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Subestações de Energia Elétrica I Universidade Federal Fluminense Centro Tecnológico Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Elétrica TEE-04087 Prof. Pablo Mourente Miguel 1/2010 TEE-04087 Aula 01 Principais Tópicos • Subestações Internas, Externas e Blindadas • Esquemas elétricos de manobras – Barramentos simples/múltiplos – Disjuntores simples/múltiplos • Coordenação de Isolamento – Freqüência industrial - Poluição– Freqüência industrial - Poluição – Sobretensões de manobra – Sobretensões de impulso • Arranjo físico de barramentos e equipamentos • Sistemas de serviços auxiliares CA/CC • Sistemas de aterramento • Esquemas básicos de proteção, medição e controle • Especificação de materiais 2 Definição de Subestação • Subestação – Conjunto de equipamentos para: – Manobra; – Transformação; – Compensação de reativos. • Objetivo – Dirigir o fluxo de energia e possibilitar a sua distribuição através de rotas alternativas; • Proteção através de rotas alternativas; • Proteção – Pessoal – evitar o contato de pessoas com pontos energizados, através da segregação das instalações e procedimentos operacionais adequados; – Elétrica – detectar a ocorrência de faltas e desligar e isolar o menor trecho do sistema de modo a eliminar a falta. Classificação das Subestações • Quanto à função – Subestação Transformadora – converte a tensão entre níveis diferentes, • SE Elevadora – quando a tensão é transformada para um nível de tensão mais alto, –Exemplo – Subestação numa usina de geração, eleva a tensão de 13,8 kV para 138 kV; • SE Abaixadora – quando a tensão é transformada • SE Abaixadora – quando a tensão é transformada para um nível de tensão mais baixo, –Exemplo – Subestação industrial, onde a tensão é reduzida de 138 kV para 13,8 kV. – Subestação de Manobra ou Chaveamento • Os circuitos são do mesmo nível de tensão, permitindo derivações e seccionamentos. Classificação das Subestações • Quanto à instalação dos equipamentos – Abrigada ou Interna • Os equipamentos são instalados abrigados dos efeitos climatológicos, como chuva, vento e insolação direta, –Subestações isoladas a ar;– Subestações isoladas a ar; – Subestações isoladas a SF6 – Externa ou ao tempo • Os equipamentos são instalados ao tempo, estando sujeitos às condições ambientais, tais como insolação direta, chuva, vento, poluição, etc... Principais equipamentos de uma Subestação • Barramentos – Rígidos – Flexíveis • Manobra – Chaves • Seccionadoras – Chaves • Seccionadoras • Disjuntores • Transformação – Transformador de Potência – Transformadores de Instrumentação Principais equipamentos de uma Subestação • Compensação de Reativos – Reator em derivação ou série – Capacitor em derivação ou série – Compensador síncrono – Compensador estático • Proteção• Proteção – Pára-raios – Relés – Fusíveis • Medição Arranjo da Subestação • Entrada direta – quando só há um transformador a conexão pode ser direta, sem a necessidade de um barramento • Radial simples – usado em instalações industriais de pequeno e médio porte Arranjo da Subestação • Barramento simples - Aceitável para instalações pequenas, a chave seccionadora permite separar um trecho para manutenção 1 entrada 1 entrada com “bypass” 2 entradas não simultâneas 2 entradas simultâneas Arranjo da Subestação • Barramento simples seccionado – para aumentar a flexibilidade operacional, permitindo desligar um trecho e manter o restante operando. Seccionamento em vazio Seccionamento em carga Arranjo da Subestação • Barramento duplo (ou barra simples com barra de transferência) – Preferido para instalações maiores, a manutenção do barramento pode ser feita sem interrupção de suprimento Arranjo da Subestação • Barramento duplo com barra de transferência – Neste arranjo além do barramento também o disjuntor pode ser isolado para manutenção sem interromper o suprimento. Arranjo da Subestação • Disjuntor duplo – Neste arranjo são usados dois disjuntores por saída de alimentador/linha e assim a manutenção de qualquer disjuntor pode ser feita sem interrupção de suprimento. Arranjo da Subestação • Disjuntor e meio – Neste arranjo utiliza-se três disjuntores para cada duas saídas, ou seja um disjuntor e meio por saída de alimentador/linha. Dessa forma a manutenção de qualquer disjuntor pode ser feita sem interrupção de suprimento. Arranjo da Subestação • Cross-tie – Neste arranjo pode ser efetuada a manutenção do barramento sem interromper o suprimento, para isso as saídas adjacentes são interligadas pelo CROSS-TIE. Arranjo da Subestação • Barramento em anel – Neste arranjo é usado um número de disjuntores igual ao número de saídas, mas se consegue isolar cada disjuntor para manutenção sem interrupção do suprimento. Bibliografia • Mourente Miguel, Pablo – Considerações sobre Conexões Elétricas – 2005 • BBC – Switchgear Manual – Brown, Boveri & CIE – 1975 • Mourente Miguel, Pablo – Considerações sobre o dimensionamento de barramentos – 2005 • Mourente Miguel, Pablo – Coordenação de Isolamento em Linhas e Subestações de Alta Tensão - 2009 • IEEE Std C37.20.1 – IEEE Standard for Metal-Enclosed Low-Voltage Power Circuit Breaker Switchgear - 1993 • Weedy B. M. – Electric Power Systems – Chapter 11 – Overhead Lines and • Weedy B. M. – Electric Power Systems – Chapter 11 – Overhead Lines and Underground Cables – John Wiley & Sons – 1979 • ABNT NBR 5389 – Técnicas de ensaios elétricos de alta tensão – Método de ensaio – 1981 • ABNT NBR 6936 – Técnicas de ensaios elétricos de alta tensão – Procedimento – 1981 • ABNT NBR 6937 – Técnicas de ensaios elétricos de alta tensão – Dispositivos de medição – procedimento – 1981 • ABNT NBR 5282 – Capacitores de Potência em derivação para sistemas de tensão nominal acima de 1000 V • ABNT NBR IEC 62271-100 – Equipamentos de Alta-Tensão – Parte 100: Disjuntores de alta-tensão de corrente alternada 17 Bibliografia • IEEE Std 1313.1 – IEEE Standard for insulation Coordination – Definitions, Principles and Rules – 1996 (R2002) • IEEE std 1313.2 – IEEE Guide for the Application of Insulation Coordination – 1999 • IEEE Std C37.99-2000 – IEEE Guide for the Protection of Shunt Capacitor Banks • IEEE Std. 824-1994 – IEEE Standard for Series Capacitors in Power Systems • ER – Reatores – Tipo seco com núcleo de ar – catalogo ago/88 • IEEE Std 998-1996 – IEEE Guide for Direct Lightning Stroke Shielding of SubstationsSubstations • IEEE Std 1243 – IEEE Guide for Improving the Lightning Performance of Transmission Lines • IEEE Std 522 – IEEE Guide for Testing Turn Insulation of Form-Wound Stator Coils for Alternating-Current Electric Machines – 2004 • IEEE Std C62.22-1997 IEEE Guide for the Application of Metal-Oxide Surge Arresters for Alternating-Current Systems • IEEE Std C37.013 –1997 – IEEE Standard for AC High-Voltage Generator Circuit Breakers Rated on a Symmetrical Current Basis – 1997 Bibliografia • IEC 60071-1 (1993) – Insulation coordination – Part I – General definitions and test requirements • IEC 60071-2 (1996) – Insulation coordination application guide • IEC 60099-1 (1991) Surge Arresters – Part 1 – Non-linear resistor type gapped arresters for AC systems • IEC 60099-1 (1991) Surge Arresters – Part 4 – Metal-oxide arresters without gaps for AC systems Avaliação → Notas • Primeira prova → P1 (10,0) – Assunto: circuitos de corrente contínua, circuitos magnéticos, circuitos de corrente alternada – Data sugerida: 05/05/2010 (quarta-feira) • Segunda prova → P2 (10,0)• Segunda prova → P2 (10,0) – Assunto: transformadores, geradores e motores decorrente contínua, máquinas elétricas girantes, instalações elétricas, luminotécnica – Data sugerida: 23/06/2010 (quarta-feira) 20 Avaliação → Notas • Média = (P1 + P2)/2 – Média ≥ 6,0 → APROVADO – Média < 4,0 → REPROVADO – 4,0 ≤ Média < 6,0 → VERIFICAÇÃO SUPLEMENTAR • Verificação suplementar → VS (10,0)• Verificação suplementar → VS (10,0) – Assunto: todo o conteúdo ministrado – Data sugerida: 08/12/2009 – VS ≥ 6,0 → APROVADO – VS < 6,0 → REPROVADO 21 Avaliação → Notas • Média Final = Média ou VS • Reposição – Consultar Resolução CEP/UFF No 294 de 27/09/2006 (Regulamento de Cursos de Graduação)(Regulamento de Cursos de Graduação) 22 Avaliação → Freqüência • Conforme Resolução CEP/UFF No 294 de 27/09/2006 (Regulamento de Cursos de Graduação): – O aluno estará aprovado por freqüência (f) se comparecer a pelo menos 75% das aulas dadascomparecer a pelo menos 75% das aulas dadas • Se f ≥ 75% → APROVADO • Se f < 75% → REPROVADO 23 Subestações de Energia Elétrica I Universidade Federal Fluminense Centro Tecnológico Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Elétrica TEE-04087 Prof. Pablo Mourente Miguel 1/2010 TEE-04087 Aula 02 Principais Tópicos • Subestações Internas, Externas e Blindadas • Esquemas elétricos de manobras – Barramentos simples/múltiplos – Disjuntores simples/múltiplos • Coordenação de Isolamento – Freqüência industrial - Poluição– Freqüência industrial - Poluição – Sobretensões de manobra – Sobretensões de impulso • Arranjo físico de barramentos e equipamentos • Sistemas de serviços auxiliares CA/CC • Sistemas de aterramento • Esquemas básicos de proteção, medição e controle • Especificação de materiais 2 Caracterização do isolamento de equipamentos Classificação do equipamento quanto ao nível de tensão: Classe I que compreende Média Tensão (1 a 72,5 kV) e Alta Tensão (72,5 a 242 kV) Estes isolamentos são dimensionados a partir de: • Tensão suportável de curta duração na freqüência industrial• Tensão suportável de curta duração na freqüência industrial • Tensão suportável frente a impulso atmosférico (BIL) Classe II – Extra Alta Tensão – acima de 242 kV Os isolamentos da classe II , são dimensionados a partir de: • Tensão suportável frente a sobretensão de manobra (BSL) • Tensão suportável frente a impulso atmosférico (BIL) Coordenação de Isolamento Coordenação de Isolamento A coordenação de isolamento consiste em escolher a suportabilidade dos isolamentos acima das sobretensões esperadas para o sistema, de tal modo a obter-se um risco de falha aceitável. O conceito de risco aceitável depende de considerações econômicas sobre o custo dos equipamentos e de continuidade de serviço. Esse risco pode ser expresso em termos de desligamentos por ano ou probabilidade de falha. Coordenação de Isolamento Definição das margens de proteção A razão de proteção é definida como a relação entre o valor nominal atribuído à suportabilidade do isolamento frente a um determinado tipo de sobretensão e ao valor de sobretensão desse tipo que pode aparecer no equipamento. Define-se então uma razão de proteção para impulso atmosférico, para sobretensão de manobra, para frente de onda e para freqüência industrial, sendo essa razão dada por: ISOLVPR V = onde VISOL- Suportabilidade nominal atribuída ao isolamento ou equipamento, VST - Valor de sobretensão calculado para o sistema. A margem de proteção será então expressa em percentagem, sendo dada por: ISOL ST PR V = ( )PM 100 PR 1 %= × − Coordenação de Isolamento Vm Tensão máxima do sistema Fase-fase (kVrms) Tensão suportável na freqüência industrial Fase-Terra (kVrms) BIL Nível Básico de Isolamento frente a impulso Fase-Terra (kVcrista) 15 34 95110 26,2 50 150 36,2 70 200 48,3 95 250 72,5 95140 250 35072,5 140 350 121 140 185 230 350 450 550 145 230 275 325 450 550 650 169 230 275 325 550 650 750 242 275 325 360 395 480 650 750 825 900 1050 Coordenação de Isolamento Vm Tensão máxima do sistema Fase-fase (kVrms) BIL Nível Básico de Isolamento frente a impulso Fase-Terra (kVcrista) BSL Nível Básico de Isolamento frente a surto de manobra Fase-Terra (kVcrista) 362 900 975 1050 1175 1300 650 750 825 900 9751300 9751050 550 1300 1425 1550 1675 1800 1175 1300 1425 1550 800 1800 1925 2050 1300 1425 1550 1675 1800 Coordenação de Isolamento Coordenação de isolamento frente a sobretensões temporárias Esse tipo de sobretensão é essencialmente uma solicitação na freqüência industrial, sendo caracterizado por amplitude e duração. A origem dessas sobretensões pode ser: • Ocorrência de faltas (principalmente faltas fase-terra); • Rejeição de carga; • Energização de transformadores;• Energização de transformadores; • Ressonância e ferro-ressonância. Deve ser notado que os pára-raios não são destinados a limitar as sobretensões temporárias, posto que a energia dissipada será muito elevada. Em alguns casos especiais podem ser instalados associações de pára-raios em paralelo para limitar essas sobretensões, mas nesse caso trata-se de pára-raios especialmente dimensionados para essa função. Coordenação de Isolamento Sobretensões temporárias causadas por faltas A ocorrência de uma falta assimétrica provoca o surgimento de uma sobretensão temporária na freqüência industrial entre fase e terra, nas fases não afetadas pelo defeito. A origem mais freqüente dessas sobretensões é uma falta fase-terra, quando aparece uma sobretensão nas outras duas fases do sistema. A amplitude e duração dessa sobretensão depende do aterramento do sistema: • Efetivamente aterrado – A amplitude da sobretensão temporária é expressa pelo fator de falta a terra, sendo dado pelo valor em pu da tensão nas fases não afetadas (k=1,3) e duração inferior a 1 segundo;não afetadas (k=1,3) e duração inferior a 1 segundo; • Aterramento ressonante - e duração inferior a 10 segundos. Durante as operações de eliminação de faltas, pode ocorrer que um trecho isolado do sistema venha a ficar não efetivamente aterrado. Nesse caso um defeito fase-terra nesse trecho isolado levaria a sobretensões elevadas. Para evitar essa ocorrência recorre-se ao aterramento rápido dos pontos de neutro ou à instalação de pára-raios no neutro, cujo objetivo é ligar o neutro à terra durante a ocorrência de defeito e assim permitir o funcionamento das proteções. A energia dissipada pelo pára-raios deve ser avaliada, posto que esse pára-raios irá conduzir a corrente capacitiva do sistema durante o tempo necessário à atuação das proteções e deve levar-se em conta a possibilidade de a eliminação da falta ser efetuada pela proteção de retaguarda. k 3≥ Coordenação de Isolamento Sobretensões temporárias causadas por rejeição de carga As sobretensões originadas por rejeição de carga dependem da topologia do sistema, principalmente depois da rejeição. Dependem também dos reguladores de tensão e velocidade dos geradores e da quantidade de carga rejeitada. O cálculo das sobretensões devidas à rejeição de carga está fora do escopo deste texto, por isso serão estabelecidos apenas os parâmetros básicos para a consideração das sobretensões. • Estação de Geração – No caso de rejeição total de carga a sobretensão pode atingir a 1,5 pu com uma duração de até 3 segundos. A pode atingir a 1,5 pu com uma duração de até 3 segundos. A sobretensão observada nos disjuntores (sobretensão longitudinal) será a diferença entre a sobretensão fase-terra no lado da geração e a tensão fase-terra no lado do sistema. Em situação de oposição de fase asobretensão longitudinal pode alcançar a 2,5 pu; • Subestação do sistema – Normalmente a sobretensão por rejeição de carga fica limitada a 1,2 pu com duração da ordem de segundos. Em sistemas com linhas longas a sobretensão pode alcançar a 1,5 pu. A sobretensão longitudinal é normalmente igual à sobretensão fase-terra, a menos que existam geradores ou grandes motores, quando pode vir a ocorrer uma situação de oposição de fase. Coordenação de Isolamento Coordenação de Isolamento Sobretensões temporárias provocadas por ferro-ressonância Estas sobretensões aparecem devido a alguma mudança na topologia do circuito, por uma manobra ou uma falta, que faz com que a capacitância de elementos do sistema (linhas, cabos e capacitores série) entre em ressonância com a indutância de elementos não lineares (transformadores e reatores shunt). Um caso típico é a ressonância entre os capacitores de gradação de tensão em ressonância entre os capacitores de gradação de tensão em disjuntores com a indutância de transformadores. Essa sobretensões podem alcançar valores em torno de 3 pu e persistir até que o sistema seja desligado ou efetuada uma nova manobra. Devem ser evitadas fazendo-se que a freqüência de ressonância não seja alcançada, por alteração do sistema ou por meio de resistores de dissipação. Esta situação será abordada mais adiante. Coordenação de Isolamento Sobretensões temporárias causadas pela energização de transformadores A energização de transformadores provoca o surgimento da corrente de “inrush” e sobretensão nos terminais do transformador. Essa situação pode durar alguns segundos e a amplitude pode variar de 1,5 a 2,0 pu. Este assunto será abordado mais adiante. Gaps, Cadeias e Colunas de Isoladores Caracterização das Sobretensões •Tensão Máxima de Operação (Vm=0,9 a 1,05 Vnom) •Temporária •Duração de segundos a minutos •Transitória •Duração inferior a ms •Impulso•Impulso •Tempo de crista de 0,1 a 20 µs •Tempo de cauda < 300 µs •Manobra •Tempo de crista de 20 a 5000 µs •Tempo de cauda N 20000 µs •Frente Rápida de Curta Duração •Surto com sinais de altas freqüências superpostas Sobretensão - Impulso Tempo de crista de t1 = 0,1 a 20 µs Tempo de cauda t2 < 300 µs padronizado – 1,2 x 50 µs ( )90 301 90 30t tt 1,667 t t0,90 0,30 − = ≈ − − . Sobretensão – Impulso Cortado Tempo de corte de 2 a 6 µs A oscilação de polaridade reversa deve ser inferior a 20% da crista . Sobretensão – Impulso - Espectro . Sobretensão - Manobra Tempo de crista de t1= 20 a 5000 µs Tempo de cauda t2< 20000 µs padronizado – 250 x 2500 µs . ( ) 90 30 1 1 90 30 t t t 0,90 0,30 t 1,667 t t − = − ≈ − Sobretensão – Frente Rápida de Curta Duração Crista de t1= 3 a 100 µs Cauda t2< 3000 µs Freqüência superposta: f1 = 0,3 a 100 MHz f2 = 30 a 300 kHz . Suportabilidade de Isolamentos Os isolamentos são caracterizados por uma suportabilidade nominal do isolamento, essa suportabilidade é definida por valores padronizados e comprovados através de ensaios. Os valores definidos são: •BIL ou NBI – Nível básico de Isolamento frente a impulso atmosférico;atmosférico; •BSL – Nível básico de isolamento frente a sobretensões de manobra; •Tensão suportável – Nível de tensão suportável frente a tensão na freqüência industrial. Suportabilidade de Isolamentos Os isolamentos podem ser classificados em: •Auto-regenerativos – isolamento que recupera integralmente a capacidade isolante após sofrer uma descarga disruptiva, geralmente trata-se de isolamentos gasosos, ar ou SF6; •Não auto-regenerativo – isolamento que perde total ou •Não auto-regenerativo – isolamento que perde total ou parcialmente a capacidade isolante após sofrer uma descarga disruptiva, geralmente trata-se de isolamentos sólidos. Suportabilidade de Isolamentos A suportabilidade pode ser definida em termos de: •Valor convencional - valor da sobretensão que aplicada ao isolamento não deve provocar nenhuma evidência de descarga; •Valor estatístico – valor da sobretensão para o qual o isolamento apresenta uma dada probabilidade de suportar, por exemplo: •BIL estatístico - valor correspondente a 90% de probabilidade de ser •BIL estatístico - valor correspondente a 90% de probabilidade de ser suportado, ou seja, com probabilidade de falha de 10%; •BSL estatístico - valor correspondente a 90% de probabilidade de ser suportado, ou seja, com probabilidade de falha de 10%; •Tensão suportável estatística – Valor da tensão na freqüência industrial correspondente a uma dada probabilidade de falha, geralmente 0,1%. Influência da Polaridade Isolamento auto regenerativo Quando o material recupera as suas características dielétricas sem a necessidade de intervenção. A polaridade é definida pelo eletrodo submetido à maior intensidade de campo elétrico. Em isolamentos auto regenerativos, como ar e SF6, a polaridade positiva leva a menores valores para a tensão de descarga. submetido à maior intensidade de campo elétrico. No caso da figura, V1>V2 -> pol + V1<V2 -> pol - Tratamento estatístico de um isolamento • Nos isolamentos não auto-regenerativos se admite que a probabilidade de suportar uma tensão igual ou inferior ao valor atribuído de BIL ou BSL seja de 100% e para valores superiores seja zero. • Para isolamentos auto-regenerativos a suportabilidade pode ser descrita por uma distribuição de probabilidades acumuladas de Gauss, caracterizada por U (valor médio) e σ (desvio padrão). Gauss, caracterizada por U50 (valor médio) e σ (desvio padrão). Essa curva é considerada válida para até quatro vezes o desvio padrão abaixo do valor médio. • Os valores que caracterizam essa distribuição são obtidos a partir de métodos de ensaio prescritos em normas especificas. • O valor de BIL e BSL é por definição correspondente a 10% de probabilidade de disrupção é dado por: 50V(P 10%) U 1,28= = − σ Tratamento estatístico de um isolamento Experimentalmente considera-se o desvio padrão dado por: • Para impulso atmosférico - • Para sobretensões de manobra em linhas e torres - • Para sobretensões de manobra em subestações - Adicionalmente para a avaliação da taxa de desligamentos 500, 03 Uσ ≈ 500, 05 Uσ ≈ 500, 07 Uσ ≈ Adicionalmente para a avaliação da taxa de desligamentos frente a sobretensões de manobra é definido um valor de tensão estatisticamente suportável, correspondente a 3 desvios padrão abaixo de U50,ou seja , correspondente a uma probabilidade de falha abaixo de 0,1 %. 3 50V U 3= − σ Caracterização do isolamento de equipamentos Classificação quanto ao nível de tensão: Classe I que compreende Média Tensão (1 a 72,5 kV) e Alta Tensão (72,5 a 242 kV) Estes isolamentos são dimensionados a partir de: • Tensão suportável de curta duração na freqüência industrial• Tensão suportável de curta duração na freqüência industrial • Tensão suportável frente a impulso atmosférico (BIL) Classe II – Extra Alta Tensão – acima de 242 kV Os isolamentos da classe II , são dimensionados a partir de: • Tensão suportável frente a sobretensão de manobra (BSL) • Tensão suportável frente a impulso atmosférico (BIL) Gaps, Cadeias e Colunas de Isoladores Distancia mínima das partes vivas da instalação A distancia mínima de qualquer trecho energizado da instalação, que não esteja protegido contra acessos indevidos, deverá ser conforme indicado na tabela. Distancia mínima (mm) 72,5 kV 145 kV 245 kV 420 kV72,5 kV 145 kV 245 kV 420 kV altura da base do isolador 2250 2250 2250 2250 terra e parte viva mais baixa 3000 3770 4780 5480 entre fases 1050 1300 21004200 entre fase e terra 630 1300 2100 3400 para a parte viva mais próxima 3000 3270 4280 4980 Influência das condições ambientais Os valores de suportabilidade de tensão são referidos às seguintes condições ambientais: • Segundo IEC e ABNT Temperatura do ar – Pressão atmosférica – 0 20 CΘ = ° 5 0b 1013mbar 1,013 10 Pa 760mmHg= = × =Pressão atmosférica – Umidade absoluta – • Segundo IEEE Temperatura do ar – Pressão atmosférica – Umidade absoluta – 0b 1013mbar 1,013 10 Pa 760mmHg= = × = 0 3 gh 1 1 m = 5 0b 1013mbar 1,013 10 Pa 760mmHg= = × = 0 25 CΘ = ° 0 3 gh 15 m = Influência das condições ambientais A suportabilidade do isolamento é afetada por: •Densidade do ar; •Poluição; •Umidade; Influência da densidade do ar A densidade relativa do ar é considerada igual a 1, nas condições de referência da IEC- ABNT, assim a variação é relacionada com a pressão e a temperatura: sendo b – pressão atmosférica expressa em mbar e Θ a temperatura expressa em °C. A variação da pressão atmosférica com a altitude, expressa em km, é dada por: e assim pode-se estabelecer a relação entre a densidade do ar e a altitude. 0 , 28924 b 273 δ = + Θ 0,116 hb 1013 e mbar−= 1000 mbar=100 kPa e assim pode-se estabelecer a relação entre a densidade do ar e a altitude. A tensão suportável varia com a densidade relativa do ar sendo expressa por • Na freqüência industrial onde d – distância do isolamento ou comprimento da cadeia. ( ) ( )50 50U U 1βδ = δ δ = 1 para d 1 m d1 para 1 d 7m 7 0 para d 7 m β = ≤ β = − < < β = > Influência da densidade do ar A densidade relativa do ar é considerada igual a 1, nas condições de referência da IEC- ABNT, assim a variação é relacionada com a pressão e a temperatura: sendo b – pressão atmosférica expressa em mbar e Θ a temperatura expressa em °C. A variação da pressão atmosférica com a altitude, expressa em km, é dada por: e assim pode-se estabelecer a relação entre a densidade do ar e a altitude. 0 , 28924 b 273 δ = + Θ 0,116 hb 1013 e mbar−= 1000 mbar=100 kPa e assim pode-se estabelecer a relação entre a densidade do ar e a altitude. A tensão suportável varia com a densidade relativa do ar sendo expressa por • Para surtos de manobra onde ( ) ( )m50 50U U 1δ = δ δ = ( )0 0m 1, 25 G G 0, 2= − 50 0 U G 500 d = Influência da umidade O aumento de umidade provoca um aumento na tensão suportável frente a impulso atmosférico e sobretensões de manobra, a não ser nos casos em que existe a possibilidade de condensação na superfície do isolamento (como nas cadeias de isoladores). Nos valores de suportabilidade frente a freqüência industrial, principalmente nos casos em que a poluição é o fator determinante principalmente nos casos em que a poluição é o fator determinante não se aplica a correção pela variação de umidade. Carta Psicrométrica Influência da Poluição Quando existe poluição o isolamento na freqüência industrial pode vir a tornar-se o critério principal de dimensionamento. A descarga disruptiva sob os efeitos da poluição se dá no isolamento externo, por uma descarga na interface entre o isolamento sólido (vidro, porcelana, etc.) e o ar. Para isso existe a necessidade das seguintes condições simultaneamente: • Contaminação da superfície do isolador; • Umidade depositada na superfície do isolador provocada por chuva leve, orvalho, neblina ou condensação, mas de tal forma que não ocorra a limpeza e remoção da camada poluente depositada. Influência da Poluição • Contaminação da superfície do isolador; • Umidade depositada na superfície do isolador provocada por chuva leve, orvalho, neblina ou condensação, mas de tal forma que não ocorra a limpeza e remoção da camada poluente depositada. A mistura dos poluentes com a umidade produz um filme condutor, e uma corrente circula pela camada poluente. Ocorre a condutor, e uma corrente circula pela camada poluente. Ocorre a secagem de pequenas regiões. Nessas regiões secas aparecerá então a tensão total entre fase e terra, o que provoca a formação de um arco sobre essa pequena região seca. Com o calor gerado pelo arco a região seca se expande a eventualmente o arco é longo o suficiente para acabar provocando uma descarga. Influência da Poluição A contaminação reduz a suportabilidade do isolamento frente à freqüência industrial, assim determina-se através de ensaios a distribuição de probabilidades que caracteriza o isolamento sob condições padronizadas de contaminação. A distribuição de probabilidade ajustada é uma distribuição de Gauss, caracterizada por . Uma vez que a solicitação máxima imposta ao isolamento será a tensão fase- terra, considerando também as sobretensões temporárias, o critério de projeto vem a ser, fazer com que a solicitação máxima fique abaixo do valor da tensão 50 f 50U e 0,10 Uσ ≈ vem a ser, fazer com que a solicitação máxima fique abaixo do valor da tensão suportada estatística (V3) que corresponde a uma probabilidade de falha igual a 0,1%, sendo dada por . Assim faz-se com que a maior tensão entre fase e terra, incluindo as sobretensões temporárias, seja menor ou igual à tensão suportada estatística. A maior sobretensão temporária na freqüência industrial entre fase e terra ocorre ou por falta fase-terra ou por rejeição de carga. Essa sobretensão varia de 60% a 105% da tensão nominal entre fases do sistema. 3 50 f 50V U 3 0,7 U= − σ ≈ Severidade da poluição A contaminação da superfície do isolador pode ocorrer por poluição industrial ou por depósito de sal proveniente da proximidade do mar. Em qualquer situação os contaminantes formam uma película condutora e por facilidade foi padronizado representar a severidade da poluição pela densidade equivalente de deposito salino (ESDD) que produz a mesma resistividade da película condutora. A condutividade da película condutora é aproximadamente 100 vezes a ESDD e a salinidade expressa em kg/m3 aproximadamente 140 vezes a ESDD. Severidade da poluição no local ESDD (mg/cm2) CIGRE IEEEpoluição no local CIGRE IEEE Nenhuma 0,0075 – 0,0015 Muito leve 0,0015 – 0,03 0 – 0,03 Leve 0,03 – 0,06 0,03 – 0,06 Media – Moderada 0,06 – 0,12 0,06 – 0,10 Elevada 0,12 – 0,24 > 0,10 Muito Elevada 0,24 – 0,48 Excepcional > 0,48 Influência da Poluição Suportabilidade do isolamento frente a poluição segundo IEEE A suportabilidade do isolamento é expressa em , sendo definida pela relação entre a tensão suportável e a distância de escoamento. A distância de escoamento é medida ao longo da superfície do isolador, sendo que o isolador de disco padrão de 146 mm x 254 mm apresenta uma distância de escoamento de 292 mm. Os isoladores anti-poluição apresentam uma distância de escoamento da ordem de 432 a 600 mm. Influência da Poluição Classificação ESDD (mg/cm2) Isoladores padrão (kVfase-terra/mm) Isoladores anti-poluição (kVfase-terra/mm) Cadeia I Cadeia V Cadeia I Cadeia V Muito leve 0,03 86,9 98,6 91 99 Leve 0,06 67,5 82,0 74 88 Moderada 0,10 59,3 74,8 64 82 Elevada 0,40 49,3 66,0 56 73 Tensão nominal Número de isoladores de disco padrão necessários conforme severidade da poluição nominal do sistema (kV) Muito Leve Leve Moderada Elevada Cadeia I Cadeia V Cadeia I Cadeia V Cadeia I Cadeia V Cadeia I Cadeia V 138 6 6 8 7 9 7 11 8 161 7 7 10 8 11 9 13 10 230 11 10 14 12 16 13 19 15 345 16 15 21 17 24 19 29 22 500 25 22 32 27 37 29 44 33 765 36 32 47 39 53 42 64 48 Influência da Poluição Suportabilidade do isolamento frente a poluição segundo CIGRE O método de dimensionamento proposto pelo CIGRE se baseia na determinaçãode uma distância de escoamento especifica (LC) para cada tensão, que é determinada a partir da severidade da poluição, ou seja, da ESDD. Nesses ensaios foi definida a tensão suportável como correspondendo a uma probabilidade de falha de 5 a 10% mais uma margem de segurança de 25% e não a definição padronizada de tensão suportada estatística (V3). Pode-se no entanto, estabelecer uma correlação entre a tensão suportada usada nos entanto, estabelecer uma correlação entre a tensão suportada usada nos ensaios de poluição dos métodos CIGRE com a tensão suportada estatística, e assim o dimensionamento pela metodologia do CIGRE leva a um dimensionamento mais conservador, com uma distância de isolamento maior. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 50 f 50 50 f 50 3 50 f 50 V 5% Mseg de 25% 0,75 V 5% 0,75 U 1,64 0,627 U V 10% Mseg de 25% 0,75 V 10% 0,75 U 1, 28 0,654 U V V 0,1% U 3 0,7 U − = = − σ = − = = − σ = = = − σ = Influência da Poluição Os resultados obtidos variam de acordo com o método usado nos ensaios: •Método da névoa salina onde Sa - densidade de sal na água usada no teste, expressa em kg/m3; •Método Kieselguhr 0,224 0,224 C aL 2,34 S 7,09 ESDD= = 0,387 0,387 C wL 1, 42 8,15 ESDD= σ = onde σW - condutividade da película superficial no isolador, expressa em µS; •Método da suportabilidade de névoa 0,387 0,387 C wL 1, 42 8,15 ESDD= σ = 0,246 CL 7, 14 ESDD= Influência da Poluição Suportabilidade do isolamento frente a poluição segundo IEC A norma IEC 60071-2 [1] recomenda uma distância de escoamento para isoladores cerâmicos ou de vidro em função da severidade da poluição. Severidade da poluição Exemplos de situações que apresentam o grau de severidade descrito Distância mínima de escoamento especifica (mm/kVfase-terra) I Leve •Áreas sem industrias e com baixa densidade residencial •Área com baixa densidade de industrias ou residências, mas sujeita a freqüentes chuvas e ventos •Áreas agrícolas •Áreas montanhosas •Todas estas áreas devem ser situadas a pelo menos 10 a 20 km do litoral e não diretamente expostos a ventos do oceano 27,7 Áreas com industrias com pouca produção de fumaça ou densidade [1] IEC 60071-2 (1996) – Insulation coordination application guide II Média ou Moderada •Áreas com industrias com pouca produção de fumaça ou densidade residencial média •Áreas com alta densidade de industrias ou residências, mas sujeita a freqüentes ventos ou chuvas •Áreas expostas a ventos do oceano, mas distantes alguns quilômetros do litoral 34,6 III Elevada •Áreas com elevada densidade de industrias e residências •Áreas próximas ao litoral ou expostas a fortes ventos oceânicos 43,3 IV Muito elevada •Áreas de extensão geralmente moderada, sujeitas à precipitação de poeira condutiva produzindo depósitos espessos •Áreas de extensão geralmente moderada, muito próximas ao litoral e sujeitas a fortes ventos oceânicos e névoa salina •Áreas desérticas, caracterizadas por longos períodos sem chuva e submetidas a ventos fortes carregando sal e areia e sujeitas a regularmente a condensação 53,7 Influência da Poluição Comparação dos métodos de dimensionamento Os métodos anteriormente descritos levam a resultados ligeiramente diferentes, na tabela pode ser vista uma comparação dos resultados. ESDD (mg/cm2) CIGRE (mm/kVfase-terra) IEEE Névoa limpa (mm/kVfase-terra) IEC (mm/kVfase-terra)Névoa salina Kieselguhr Suportabilidade névoa 0,03 32 22 30 23 27,70,03 32 22 30 23 27,7 0,06 38 29 36 30 34,6 0,10 42 35 41 34 43,3 0,40 58 60 57 41 53,7 Métodos de melhorar o desempenho frente à poluição • Isoladores antipoluição – São isoladores com desenho especial apresentando o mesmo comprimento e diâmetro do isolador padrão, mas apresentando uma distância de escoamento bastante superior da ordem de 430 a 600 mm; • Acabamento superficial repelente a água - costumam aumentar a tensão suportável em 40%; • Engraxamento – a superfície do isolador é recoberta por graxa a base de silicone ou petróleo, o que torna a superfície repelente a água e retém a poluição, assim após alguns anos a graxa fica saturada e precisa ser removia e efetuada uma reaplicação;efetuada uma reaplicação; • Limpeza por meio de jatos de água ou mecânica; • Isoladores recobertos com borracha vulcanizada repelente a água; • Isoladores com camada semicondutora superficial – consiste em fazer com que a camada superficial apresente uma certa condutividade, assim circula uma corrente de fuga por essa camada o que impede a condensação e umidificação da camada poluente. Influência da altitude no número de isoladores Como o critério de projeto para poluição se baseia em U50 (seja através da tensão suportada estatística V3 usado pelo IEEE, seja pelo critério de V5%-Mseg 25% proposto pelo CIGRE) a redução desse valor faz com que seja necessário aumentar o número de isoladores. Em principio a correção no número de isoladores irá depender da altitude e da distância de isolamento, sendo dada por Para d≤1m ⇒ β=1, para 1<d<7 ⇒ β=1-d/7 e para d>7 m ⇒ β=0 O IEEE propõe que a correção do número de isoladores seja efetuada através da ( ) ( ) 0,116 hN h N 0 e β= O IEEE propõe que a correção do número de isoladores seja efetuada através da seguinte expressão: onde h – altitude expressa em km, N(h) - número de isoladores necessários na altitude h, N(0) - número de isoladores necessários ao nível do mar. Pode-se verificar que essa correção é baseada em uma cadeia de isoladores média de 14 unidades, correspondente a cerca de 2 m de comprimento. ( ) ( ) h14N h N 0 e= Suportabilidade frente a sobretensões de impulso atmosférico A suportabilidade do ar frente a sobretensões de impulso atmosférico é menor quando a polaridade da sobretensão é negativa [1]. A suportabilidade do isolamento frente a sobretensões de impulso atmosférico depende da distância de isolamento e do tempo de frente da onda aplicada. Para a onda de impulso padronizado com onda 1,2 x 50 µs, tem-se que a suportabilidade pode ser aproximadamente padronizado com onda 1,2 x 50 s, tem-se que a suportabilidade pode ser aproximadamente dada por: [1] Polaridade negativa significa que o eletrodo com maior intensidade de campo elétrico, usualmente o eletrodo mais assimétrico apresenta tensão menor em relação ao outro eletrodo. 50 50 U 1250 d 0, 02 U = σ = Suportabilidade frente a sobretensões de impulso atmosférico No caso de uma cadeia de isoladores a suportabilidade pode ser aproximada por: onde V - tensão suportável da cadeia = + isol 0,75 710V 400 d t Visol- tensão suportável da cadeia de isoladores (kV); tf- tempo de descarga entre 0,5 e 16 µs; d- comprimento da cadeia de isoladores (m). Suportabilidade frente a sobretensões de impulso atmosférico No entanto as distâncias de isolamento frente a impulso a serem usadas no projeto de subestações, são baseadas em valores de no máximo 500 kV/m. Na tabela podem ser vistas as distâncias recomendadas pela IEC 60071-2. BIL (kV) Distância mínima recomendada no ar (mm) Haste - Estrutura Condutor - Estrutura 30 40 60 75 95 60 60 90 120 160 125 145 220 270145 170 250 325 270 320 480 630 450 550 650 750 850 900 1100 1300 1500 1700 1600 950 1050 1175 1300 1425 1900 2100 2350 2600 2850 1700 1900 2200 2400 2600 1550 1675 1800 1950 2100 3100 3350 3600 3900 4200 2900 3100 3300 3600 3900 Suportabilidade frente a surtos de manobra O aspecto mais importante das sobretensões de manobra é o tempo de frente, posto que a suportabilidade do isolamento apresenta um mínimo para um determinado tempo defrente da onda aplicada. O tempo de frente para o qual esse mínimo ocorre é denominado frente de onda critica (CWF), sendo expresso numericamente por: onde d - distância de isolamento expressa em metros. CWFt 50 d s= µ Suportabilidade frente a surtos de manobra A suportabilidade frente a surtos de manobra é caracterizada por uma distribuição de probabilidades caracterizada por U50 e σ≈0,05.U50 . Desses dois valores pode-se obter as tensões normalmente nos estudos de isolamento, a saber: ( ) ( )50 50 50BSL U 10% U 1, 28 U 1 1, 28 0, 05 0,936 U= = − σ = − × = ( ) ( )3 50 50 50V U 3 U 1 3 0, 05 0,85 U U 0,1%= − σ = − × = ≈ Para cadeias de isoladores o valor de U50 pode ser estimado a partir de resultados obtidos em laboratório, sendo dado aproximadamente por: Para cadeias de isoladores o valor de U50 pode ser estimado a partir de resultados obtidos em laboratório, sendo dado aproximadamente por: 50 g 3400U k kV 81 d = + iso ld 0,95 n 0, 146= × × Onde kg – fator de forma nisol – número de isoladores Suportabilidade frente a surtos de manobra Para cadeias de isoladores em V, o fator de forma é dado por: O fator de forma, depende da torre usada e será dado por: Fase lateral Fase Central 8w d g hk 1, 25 0, 005 6 0, 25 e 0, 2 d − = + − + − gL gk 1, 08 k= Suportabilidade frente a surtos de manobra Para as cadeias em I a distância de isolamento é obtida de forma diferente, uma vez que o condutor sofre efeito dos ventos e pode ficar mais próximo da estrutura. A distância de isolamento será o menor dos seguintes valores: Comprimento da cadeia - distância para a lateral da torre, neste caso há que considerar-se o possível deslocamento pelo vento, que é expresso por isold 0,95 n 0,146= × × ( )d l d sen= − α ( )1 1,61tg k v−α = r – raio do condutor (cm), W – peso do condutor (kg/m), X – vão de vento (m), Y – vão de peso (m). ( )1 1,61tg k vα = 4 1 2r Xk 1,138 10 W Y − = × Suportabilidade frente a surtos de manobra No caso de linhas compactas onde não existe a presença de partes metálicas aterradas entre fases, tem-se que a suportabilidade frente a surto de manobra, dos isoladores usados para separar as fases será dada por: 50 p 50 3400U 1, 26 81 d 0, 025 U = + σ = onde dp – distância de isolamento entre fases. O valor de tensão suportada neste caso considera uma das fases aterrada e a outra submetida a um impulso de manobra com polaridade positiva. 500, 025 U Suportabilidade frente a surtos de manobra A suportabilidade frente a surtos de manobra de isoladores de pedestal é dada por: 50 i 50 3400U 1, 07 81 H 0, 07 U = + σ = onde Hi – altura do isolador em metros. Suportabilidade frente a surtos de manobra A suportabilidade frente a surto de manobra de espaçamentos no ar depende essencialmente da forma dos eletrodos. A suportabilidade é dada por: onde kg – fator de forma do arranjo de eletrodos, d – distância entre eletrodos em metros. 50 g 50 3400U k 0, 07 U 81 d = σ = + Suportabilidade frente a surtos de manobra A suportabilidade frente a surto de manobra entre fases é menor quando existe um surto de manobra de polaridade negativa no eletrodo com menor intensidade de campo elétrico, sendo esse efeito representado por um coeficiente KL, como mostrado na expressão: onde - tensão correspondente a 50% de probabilidade acumulada de disrupção, 0 50 50 LU U K U + − = − 50U + onde - tensão correspondente a 50% de probabilidade acumulada de disrupção, para as sobretensões com polaridade positiva KL- coeficiente entre 0,62 e 0,7; U- - tensão aplicada ao eletrodo com menor intensidade de campo elétrico; - tensão correspondente a 50% de probabilidade acumulada de disrupção, considerando o eletrodo com menor intensidade de campo elétrico, aterrado, kgp - fator de forma do arranjo de eletrodos. 50U 0 50 g p p 3400U k 81 d = + Suportabilidade frente a surtos de manobra Arranjo dos eletrodos KL kgp σσσσ Condutor - condutor extensão 10 m 0,67 1,35 Condutor – condutor extensão 300 a 400 m 0,68 1,26 Haste – haste 0,67 1,35 0 500, 035 U 0 500, 020 U 0 500, 050 U Condutores ortogonais 0,62 1,53 Anel – anel ou grandes eletrodos 0,70 1,53 Haste - condutor 0,67 1,21 0 500, 050 U 0 500, 050 U 0 500, 050 U Utilização de Disjuntores e Seccionadoras A utilização de chaves seccionadoras nas subestações decorre da necessidade de manter isolados trechos de circuito com o objetivo de permitir a manutenção de parte da instalação enquanto o restante do sistema opera normalmente. Anteriormente os disjuntores apresentavam muitas partes móveis e com isso a disponibilidade desses equipamentos era inferior à apresentada pelas chaves seccionadoras. No entanto, na atualidade os disjuntores utilizam interruptores a vácuo ou SF6 e se tornaram mais simples, aumentando o intervalo entre manutenções de 3 para 10 anos. Enquanto isso, as chaves seccionadoras isoladas a ar mantiveram a sua construção praticamente inalterada e assim apresentam um intervalo entre construção praticamente inalterada e assim apresentam um intervalo entre manutenções de 5 anos. Dessa forma, a disponibilidade de uma subestação utilizando chaves seccionadoras convencionais pode vir a ser reduzida e com isso surgiu um equipamento hibrido, que é ao mesmo tempo seccionadora e disjuntor. No entanto, quando é usado o hibrido disjuntor – seccionadora se faz uso também de um “link” de desconexão manual. Esse “link” é formado por um tubo ou condutor removível que ao ser retirado assegura a distancia de isolamento necessária. A remoção do “link” é uma tarefa a ser realizada sem tensão e com o sistema aterrado, sendo o tempo de remoção de uma unidade trifásica em torno de 2 horas. Utilização de Disjuntores e Seccionadoras Equipamento Falhas Manutenção MTBF (anos) MTTR (h) MTBI (anos) MTTR (h) Disjuntor 250 16 15 32 Seccionadora 400 10 5 8 Chave Terra 1800 8 - - MTBFD MTBF MTTR = + 1 2D D D= × 1 2 TP 600 8 - - TC 700 8 - - Transformador 18 72 4 100 Pára-Raios 40 8 - - Barramento 80 - - - Linha 60 - - - 1 2 1 2 1 2D D D D D= + − × Níveis de Isolamento para Disjuntores e Seccionadoras Valores normalizados pela IEC [1] ObservaçõesTensão Nominal (kV) Freqüência Industrial Ud (kV) Manobra Us (kV) Impulso Up (kV) F-T entre contados F-T entre contados F-T entre contados 3,6 10 12 - - 2040 23 46 4,76 19 21 - - 60 70 usados nos EUA 7,2 20 23 - - 4060 46 70 15 35 39 - - 95 105 usados nos EUA15 3550 39 55 - - 95 110 105 125 usados nos EUA 17,5 38 45 - - 7595 85 110 24 50 60 - - 95125 110 145 36 70 80 - - 145170 165 195 72,5 140 160 - - 325 375 72,5 160 176 - - 350 385 usados nos EUA Níveis de Isolamento para Disjuntores e Seccionadoras Valores normalizados pela IEC [1] ObservaçõesTensão Nominal (kV) Freqüência Industrial Ud (kV) Manobra Us (kV) Impulso Up (kV) F-T entre contados F-T entre contados F-T entre contados 145 230 275 265 315 - - 550 650 630 750 245 360 395 460 415 460 530 - - 850 950 1050 950 1050 1200 450 520 850 800 (+295) 1050 1175 1050 (+205) 1175 (+205) 362 520 610 950 800 (+295) 1300 1300 (+205) usados nos EUA 420 520 610 950 1050 900 (+345) 1300 1425 1300 (+240) 1425 (+240) 550 620 800 1050 1175 900 (+450) 1425 1550 1425 (+315) 1550 (+315) 550 710 890 1175 900 (+450) 1800 1800 (+315) usados nos EUA 800 830 1150 1300 1425 1100 (+650) 1800 2100 1800 (+455) 2100 (+455) Os números entreparênteses representam a tensão à freqüência industrial aplicada ao pólo oposto, sendo considerado para: surto de manobra – Impulso – n 20,7 U 3 ×n 2U 3 Suportabilidade de Tensão entre contatos para Disjuntores e Seccionadoras A suportabilidade de tensão entre contatos, na posição aberta, é aproximadamente 15% superior à suportabilidade de tensão entre fase e terra. Dessa forma a probabilidade da disrupção é maior para terra do que entre pólos da chave ou disjuntor, mesmo quando existe uma tensão de polaridade oposta no outro lado do equipamento. •Esses valores de tensão devem ser usados para a coordenação de isolamento na situação em que o disjuntor ou chave é atingido por sobretensões que não foram geradas pela sua própria atuação. •Quando o disjuntor ou chave atua, a distancia entre os contatos não é fixa, devendo então ser considerada essa variação ao longo do tempo.ser considerada essa variação ao longo do tempo. No caso de disjuntores, o espaço entre contatos estará encapsulado no interior da câmara de interrupção, sendo o meio isolante o gás SF6 ou o vácuo. Em ambos os casos a distribuição de campo elétrico tende a ser razoavelmente uniforme e assim a tensão suportável entre contatos pode ser considerada uma função linear da distancia entre os contatos. Suportabilidade de Tensão entre contatos para Disjuntores e Seccionadoras Suportabilidade de Tensão entre contatos para Disjuntores e Seccionadoras Considerando que a variação da tensão suportável seja proporcional a distancia entre os contatos, pode-se então utilizar o tempo mecânico de abertura dos contatos e a tensão suportável normalizada para estabelecer a variação da tensão suportável entre os contatos. Uma observação que deve ser efetuada é que a velocidade de deslocamento dos contatos é limitada e com isso a taxa de variação da tensão suportável impede que o estabelecimento do circuito ocorra em qualquer ponto da curva. O estabelecimento tende a ocorrer então nas vizinhanças da crista. Suportabilidade de Tensão para Transformadores Sobretensão admissível na freqüência industrial A sobretensão nos terminais dos transformadores deve ficar abaixo dos valores indicados pelo fabricante. Como referencia podem ser utilizados os valores indicados na tabela. No caso de sobretensões com duração inferior a 10 ciclos da freqüência industrial, a amplitude não deve exceder ao nível de isolamento do enrolamento, sendo considerada uma margem de proteção de 15 %. Duração Tensão (pu) 10 ciclos 2,010 ciclos 2,0 20 ciclos 1,82 100 ciclos 1,50 3,6 s 1,40 10 s 1,35 20 s 1,25 60 s 1,20 480 s 1,15 continuamente 1,10 Suportabilidade de Tensão para Transformadores Tensão máxima (kVrms) Tensão suportável na freqüência industrial durante 1 minuto e tensão induzida (kVrms) Nível Básico de Isolamento frente a impulso (kVcrista) pleno cortado 7,2 19 60 66 15 34 95110 105 121 25,8 50 125 13825,8 50 125150 138 165 38 70 150200 165 220 48,3 95 250 275 72,5 140 350 385 92,4 185 450 495 145 230275 550 650 605 715 Suportabilidade de Tensão para Transformadores Tensão máxima (kVrms) Nível Básico de Isolamento frente a impulso (kVcrista) Nível Básico de Isolamento frente a surto de manobra (kVcrista) pleno cortado 242 750 850 950 825 935 1045 550 650 750 362 950 1050 1175 1045 1155 1292 750 850 950 362 1050 1175 1155 1292 850 950 460 13001425 1430 1567 1050 1175 550 1300 1425 1550 1430 1567 1705 1050 1175 1300 800 1550 1800 1950 1705 1980 2145 1425 1550 1675 Suportabilidade de Tensão para Reatores Sobretensão admissível na freqüência industrial A sobretensão nos terminais dos reatores, conectados em derivação, deve ficar abaixo dos valores indicados pelo fabricante. Como referencia podem ser utilizados os valores indicados na tabela. No caso de sobretensões com duração inferior a 10 ciclos da freqüência industrial, a amplitude não deve exceder ao nível de isolamento do enrolamento, sendo considerada uma margem de proteção de 15 %. Tensão (pu) Duração Tensão (pu) 230 kV 345-440 kV 500 kV 10 ciclos 2,00 2,00 2,10 20 ciclos 1,82 1,82 1,91 100 ciclos 1,50 1,50 1,57 3,6 s 1,40 1,40 1,47 3600 s - 1,15 1,20 continuamente 1,10 1,10 1,15 Suportabilidade de Tensão para Reatores Tensão máxima (kVrms) Tensão suportável na freqüência industrial durante 1 minuto e tensão induzida (kVrms) Nível Básico de Isolamento frente a impulso (kVcrista) pleno cortado 15 34 95110 105 121 25,8 50 125150 138 165 38 70 150200 165 220 48,3 95 250 275 72,5 140 350 385 92,4 185 450 495 145 230275 550 650 605 715 Suportabilidade de Tensão para Reatores Tensão máxima (kVrms) Nível Básico de Isolamento frente a impulso (kVcrista) Nível Básico de Isolamento frente a surto de manobra (kVcrista) pleno cortado 242 750 850 950 825 935 1045 550 650 750 362 950 1050 1045 1155 750 850362 1050 1175 1155 1292 850 950 460 13001425 1430 1567 1050 1175 550 1300 1425 1550 1430 1567 1705 1050 1175 1300 800 1550 1800 1950 1705 1980 2145 1425 1550 1675 Suportabilidade de Tensão para Capacitores Tolerância A tolerância para os valores de capacitância do banco será de ± 2,0% por fase em relação ao valor especificado e o valor medido em qualquer fase não deve diferir mais de 1% do valor médio medido das três fases. Perdas Dielétricas Para cada unidade capacitiva com resistor de descarga, a tg(δ), medida na tensão e freqüência nominais, referida a 20° C, deve ser de, no máximo, 0,00016. Limitação das correntes de energização e descarga Correntes elevadas podem ser observadas quando da energização de um banco de capacitores ou quando ocorre um curto-circuito nas proximidades do banco. Essas capacitores ou quando ocorre um curto-circuito nas proximidades do banco. Essas correntes apresentam uma componente de alta freqüência e podem causar danos aos capacitores ou ocasionar a superação da suportabilidade dos equipamentos instalados na subestação. A instalação de reatores limitadores na conexão do banco pode vir a ser necessária. Conforme estabelecido no IEEE Std.824-1994, os capacitores devem ser capazes de suportar, sem redução da vida útil, um determinado número de sobrecorrentes e sobretensões. O número de sobrecorrentes a que o banco pode vir a ser submetido depende da amplitude das sobrecorrentes, a IEEE Std.824-1994 indica em caráter informativo os valores apresentados na tabela apresentada no próximo slide. Suportabilidade de Tensão para Capacitores Número de ocorrências por ano Amplitude permitida para o transitório de corrente (Fator multiplicador da corrente nominal do banco) 4 1500 40 1150 400 800 4000 400 Duração Fator de multiplicação 5 ciclos 1,1 Valor máximo de ajuste da proteção contra 5 ciclos 1,1 Valor máximo de ajuste da proteção contra sobretensão 15 ciclos 1,0 Valor máximo de ajuste da proteção contra sobretensão 60 ciclos 2,0 Tensão nominal (RMS) 15 s 1,8 Tensão nominal (RMS) 1 minuto 1,7 Tensão nominal (RMS) 5 minutos 1,5 Tensão nominal (RMS) 30 minutos 1,35 Tensão nominal (RMS) Suportabilidade de Tensão para Capacitores Série Tolerância A tolerância para os valores de capacitância do banco será de ± 2,0% por fase em relação ao valor especificado e o valor medido em qualquer fase não deve diferir mais de 1% do valor médio medido das três fases. Perdas Dielétricas Para cada unidade capacitiva com resistor de descarga, a tg(δ), medida na tensão e freqüência nominais, referida a 20° C, deve ser de, no máximo, 0,00016.Capacidade de Sobrecarga A capacidade de sobrecarga deverá ser conforme indicado na tabela. Corrente (pu) Duração 1,10 8 horas a cada 12 horas 1,35 30 minutos a cada 6 horas 1,50 10 minutos a cada 2 horas Suportabilidade de Tensão para Capacitores Série Contorno do banco de capacitores série Os bancos de capacitores conectados em serie são protegidos por meio de varistores. Não é permitida a atuação de dispositivos de proteção dos varistores do banco série para faltas externas à LT na qual o banco está instalado, à exceção dos seguintes casos específicos: Faltas externas que sejam eliminadas em tempo superior ao tempo máximo de eliminação de defeito em milissegundos – tm • 100 ms para VN ≥345 kV; • 150 ms para VN<345 kV; O dispositivo de proteção dos varistores só pode atuar t milissegundos após a detecção da O dispositivo de proteção dos varistores só pode atuar tm milissegundos após a detecção da falta. O banco de capacitores série deve ser reinserido em até 300 ms após a eliminação da falta. Faltas externas trifásicas eliminadas em até tm milissegundos, com religamento mal sucedido após 500 ms de tempo morto. O dispositivo de proteção dos varistores só pode atuar após tm milissegundos da tentativa mal sucedida de religamento. Suportabilidade de Tensão para Capacitores Série Dimensionamento dos varistores de proteção dos bancos de capacitores série A determinação da capacidade de dissipação de energia dos varistores de proteção de bancos de capacitores série deve ser efetuada levando em conta todas as situações possíveis de falta e a máxima corrente de oscilação (“swing”) identificada pelos estudos de sistema. Para todas as configurações operativas deve ser verificado se existe a possibilidade do surgimento de ressonâncias subsíncronas. Níveis de tensão de equipamentos instalados nas proximidades de bancos de capacitores série Nos casos em que o banco de capacitores série estiver conectado à subestação Nos casos em que o banco de capacitores série estiver conectado à subestação terminal de LT, os equipamentos conectados ao terminal do banco no lado da LT, como reatores em derivação, transformadores de potencial, pára- raios, equipamentos de onda portadora, etc., deverá ser verificada a máxima tensão possível em regime permanente, a qual pode ser superior àquela indicada para o barramento da subestação. A tensão do lado de linha do terminal do banco de capacitores deve ser calculada considerando a máxima tensão operativa no barramento da subestação terminal e a máxima corrente especificada para a operação do referido banco. Gaps, Cadeias e Colunas de Isoladores Distancia mínima das partes vivas da instalação A distancia mínima de qualquer trecho energizado da instalação, que não esteja protegido contra acessos indevidos, deverá ser conforme indicado na tabela. Distancia mínima (mm) 36 kV 72,5 kV 145 kV 245 kV 420 kV altura da base do isolador 2250 2250 2250 2250 2250 terra e parte viva mais baixa 3000 3000 3770 4780 5480 entre fases 900 1050 1300 2100 4200 entre fase e terra 500 630 1300 2100 3400 para a parte viva mais próxima 3000 3000 3270 4280 4980 Níveis de Isolamento para Disjuntores e Seccionadoras Valores normalizados pela IEC [1] ObservaçõesTensão Nominal (kV) Freqüência Industrial Ud (kV) Manobra Us (kV) Impulso Up (kV) F-T entre contados F-T entre contados F-T entre contados 3,6 10 12 - - 2040 23 46 4,76 19 21 - - 60 70 usados nos EUA 7,2 20 23 - - 4060 46 70 15 35 39 - - 95 105 usados nos EUA15 3550 39 55 - - 95 110 105 125 usados nos EUA 17,5 38 45 - - 7595 85 110 24 50 60 - - 95125 110 145 36 70 80 - - 145170 165 195 72,5 140 160 - - 325 375 72,5 160 176 - - 350 385 usados nos EUA Níveis de Isolamento para Disjuntores e Seccionadoras Valores normalizados pela IEC [1] ObservaçõesTensão Nominal (kV) Freqüência Industrial Ud (kV) Manobra Us (kV) Impulso Up (kV) F-T entre contados F-T entre contados F-T entre contados 145 230 275 265 315 - - 550 650 630 750 245 360 395 460 415 460 530 - - 850 950 1050 950 1050 1200 450 520 850 800 (+295) 1050 1175 1050 (+205) 1175 (+205) 362 520 610 950 800 (+295) 1300 1300 (+205) usados nos EUA 420 520 610 950 1050 900 (+345) 1300 1425 1300 (+240) 1425 (+240) 550 620 800 1050 1175 900 (+450) 1425 1550 1425 (+315) 1550 (+315) 550 710 890 1175 900 (+450) 1800 1800 (+315) usados nos EUA 800 830 1150 1300 1425 1100 (+650) 1800 2100 1800 (+455) 2100 (+455) Os números entre parênteses representam a tensão à freqüência industrial aplicada ao pólo oposto, sendo considerado para: surto de manobra – Impulso – n 20,7 U 3 ×n 2U 3 Barramentos • Esforços eletrodinâmicos Barramentos • Ampacidade • Densidade de corrente em um condutor sólido com 50 mm de espessura Barramentos • Expansão longitudinal F Ll L E S α ×∆ = ∆Θ = × F E Sα= ∆Θ Bibliografia • Mourente Miguel, Pablo – Considerações sobre Conexões Elétricas – 2005 • BBC – Switchgear Manual – Brown, Boveri & CIE – 1975 • Mourente Miguel, Pablo – Considerações sobre o dimensionamento de barramentos – 2005 • Mourente Miguel, Pablo – Coordenação de Isolamento em Linhas e Subestações de Alta Tensão - 2009 • IEEE Std C37.20.1 – IEEE Standard for Metal-Enclosed Low-Voltage Power Circuit Breaker Switchgear - 1993 • Weedy B. M. – Electric Power Systems – Chapter 11 – Overhead Lines and • Weedy B. M. – Electric Power Systems – Chapter 11 – Overhead Lines and Underground Cables – John Wiley & Sons – 1979 • ABNT NBR 5389 – Técnicas de ensaios elétricos de alta tensão – Método de ensaio – 1981 • ABNT NBR 6936 – Técnicas de ensaios elétricos de alta tensão – Procedimento – 1981 • ABNT NBR 6937 – Técnicas de ensaios elétricos de alta tensão – Dispositivos de medição – procedimento – 1981 • ABNT NBR 5282 – Capacitores de Potência em derivação para sistemas de tensão nominal acima de 1000 V • ABNT NBR IEC 62271-100 – Equipamentos de Alta-Tensão – Parte 100: Disjuntores de alta-tensão de corrente alternada 84 Bibliografia • IEEE Std 1313.1 – IEEE Standard for insulation Coordination – Definitions, Principles and Rules – 1996 (R2002) • IEEE std 1313.2 – IEEE Guide for the Application of Insulation Coordination – 1999 • IEEE Std C37.99-2000 – IEEE Guide for the Protection of Shunt Capacitor Banks • IEEE Std. 824-1994 – IEEE Standard for Series Capacitors in Power Systems • ER – Reatores – Tipo seco com núcleo de ar – catalogo ago/88 • IEEE Std 998-1996 – IEEE Guide for Direct Lightning Stroke Shielding of SubstationsSubstations • IEEE Std 1243 – IEEE Guide for Improving the Lightning Performance of Transmission Lines • IEEE Std 522 – IEEE Guide for Testing Turn Insulation of Form-Wound Stator Coils for Alternating-Current Electric Machines – 2004 • IEEE Std C62.22-1997 IEEE Guide for the Application of Metal-Oxide Surge Arresters for Alternating-Current Systems • IEEE Std C37.013 –1997 – IEEE Standard for AC High-Voltage Generator Circuit Breakers Rated on a Symmetrical Current Basis – 1997 Bibliografia • IEC 60071-1 (1993) – Insulation coordination – Part I – General definitions and test requirements • IEC 60071-2 (1996) – Insulation coordination application guide • IEC 60099-1 (1991) Surge Arresters – Part 1 – Non-linear resistor type gapped arresters for AC systems • IEC 60099-1 (1991) Surge Arresters – Part 4 – Metal-oxide arresters without gaps for AC systems
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