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FORMAÇÃO DOS CONTRATOS proposta = oferta = policitação = oblação - momento inicial (efetivo) da formação do contrato aperfeiçoamento do contrato (em regra): proposta + aceitação - OBS: nos contratos reais, o aperfeiçoamento se dá com a tradição negociações preliminares = fase de puntuação (puntuazione) = fase pré-contratual = fase de conversações ou de estudos - não há vinculação das partes - não se confunde com pré-contrato (contrato preliminar) - responsabilização: ilícito civil (186) ou afronta à boa-fé objetiva (art. 422 - vide PL 6960/2002, atual PL 276/2007) proposta: deve ser séria, consistente e estável - por si só, não gera o contrato prova exclusivamente testemunhal – CC, art. 227 e CPC, arts. 401/402 - até o décuplo do salário mínimo contratos e propostas ?! - a proposta, independentemente do seu valor, pode ser provada exclusivamente por testemunhas, não se aplicando, segundo entendimento doutrinário-jurisprudencial, a regra acima princípio da força vinculante da proposta – art. 427, 1ª parte – "a proposta de contrato obriga o proponente" - não é de natureza absoluta exceções ao princípio da força vinculante da proposta– art. 427, in fine: "se o contrário não resultar dos termos dela" termos: cláusulas, informações, dados, elementos, observações, ressalvas, condições, limitações etc. policitante esclarece, na própria prosposta, que ela não é definitiva, reservando-se o direito de retirá-la se o contrário não resultar "da natureza do negócio" exemplos: a) as propostas abertas ao público consideram-se obrigatórias somente enquanto durarem os estoques; b) proposta de seguro 3) se o contrário não resultar "das circunstâncias do caso" - elenco do art. 428, I a IV regras (fórmulas) do art. 428 – circunstâncias do caso – a proposta deixa de ser obrigatória: 1) sem prazo + pessoa presente – aceitação imediata 2) sem prazo + pessoa ausente + decurso do prazo razoável (moral) – resposta 3) com prazo + pessoa ausente + decurso do prazo dado – expedição da resposta 4) retratação anterior ou simultânea + conhecimento do policitado retratação: a proposta não chegou a existir juridicamente, razão por que se lhe nega qualquer efeito pessoa presente (ficção legal): contratação por telefone ou meio semelhante - fax, internet ? (reflexão crítico-jurídica) contratação por intermédio de terceiro (simples mensageiro/intermediário): pessoa ausente - terceiro-mandatário, com poderes para fazer a proposta: pessoa presente a proposta, depois de enviada, deixa de ser obrigatória, com a superveniente morte/interdição do policitante ? - deixa de ser obrigatória: Darcy Bessone permanece obrigatória: Serpa Lopes, Washington de Barros Monteiro, Carlos Roberto Gonçalves, dentre outros, pois os herdeiros ou representantes responderiam pela oblação proposta – enfoque consumerista: CDC, arts. 30 a 35, e 84, § 1º aceitação: expressa, tácita, presumida (543), silêncio circunstanciado ou qualificado (539) - aceitação: concordância com os termos da oblação - silêncio circunstanciado/qualificado: decorre da lei, do contrato, ou dos costumes/circunstâncias (art. 111) resposta – expedição tempestiva – recebimento a destempo – circunstância alheia (430) - proponente deve comunicar imediatamente ao policitado, sob pena de responder por perdas e danos aceitação em descompasso com os termos da proposta (431) - importa nova proposta (contraproposta) tem-se por concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa – casos especiais – Cód. Civil, art. 432: se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa 1º exemplo: industrial que costuma sempre enviar seus produtos ao comerciante, que os recebe e efetua o pagamento: a interrupção dessa praxe comercial deve, previamente, ser comunicada pelo comerciante ao industrial, sob pena de permanecer vinculado ao contrato - 2º exemplo: vendedor que não costuma confirmar os pedidos que recebe, conquanto os atenda normalmente: a interrupção do fornecimento deve ser comunicada aos seus clientes, sob pena de submeter-se aos termos do contrato se o proponente tiver dispensado a aceitação expressa - exemplo: viajante que telegrafa a um hotel reservando acomodações, avisando que chegará em determinado dia, se não receber aviso em contrário: se o hotel não expedir a negativa, o contrato estará aperfeiçoado a falta de resposta (silêncio/inércia) do consumidor não traduz aceitação (CDC, art. 39, parágrafo único) produto entregue e serviço prestado, sem prévia solicitação do consumidor, configuram amostra grátis e não obrigam ao pagamento aperfeiçoamento do contrato - no tempo (quando?) - no espaço (onde?) entre presentes - aperfeiçoamento com a aceitação imediata - obviamente, havendo prazo dado, este deve ser sempre observado entre ausentes – teorias: 1) teoria da cognição/informação - aperfeiçoa-se quando o policitante se inteira da resposta 2) teoria da agnição/declaração - aperfeiçoa-se com a anuência do aceitante 2.1) sub-teoria da declaração propriamente dita basta a formulação da resposta 2.2) sub-teoria da expedição/transmissão não basta formular a resposta, é preciso enviá-la 2.3) sub-teoria da recepção não basta formular a resposta e enviá-la, é preciso que ela chegue materialmente às mãos do policitante aperfeiçoamento do contrato no tempo – art. 434 o ordenamento jurídico pátrio adotou, como regra, a teoria da agnição/declaração, na sub-teoria expedição/transmissão art. 434, I: retratação do oblato art. 434, II: prazo convencionado para a chegada da resposta, operando, pois, a teoria da agnição/declaração, na corrente recepção art. 434, III: se a aceitação não chegar no prazo crítica doutrinária - art. 434, III - dispositivo inócuo: se há prazo para a resposta, vigora a corrente expedição (art. 434, caput); se há prazo para a chegada da resposta, a circunstância já está prevista no art. 434, II aperfeiçoamento do contrato no espaço - tem-se por concluído no lugar em que foi proposto - Cód. Civil, art. 435 e LICC, art. 9º, § 2º � DISPOSIÇÕES DO CÓDIGO CIVIL Da Formação dos Contratos Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso. Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta: I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante; II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente; III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado; IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente. Art. 429. A oferta ao público equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos. Parágrafo único. Pode revogar-se a oferta pela mesma via de sua divulgação, desde que ressalvada esta faculdade na oferta realizada. Art. 430. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos. Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta. Art. 432. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa. Art. 433. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante. Art. 434. Oscontratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto: I - no caso do artigo antecedente; II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta; III - se ela não chegar no prazo convencionado. Art. 435. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto. � PAGE �1� � PAGE �1�
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