comissário ou dá ordem de 
compra a outrem. Aquele que dá comissão. (ex. Magalu) 
• COMISSÁRIO: age em seu próprio nome, por conta do comitente. (ex. Thaíne) 
Objeto do contrato 
• Aquisição ou a venda de bens pelo comissário, em seu próprio nome, à conta do comitente. 
• Contrato relativo a negócio mercantil (compra e venda), em que o comissário obriga-se a 
contratar, em seu próprio nome por conta e risco do comitente. 
Obs. Se dá por uma relação de objeto móvel. 
26 
 
Obrigações do Comissário 
 Agir com cuidado e diligência segundo as ordens do comitente, na impossibilidade de receber 
as instruções, agir segundo os usos em casos semelhantes; (art. 696) 
 Responder pelos prejuízos causados ao comitente por ação ou omissão, salvo força maior; (art. 
696, § único) 
 Responder solidariamente com as pessoas com que houver tratado em nome do comitente nos 
casos de cláusula “del credere” 
Cláusula “del credere” (art. 698, CC) 
• Tornar o comissário devedor principal e pessoal do comitente; ele responde pelo não-
pagamento e não-recebimento da mercadoria comprada, mesmo quando não causados por sua 
culpa. 
• Responder o comissário pela inadimplência e insolvência do terceiro comprador. 
• Na estipulação da cláusula o terceiro é parte estranha. 
Você reponde de forma solidaria tanto você comissário junto com ao comitente caso houveralguma 
relação de alguma obrigação assumida. 
Art. 698. Se do contrato de comissão constar a cláusula del credere , responderá o 
comissário solidariamente com as pessoas com que houver tratado em nome do 
comitente, caso em que, salvo estipulação em contrário, o comissário tem direito a 
remuneração mais elevada, para compensar o ônus assumido. 
Direitos do comissário 
 Receber remuneração, considerando que a comissão costuma ser convencionada em 
porcentagem sobre os valores das vendas ou de outros negócios, no entanto, na ausência da 
estipulação será arbitrada segundo os usos correntes no lugar; 
 Em caso de morte ou força maior receberá remuneração proporcional aos trabalho realizados 
 Reembolso das despesas efetuadas, salvo disposição em contrário. Para o reembolso da 
despesas feitas, bem como para recebimento das comissões devidas, tem o comissário direito 
de retenção sobre os bens e valores em seu poder em virtude da comissão. 
 Privilégio na falência ou insolvência 
Obrigações do comitente 
• Pagar remuneração devida e despesas do comissário; 
• Executar o contrato concluído pelo comissário na conformidade de suas instruções; 
• Não despedir comissário sem justa causa. 
Direitos do comitente 
 Cumprimento do contrato por parte do comissário; 
 Prestação de contas; 
 Alterar a qualquer tempo as instruções dadas ao comissário. 
Agência e distribuição 
(art. 710 a 721, CC) 
27 
 
 
Conceito 
 
• Uma pessoa assume, em caráter não eventual e sem vínculos de dependência, a obrigação de 
promover, à conta de outra, mediante retribuição, a realização de certos negócios, em zona 
determinada (AGÊNCIA), caracterizando-se a distribuição quando o agente tiver à sua 
disposição a coisa a ser negociada.(DISTRIBUIÇÃO) 
Exemplo de agência: CVC 
Exemplo de distribuição: distribuição de bebidas 
CONTRATO DE REPRESENTAÇÃO COMERCIAL 
• Nas hipóteses do parágrafo único do artigo 710 “O proponente pode conferir poderes ao 
agente para que este o represente na conclusão dos contratos.” 
• As partes serão empresários 
 
Aplicação subsidiária 
• Aplicam-se ao contrato de agência e distribuição, no couber, as regras concernentes ao 
mandato e à comissão e as constantes de lei especial. 
 
Natureza jurídica 
• Bilateral 
• Consensual 
• Oneroso 
• Comutativo 
• Não Solene 
• Intuitu Personae 
 
Características 
 Não é de dependência hierárquica; 
 
 O objetivo do contrato não é um negócio determinado, mas uma prática habitual/continuada; 
 
 A representação importa atos promovidos por uma das partes à conta da outra, configurando, 
portanto, um negócio de intermediação; 
 
 À prestação do serviço de intermediação do agente corresponde o direito a uma remuneração 
ou retribuição; 
 
 A representação deve ser exercitada nos limites de uma zona determinada. 
 
Objetivos do contrato 
 Atividade de Agência: Promoção de negócios individuais, consistente na busca e visita da 
clientela, para coletar propostas ou encomendas a serem repassadas à empresa representada. 
 Agência e Distribuição: Eventualmente, esse objeto pode ser ampliado, para compreender a 
conclusão do contrato de venda e entrega das mercadorias. Quando esses poderes adicionais 
são incluídos no ajuste, o contrato é denominado de “agência e distribuição”. 
 
Partes do contrato 
Proponente: Possui bens e serviços a colocar no mercado; 
 
Agente: Profissional que se encarrega de colaborar na promoção dos negócios do preponente, sem 
estabelecer vínculo de subordinação a este e que deve ser remunerado em função do volume de 
operações promovidas. 
 
Obrigações do Agente 
 
 Acatar as instruções do proponente e agir com diligência – art. 712 
28 
 
 Atuar com exclusividade – não pode trabalhar para outros proponentes na zona de atuação 
(cláusula implícita) 
 Não pode ser agente de outros proponentes de mesmos produtos 
 Informar o agenciado das condições mercadológicas e financeiras 
 
Direitos do Agente 
 Receber remuneração 
 Exclusividade territorial 
 Receber indenização se o proponente, sem justa causa, cessar o fornecimento ou reduzir. 
Obrigações do Agenciado 
 Pagar a comissão ajustada – art. 714, 716, 717, 718 
 Respeitar a exclusividade de zona 
 Não pode realizar negócios na zona de atuação a não ser os aproximados pelo distribuidor ou 
agente 
 Pagar indenização se cessar o atendimento das propostas, sem justa causa 
Direitos do Agenciado 
 Reter pagamento por resilição contratual do agente para garantia do ressarcimento devido 
 Exigir prestação de contas 
 Outorgar poderes ao agente para conclusão do contrato. 
Corretagem 
(art. 722 a 729, CC) 
Conceito 
Corretagem é o contrato por meio do qual um sujeito (corretor), mediante remuneração, com 
independência e com observância das instruções que receber de outro sujeito (locatário dos serviços de 
corretagem), obriga-se a prospectar negócios e propostas de negócios em favor deste último, tendo em 
vista a possível celebração de contrato entre o locatário dos serviços de corretagem e terceiro. 
Natureza Jurídica 
 Bilateral 
 Consensual 
 Acessório 
 Oneroso 
 Aleatório 
 Não Solene 
Partes do Contrato 
• COMITENTE: Pessoa que contrata a intermediação do corretor. 
29 
 
• Corretor: faz a aproximação entre o comitente e o terceiro para efetivação do contrato. 
Objeto do contrato 
• Aproximar pessoas interessadas na realização de um determinado negócio. 
• Obrigação de resultado. 
Obrigações do Corretor 
 Executar a mediação com a diligência e prudência que o negócio requer; 
 Prestar todas as informações sobre o andamento dos negócios; 
 Prestar todos os esclarecimentos acerca da segurança e risco do negócio. 
Direito do corretor 
 Receber remuneração, no entanto, na ausência da estipulação será arbitrada segundo os usos 
correntes no lugar; 
 Lei especial 6530/1978 - Creci 
Contrato de Franquia 
Lei 13.966/19 
Partes da Franquia 
Conceito: Franquia é transferência de conhecimento de uma das partes para outra (know-how); 
 Franqueador – Cacau Show; 
 Franqueado – Eu, você, pessoas que tenham interesse nessa relação comercial. 
 Filme – “Fome de Poder”. 
 
Art. 1°- Lei da Franquia 
Art. 1º Esta Lei disciplina o sistema de franquia empresarial, pelo qual um franqueador autoriza por 
meio de contrato um franqueado a usar marcas e outros objetos de propriedade intelectual, sempre 
associados ao direito de produção ou distribuição exclusiva ou não exclusiva de produtos ou serviços e 
também ao direito de uso de métodos e sistemas de implantação e administração de negócio ou 
sistema operacional desenvolvido ou detido pelo franqueador, mediante remuneração direta ou 
indireta, sem caracterizar relação de consumo ou vínculo empregatício em relação ao franqueado ou a 
seus empregados, ainda que durante o período de treinamento. 
COF - Circular de Oferta de Franquia 
O franqueador deve: 
Art. 2º - Mencionando todas as suas obrigações. 
No contrato de franquia as partes podem optar pela eleição de um juízo arbitral (arbitragem). 
 
Contrato de Transporte 
Art. 730/CC 
30 
 
Conceito: Pelo contrato de transporte alguém se obriga, mediante retribuição, a transportar, de um 
lugar para outro, pessoas ou coisas. 
Natureza jurídica: 
 De adesão- as partes não discutem as cláusulas contratuais (Ex. UBER); 
 Bilateral- geram obrigações reciprocas; 
 Consensual- acordo de vontades (taxi= tácito, apenas por um único aceno); 
 Oneroso- mediante remuneração; 
 Comutativo- as partes podem prever vantagens e sacrifícios que dela podem gerar; 
 Não solene- é válida a contratação. 
Tipos de transportes 
 O Código Civil disciplina o Contrato de Transporte em 03 seções (art. 730 a 756): 
o Seção I- Disposições Gerais 
o Seção II- Do transporte de Pessoas 
o Seção III- Do transporte de coisas 
O contrato de transporte é, originado, de pessoas e coisas: 
 Terrestre (dividindo-se em: ferroviário e rodoviário); 
 Aéreo; Marítimo 
 
transporte cumulativo e sucessivo 
 Transporte cumulativo: no transporte de responsabilidade de mais de uma empresa, “cada 
transportador se obriga a cumprir o contrato relativamente ao respectivo percurso, 
respondendo pelos danos nele causados a pessoa e coisas (art. 733/ CC). Exemplo: Transporte 
de contêiner 
 Transporte sucessivo: No transporte sucessivo, se caracteriza por uma cadeia de contratos, 
cada um com empresa independente das demais. Exemplo: Viagens com conexões diversas, 
existindo assim a criação de duas ou mais compras de passagens de diferentes empresas. 
Transporte de Pessoas 
31 
 
O contrato de transporte de pessoas, pode se dar no momento de um simples aceno (contratação 
tácita). Mas o fato da responsabilidade ocorrerá ao adentrar no meio de sua direção (carro, metrô, 
trem...) 
Art. 734. O transportador (ônibus, metrô, táxi, Uber...) responde pelos danos causados às pessoas 
transportadas e suas bagagens, salvo motivo de força maior, sendo nula qualquer cláusula excludente 
da responsabilidade. 
Parágrafo único. É lícito ao transportador exigir a declaração do valor da bagagem a fim de fixar o limite 
da indenização. 
 
Responsabilidade do transportador 
 
 A responsabilidade do transportador é OBJETIVA. 
“pelos danos causados às pessoas transportadas e suas bagagens, salvo motive de força maior”, 
proibindo qualquer clausula de não indenizar. 
 
 
Culpa de terceiro 
 
 “A responsabilidade contratual do transportador por acidente com o passageiro não é elidida 
por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva” - Art. 735/ CC 
 
Súm. 187/STF: 
A responsabilidade contratual do transportador, pelo acidente com o passageiro, não é elidida por culpa 
de terceiro, contra o qual tem ação regressiva. 
 
Culpa concorrente ao passageiro 
 A responsabilidade do transportador é ilidida se o acidente proveio de culpa do usuario. 
Surfista ferroviário- STJ decide que companhias não são obrigadas a indenizar pelos acidentes. 
 
Transporte gratuito (carona) 
 
 Ja analisamos que, “alguém se obriga, mediante retribuição, a transportar, de um lugar para 
outro, pessoas ou coisas” (Art. 730/ CC), ou seja, por esse motive toda e qualquer relação de 
contrato de transporte é mediante uma redistribuição. 
 Após tal menção, preceitua “não se subordina às normas do contrato de transporte o feito 
gratuitamente, por amizade ou cortesia”. E o paragráfo único complementa: “não se considera 
gratuito o transporte quando, embora feito sem remuneração, o transportador auferir vantagens 
indiretas”. 
 
Observação: importante ter em mente que a simples carona pode gerar consequências jurídicas bastante 
sérias para ambos os lados. O assunto, de tão relevante, há mais de 20 anos foi sumulado pelo Superior 
Tribunal de Justiça (STJ), que assim decidiu através da Súm. 145: no transporte desinteressado, de simples 
cortesia, o transportador só será responsável por danos causados ao transportado quando incorrer em 
dolo ou culpa grave. 
O transporte gratuito (carona), não se subordina ao contrato de transporte; mas havendo dolo ou culpa 
grave o transportador responderá pelos danos causados- Súm. 145, STJ. 
 
32 
 
 
 
 
 
 
 
Transporte de coisas 
 
33 
 
 O contrato de transporte de coisa pode ser efetuado tanto por pessoa física como jurídica, 
mediante o pagamento de um preço. Entende-se por transporte de coisas: mercadorias, 
semoventes (animais), máquinas, equipamentos, etc. 
 
Detalhes do contrato de transporte de coisas 
 Três figuras participam do negócio a saber o remetente pessoa que contrata a remessa da 
coisa; o transportador e o destinatário. Ao receber a coisa o transportador emitirá 
conhecimento com menção de dados que o identifiquem (Art. 744/CC), como peso, valor e 
quantidades (unidades, dezenas, centenas, etc.). 
 O lugar de entrega é em geral aonde o contratante designar. O prazo deve ser estabelecido no 
contrato. 
 Obrigações do remetente: caracterizar a coisa e fazer o acondicionamento correto. 
 Obrigações do Transportador: entrega da coisa em bom estado e expedição do conhecimento 
de transporte. 
 Obrigação do Destinatário: receber a coisa. 
 
Obrigações – transporte de coisas 
 
O conhecimento de transporte, além da especificação da coisa deve conter: qualificação do emissor; 
número de ordem, data da emissão, nome do remetente e do destinatário; lugar de saída, espécie e 
quantidade da mercadoria, valor do frete pago ou a pagar e forma de pagamento. 
1) Obrigações de descrições do item a ser transportado: 
i. “deve estar caracterizada pela sua natureza, valor, peso e quantidade”, devendo ele, ao 
recebê-la, emitir conhecimento, “com a menção dos dados que a identifiquem, obedecido o 
disposto em lei especial” – Art. 743 e 744/CC; 
ii. “informação inexata ou falsa descrição” da coisa transportada, “será o transportador 
indenizado” – Art. 745/CC. 
II) Obrigação no cuidado/zelo/perda da coisa: 
i. “mantê-la em bom estado e entregá-la no prazo ajustado ou previsto” – Art. 749/CC; 
ii. “perda parcial ou de avaria não perceptível à primeira vista” – Art. 754/CC. 
 
Contrato de seguros 
O que são contratos de seguro? 
 É o contrato no qual o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir 
interesse legítimo do segurado, é relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados-
Art. 757/ CC 
 Prova-se com a exibição da apólice ou do bilhete do seguro, e, na falta deles, por documento 
comprobatório do pagamento do respectivo prêmio. 
Qual a sua natureza jurídica? 
 Bilateral: pois apresenta direitos e deveres proporcionais, de modo a estar presente o 
sinalagma. 
34 
 
 Oneroso: pela presença de remuneração, denominada prêmio, a ser pago pelo segurado ao 
segurador. 
 Consensual: tem aperfeiçoamento com a manifestação de vontade das partes. 
 Aleatório: pois o risco é fator determinante do negócio em decorrência da possibilidade de 
ocorrência do sinistro, evento futuro e incerto com o qual o contrato mantém relação. 
 Adesão: Não há possibilidade de discussão das cláusulas estabelecidas pela seguradora. 
 Formal: Obrigatória forma escrita. 
Quais são as partes presentes do contrato? 
 Seguradora: Entidade autorizada pelo governo federal que suporta o risco, assumindo 
mediante recebimento de valor periódico e moderado (prêmio), obrigando-se a pagar 
indenização. 
 Segurado - Quem tem interesse direto na conservação da pessoa ou coisa, pagando o prêmio 
em troca do risco da seguradora. 
Elementos 
 Prêmio: Contribuição periódica, determinada e moderada, fixada pelas partes, que o segurado 
fornece em troca do risco que a seguradora assume. 
 Risco: Acontecimento futuro e incerto que pode prejudicar interesses do segurado e provocar 
diminuição patrimonial evitável pelo seguro. 
 Indenização: Importância paga pela seguradora, compensando eventual prejuízo econômico 
decorrente do risco assumido. Basta a prova do dano, independentemente de apuração da 
culpa no evento. 
 Apólice: Documento que comprova a existência do contrato; em sua falta, documento 
comprobatório do pagamento do prêmio. 
 
 
Princípios do contrato de seguro 
Princípio da boa-fé: 
 O segurado e o segurador são obrigados a guardar na conclusão e na execução do contrato, a 
mais estrita boa-fé e veracidade, tanto a respeito do objeto como das circunstâncias e 
declarações a ele concorrentes”- Art. 765/ CC; ver artigo 766/CC. 
 Obs: segundo pacífico entendimento deste Tribunal e do STJ, a seguradora, ao receber o 
pagamento do prêmio e concretizar o seguro, sem exigir exames prévios, responde pelo risco 
assumido, não podendo esquivar-se do pagamento da indenização, sob a alegação de doença 
preexistente, salvo se comprovada e deliberada má-fé do segurado, o que no caso concreto não 
restou demostrado (TRF4, AC 5057417-95.2015.4.04.7000, Quarta Turma, Relatora Vivian 
Josete Pantaleão Caminha, juntado aos autos em 06/10/2017). 
Princípio

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