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73415 Resumo Aula2P1 Direito Processual Penal

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Direito Processual Penal 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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www.cursoenfase.com.br 
Sumário 
1. Ação Penal .............................................................................................................. 2 
1.1 Princípios da ação penal pública e da ação penal privada ............................... 2 
 
 
Direito Processual Penal 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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1. Ação Penal 
O inquérito policial somado à Ação Penal é chamado de persecutio criminis, que é a 
atividade feita pelo estado para solucionar o crime. 
A ação penal, salvo considerações de algumas correntes diversas, é considerada o 
direito de punir, sendo que esse um direito público, subjetivo, autônomo e abstrato. 
É um direito público, pois quem irá punir o criminoso é o Estado, na figura do estado-
juiz. É um direito subjetivo pois apenas irá surgir o direito de punir se houver uma violação à 
norma, e esse direito de punir é o que a doutrina chama de jus puniendi. É um direito 
autônomo porque não tem vinculação com o direito penal, ou seja, o direito processual não 
está vinculado ao direito material. É um direito abstrato porque vale para todas as pessoas 
em todas situações. 
Observação: Alguns autores não entendem que a ação penal seja um direito, mas sim 
um dever-poder, pois é dever do estado punir alguém quando ele comete um crime. 
A doutrina elenca seis tipos de ações penais: 
1) Pública Incondicionada, que é a regra do sistema. É aquele crime que ofende a 
sociedade como um todo. É iniciada por uma denúncia proposta pelo Ministério 
Público. Exemplo: homicídio. 
2) Pública condicionada, que pode ser condicionada à representação (Exemplo: 
estupro) ou condicionada à requisição do Ministro da Justiça. 
3) Privada, que é aquela que ofende o particular. Ele será chamado de querelante e 
irá oferecer uma queixa crime. Exemplo: injúria. 
4) Personalíssima 
5) Privada subsidiária da pública 
6) Concorrente 
 
1.1 Princípios da ação penal pública e da ação penal privada 
Princípios 
Ação Penal Pública 
 Intranscendência 
 Obrigatoriedade 
 Indisponibilidade 
 Divisibilidade e indivisibilidade 
Ação Penal Privada 
 Intranscendência 
 Facultatividade ou oportunidade 
 Disponibilidade 
 Indivisibilidade 
Direito Processual Penal 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Tanto na ação penal pública como na ação penal privada há o princípio da 
intranscendência, que informa que os efeitos do processo não podem ultrapassar a pessoa 
do réu. 
Exemplo: Fernandinho Beiramar é um traficante do Rio de Janeiro, que foi 
condenado no Rio de Janeiro. No entanto, ele começou a cumprir pena em um presídio 
federal em Rondônia. Então, o seu advogado alegou que isso feria o princípio da 
intranscendência, pois além de ser presidiário o Fernandinho Beiramar é pai e manda-lo para 
Rondônia para cumprir a pena feriria o princípio da intranscendência porque privaria o seu 
filho de lhe visitar. Então, analisando o caso, o STF disse que entre o princípio da 
intranscendência e a segurança nacional deveria prevalecer a segurança nacional, e por isso, 
mantiveram Fernandinho Beiramar em Rondônia. 
O princípio da obrigatoriedade está presente na ação penal pública. Quando o 
inquérito penal é finalizado, ele deve ser mandado para o Ministério Público, que será 
obrigado a oferecer denúncia, caso haja justa causa. O princípio da obrigatoriedade vigora 
antes de iniciada a Ação Penal, então, se antes da ação penal iniciar o MP entender que 
houve crime, ele é obrigado a oferecer denúncia desde que haja justa causa. 
Outro princípio da Ação Penal Pública é o princípio da indisponibilidade, isso significa 
que quando o Ministério Público propõe a Ação Penal, ele não pode desistir. Esse princípio 
vigora depois de iniciada a ação penal. É possível vislumbrar esse princípio nos artigos. 42 e 
576, CPP. 
Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal. 
Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto. 
Observação: Na ação penal pública o Ministério Público é sempre fiscal da lei (custus 
legis), isso significa que o promotor de justiça sempre poderá pedir a absolvição do réu, 
quando ele achar que ele é inocente, mas isso não significa que quando ele está pedindo a 
absolvição ele esteja desistindo do processo, muito pelo contrário, quando o promotor pede 
a absolvição ele está promovendo a justiça. Além disso, mesmo o MP pedindo a absolvição, 
como a ação penal é indisponível, o juiz pode vir a condenar o réu. 
Em relação à ação penal privada, um dos princípios que lhe é aplicado é o da 
facultatividade ou da oportunidade, pois o ofendido pode ou não iniciar a ação penal. É um 
princípio que vigora antes de iniciada a ação penal privada. Além disso, também há o 
princípio da disponibilidade, que significa que uma vez ingressada com a ação penal, o 
querelante poderá desistir, esse princípio vigora depois de iniciada a ação penal. 
Na Ação penal privada vigora o princípio da indivisibilidade, que significa que se 
houver mais de um ofensor, deve-se ingressar contra todos. Na ação penal privada, ele não é 
obrigado a entrar com a ação penal, mas se ingressar, deve ingressar contra todos os 
ofensores, pois ele não pode utilizar a ação penal como forma de vingança. 
Direito Processual Penal 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Na ação penal pública, conforme o STF, vigora o princípio da divisibilidade, em três 
situações: 1) quando a investigação estiver em estágio diferente e o princípio da 
indivisibilidade poderia prejudicar. Exemplo: três pessoas assaltaram um banco. Dois deles 
foram presos, no entanto, um fugiu e, como não é possível saber quando ele será 
encontrado, isso poderia prejudicaria o julgamento dos outros dois réus e o andamento do 
pro, então, é possível ingressar com a ação apenas contra os dois que estão presos; 2) 
Transação penal. No jecrim é possível haver conciliação entre as partes. Isso significa que é 
possível o promotor oferecer na audiência preliminar um acordo. No entanto, uma pessoa 
apenas pode ser beneficiada pela transação penal a cada cinco anos. Assim, por exemplo, se 
duas pessoas cometerem um crime juntas e apenas uma delas puder aceitar um acordo no 
JECRIM e a outra não, então, apenas contra aquela que não pode aceitar o acordo será 
oferecida a denúncia. 3) Lei 12.850/2013 (Lei das Organizações Criminosas). Nas 
organizações criminosas é muito comum que exista a delação premiada. Essa lei autoriza 
que o MP deixe de oferecer denúncia se a primeira pessoa que delatar, se não for o líder. 
Portanto, o STF disse que na ação penal pública vigora o princípio da divisibilidade, e a 
indivisibilidade é uma decorrência do princípio da obrigatoriedade.

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