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artigo contabilidade eva (VALOR ECONOMICO AGREGADO)

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EVA: VALOR ECONOMICO AGREGADO	
Jean Piloni� 
Maicon Jr. Vieira Schwingel �
Naiara Piva �
Rogério Lorenzett4
RESUMO
O EVA Valor Econômico Agregado é muito mais do que uma simples medida de desempenho. É a estrutura para um sistema completo de gerência financeira e remuneração variável que pode orientar cada decisão tomada por uma empresa. E comparação a outros indicadores de desemprenho, esse sistema tem significativas vantagens sendo eficiente e eficaz como sendo uma forma simples de criação de valor, o EVA é importante não a penas como uma medida de desempenho, mas como um sistema de gestão empresarial e como ferramenta para aumentar a riqueza da empresa, onde seu presidente e diretores devem dar o passo inicial, até mesmo com uma mudança de comportamentos e atitudes.
Palavras-Chave: Indicadores De Desempenho.; Ferramenta De Decisão; Valor Econômico Agregado.
1 INTRODUÇÃO
O Brasil encontra-se, atualmente, no meio de uma verdadeira revolução em governança corporativa. Governança corporativa pode ser definida como o conjunto de normas, regras e valores que moldam o comportamento dos gerentes das empresas. Sistemas de governança são estabelecidos para medir desempenho, planejar o negócio e premiar ou punir os gerentes de acordo com os resultados, tudo no interesse de quem, no final, são os verdadeiros donos da empresa - seus acionistas. 
A metodologia do valor econômico agregado - EVA, vem sendo cada vez mais utilizada pelas empresas, pois permite a executivos, acionistas e investidores avaliar com clareza se o capital empregado num determinado negócio está sendo bem aplicado.
O sistema de gestão EVA® pode servir para alinhar os interesses dos gerentes e dos acionistas. Através deste sistema de aferição de resultados financeiros gerenciais, baseados na criação de valor e vinculado a um programa de remuneração variável, a organização conseguirá o equilíbrio no gerenciamento dos interesses de todas as partes e estará gerando riqueza para seus acionistas. 
2 MATERIAIS E MÉTODOS 
2.1 CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS GERAIS	
	Embora o EVA seja um conceito discutido na atualidade, ele não é novo, essa é na verdade uma das ideias mais antigas no mundo de negócios.
Para Drucker (1995), apud Stewart (1999, p.2) “EVA se baseia em algo que sabemos há muito tempo: Aquilo que chamamos de lucro, o dinheiro que sobra para remunerar o capital, geralmente nem é lucro. Até que um negócio produza um lucro que seja maior do que seu custo de capital, estará operando com prejuízo. Não importa que pague impostos como se tivesse um lucro verdadeiro. O empreendimento ainda retorna menos à economia do que devora em recursos... Até então, não cria riqueza; a destrói”.
Para CAETANO (1998) o EVA é uma medida da criação (ou destruição) de riqueza centrada num período determinado. Sua base de cálculo é o lucro operacional líquido da empresa menos o custo do capital investido. Quando positivo, indica que a operação no período apresentou retorno superior ao custo de oportunidade do investimento.
DAVIES (1996) diz que o EVA traduz um resultado que demonstra se a empresa está ganhando, em um exercício, mais do que o custo de capital imputado aos seus recursos utilizados. Permite à administração da empresa o conhecimento exato se ela está criando (EVA positivo) ou destruindo (EVA negativo) a riqueza dos acionistas.
ASSAFNETO (1999) ressalta que o Valor Econômico Agregado é uma medida de criação de valor identificada no desempenho operacional da própria empresa, conforme expresso pelos relatórios financeiros. Pode ser compreendido como o resultado apurado pela sociedade que excede à remuneração mínima exigida pelos proprietários de capital (credores e acionistas). Indica se a empresa está criando ou destruindo valor.
Em resumo, o EVA é uma forma de se medir a real lucratividade de uma operação ou empreendimento. O que a distingue das demais é que nenhuma outra medida considera o custo total do capital da operação. Neste sentido, considera-se como capital todo dinheiro gasto em ativos, como equipamento pesado, edifícios, computadores, que devem ser produtivos logo após a sua aquisição, mais o chamado capital de giro, composto principalmente por dinheiro e recebíveis. Ainda, investimentos de longo prazo, como gastos com pesquisa e desenvolvimento.
	O E.V.A. surgiu como uma das respostas à necessidade das organizações de possuírem indicadores de desempenho que expressem a real criação de riqueza das empresas, se constituindo numa ferramenta que permite mensurar a criação de valor da empresa.
	Quando uma empresa incorpora o conceito do EVA, ela passa a avaliar a real necessidade de investimentos a serem realizados, de modo a evitar que gastos desnecessários aconteçam, elevando assim, o retorno sobre o capital investido.
	
2.2 ATIVO OPERACIONAL
Representa todos os investimentos necessários para que uma empresa consiga gerar receitas operacionais, tais como, caixa mínimo, duplicatas, estoques e imobilizações produtivas, ou seja, o ativo operacional compreende o capital de giro mais o capital fixo.
2.3 PASSIVO OPERACIONAL
	
	Representa os financiamentos espontâneos, aqueles que são típicos da operação da empresa tais como, fornecedores, impostos a pagar, salários e encargos a pagar, adiantamento de clientes, etc. 
O passivo operacional compreende todos os financiamentos (recursos) oferecidos pela própria operação. Capital de terceiros e capital próprio são os recursos obtidos fora da operação.
	
2.4 ATIVO OPERACIONAL LÍQUIDO
É a diferença entre o ativo operacional e o passivo operacional. Representa a parcela do ativo operacional que a administração da empresa terá que buscar em financiamentos fora da operação. Estes financiamentos são denominados de capital de terceiros e capital próprio. 
Outra visão do ativo operacional líquido é a seguinte: ativo operacional líquido é a parcela do ativo operacional que deverá ser remunerada
2.5 CAPITAL DE TERCEIROS
Representa os financiamentos de curto prazo obtidos através de bancos, emissão de debêntures, outros papéis e assemelhados. São financiamentos costumeiramente associados aos programas de investimento. O capital de terceiros são vistos como financiamentos estruturais, ou seja, financiamentos necessários para empresa montar sua estrutura de capital, e não financiamentos contratados para cobrir déficits temporários sendo que, as despesas financeiras destes financiamentos estruturais representam o chamado custo do capital de terceiros. Déficits temporários geram financiamentos de curtíssimo prazo, nitidamente associados ao capital de giro e que podem ser assumidos como passivo operacional. As despesas financeiras destes financiamentos emergenciais deverão ser tratadas como despesas operacionais.
2.6 CAPITAL PRÓPRIO 
O investimento efetuado na empresa pelos acionistas é representado pelo capital social, este abrange não só as parcelas entregues pelos acionistas como também os valores obtidos pela sociedade e que, por decisão dos proprietários, se incorporam ao capital social. 
Representa os “financiamentos” dos acionistas. É o dinheiro colocado pelos acionistas na empresa mais os lucros retidos.
	
2.7 CUSTO DO CAPITAL DE TERCEIROS 
O CCT é explícito e formal (documentado). O CCT costumeiramente está representado na figura dos juros ou despesas financeiras. A amortização do principal faz parte do serviço da dívida, mas não é considerado parte do custo do financiamento. Usualmente, os juros do capital de terceiros são devidos independente da capacidade financeira do tomador, estando na maioria dos casos protegidos por garantias.
2.8 CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO 
	O CCP é implícito e costumeiramente não documentado, todavia existe. É a expectativa de retorno desejado pelo acionista em cima do seu capital investido no negócio (Patrimônio Líquido). 
	É representado pelo desejo dos acionistas de receberem dividendos mais a obtenção de crescimento no valor de suasações representando um ganho de capital associados a lucros obtidos, mas não distribuídos, que ficaram retidos para financiar projetos que contribuirão para elevar dividendos futuros.
2.9 RETORNO SOBRE O ATIVO OPERACIONAL LÍQUIDO 
	O RAOL é uma medida de rentabilidade da empresa. É a produtividade obtida através da gestão dos ativos operacionais líquidos (Capital circulante líquido mais capital fixo).
2.10 CALCULO DO CMPC 
	É o cálculo do custo médio ponderado de capital (CMPC). Médio porque considera a média de custo entre o capital de terceiro e o capital próprio, ponderado porque considera a participação (peso) de cada fonte de recursos no financiamento do AOL. O CMPC serve para balizar o retorno mínimo a ser obtido na gestão do AOL.
2.11 CALCULO DO EVA
	ASSAFNETO (1999) relata que o cálculo do EVA exige o conhecimento do custo total de capital da empresa, o qual é obtido pelo custo de cada fonte de financiamento (própria ou de terceiros) ponderado pela participação do respectivo capital no total do investimento realizado (fixo e giro). Desta forma, representa em essência, o custo de oportunidade do capital aplicado por credores e acionistas como forma de compensar o risco assumido no empreendimento.
	Portanto o EVA é a parcela do lucro operacional que excede os gastos com a estrutura de capital (custo do capital de terceiro mais o custo do capital próprio).
2.12 UTILIZAÇÃO DO EVA NO BRASIL
	No Brasil desde 1995, algumas empresas importantes de diversos setores passaram a adotar o sistema EVA. Algumas empresas tais como: Brahma, Andrade Gutierrez, Alcan Alumínios e Aços Villares usam este conceito para distribuir bônus a gerentes e diretores.
	 Por considerar o lucro econômico como lucro líquido estas empresas têm suas decisões focadas sempre para a geração de valores tanto para a própria empresa quanto à geração de valores para seus executivos fazendo que esses dêem suma importância ao que ganha, pois esses executivos podem garantir um “plus” no seu salário anual. O funcionário não pode achar que o bônus é um presente, ele precisa dar valor ao que ganha e agregar valor para a empresa. O objetivo da remuneração variável é fazer refletir no bolso dos funcionários, os resultados da empresa. Com o EVA, a simulação dos riscos e do pensamento do acionista é ainda mais próxima da realidade. Pelo método, o funcionário ganha se a empresa vai bem, mas também pode perder se ela for mal, afirma Sérgio Pinheiro.
	Quando a empresa atrela a remuneração do funcionário ao E.V.A., ela pode criar um banco de bônus. Se a empresa atingir o ganho de E.V.A. proposto, o funcionário recebe o bônus. Se superar as expectativas, ele recebe um terço desse valor e os dois terços restantes ficam retidos no “banco”. Caso, no ano seguinte, a empresa tenha resultados inferiores às metas estipuladas, o saldo pode ficar negativo, ficando o funcionário com o bônus “no vermelho”, mas não precisa pagar a conta para a empresa. Mas quem ficar anos sem levar mais dinheiro para casa no Natal pode estar mostrando que seu desempenho está deixando a desejar.
2.13 VANTAGENS DO EVA
 	1 - Auxilia na formulação de planos, projetos e orçamentos de longo prazo;
2 - Alinha os interesses dos agentes com os dos diretores, submetendo os gerentes e funcionários aos desejos dos acionistas;
3 - Cria uma teia de interesses; porque representa a forma mais socialista de capitalismo;
4 – Quando utilizado para determinar a remuneração dos funcionários, os motiva a agregar valor;
5 – Indica realmente o ”quantum” foi agregado de riqueza.
6 - Tomada de decisões, tecnicamente orientadas, sobre como investir e utilizar os recursos que criem Valor Adicionado para a Empresa/Unidade de Negócio;
7 - Análise da estrutura dos recursos aplicados nos ativos com o desempenho e evolução da receita, custos e do resultado operacional;
8 - Análise também da estrutura de capital, do custo do capital próprio e de terceiros e da sua influência no resultado passado e futuro.
3 CONCLUSÃO 
Até bem pouco tempo, o gerenciamento das empresas era voltado para o objetivo fim de sua atividade principal; aperfeiçoar o serviço/produto e aumentar a participação no mercado. Buscava-se o aumento do lucro, sem maior preocupação com a gestão financeira. Nesses tempos de economia global e altamente dinâmica, não há sucesso empresarial garantido sem a correta exploração das oportunidades propiciadas pela gestão financeira.
Visualiza-se assim, uma contradição: ao mesmo tempo em que necessita dominar a engenharia financeira, a moderna empresa não pode correr o risco de se distanciar do seu negócio-fim, sob o risco de perder competitividade. Se “tempo é dinheiro” e a velocidade da concorrência é cada vez maior, o administrador moderno tem que estar cada vez mais voltado ao negócio da empresa e o seu faturamento direto. Isso exige conhecimento completo de seu público-alvo e atenção total às mutações que ocorrem no mercado.
O passo inicial para a implantação do EVA® na empresa precisa ser dado pelo seu presidente e diretores. O conceito deve estar fortemente enraizado nessa equipe gerencial, porque EVA® não significa somente um indicador de lucros, mas sim uma mudança de comportamentos e atitudes. A empresa precisa ter um plano formal de implantação, que busque, como resultado, objetivos estratégicos, tais como a meta inicial de definir como e para que o EVA® será utilizado. Como será calculado o EVA®, quais os ajustes contábeis serão realizados, se o custo do capital será definido por unidades ou único na corporação, se o sistema contábil necessita de alterações e qual a periodicidade de cálculo do EVA®, são também decisões estratégicas que devem ser estabelecidas como ponto de partida da implantação.
O EVA® provou ser uma excelente ferramenta, que alinha os objetivos e interesses da equipe gerencial com os dos acionistas, demonstrando, através de um número, se a ação tomada agregou, ou destruiu valor. Esse resultado obtido, quando da sua utilização, justifica o conceito EVA® como a verdadeira chave para criação da riqueza.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSAFNETO, Alexandre. A contabilidade e a gestão baseada no valor. VI Congresso Brasileiro de Custos. (1999 : São Paulo). Anais. São Paulo : USP, 1999.
CAETANO, José Roberto. Sua empresa cria ou destrói riqueza? Revista Exame, São Paulo, 09-09- 1998.
DAVIES, Erin M. Como fazer os acionistas mais ricos usando o EVA. Revista Fortune, 09-09-1996.
STEWART, Stern. A verdadeira chave para a criação de riquesa. Rio de Janeiro, Qualitymark, 1999.
http://www.classecontabil.com.br/artigos/uma-abordagem-sobre-o-eva-sua-origem-e-seus-resultados . Acesso em 26/03/2016.
� Bacharel em Ciências Contábeis, Universidade do Contestado, Rua Vitor Sopelsa, Bairro Salete, Concórdia / Santa Catarina, 89700-000,:
� Bacharel em Ciências Contábeis, Universidade do Contestado, Rua Vitor Sopelsa, Bairro Salete, Concórdia / Santa Catarina, 89700-000,:
� Bacharel em Ciências Contábeis, Universidade do Contestado, Rua Vitor Sopelsa, Bairro Salete, Concórdia / Santa Catarina, 89700-000,:
4 Bacharel em Ciências Contábeis, Universidade do Contestado, Rua Vitor Sopelsa, Bairro Salete, Concórdia / Santa Catarina, 89700-000, � HYPERLINK "mailto:rogerio.lorenzett@gmail.com" �rogerio.lorenzett@gmail.com�:

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