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* * * VIROLOGIA * * * Vírus Palavra de origem latina que significa “veneno”; agentes infecciosos vistos somente com auxílio do microscópio eletrônico; 10 a 100 vezes menores que as bactérias; tamanho de 20 a 300 nm (0,02 a 0,3 µm) (1nm = 1 x10-9 m); * * * Vírus Não apresentam a organização complexa das células; constituídos de DNA ou RNA envoltos por uma capa protéica; incapazes de crescer em meios artificiais; replicam-se em células animais, vegetais ou microbianas (parasitas intracelulares obrigatórios); * * * Vírus Exibem o mais alto grau de parasitismo; podem dominar a maquinaria genética da célula hospedeira. * * * Embora o vírus possua um ácido nucléico e seja capaz de se reproduzir, ele não apresenta nenhum outro atributo de um organismo vivo. Portanto, os vírus são seres que se encontram no limite entre o que pode ser considerado vivo ou não-vivo. * * * Definição Os vírus são entidades infecciosas não-celulares cujo genoma pode ser DNA ou RNA. Replicam-se somente em células vivas, utilizando toda a maquinaria de biossíntese e de produção de energia da célula para a síntese e transferência de cópias de seu próprio genoma para outras células. * * * Importância Causam doenças em vertebrados, invertebrados, fungos, bactérias, plantas: humanos: AIDS, resfriado comum, herpes genital, poliomielite, hepatite, etc.; plantas: mosaico do fumo; animais: febre aftosa. * * * Tamanho e morfologia tamanho: 20 a 300 nm; constituído de ácido nucléico envolvido por uma capa protéica denominada capsídeo; o capsídeo pode ser composto de centenas de capsômeros; capsômeros agrupados simetricamente, conferindo formato icosaédrico, helicoidal ou conferindo simetria incerta ou complexa. * * * Estruturas complementares envelope lipoprotéico; espículas (glicoproteínas). * * * cabeça icosaédrica cauda * * * partícula icosaédrica capsídeo (constituído de capsômeros) bastões com simetria helicoidal * * * ácido nucléico capsídeo envelope lipoprotéico espículas * * * Ácidos nucléicos Os vírus possuem DNA ou RNA, mas nunca ambos no mesmo; DNA ou RNA de fita dupla ou de fita única; a quantidade de ácido nucléico pode variar conforme o grupo; vírus pequenos contendo cerca de 3 a 4 genes, enquanto maiores podem possuir várias centenas de genes. * * * Outros componentes químicos proteínas (capa protéica); enzimas (atuam na replicação do vírus); compostos lipídicos (envelope viral); carboidratos (o próprio ácido nucléico contém ribose ou desoxirribose). * * * Replicação reprodução dos vírus dá-se pela replicação; os componentes protéicos e o ácido nucléico são reproduzidos dentro de um hospedeiro; os vírus redirecionam os processos metabólicos da célula hospedeira para produzir novos vírus, em vez de produzir material novo para a célula hospedeira; * * * Processo da infecção celular pelo vírus O vírus ataca a célula hospedeira em sítios específicos; se o vírus entrar completo (com a capa protéica) precisa ocorrer o desnudamento para liberar o ácido nucléico viral; converte a célula em uma “fábrica” para a produção da progênie viral; montagem e maturação; liberação dos novos vírus. * * * 3 tipos de vírus: bacteriófagos (infectam bactérias); de animais; de plantas. * * * Bacteriófagos * * * Composição e morfologia ácido nucléico envolvido por um capsídeo de natureza protéica que protege o genoma de nucleases; três formas básicas: cabeça icosaédrica sem cauda; cabeça icosaédrica com cauda e filamentosa. * * * Ciclo de vida dos bacteriófagos lítico (ou virulento), na qual os fagos destroem a célula hospedeira bacteriana para serem liberados (ciclo lítico); temperado (ou avirulento), na qual o ácido nucléico viral é integrado ao genoma do hospedeiro e não ocorre lise celular, replica-se com a bactéria (processo denominado lisogenia). * * * O Ciclo lítico (etapas) * * * Adsorção fixação do fago a um tipo específico de bactérias - receptores na bactéria conferem esta especificidade; algumas bactérias tornam-se resistentes aos fagos por perderem a capacidade de sintetizar os receptores. * * * Penetração ácido nucléico na cabeça do fago passa através da parede celular para dentro do citoplasma da bactéria; forma mais comum: contração da cauda do fago, “injetando” genoma no interior do hospedeiro, permanecendo para fora portanto, a capa protéica. * * * por onde sai genoma * * * Conversão da célula hospedeira em célula produtora de fagos funções precoces: eventos que envolvem a invasão da célula hospedeira e a síntese do RNAm (mensageiro) viral precoce; funções tardias: incluem a síntese e a montagem do capsídeo. * * * Montagem dos fagos processo que exige proteínas e enzimas específicas (funções tardias); cerca de 25 min após a penetração do genoma do fago, podem ser produzidas de 50 a 1000 partículas de novos fagos, sendo que este número depende principalmente da espécie. * * * Liberação dos fagos produção de uma enzima denominada endolisina, que é responsável pela lise da célula bacteriana, permitindo a liberação dos fagos. * * * * * * O Ciclo lisogênico * * * Adsorção e penetração o genoma de um fago passa para dentro da célula hospedeira pelo mesmo processo do ciclo lítico. * * * Síntese da proteína precoce processo onde determinará se o fago passará por ciclo lítico ou lisogênico; síntese de um repressor que bloqueia todas as funções do ciclo lítico. * * * Integração do genoma viral o genoma do fago é inserido ao DNA do cromossomo bacteriano pela ação de uma enzima codificada pelo fago; quando o genoma viral está inserido no genoma na bactéria, este é denominado profago. * * * O fenômeno da lisogenia a célula hospedeira continua viva e continua a crescer e multiplicar-se, apesar de haver um profago integrado em seu gene; se o repressor for inativado, o fago entra no ciclo lítico, destruindo a célula hospedeira. * * * Agentes infecciosos semelhantes a vírus viróides virusóides prions * * * Prions são pequenas partículas infecciosas de natureza protéica, que resistem à inativação por processos que alteram os ácidos nucléicos; constituem uma exceção ao princípio biológico fundamental de que os ácidos nucléicos seriam os elementos mínimos de caracterização da identidade e vitalidade dos seres; * * * Prions causam doenças neurológicas designadas como encefalopatias espongiformes; três doenças em humanos: kuru; doença de Creutzfeldt-Jakob e síndrome de Gerstmann-Straüssier; encefalopatia espongiforme bovina - “vaca louca”. * * * “Vaca louca” prion se interage com o DNA do animal, produzindo assim maior quantidade dessa proteína modificada; doença grave, não tem cura e é fatal; contaminação por ingestão de rações de carcaças de carneiros infectadas pela proteína; * * * “Vaca louca” a doença provoca degeneração das células cerebrais formando buracos, assemelhando-se a uma esponja; o animal apresenta sintomas de perda de equilíbrio e enfurecimento; não alimentar os animais sujeitos à essa doença com carne é uma das principais medidas de controle.
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