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ação penal - Resumo OAB

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PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
A Ç Ã O
P E N A L
P R I N C I P A I S A R T I G O S
S Ú M U L A S
2 4 , 2 5 , 2 8 , 2 9 , 3 8 , 3 9 , 4 2 , 4 5 ,
4 6 , 4 8 , 4 9 , 5 0 , 5 1 , 6 0 D O C P P
S ú m u l a 1 4 6 S T F
S ú m u l a 5 4 2 S T J
A T E N Ç Ã O P A R A A S A L T E R A Ç Õ E S L E G I S L A T I V A S D A L E I
1 3 . 9 6 4 / 2 0 1 9 ( P A C O T E A N T I C R I M E )
I M P O R T A N T E : 
S a b e r a s e s p é c i e s d e a ç ã o p e n a l , b e m c o m o o s p r i n c í p i o s q u e
n o r t e i a m c a d a u m a . A l é m d i s s o o b s e r v a r o c a b i m e n t o d a
r e t r a t a ç ã o , r e n ú n c i a e e x i s t ê n c i a d e p e r e m p ç ã o e m c a d a
e s p é c i e . A l é m d i s s o s e a t e n t a r p a r a o s p r a z o s .
1. AÇÃO PENAL
Quando alguém pratica um fato criminoso, surge para o Estado o poder-dever
de punir o infrator. Esse poder-dever, esse direito, é chamado de ius puniendi.
Entretanto, o Estado, para que exerça validamente e legitimamente o seu ius
puniendi, deve fazê-lo mediante a utilização de um mecanismo que possibilite a
busca pela verdade material (não meramente a verdade formal), mas que ao
mesmo tempo respeite os direitos e garantias fundamentais do indivíduo. Esse
mecanismo é chamado de Processo Penal. 
Mas, onde entra a Ação Penal nisso? A ação penal é o ato inicial desse
mecanismo todo chamado processo penal.
É O DIREITO SUBJETIVO DE PEDIR AO ESTADO-JUIZ A APLICAÇÃO DO DIREITO
PENAL OBJETIVO A UM CASO CONCRETO.
 
A ação penal é um instituto fundamental no Estado Democrático, se
manifestando em um direito essencial de solicitar a prestação jurisdicional e a
aplicação do Direito Penal ao caso concreto. 
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
A Ç Ã O
P E N A L
O fluxo da persecução penal (persecutio criminis), em regra, começa com a
conduta delituosa do indivíduo, passa pela busca da materialidade e indícios de
autoria (suporte probatório mínimo), que é utilizado na ação penal que será
intentada com o objetivo de punir o infrator. Vamos relembrar:
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
O I N D I V Í D U O
P R A T I C A A
I N F R A Ç Ã O
P E N A L
E M R E G R A , O E S T A D O
U T I L I Z A O I N Q U É R I T O
P O L I C I A L P A R A
B U S C A R O L A S T R O
P R O B A T Ó R I O M Í N I M O
O L A S T R O
P R O B A T Ó R I O
M I N I M O É
U T I L I Z A D O
P A R A D A R
I N Í C I O À A Ç Ã O
S E H O U V E R J U S T A
C A U S A , A D E N Ú N C I A É
O F E R E C I D A E O
A C U S A D O É J U L G A D O E
P U N I D O D E A C O R D O
C O M O D E V I D O
P R O C E S S O L E G A L .
L A S T R O P R O B A T Ó R I O M Í N I M O : p r o v a d e
m a t e r i a l i d a d e e i n d í c i o s d e a u t o r i a
Desse modo, note que o próximo passo após a colheita de provas suficientes
para garantir a justa causa (seja através do Inquérito Policial ou de outros meios
lícitos) é a ação penal!
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
D E N Ú N C I A
2. INÍCIO DA AÇÃO PENAL
De posse das condições necessárias para o ingresso em juízo (ou seja, havendo
justa causa), a ação penal poderá ser iniciada, basicamente de duas formas:
IMPORTANTE! Embora na maioria das vezes, o Inquérito Policial seja a peça
que dá suporte à justa causa para a ação penal, ele não é obrigatório. Se já
houver prova de materialidade e indícios suficientes de autoria por outros
meios, a ação penal poderá ser iniciada de forma independente do IP!
2.1. FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL DA AÇÃO PENAL
O direito à ação penal está previsto na Constituição Federal, no art. 5º, XXXV,
como verdadeiro direito fundamental: 
XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito.
Q U E I X A -
C R I M E
A Ç Ã O
P E N A L
P Ú B L I C A
A Ç Ã O
P E N A L
P R I V A D A
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
2.2. CARACTERÍSTICAS DA AÇÃO PENAL
A ação penal, assim como o Inquérito Policial, possui suas características, que
também podem ser cobradas em sua prova. Gosto bastante das definições
trazidas pelo mestre Leonardo Alves, as quais estão apresentadas a seguir:
Segundo a doutrina, o inciso XXXV também manifesta o chamado princípio da
inafastabilidade de jurisdição, que tem por objetivo garantir que somente o
poder Judiciário seja capaz de dizer o direito com força de coisa julgada.
O direito a solicitar a prestação jurisdicional não
depende da existência do direito de punir. Mesmo
antes de existir o direito de punir já existirá o direito
de solicitar a prestação estatal.
INSTRUMENTAL
Cria uma maneira de exercício do jus puniendi
estatal. Assim, é um verdadeiro instrumento
acionador do Estado.
AUTÔNOMO
DIREITO PÚBLICO
É um direito exercido em face do Estado que é
responsável pela prestação jurisdicional.
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
2.3. FUNDAMENTO LEGAL
A ação penal possui sua fundamentação infraconstitucional prevista tanto no
Código Penal (CP) quanto no Código de Processo Penal (CPP). E como sempre,
alguns artigos costumam ser cobrados em sua literalidade pelo examinador,
motivo pelo qual serão listados a seguir.
Entretanto, irei trazer as normas do CP e do CPP, para que você possa fazer
tanto a leitura quanto a revisão de uma forma mais organizada.
ABSTRATO
A ação penal não depende de um resultado positivo
para o seu exercício..
SUBJETIVO
A ação penal possui uma titularidade identificável.
Em alguns casos será do Ministério Público (regra) e
em alguns, excepcionais será do ofendido.
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
2.4. CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL
Tal qual ocorre no processo civil, no processo penal a ação também deve
obedecer a algumas condições. Sem elas a ação penal ajuizada deve ser
rejeitada de imediato pelo Juiz. 
Ação Penal - CP
Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando
a lei expressamente a declara privativa do
ofendido. 
§ 1º A ação pública é promovida pelo
Ministério Público, dependendo, quando a lei
o exige, de representação do ofendido ou de
requisição do Ministro da Justiça.
 § 2º A ação de iniciativa privada é promovida
mediante queixa do ofendido ou de quem
tenha qualidade para representá-lo. 
 § 3º A ação de iniciativa privada pode
intentar-se nos crimes de ação pública, se o
Ministério Público não oferece denúncia no
prazo legal. 
 § 4º No caso de morte do ofendido ou de ter
sido declarado ausente por decisão judicial, o
direito de oferecer queixa ou de prosseguir na
ação passa ao cônjuge, ascendente,
descendente ou irmão.
DA AÇÃO PENAL
 
 Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será
promovida por denúncia do Ministério
Público, mas dependerá, quando a lei o exigir,
de requisição do Ministro da Justiça, ou de
representação do ofendido ou de quem tiver
qualidade para representá-lo. 
§ 1º No caso de morte do ofendido ou quando
declarado ausente por decisão judicial, o
direito de representação passará ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão. 
§ 2º Seja qual for o crime, quando praticado
em detrimento do patrimônio ou interesse da
União, Estado e Município, a ação penal será
pública.
 Art. 25. A representação será irretratável,
depois de oferecida a denúncia
Ação Penal - CPP
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
 Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação dada pela
Lei nº 11.719, de 2008). (...) 
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação
penal; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
São condições da ação penal:
CONDIÇÕES DA
 AÇÃO PENAL
Possibilidade jurídica do pedido
Interesse de agir
Legitimidade das partes
justa causa
INTERESSE DE AGIR
Se no processo civil o interesse de agir é caracterizado como a necessidade da
prestação da tutela jurisdicional, devendo a parte autora comprovar que não há
outro meio para a resolução do litígio que não seja a via judicial, no processo
penal é um pouco diferente. 
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
O interesse de agir é uma condição que está vinculada a três exigências básicas:
Utilidade, adequação enecessidade:
INTERESSE 
DE AGIR
UTILIDADE ADEQUAÇÃO
NECESSIDADE
A MÁQUINA
ESTATAL NÃO
DEVE SER MOVIDA
SE SUAS AÇÕES
NÃO TIVERES
UTILIDADE.
A AÇÃO PENAL
DEVE RESPEITAR
OS DITAMES DA
LEGISLAÇÃO
PENAL.
A NECESSIDADE NA AÇÃO PENAL É PRESUMIDA,
JÁ QUE NÃO HÁ OUTRO MEIO DE SE APLICAR
UMA SANÇÃO PENAL SENÃO ATRAVÉS DE UM
PROCESO PENAL.
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
LEGITIMIDADE DAS PARTES
A legitimidade (e aqui nos aproximamos do processo civil) é o que se pode
chamar de pertinência subjetiva para a demanda. Assim, a presença do MP no
polo ativo de uma denúncia pelo crime de homicídio é pertinente, pois a
Constituição o coloca como titular exclusivo da Ação Penal, o que é corroborado
pelo CPP. Também deve haver legitimidade passiva, ou seja, quem deve figurar
no polo passivo (ser o réu da ação) é quem efetivamente praticou o crime, ou
seja, o sujeito ativo do crime.
No polo ativo da ação figura, em regra, o Ministério Público (art. 129. I, CF) já
que a maioria da infrações penais tem a sua persecução por meio de ações
penais públicas. Já nas ações penais privadas, o autor será o ofendido (vítima)
denominado querelante, que é a pessoa física ou jurídica titular de um
interesse.
No polo passivo, figura o réu (ação penal pública) ou querelado (ação penal
privada).
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
LEGITIMIDADE
AD CAUSAM
AÇÃO PENAL
PÚBLICA
MINISTÉRIO
PUBLICO
LEGITIMIDADE
AD CAUSAM
ATIVA
OFENDIDO OU
QUERELANTE
AÇÃO PENAL
PRIVADA
LEGITIMIDADE
AD CAUSAM
PASSIVA
É SEMPRE O
ACUSADO
AÇÃO PENAL PRIVADA:
QUERELADO
É A LEGITIMIDADE
PARA A CAUSA
LEGITIMIDADE
AD PROCESSUM
AÇÃO PENAL
PÚBLICA
MINISTÉRIO
PUBLICO
LEGITIMIDADE
AD PROCESSUM
ATIVA
OFENDIDO OU
QUERELANTE
REPRESENTADO
PELO
ADVOGADO
AÇÃO PENAL
PRIVADA
PASSIVA
É SEMPRE DO
AUTOR
O AUTOR MAIOR DE
IDADE EM AMBAS AÇÕES
É A LEGITIMIDADE
PARA A CAUSA
LEGITIMIDADE
AD PROCESSUM
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
JUSTA CAUSA
Para o exercício da ação penal não bata que o pedido seja juridicamente
possível, que a ação seja necessária, adequada e útil, e proposta pelo legítimo
titular em face do legítimo ofensor. A presença de todos esses requisitos será
suficiente se existir o lastro probatório mínimo quanto à autoria e a
materialidade do fato. É o que descreve o art. 395, II, CPP.
JUSTA CAUSA é o fumus comissi delicti ou seja a identificação de que há
elementos probatórios concretos acerca da materialidade do fato delituoso e
indícios razoáveis de autoria. 
JUSTA
CAUSA
PROVA DA
MATERIALIDADE
DELITVA
INDÍCIOS
SUFICIENTES DE
AUTORIA
2.5. ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL
A ação penal pode ser pública incondicionada, pública condicionada, ou privada.
Nos termos do quadro esquemático, para facilitar a compreensão de vocês: 
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
AÇÃO
PENAL
PÚBLICA
INCONDICIONADA CONDICIONADA
REPRESENTAÇÃO DO
OFENDIDO
REQUISIÇÃO DO
MINISTRO DA JUSTIÇA
PRIVADA
EXCLUSIVA
PERSONALÍSSIMA
SUBSIDIÁRIA DA
PÚBLICA
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
Assim pode se resumir, graficamente, as espécies de ação penal previstas no
CPP .
 Vamos estudar, agora, cada uma das seis espécies de ação penal:
A) Ação penal pública incondicionada 
É a regra no ordenamento processual penal brasileiro. Sua titularidade
pertence ao Ministério Público, de forma privativa, nos termos do art. 129, I da
Constituição da República. 
IMPORTANTE! Quando o legislador não informar qual o tipo de ação penal
para um determinado delito, a ação penal será pública incondicionada!
NÃO SE PREOCUPE! Observe o esquema abaixo:
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
CARACTERÍSTICAS DA AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
A característica mais importante deste tipo de ação penal é bastante direta:
Ela independe de autorização do ofendido para ser iniciada. Sendo assim, ela
é regida pelo princípio da oficiosidade, ou seja, o Estado pode agir de ofício –
sem provocação! 
Nos crimes apurados com esse tipo de ação penal, portanto, basta que a
autoridade pública fique sabendo da ocorrência do crime para que tome as
providências que o caso requer. Não dependerá de autorização da vítima ou
de nenhum órgão Estatal para dar andamento à persecução penal!
O DELEGADO DE
POLÍCIA PODERÁ
INSTAURAR O IP DE
OFÍCIO SEM DEPENDER
DE AUTORIZAÇÃO DO
OFENDIDO.
O MP PODERÁ 
 OFERECER A
DENÚNCIA SEM
AUTORIZAÇÃO DO
OFENDIDO DESDE QUE
TENHA JUSTA AUSA.
PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
Para a ação penal pública incondicionada, temos os seguintes princípios:
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
A ação penal tem que ser ofertada em face do autor
da infração penal.
PESSOALIDADE
Denota que os responsáveis pela persecução penal
são autoridades públicas.
AUTORITARIEDADE
DIVISIBILIDADE
Havendo mais de um infrator (autor do crime), pode o MP
ajuizar a demanda somente em face um ou alguns deles,
reservando para os outros, o ajuizamento em momento
posterior, de forma a conseguir mais tempo para reunir
elementos de prova.
A ação penal pública incondicionada será exercida
por órgãos oficiais do Estado.
OFICIALIDADE
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
A Polícia Judiciária e o Ministério Público estão
obrigados a agir se tiverem notícia de crime que
deverá ser processado como ação penal pública
incondicionada.
OBRIGATORIEDADE
OFICIOSIDADE
A ação penal pública incondicionada deve ser exercida de
ofício, assim como IP para apurar essa categoria de
infrações penais.
B) Ação penal pública condicionada (à representação do ofendido e à
requisição do Ministro da Justiça) 
Temos, aqui, duas hipóteses pertencentes à mesma categoria de ação penal,
a ação penal pública condicionada. Aplica-se a esta espécie de ação penal
tudo o que foi dito a respeito da ação penal pública, havendo, no entanto,
alguns pontos especiais. 
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
Aqui, para que o MP (titular da ação penal) possa exercer legitimamente o seu
direito de ajuizar a ação penal pública, deverá estar presente uma condição
de procedibilidade , que é a representação do ofendido ou a requisição do
Ministro da Justiça, a depender do caso. Frise-se que, em regra, a ação penal é
pública e incondicionada. Somente será condicionada se a lei expressamente
dispuser neste sentido. 
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO
A ação penal pública condicionada à representação é muito parecida com a
incondicionada. Seu titular continua sendo o Ministério Público (afinal de
contas, ela ainda é uma espécie de ação penal pública). A diferença principal é
simples: em crimes de ação penal pública condicionada a representação, as
autoridades públicas dependerão da representação da vítima ou de quem
tenha capacidade para representá-la para que possam atuar na persecução
penal! 
O DELEGADO DE
POLÍCIA SÓ PODERÁ
INSTAURAR O IP SE
FOR AUTORIZADO
PELO OFENDIDO OU
POR SEU
REPRESENTANTE
LEGAL
O MP SÓ PODERÁ 
 OFERECER A
DENÚNCIA SE FOR
AUTORIZADO PELO
OFENDIDO OU POR
SEU REPRESENTANTE
LEGAL
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
IMPORTANTE! A representação do ofendido, nesse caso, é chamada de
condição de procedibilidade!
PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO
Vejamos quais são os princípios que regem especificamente a ação penal
pública condicionada à representação do ofendido:
A ação penal tem que ser ofertada em face do autor
da infração penal.
PESSOALIDADE
Denota que os responsáveis pela persecução penal
são autoridades públicas.
AUTORITARIEDADE
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
DIVISIBILIDADE
Havendo mais de um infrator (autor do crime), pode o MP
ajuizar a demanda somente em face um ou alguns deles,
reservando para os outros, o ajuizamento em momento
posterior, de forma a conseguir mais tempo para reunir
elementos de prova.
A ação penal pública incondicionada será exercida
por órgãos oficiais do Estado.
OFICIALIDADE
O ofendido só irá representar pela prestação
jurisdicional se tiver interesse.
OPORTUNIDADE
Na ação condicionada à representação, não estão presentes os princípios
da oficiosidade nem da obrigatoriedade, pois este tipode ação penal
depende essencialmente da representação do ofendido!
Devemos frisar as seguintes diferenças:
1.
 
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
2. No lugar dos princípios anteriores, surge o princípio da oportunidade, visto
que o ofendido só irá representar se tiver interesse (se considerar oportuno o
exercício desse direito).
 
IMPORTANTE! Embora a ação penal pública condicionada à
representação seja regida pela oportunidade e não pela obrigatoriedade,
se o ofendido representar e existir justa causa para a ação penal, o MP
não poderá deixar de atuar!
 
O prazo para que o ofendido ofereça a representação é em regra de 6
meses, a contar da data do conhecimento da autoria.
A representação admite retratação, mas somente até o oferecimento da
denúncia (cuidado! Costumam colocar em provas de concurso que a
retratação pode ocorrer até o recebimento da denúncia. Isto está errado!
É uma pegadinha!) 
PROCEDIMENTOS DA AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À
REPRESENTAÇÃO
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
Admite-se, ainda, a retratação da retratação. Ou seja, a vítima oferece a
representação e se retrata (volta atrás). Posteriormente, a vítima resolve
oferecer novamente a representação.
Em casos de crimes que envolvam violência doméstica contra a mulher,
o procedimento de retratação muda um pouco: 
Caso ajuizada a ação penal sem a representação, esta nulidade processual
pode ser sanada posteriormente, caso a vítima a apresente em Juízo
(desde que realizada dentro do prazo de seis meses que a vítima possui
para representar, nos termos do art. 38 do CP). 
Não se exige forma específica para a representação, bastando que
descreva claramente a intenção de ver o infrator ser processado. 
A representação não pode ser dividida quanto aos autores do fato. Ou se
representa em face de todos eles, ou não há representação, pois esta não
se refere propriamente aos agentes que praticaram o delito, mas ao fato.
• Nesse caso, excepcionalmente, a retratação pode se dar até o
recebimento da denúncia.
 • No entanto, será necessária a realização de uma audiência específica
para que a vítima retrate a representação, diante do Juiz
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
A legitimidade para oferecer a representação é do ofendido, se maior de
18 anos e capaz (art. 34 do CP). Embora o dispositivo legal estabeleça que
se o ofendido tiver mais de 18 e menos de 21 anos tanto ele quanto seu
representante legal possam apresentar a representação, este artigo
perdeu o sentido com o advento do Novo Código Civil em 2002, que
estabeleceu a maioridade civil em 18 anos. 
Se ofendido falecer, aplica-se a ordem de legitimação prevista no art. 24, §
1° do CPP . É importante observar que essa ordem deve ser observada. A
Doutrina equipara o companheiro ao cônjuge.
Se o ofendido for menor de idade, o prazo, para ele, só começa a fluir
quando este completar 18 anos. 
Se a vítima vier a falecer, o prazo começa a correr para os legitimados
(cônjuge, ascendente, etc.) quando tomarem conhecimento do fato ou de
sua autoria (art. 38, § único do CPP) ou, no caso de já ser conhecido, da
data do óbito da vítima. 
A representação pode ser oferecida perante o MP, a autoridade policial ou
mesmo perante o Juiz.
PR
O
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O
 P
EN
AL
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REQUISIÇÃO 
Para que o Ministério Público possa agir, certos crimes exigem a necessidade
de autorização por parte do Ministro da Justiça. A requisição nada mais é do
que um ato de conveniência política a respeito da persecução penal. Nessa
hipótese, a possibilidade de intervenção punitiva está submetida inicialmente
à discricionariedade do Ministro da Justiça.
Prevista apenas para determinados crimes, nos quais existe um juízo político
acerca da conveniência em vê-los apurados ou não. São poucas as hipóteses,
citando, como exemplo, o crime cometido contra a honra do Presidente da
República (art. 141, I, c/c art. 145, § único, do CP). 
 Diferentemente do que ocorre com a representação, não há prazo
decadencial para o oferecimento da requisição, podendo esta ocorrer
enquanto não estiver extinta a punibilidade do crime. 
A maioria da Doutrina entende que não cabe retratação dessa requisição, ao
contrário do que ocorre com a representação do ofendido, por não haver
previsão legal e por se tratar a requisição, de um ato administrativo. 
O MP não está vinculado à requisição, podendo deixar de ajuizar a ação
penal. 
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
REQUISIÇÃO 
DO MJ
REQUISIÇÃO AQUI NÃO TEM
SINÔNIMO DE ORDEM 
Trata-se de mera
autorização do MJ para
que o MP possa atuar.
A LEGITIMIDADE É DO
MINISTRO DA JUSTIÇA
PRAZO: NÃO HÁ PREVISÃO
LEGAL.
RETRATAÇÃO: NÃO HÁ
PREVISÃO LEGAL.
Predomina na doutrina
a impossibilidade de
retratação.
C) Ação penal pública privada
É aquela modalidade de ação penal em que o legislador por questão de política
criminal, atribuiu a titularidade à vítima (querelante).
O legislador atribuiu a atitularidade a vítima nesses crimes por entender que
aqui viola-se a intimidade da vitima sendo superior ao interesse público.
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
DIFERENÇAS DA AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO
E A AÇÃO PENAL PRIVADA
A titularidade é do
Estado;
A representação do
ofendido é condição
de procedibilidade;
A ação é iniciada
pela denúncia.
A titularidade é do
ofendido;
O ofendido é
chamado de
querelante e o
autor é o querelado;
Se procede
mediante queixa e
não representação.
APP CONDICIONADA
A REPRESENTAÇÃO
AÇÃO PENAL
PRIVADA
IMPORTANTE! O direito de punir continua sendo do ESTADO, o que se
transfere é a legitimidade para o oferecimento da ação penal.
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
APP CONDICIONADA A
REPRESENTAÇÃO
O OFENDIDO
REPRESENTA
O MP OFERECE A
DENÚNCIA
AÇÃO PENAL
 PRIVADA
O OFENDIDO OFERECE
QUEIXA
O PRÓPRIO OFENDIDO É
QUE INGRESSA EM
JUIZO
IMPORTANTE! A queixa-crime por sua vez é o instrumento de
oferecimento da ação penal privada, que deve ser realizada pelo
querelante (ofendido), devidamente representado por advogado. Ela se
equipara à denúncia na ação penal pública!
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
LEGITIMIDADE DA AÇÃO PENAL PRIVADA
Cabe ao ofendido ou ao seu representante - art. 30, CPP. Mas se o ofendido
morrer ou for declarado ausente, o direito de oferecer queixa ou prosseguir
na ação já intentada passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão
(art. 31, CPP), nesta ordem de preferência.
No caso de ofendidos menores de 18 anos (ou incapazes por outro motivo,
tais como pessoas com enfermidades mentais que lhes restrinjam a
capacidade de entendimento), estes podem ser representados por curador
especial, que pode ser nomeado a requerimento do MP ou até mesmo de
ofício, pelo Juiz.
PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PRIVADA
INDIVISIBILIDADE
Em caso de concurso de agentes, o querelante está
obrigado a oferecer a ação penal contra todos aqueles
que praticaram o fato delituoso contra si. 
O particular possui o direito de desistência da ação
penal privada.
DISPONIBILIDADE
Note, portanto, que a ação penal privada não é regida pela oficialidade,
obrigatoriedade, oficiosidade e autoritariedade, que são princípios
relacionados com a titularidade do estado sobre a ação penal!
OBRIGATORIEDADE DE ADVOGADO
O ofendido irá intentar a ação penal privada diretamente. Entretanto, este em
regra não possui capacidade postulatória, que é a capacidade de praticar atos
processuais, conferida por lei ao advogado. Nesse sentido, é obrigatório que o
querelante se faça representar por advogado para que possa oferecer a ação
penal
iIMPORTANTE! Se o próprio ofendido for advogado (regularmente inscrito
na OAB), poderá representar a si próprio, tendo em vista que não lhe
faltará capacidade postulatória.
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PESSOALIDADE
A ação penal tem que ser oferecida em face do autor do
delito.
O ofendido só irá oferecer queixa pela prestação
jurisdicional se tiver interesse.
OPORTUNIDADE
Se o querelante não dispuser de meios para pagar um advogado em causaprópria, bastará que este comprove sua pobreza para que o juiz nomeie um
advogado que promova a ação penal privada em seu nome.
Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento da parte que
comprovar a sua pobreza, nomeará advogado para promover a ação
penal.
 § 1ºConsiderar-se-á pobre a pessoa que não puder prover às despesas do
processo, sem privar-se dos recursos indispensáveis ao próprio sustento
ou da família.
 § 2º Será prova suficiente de pobreza o atestado da autoridade policial
em cuja circunscrição residir o ofendido.
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ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL PRIVADA
Inicialmente precisamos compreender que existem três espécies: a regular, a
personalíssima e a subsidiaria da pública.
AÇÃO PENAL PRIVADA EXCLUSIVA
É a modalidade de ação penal privada clássica. É aquela na qual a Lei entende
que a vontade do ofendido em ver ou não o crime apurado e o infrator
processado são superiores ao interesse público em apurar o fato. 
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O prazo para ajuizamento da ação penal privada (queixa) é decadencial de
seis meses, e começa a fluir da data em que o ofendido tomou ciência de
quem foi o autor do delito. 
O STF e o STJ entendem que se a queixa foi ajuizada dentro do prazo legal,
mas perante juízo incompetente, mesmo assim terá sido interrompido o
prazo decadencial, pois o ofendido não ficou inerte.
 A queixa pode ser oferecida pessoalmente ou por procurador, desde que se
trate de procuração com poderes especiais, nos termos do art. 44 do CPP.
Caso o ofendido venha a falecer, poderão ajuizar a ação penal:
Cônjuge
Ascendente
Descendente
Irmão
Deve ser respeitada esta ordem
Se já foi ajuizada a ação penal – Possuem o prazo de 60 dias, sob pena de
perempção. 
Se ainda não foi ajuizada a ação penal – O prazo começa a correr a partir
do óbito do ofendido, exceto se ainda não se sabia, nesse momento,
quem era o provável infrator. 
Quando o começa a correr o prazo para estes legitimados? 
O prazo, neste caso, varia: 
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No caso de já ter se iniciado o prazo decadencial de seis meses, com a
morte do ofendido esse prazo recomeça do zero? 
Não. Os sucessores, neste caso, terão como prazo aquele que faltava para o
ofendido. 
Ex.: Se havia transcorrido 04 meses do prazo, os sucessores terão apenas 02
meses para ajuizar a ação penal. 
O ofendido pode renunciar ao direito de ajuizar a ação (queixa), e se o fizer
somente a um dos infratores, a todos se estenderá, por força do art. 49 do
CPP: 
Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos
autores do crime, a todos se estenderá.
A renúncia só pode ocorrer antes do ajuizamento da demanda e pode ser
expressa ou tácita. Com relação à renúncia tácita (decorrente da não inclusão
de algum dos infratores na ação penal), o STJ firmou entendimento no sentido
de que a omissão do querelante (ausência de inclusão de algum dos
infratores) deve ter sido VOLUNTÁRIA, ou seja, ele deve ter, de fato, querido
não processar o infrator. Em se tratando de omissão INVOLUNTÁRIA (mero
esquecimento, por exemplo), não se pode considerar ter ocorrido renúncia
tácita, devendo o MP requerer a intimação do querelante para que se
manifeste quanto aos demais infratores.12 Após o ajuizamento da demanda
o que poderá ocorrer é o perdão do ofendido. Nos termos do art. 51 do CPP:
 Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos,
sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.
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O perdão, à semelhança do que ocorre com a renúncia ao direito de queixa,
também pode ser expresso ou tácito. No primeiro caso, é simples, decorre de
manifestação expressa do querelante no sentido de que perdoa o infrator. No
segundo caso, decorre da prática de algum ato incompatível com a intenção
de processar o infrator (ex.: Casar-se com o infrator). 
O perdão pode ser:
 • Judicial (processual) – quando oferecido pelo querelante dentro do processo
• Extrajudicial (extraprocessual) – quando o querelante oferece o perdão
FORA do processo (não o faz em manifestação processual) Diferentemente da
renúncia, que é ato unilateral (não depende de aceitação), o perdão é ato
bilateral, ou seja, deve ser aceito pelo querelado: 
Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o
querelado será intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita,
devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o seu silêncio
importará aceitação. Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará
extinta a punibilidade. 
Assim, uma vez oferecido o perdão, o querelado será intimado para, em 03
dias, dizer se aceita o perdão, valendo o silêncio como aceitação. 
Todavia, é importante ressaltar que, em razão do princípio da indivisibilidade
da ação penal privada, o perdão oferecido a um dos infratores se estende aos
demais. Porém, se algum deles recusar, isso não prejudica o direito dos
demais. 
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Na ação penal privada pode ocorrer, ainda, a perempção da ação penal, que é
a perda do direito de prosseguir na ação como punição ao querelante que foi
inerte ou negligente no processo. As hipóteses estão previstas no art. 60 do
CPP.
AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA
O direito a esse tipo de ação penal surge quando o MP, no exercício de sua
titularidade da ação penal pública, não cumpre os prazos impostos por lei.
Ou seja: Uma ação penal pública deveria ter sido intentada pelo órgão
ministerial no prazo, e não foi. Com isso, a vítima passa a ter o direito de ela
própria ingressar em juízo, visto que não é obrigada a aguardar
indefinidamente que o MP ofereça a denúncia.
DELITO DE AÇÃO
PENAL 
PÚBLICA É
PRATICADO 
O IP É
FINALIZADO E
ENCAMINHADO
AO MP
O MP PERDE O
PRAZO LEGAL
PARA
MANIFESTAR-SE
SURGE O DIREITO DE AP
PRIVADA SUBSIDIÁRIA
PARA O OFENDIDO
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É importante notar que, embora o MP tenha “pisado na bola” e não tenha se
manifestado em tempo, a ação de origem ainda é pública, e a titularidade da
ação penal pública é do MP, motivo pelo qual o MP ainda possuirá muito mais
influência no trâmite da ação penal privada subsidiária da pública do que ele
possui na ação penal privada comum.
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta
não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a
queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os
termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a
todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como
parte principal
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por fim, não é admissível o perdão do ofendido na ação penal privada
subsidiária da pública, pois se trata de ação originariamente pública, na qual
só se admitiu o manejo da ação privada em razão de uma circunstância
temporal. 
O MP requer a realização de novas diligências 
Promove o arquivamento do IP 
Adota outras providências 
IMPORTANTE! Para que surja o direito de ajuizamento da queixa-crime
subsidiária, é necessário que haja INÉRCIA do MP. Assim, não cabe ação
penal privada subsidiária da pública se: 
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Trata-se de modalidade de ação penal privada exclusiva, cuja única diferença
é que, nesta hipótese, somente o ofendido (mais ninguém, em hipótese
nenhuma!) poderá ajuizar a ação.
 Assim, se o ofendido falecer, nada mais haverá a ser feito, estando extinta a
punibilidade, pois a legitimidade não se estende aos sucessores, como
acontece nos demais crimes de ação privada. Além disso, se o ofendido é
menor, o seu representante não pode ajuizar a demanda. Assim, deve o
ofendido aguardar a maioridade para ajuizar a ação penal privada. 
AÇÃO PENAL PRIVADA PERSONALÍSSIMA

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