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Citologia Inflamatória Citologia Inflamatória 
EspecíficaEspecífica
Profa. Elisângela Monteiro Pereira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS
 
Citologia Inflamatória Citologia Inflamatória 
EspecíficaEspecífica
Processo inflamatório com identificação do 
possível agente causal
 
Fatores que podem alterar a Fatores que podem alterar a 
microbiotamicrobiota
Fisiológicos
gravidez 
 
 
parto 
menstruação
menopausa Fatores locais
variações do pH vaginal
trauma mecânico - DIU, diafragma
cirurgia
aborto
Doenças/Drogas
doenças metabólicas
desequilíbrio hormonal
distúrbios imunológicos
terapia com antibióticos
Fatores iatrogênicos
quimioterapia
radioterapia
 
Lactobacillus sp
Bacilos anaeróbios estritos ou facultativos, 
Gram positivos
Parte da microbiota normal da boca, estômago, 
intestino e trato genitourinário (em abundância 
na fase lútea e gravidez)
Prefere ambiente mais ácido (pH 4)
Fator de proteção para patógenos
Produzem citólise
 
 
Cocos Gram positivos
Mais comuns: estafilococos
 estreptococos
Estafilococo dourado – choques tóxicos graves 
(assoc. tampões vaginais)
Aspecto citológico: colônias bacterianas 
dispostas em aglutinados ou em correntes e 
coradas em azul escuro pelo método de 
Papanicolaou.
 
Cocos Gram negativos
Neisseria gonorrhoeae: diplococo. Causa 
blenorragia. Início da infecção assintomática 
ou com exsudato vaginal purulento. Evolução 
para cervicite, bartolinite, abscesso tubo-
ovariano ou peritonite. São identificáveis nos 
esfregaços citológicos corados pelo método de 
Papaniocolaou, acompanhados de exsudato 
inflamatório – confirmação através de cultura 
microbiológica.
 
Cocos Gram negativos
Calymmatobacterium granulomatis : cocobacilo 
encapsulado, não móvel, Gram negativo. Causa 
granuloma inguinal. Aspecto citológico muito 
inflamatório, com pequenas estruturas 
bipolares – corpos de Donovan – nos 
citoplasmas dos macrófagos. São melhor 
visíveis nas colorações de Giemsa e Wright.
 
Gardnerella vaginalis
Bacilo em bastonete Gram negativo ou Gram 
variável
Vaginose bacteriana:prurido, inflamação da 
mucosa, corrimento cinzento, homogêneo e 
mau cheiroso (teste de Whiff – KOH)
Aspecto citológico: cora-se de azul pela 
coloração de Papanicolaou. Numerosos bacilos 
recobrem parcial ou totalmente a superfície 
das células escamosas (“clue cell”), 
conferindo-lhes coloração violeta ou 
eosinofílica. Esfregaço relativamente limpo, 
com poucos leucócitos.
 
 
 
 
Mobiluncus sp
Bacilos encurvados Gram negativos ou 
variáveis
Anaeróbios estritos de crescimento lento
Colonizam o trato genital em pequenos 
números, mas aparecem em abundância em 
mulheres com vaginose bacteriana
“comma cells” (bacilos supracitoplasmáticos)
 
 
Chlamydia trachomatis
Bactéria obrigatoriamente intracelular
Causa linfogranulomatose venérea psitacose, 
tracoma, conjuntivite e uretrite por 
inclusões. Infecção assintomática ou 
acompanhada de sintomas não específicos.
Aspecto citológico: células com vacúolos 
citoplasmáticos contendo inclusão eosinofílica 
de partículas de Chlamydia.Podem apresentar 
macronucleose, multinucleação, hipercomasia, 
hipertrofia nucleolar.O esfregaço é rico em 
PMN.
 
Chlamydia trachomatis
As inclusões citoplasmáticas são melhor 
visualizadas pela coloração de Giemsa
Diagnóstico definitivo: cultura, 
imunofluorescência e ELISA
Diagnóstico diferencial: neoplasia
 
 
 
 
 
Actinomicetos
Bactérias filamentosas ramificadas, 
anaeróbicos
Identificados com mais frequência em 
usuárias de DIU.
Apresentam-se em aglomerados densos e 
arredondados de filamentos que são melhor 
visualizados nas bordas desses aglomerados. 
São ramificados em ângulos retos.
Apresentam infiltrado de PMN/macrófagos, 
com raras células gigantes.
Pode formar abscessos e evoluir para 
esterilidade.
 
 
 
 
 
Leptotrix vaginalis
Bacilos Gram negativos anaeróbicos. São 
semelhantes à lactobacilos, alongados
São saprófitas e não geram modificações 
citopatológicas
Podem acompanhar infecções por Trichomonas 
vaginalis, Candida sp e Gardnerella vaginalis
 
 
 
 
Candida albicans
Levedura freqüentemente encontrada em 
vulva, vagina e raramente encontrada no colo 
do útero. 
Fatores predisponentes: gravidez, obesidade, 
diabetes e tratamento com 
imunossupressores, podendo acompanhar as 
manifestações de AIDS.
Pode ser assintomático ou apresentar-se sob 
forma de leucorréia cremosa, espessa, com 
prurido e queimação.
 
Candida albicans
Aspecto citológico: alterações celulares de 
vacuolização citoplasmática,halo perinuclear, 
condensação da cromatina, agrupamento 
celular axial, pseudoeosinofilia, leucócitos 
degenerados, células profundas. A Candida é 
reconhecida como estruturas filamentosas com 
hifas, pseudohifas e esporos. 
Os esporos são ovalados medindo de 3 a 6 µm 
com zona clara central e membrana bem 
definida.
As hifas formam amaranhados variados, por 
vezes longos e por vezes acompanhados de 
esporos. 
 
Candida glabratta
Também chamada de Torulopasis 
glabratta, tem aspecto extremamente 
semelhante aos anteriores, sendo que o 
diagnóstico diferencial só se faz com 
cultura.
 
 
 
 
 
 
Trichomonas vaginalis
Protozoário flagelado, encontrado em genitais 
externos feminino e masculino. A infecção é 
uma DST, pode passar assintomático ou 
passar por fases de remissão. A 
sintomatologia é de corrimento vaginal 
abundante, mal-cheiroso, amarelo-
esverdeado. A mucosa vaginal e cervical 
apresenta-se com pontilhado hemorrágico. 
Pode infectar a bexiga e gerar disúria.
A infestação é freqüente e facilmente 
identificável. Pode-se observar mobilidade no 
exame a fresco.
 
Trichomonas vaginalis
Fatores pré-disponentes: Lesões traumáticas 
do epitélio; Elevação do pH vaginal.
Aspecto citológico: os Trichomonas vaginalis 
se apresentam como estrutura arredondada, 
piriforme ou irregular, medindo 10 a 20µm. 
Cora-se em azul ou esverdeado (mais 
comumente em cinzento); não se visualiza 
flagelo. As células epiteliais mostram grande 
eosinofilia do citoplasma, com halos ao redor 
do núcleo, claros e estreitos. Existe aumento 
do número de parabasais na mulher jovem e 
aumento de células superficiais na idosa.
No esfregaço atrófico, as alterações podem 
simular lesões pré-malignas.
 
 
 
 
 
Herpes simplex
Vírus do tipo 1 ou 2. A infecção é uma DST 
recorrente, que tem infecção pimária 
assintomática ou com febre, mialgias e 
cefaléia. O episódio dura de 2 a 3 semanas e 
depois desaparece. A clínica demonstra lesões 
com pápulas e vesículas, múltiplas, presença 
de pústulas ulceradas, coalescentes, que 
desaparecem em torno de 10 dias. Pode 
haver linfoadenopatia regional. O citológico 
deve ser colhido das bordas da lesão e do 
líquido vesicular.
 
Herpes simplex
Aspecto citológico: células com núcleos 
aumentados de tamanho, de aspecto 
homogêneo, tintos em azul pálido, com 
aspecto de vidro despolido. A cromatina se 
agrupa junto ao envoltório nuclear e há 
multinucleação e amoldamento nuclear. No 
período final da infecção observam-se 
inclusões nucleares únicas, eosinofílicas, 
volumosas, com halo claro.
Diagnóstico diferencial: Células 
trofoblásticas, células gigantes de corpo 
estranho, células endocervicais e células 
neoplásicas.
 
 
 
 
 
Citomegalovírus
É da família do Herpes virus, transmitido 
atravésda placenta e durante a infância. A 
doença resulta da reativação de formas 
latentes ou neoinfecção em imunodeprimidas 
ou na gestação. A forma genital é 
assintomática.
Aspecto citológico: células endocevicais 
grandes com volumosas inclusões nucleares 
eosinofílicas ou basofílicas, envoltas por halo 
claro.
Confirmação por imuno-histoquímica.
 
HPVHPV
Papilomavírus humanoPapilomavírus humano
Lesão Intraepitelial de Baixo GrauLesão Intraepitelial de Baixo Grau
 
Mycobacterium tuberculosis
Tuberculose disseminada – associação com 
pobreza e AIDS. 
Aspecto citológico: células epitelióides, células 
gigantes multinucleadas e linfócitos. As 
células epitelióides são elementos alongados, 
grandes, de citoplasma claro, cianofílico, mal-
delimitados, finalmente vacuolizados, de 
núcleos alongados ou arredendados, com 
cromatina fina e pequeno nucléolo. As células 
gigantes são multinucleadas com núcleos 
dispostos em forma de ferradura.
Diagnóstico: Cultura microbiológica ou 
pesquisa de B.A.A.R.
 
Protozoários
Entamoebas
Entamoeba histolytica: mede cerca de 20 µm, 
possui núcleo excêntrico e citoplasma que 
pode estar fagocitando hemácias. Pode 
provocar lesões pseudo-cacinomatosas a nível 
do colo e da vulva.
Entamoeba vorticella: parasita ciliado.
Entamoeba gingivalis: descrita em usuárias de 
DIU, não fagocita hemácias.
 
Helmintos e artrópodes
Schistossoma haematobium e Schistossoma 
mansoni: Lesões cevicais inflamatórias, 
exofíticas e às vezes ulceradas, que simulam 
clinicamente carcinoma.Formações ovóides, 
longas e circundadas por envelope com ponta 
afiada terminal (S.haematobium) ou lateral 
(S.mansoni).
Enterobius vermicularis: Ovos (50 µm) com 
coloração amarela, envoltos por membrana 
translúcida com prega lateral.
 
 
Helmintos e artrópodes
Ovos de taenia 
Wuchereria bancrofti e Onchocerca volvulus 
Pediculus humanus, phthirius inguinalis e 
larva de coleóptero “danthrène”
 
fimfim

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