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Trabalho Estágio Supervisionado 1

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INTRODUÇÃO
O estágio supervisionado do curso de Engenharia Civil pretende a obtenção de conhecimentos e a prática de algumas das técnicas estudadas no decorridas na graduação, e neste caso foram utilizadas especificamente técnicas de controle de obras, testadas e comprovadas em todos os envolvimentos com grupos de profissionais diretos e indiretos e nas dificuldades encontradas diariamente nos ambientes das construções. 
Como colaborador do quadro funcional da empresa “Lusobrás Empreendimentos Imobiliários LTDA” - CGC 33.156.324/0001-72 - localizada no município do Rio de Janeiro, tive atividades em projetos de execução de edifícios comerciais e residenciais, visando à satisfação dos usuários finais. Tendo o conhecimento de que o cliente busca imóveis cada vez mais sofisticados e com elevado padrão de qualidade construtiva e de acabamentos, a organização desenvolve atividades em busca do sucesso na concorrência no mercado onde atua, de forma atender aos seus clientes nas suas necessidades. 
O quadro de engenheiros qualificados é selecionado para execução do gerenciamento das obras, ou seja, também executam serviços de fiscalização. No escritório são feitos os serviços burocráticos, suporte às obras e atendimento aos clientes, nesta atividade existem profissionais de administração, engenharia civil e outras atividades correlatas. 
A empresa funciona no seu comando principal com um engenheiro chefe, a nível de diretor de engenharia. São feitas reuniões nas formas semanais e/ou sempre que houver necessidade para tomada decisão administrativa ou operacional. O engenheiro chefe comanda todas as decisões, é o responsável pelo estudo de viabilidade de novos empreendimentos, coordena uma equipe de técnicos de edificações, arquitetos e engenheiros civis na execução de projetos e de fiscalização durante a execução dos projetos. Existe na área executiva um projetista, responsável pela finalização dos projetos arquitetônicos, criação de projetos complementares, imagens para divulgação. Na área de Marketing, um profissional específico qualificado comanda uma equipe composta com um designer de interiores; estagiários e uma recepcionista; na área de compras existe um comprador responsável pela cotação e compra de materiais e equipamentos; na área financeira, um profissional de ciências contábeis; um advogado sênior atende o setor jurídico cuidando da parte documental das obras, funcionários e contratos. 
No canteiro de obra a equipe de funcionários divide-se em armadores, carpinteiros, eletricistas, pedreiros e serventes. Somando-se com o pessoal do escritório a empresa possui um total de quarenta funcionários próprios ou terceirizados. 
Além do engenheiro chefe, ocorrem situações de contratação de engenheiro civil terceirizado, este profissional é muito importante nas situações de extrapolação de atividades na construtora, ele assume a responsabilidade pelos projetos estruturais, das instalações, dos quantitativos de materiais e especificações técnicas. Como também a empresa dispõe em caráter de reserva profissionais autônomos para atender neste período nas áreas de engenharia civil, elétrica, segurança do trabalho, arquitetura e outros serviços pertinentes as construções. Este relatório também permitiu que fossem feitas algumas observações particulares sobre as deficiências e dificuldades encontradas nas construções, que não eram identificadas no efetivo controle de produção, técnicos, mestres de obras e inclusive da diretoria. Pesquisando constata-se que várias empresas da construção civil são administradas por profissionais qualificados com experiência em estimativas de prazos e quantidades, compra de insumos e execução de atividades, mas isso satisfaz ao planejamento ou ao controle eficiente sobre o andamento físico da construção. 
Em todos os projetos de construção civil atualmente existe a necessidade de reduzir o consumo de insumos para sua execução. Evidentemente o planejamento e controle são de suma importância para tomadas de decisões. 
 Segundo um estudo prospectivo da cadeia produtiva da construção civil do Brasil, feito pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Departamento de Engenharia de Construção Civil, o segmento ocupa lugar importante na geração do PIB, contribuição essa de 15,5%, além da contribuição social com a geração de empregos representando um total de 6% do total do pessoal ocupado, caracterizando o setor como o mais empregador do país e ainda contribuindo com o combate ao déficit habitacional. 
 
 
Gráfico 1 – PIB Brasil X PIB Construção Civil 
 
Fonte: CBIC – Câmara Brasileira da Indústria da Construção. Disponível em: < http://www.cbicdados.com.br/home/>. Acesso em: 11 set. 2012. 
2 OBJETIVO GERAL 
Como objetivo geral deste relatório de estágio supervisionado foi destacar as aplicações, as relações das disciplinas do curso, além das dificuldades e deficiências encontradas na construção civil. Observou que as soluções estão integradas na redução nos índices, de retrabalho das equipes, consumo ou desperdício de materiais, como também os atrasos de cronograma, que estão sujeitas aos critérios de alocação e montagem de equipamentos de apoio, compra e manutenção de ferramentas, aquisição e entrega de materiais e contratação de terceiros.
Todos esses temas destacados geram acréscimo nos custos operacionais, afetando o orçamento com valores superiores aos estimados, embutem mudanças na concepção do projeto. A empresa em si é prejudicada com a redução dos fatores de atratividade, tais como o valor do imóvel, ou reduzindo a margem de lucro das empresas. 
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Como objetivo geral definiram-se alguns objetivos específicos na formulação do relatório, a saber:
 
Analisar o desperdício de materiais detectados nos projetos; 
Situações no projeto que exigiram retrabalhos ou trabalhos que não agregam valor ao produto final; 
Estudar procedimentos operacionais e administrativos que objetivem a eficiência no cronograma e no aumento da capacidade da mão de obra; 
Emitir parâmetros de medidas de forma criar dados históricos para a empresa ter melhores resultados no processo de controle e gerenciamento da obra.
 
2.2 JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO PROJETO 
O acompanhamento dos projetos de construções viabilizados pela diretoria da empresa permitiu a participação nas suas obras para apontamento e levantamento de dados dos quais foram extraídos os dados necessários para elaboração desse relatório sobre o estágio supervisionado. 
Evidentemente a empresa sempre procura redução nos prazos executivos e nos custos, como também o controle de obras é muito importante para o planejamento. Como o cronograma inicial na maioria dos casos não é muito preciso, existirá uma necessidade de um gerenciamento da obra mais detalhado e efetivo, em virtude da dinâmica que ocorre na construção civil, tanto pelas situações que são afetadas pelo aspecto direto e indireto. 
A indústria da construção civil é muito mundana, ou seja, ela é diferente da indústria seriada onde a matéria prima entra e, sai o produto finalizado, e assim produz durante longos anos no mesmo local. A construção civil implanta a cada momento um produto diferenciado. Vemos que o canteiro de obra montado com toda infraestrutura, é retirado ao final da construção, permanecendo apenas durante o período de produção. 
As dificuldades observadas na prática em comparação com as aplicações de muitas das teorias aprendidas no curso de graduação e nas bibliografias voltadas ao planejamento e controle, sofrem constantemente com uso da improvisação, e em algumas situações, mesmo com as mudanças efetuadas, surgem soluções que ainda não tinham sido programadas no cronograma e no desenvolvimento do projeto. A oportunidade do projeto se coadunam com os meus objetivos de evolução profissional através dos conhecimentos adquiridos pelo momento de ascensão que passa vários segmentos da construção civil. Observa-se que as organizações necessitam cada vez mais da utilização de técnicas gerenciaiseficientes para controle de obras para se manterem no mercado, mais ainda em virtude da crescente disponibilização de produtos mais sustentáveis, como também pelos prazos executivos, consumo de tempo, mão de obra qualificada, que irão influenciar o resultado dos projetos. 
Pode-se afirmar que a importância desse estágio supervisionado se dá de forma mútua, tanto para estagiário quanto para empresa concedente de estágio, pois o interesse da extração de aprendizado formador da experiência profissional, bem como, a empresa poderá beneficiar-se com as conclusões e apontamentos advindos pelas sugestões dessa participação no projeto. Pois, com a adequada aplicação do objetivo geral e objetivos específicos serão produzidas informações que a empresa poderá utilizar para dar inicio as atividades gerenciais de planejamento e controle de obras tendo todas adversidades que causam perdas, seja na produtividade ou na utilização dos materiais. Conforme orientações na formulação desse relatório, que foi embasado por conclusões próprias, foi necessário também aprofundar nos elementos bibliográficos em referência para ter um aprofundamento mais científico, visto que existe uma variedade de teorias e informações disponibilizadas na internet e em livros, que são em determinadas situações contrárias e discutíveis. 
3 CONCEITOS TEÓRICOS e PRÁTICOS 
 Os conceitos teóricos das disciplinas cursadas durante o curso juntamente com as melhorias na eficiência da mão de obra e na racionalização dos materiais pretendente pela construtora foi o tema constante em todas atividades no período do estágio. Nos estudos que foram feitos em canteiros de obras, vimos que os resultados apontam sempre para as técnicas gerenciais de planejamento. 
 Esta necessidade se dá devido à deficiência na qualificação da mão de obra, a grande variabilidade na qualidade dos produtos parciais que complementam a obra e acarretam em baixa qualidade do produto final. 
A redução do número de Homem x hora/m², a racionalização do uso de materiais por unidade produzida, a diminuição dos impactos causados pelas obras com a geração de entulhos, o aumento consequente dos ganhos e, desta maneira, atraindo novos negócios pela qualidade e responsabilidade quanto ao cumprimento de prazos propostos nos contratos, são princípios básicos que correspondem às técnicas de edificar de forma eficiente. 
O momento econômico que passa o país, com os ajustes na economia, os controles precisam ser mais relevantes, de forma que se identifique os desvios de orientação das metas traçadas na mão de obra, no consumo de materiais, na contratação de equipamentos ou contratação de serviços terceirizados como eletricistas, encanadores ou qualquer outro insumo necessário para execução do empreendimento. 
Esses desvios encontrados devem-se a inúmeros fatores que abrangem a construção civil. Evidente que afetam diretamente a produtividade, causando discrepância entre valores encontrados de “RUP�” de obra para obra, fazendo com que as técnicas sejam de difícil aplicação, e para que realmente ocorra à aplicação dessas técnicas, de forma correta, necessita-se do apoio da equipe que executará determinados serviços, a fim de obter-se o melhor método para execução de tal tarefa, definido quem realmente irá fazê-la, e finalmente envolvendo toda a equipe responsável pela execução do empreendimento. 
- Souza (2006) descreve que, por longa data, a indústria da construção civil vem sendo caracterizada pela má produtividade. 
- Mattos (2010) cita ainda, que as deficiências das construtoras se dar em graus variados. Algumas planejam bem, mas não controlam, outras planejam mal e ainda aquelas que sobrevivem na base da total improvisação. 
- Goldman (2004) o planejador, juntamente com a equipe de controle 	da 	produção necessita possuir uma vasta experiência e conhecimento do empreendimento, visto que, é esperado desses profissionais tomadas de decisões rápidas quanto ao rumo das atividades, não permitindo que haja grandes divergências entre planejado x executad
Na literatura pesquisada foram descritas situações, problemas com a falta de participação das equipes ainda no planejamento, más condições de trabalho e baixa atratividade para geração de novos profissionais gerando carência da mão de obra treinada que por fim reduz qualidade e eleva o custo, variabilidade na qualidade dos materiais, falta de aplicação de procedimentos operacionais, atrasos tecnológicos dos processos produtivos fazendo com que a introdução da “Qualidade Total”, já predominante em outros setores industriais, seja dificultosa. 
Para elevar os padrões da qualidade no setor de edificações necessita-se articular os inúmeros agentes dos processos e, comprometê-los, cada um, com a qualidade de seus produtos parciais e consequentemente com a qualidade do produto final satisfazendo as necessidades e expectativa dos usuários. 
As regulamentações dos processos são feitas por normas criadas para padronizar os serviços e os produtos de modo que a produtividade e a qualidade sejam tão parecidas de uma obra para outra que os planos poderiam ser feitos com mínimas margens de erros em seus prazos e consequentemente no custo, o que na realidade é praticamente impossível em um segmento industrial tão dinâmico quanto o da construção civil. 
Essas regulamentações são instituídas pela Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT), que utilizou os mesmos números da International Organization for Standardization (ISO) alterando de ISO 9000 para NBR 09000, e pelo Instituto Nacional de Normalização, Metrologia e Qualidade Industrial (INMETRO) que utilizou numeração semelhante trocando o zero inicial da ABNT pelo número 1 ficando: NBR-ISO 19000.
 
4 DEFINIÇÃO DAS ATIVIDADES E DA ÁREA 
Das três áreas disponíveis de atividades para cumprimento de estágio, o relatório apresentado estudará assuntos da área específica da construção civil, cujas cadeiras formadoras dentre outras são, administração da construção civil, construção civil e gestão de projetos de engenharia civil, sendo estas as principais motivadoras deste projeto. O instrumento da metodologia para obtenção dos dados no canteiro de obra usou as tabelas, registros diários de obra com a finalidade de esclarecer as várias situações relacionadas ao controle, ou seja, as datas de início e fim de atividades, o consumo de material dessas atividades, número de profissionais e sua variação para realização das tarefas, além dos equipamentos que foram utilizados para sua execução. 
Com as informações coletadas foram elaboradas as planilhas de análises comparativas dessas informações, e em seguida, foram comparados com os índices de bibliografia pesquisada, e a partir daí formas gráficas foram geradas, o que possibilitou uma melhor visão dos resultados das atividades.
5 COLETA DE DADOS E ANÁLISE DOS RESULTADOS 
A obtenção dos dados feitas a partir dos levantamentos, e neste caso, foram destacadas as diferentes situações que comprometiam o pleno desenvolvimento da obra trazendo consequentemente resultados negativos ao final da construção. 
As situações aqui levantadas, caracterizadas como desfavoráveis, tem como embasamento o aumento do consumo de material e desperdício do mesmo, bem como, da mão de obra empregada para as correções, estas tendo que ser feitas na fase de acabamento do empreendimento. 
Os apontamentos feitos através deste relatório aferem de forma direta aos conceitos e técnicas de controle, objeto deste trabalho, que tem por finalidade proporcionar a empresa o conhecimento das questões desfavoráveis ocorrentes em seu canteiro e direcionar esforços para melhoria dos métodos. 
5.1 Análise dos Resultados 
A empresa possui diversos empreendimentos em andamento na cidade, portanto, foi determinado pelo engenheiro chefe que o estágio aconteceria diretamente no canteiro de obra desses empreendimentos. A obra definida para início dos trabalhos foi um edifício padrão normal de uso residencial com oito apartamentos e garagem no subsolo. O prédio foi estruturado de concretoarmado utilizando tijolos cerâmicos vazados para vedação e divisão do esqueleto.
Este empreendimento foi acompanhado num período de três meses de estágio supervisionado, no início das atividades a obra se encontrava na final da estrutura. O estágio numa fase avançada da obra dificultou a parametrização de um variado número de atividades importantes, tais como, a produção e montagem de fôrmas e armaduras dos pilares, vigas e lajes, bem como, acompanhamento da concretagem e tempos de cura para desforma. Sendo assim serão destacados no decorrer deste trabalho outros detalhes da edificação, as atividades, soluções adotadas as dificuldades, observações sobre a capacidade da empresa e do corpo de funcionários. 
No andamento das atividades observa-se que o corpo operacional não foi exigido na melhor forma na execução das tarefas, pois em certas ocasiões este grupo não apresentava um comprometimento com os métodos de gerenciamento de planejamento e não havia um controle mais rígido da obra. 
 Algumas alternativas foram apresentadas para melhorar esta situação, mas a principal foi obter um comprometimento maior dos funcionários através de reuniões no escritório da empresa de forma estabelecer as metas, os planos de atividades, redefinição do escopo do projeto, e principalmente praticar uma fiscalização diária. Com a equipe funcional e a equipe da obra envolvidas na formulação desses escopos, fez com que melhorasse a união da equipe e o nível da importância profissional de cada um no contexto geral da obra. 
Este procedimento administrativo num primeiro instante dinamizou o andamento geral dos serviços, obteve-se uma melhor integração entre os gestores e executores, incrementou uma melhor organização dos métodos e o cronograma conquistou melhores resultados em todas as fases da construção. 
No início do estágio, o ambiente do canteiro de obras possuía o seguinte quadro de funcionários: um carpinteiro, um eletricista, um pedreiro, dois serventes, e no decorrer da obra foi ampliado com a admissão de mais dois pedreiros, um auxiliar eletricista, dois serventes e um mestre de obras para coordenar as fases finais. 
No detalhamento das atividades da obra, o bom conhecimento de acabamentos minimiza as falhas construtivas inerentes aos processos não gerenciados, contudo, as deficiências da construção apesar de amenizadas geram aumento de consumo de material e retrabalho nos acabamentos, fazendo com que o custo da obra aumente ao final.
 
Sendo assim ficou evidenciado que a falta de planejamento na condução das obras, constitui uma barreira ao bom e fiel cumprimento do desenvolvimento deste setor industrial e grande gerador de empregos. MATTOS (2010) cita que “quem um dia tem oportunidade de trabalhar em uma obra planejada nunca mais se acostuma a trabalhar de outra maneira”. 
 
5.2 Implantação do Canteiro de Obras 
A implantação do canteiro de obras em certas circunstancias não é a princípio funcional e organizado, pois depende do planejamento de sua construção no espaço de construção. No caso do edifício seu acesso principal foi projetado através de uma rampa, mas esta rampa ainda não tinha sido construída porque se fazia uma mudança da planta projetada e isto acarretaria um aumento dos custos no orçamento inicial do canteiro de obras. 
Essa mudança consistia da retirada do abrigo provisório da obra e o depósito de materiais e ferramentas conforme é estabelecido na norma “NR-18� seção 18.4” destinado à obra sem trabalhadores alojados, sala para conferência de projetos e pagamento dos funcionários e instalações sanitárias�·. 
Com esta situação dificultosa e a preocupação de cumprimento do cronograma original decidiu da mudança do barracão logo que a alvenaria do pavimento térreo ficou concluída. Deste modo o processo foi aperfeiçoado, adequando-se de início um apartamento para as instalações necessárias aos funcionários e para o depósito. O acerto do canteiro de obras proporcionou mais segurança as ferramentas e materiais estocados, e afastou os grupos de trabalho nos horários de pausa, evitando distrações externas que prolongam o tempo de intervalo. 
5.3 Instalação e Utilização de Equipamento 
A alocação de equipamentos tem sido um dos problemas encontrados e que vem prejudicar o rendimento das atividades da obra. Observou-se no início do estágio que as atividades de reboco externo e a retomada das atividades de revestimento interno da obra tiveram alguns problemas, mas houve a aquisição de equipamentos modernos que proporcionaram otimização das atividades da obra.
Por exemplo, a opção de prever as fases do projeto, pode assim ser aplicada em caso presenciado dos ganchos de ancoragem para sustentação de equipamento e de segurança dos trabalhadores. Esses ganchos foram calculados para suportar as cargas exigidas, ou seja, o peso do equipamento, número de trabalhadores, quantidade de material a ser usado. Logo a movimentação de equipamentos não prejudicaria o reboco e o revestimento iria acontecendo. 
A equipe de trabalho e o material necessário para a obra é determinado pelo planejamento da obra, que deverá ser executado na sua fase de concepção e pela definição de métodos e atividades decorrentes, daí então serão definidos equipamentos, ferramentas, materiais miscelâneos e mão de obra necessária. 
Surgiram desperdícios de materiais acarretado pela quebra de tijolos cerâmicos das paredes para passagem dos cabos de sustentação do equipamento e das cordas de segurança dos trabalhadores, por isso foram necessários que fossem feitos furos nas lajes para sustentação dos braços. Nas lajes os furos poderiam ter sido evitados, devido ao motivo de que o afastador de balancim, que serve para dar a distância certa entre a parede da obra e o centro do cabo de aço na entrada da máquina evitaria o contato direto com a alvenaria. Ocorreu que as peças estavam em outra obra, abandonadas, portanto este fato constatou a falta de controle e gerenciamento das ferramentas e equipamentos.
 
Apresenta-se como uma alternativa eficiente para ancoragem do equipamento e segurança do pessoal a foto abaixo, aonde pode ser visualizada com os ganchos chumbados na estrutura de concreto. São indicados como boa opção para a função, observa-se a facilidade operacional que oferece o sistema e o grau de garantia para as equipes que farão uso dos mesmos podendo, serem utilizados também para futuras manutenções, limpeza de fachadas e repinturas.
Gancho de ancoragem para equipamento e segurança 
�
Fonte: http://www.liftancoragem.com.br/7/ancoragem-predial/produtos/transfixacao/itemlist/user/42-superuser.html acessado em 12 de novembro de 2012. 
Na foto abaixo observa-se a instalação de ganchos em uma edificação, constata-se a qualidade de acabamento através de obra projetada adequadamente. 
 
Sistema de ancoragem em platibanda 
�
Fonte: http://www.liftancoragem.com.br/7/ancoragem-predial/produtos/transfixacao/itemlist/user/42-superuser.html acesso em 12 de novembro de 2012. 
Justifica-se esses procedimentos tendo em vista a forma de fabricação e do projeto segundo as especificações da Norma Regulamentadora NR – 18 que incluiu o item 18.15.56 - ANCORAGEM em de 10 de abril de 2006 e publicou a alteração no Diário Oficial da União (DOU) em 12 de abril de 2006 preconizando que: 
“18.15.56.1 As edificações com no mínimo quatro pavimentos ou altura de 12m (doze metros), a partir do nível do térreo, devem possuir previsão para instalação de dispositivos destinados à ancoragem de equipamentos de sustentação de andaimes e de cabos de segurança para o uso de proteção individual, a serem utilizados nos serviços de limpeza, manutenção e restauração de fachadas. ” 
“18.15.56.2 Os pontos de ancoragem devem: 
estar dispostos de modo a atender todo o perímetro da edificação; 
suportar uma carga pontual de 1.200 Kgf. (mil e duzentos quilogramas
	 	 - força); 
constar do projeto estrutural da edificação; 
ser constituídos de material resistente às intempéries, como aço inoxidável ou material de características equivalentes.Portanto, conforme a norma acima, a fixação dos ganchos para ancoragem pode ser feita nos elementos de concreto armado da estrutura, lajes, vigas e pilares e são encontrados em três modos de fixação, dois mecânicos podendo ter auxílio químico e um modelo com fixação química. Existe o modelo duplo de transfixação tem a vantagem de poder ser utilizado para sustentação do equipamento e segurança visto a capacidade de carga. O gancho de transfixação simples é uma boa alternativa para estruturas de caixa d’água e platibandas de telhado quando se aplica deixando a extremidade oposta ao gancho escondida. 
Gancho transfixação 
�
Fonte: http://www.liftancoragem.com.br/7/ancoragem-predial/produtos/transfixacao.html acesso em 12 de novembro de 2012. 
�
Fonte: http://www.liftancoragem.com.br/7/ancoragem-predial/produtos/dupla-transfixacao.html acesso em 12 de novembro de 2012. 
�
Fonte: http://www.liftancoragem.com.br/7/ancoragem-predial/produtos/fixacao-quimica.html acesso em 12 de novembro de 2012. 
No Quadro 1 estão representados os valores de carga de arrancamento estático e a capacidade do travamento químico. 
Quadro 1 – Dados técnicos ganchos de ancoragem 
	 
	Gancho de transfixação simples 
	Gancho de transfixação duplo 
	Gancho fixação química 
	Carga de 
Arrancamento Estático 
	66,7 KN ou 6.800 Kgf. 
	66,7 KN ou 6.800 Kgf. 
	23,8 KN ou 2.430 Kgf.m 
	Travamento Químico 
	40,6 N.m ou 4,14 Kgf.m 
	40,6 N.m ou 4,14 Kgf.m 
	40,6 N.m ou 4,14 Kgf.m 
Fonte: LIFT Ancoragem e Alpinismo Industrial - http://www.liftancoragem.com.br/7/ancoragem-predial/espera-deancoragem.html acesso em 12 de novembro de 2012. 
 
Dessa forma constata-se que a dinâmica do andamento dos serviços pode ser prejudicada pela não obediência dessa norma. Os serviços de reboco externo interferem nesse sentido de forma prejudicial, caso não sejam disponibilizados os equipamentos adequados. Na situação apresentada, os pedreiros escalados para a obra tiveram que aguardar a confecção das platibandas e das vigas de guarda corpo do terraço, para instalar de modo correto e seguro o equipamento adquirido. 
 
Uso do sistema de ancoragem para balancim 
 
Fonte: http://www.liftancoragem.com.br/7/ancoragem-predial/produtos/transfixacao/itemlist/user/42-superuser.html acesso em 12 de novembro de 2012. 
Pelo exposto verifica-se que os índices de improdutividade gerados por este fator poderiam ter sido evitados, se tivesse sido realizado um planejamento. Com isso, as etapas seguintes ao reboco externo estariam prontas e todo o percurso continuado obedeceria às normas de segurança e não comprometeria o cronograma. Após a montagem do equipamento, as atividades recomeçaram com um pedreiro oficial, que ficou sendo o responsável principal pela empreitada, e um pedreiro subordinado no balancim mais dois serventes, um de apoio, na betoneira transportando materiais e produzindo argamassa e um direto. 
 
 
 Esquema de alocação de equipe para execução do reboco externo 
�
6 ORGANIZAÇÃO E LIMPEZA DO CANTEIRO DE OBRAS 
A organização e limpeza do canteiro de obras é outro fator bastante considerado para a busca da qualidade, que é o que almejam as empresas de construção. Muitas vem implantando sistemas de gestão da qualidade para obter a certificação de seus processos. Mas outras aproveitam-se de forma errada de seu corpo de funcionários e dos materiais por causa da falta de planejamento, controle de métodos, fazendo aumentar os erros, os riscos e as complexidades do processo de construção. A limpeza do canteiro de obras, também é vital, pois retrata de certa forma a organização da empresa. Um bom aspecto visual do canteiro de obras melhora as condições ambientais dos profissionais envolvidos e sua produtividade. Em períodos de chuva em que os trabalhos se tornam impraticáveis, a alternativa seria organizar mutirões de limpeza e organização no canteiro de obras, evitando-se assim as horas improdutivas. 
Como existe o depósito, que é um espaço reservado para as ferramentas, materiais miscelâneos e equipamentos de proteção individual, já o entulho deve ser recolhido e descartado do local. Observou-se, durante o andamento da obra, uma quantidade significativa de tijolos cerâmicos quebrados, devido às más condições de transporte e manuseio. Com relação a estas perdas e desorganização pode-se dizer também, que o local de trabalho fica ainda mais perigoso, uma vez que, ao circularem pela pelo canteiro os operários deverão ter sua atenção redobrada a fim de evitar acidentes. 
Neste relatório abordaremos a segurança dos funcionários, pois constatamos a situação de desordem e descuido com ferramentas e com os Equipamento de Proteção Individual (EPI’s), o mesmo ocorre com o material fragmentado descartado espalhado pela obra. Relacionado também à segurança, verifica-se atitudes de negligência por parte do pessoal do canteiro, como por exemplo, uma extensão elétrica largada no chão próximo a uma área em que não há proteção. 
Os fatos relatados acima podem ser resolvidos com reuniões periódicas de integração, segurança pessoal e uso de EPI obrigatório. É possível inclusive, nestas reuniões sensibilizá-los com as graves consequências da falta de uso de EPI’s na construção civil ou mesmo serem aplicadas advertências pela falta ou descaso com o equipamento de segurança, pois, observou-se que capacetes não estão sendo utilizados e puderam ser encontrados em diversos pontos da obra largados de qualquer maneira. 
Em pesquisa a NR – 18, seção 18.28 Treinamento diz que: 
18.28.1 Todos os empregados devem receber treinamentos admissional e periódico, visando a garantir a execução de suas atividades com segurança. 18.28.2 O treinamento admissional deve ter carga horária mínima de 6 (seis) horas, ser ministrado dentro do horário de trabalho, antes de o trabalhador iniciar suas atividades, constando de: 
informações sobre as condições e meio ambiente de trabalho; 
riscos inerentes a sua função; 
uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI; 
informações sobre os Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC, 
existentes no canteiro de obra. 
18.28.3 O treinamento periódico deve ser ministrado: 
sempre que se tornar necessário; 
ao início de cada fase da obra. 
Em todas as empresas existem colaboradores sobre a fiscalização das atividades dentro de seus canteiros de obras, esses colaboradores devem ser treinados e mais exigidos nas competências, repassando a esses a função de cobrança pelo uso e cuidados com Equipamento de Proteção Individual (EPI) e Equipamento de Proteção Coletiva (EPC). 
A solução alternativa sobre a questão da falta de organização e limpeza da obra é dar incentivo e motivação a mão de obra, através de bonificação e reconhecimento diante da equipe, salientando que ao final de cada processo todos tem o dever de manter a organização das ferramentas e do local de trabalho. 
7 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
Quanto às instalações elétricas, identificaram-se problemas pela falta de projeto detalhado sobreposto ao arquitetônico, agravado pela ausência da mão de obra responsável, neste caso terceirizada, que acabou ocasionado o levantamento de paredes mantendo as tubulações elétricas em lado oposto ao correto. 
Este procedimento dificultou a instalação das caixas de passagem, pois as paredes deverão ser quebradas e as mangueiras de passagem dos cabos cortadas e emendadas para correção do problema. Assim, o aumento dos custos foi inevitável, considerando a utilização de argamassa para reparo, o tempo gasto para esse serviço e o tempo a mais que o eletricista levará passando a fiação, uma vez que, as tubulações serão emendadas comprometendo a enfiação. Estes equívocos podem facilmente serem corrigidos com efetivo controle de obras evitando retrabalho das equipes e desperdício de material que é inevitável em se tratando de reparação de erros nas construções. 
O controle também é importante no cuidado com as etapas de concretagem observando-se se os elementos (pilares,vigas e lajes) estão em conformidade com os projetos, principalmente, no que diz respeito às armaduras, fixação das fôrmas e em casos específicos se haverá alguma intervenção nestes elementos. 
Observa-se na que a tubulação está passando lateralmente a viga, e, ao que tudo indica, não foram respeitados os espaçamentos de cobrimento da armadura instituídos em norma (ABNT NBR 6118 – 2003). 
Ainda com relação às instalações elétricas, podemos apontar a falta de cuidado dos pedreiros no momento da execução da atividade de reboco interno, sujando e danificando as caixas de passagem, caixa de disjuntores CD 6 e caixa para interruptor e tomada 4”x2”.
Uma solução para este problema seria adotar como procedimento da equipe responsável pelas instalações elétricas, que no momento da fixação das caixas na alvenaria, com argamassa de cimento e areia, no traço 1:3, que as mesmas sejam preenchidas com papel amassado, a fim de evitar danos e/ou entupimento das tubulações pelos serviços de revestimento com argamassa (chapisco, emboço e reboco). 
A opção de shaft� também é muito usual, previsto em projeto, o vão é deixado em todas as lajes e então após passadas todas as tubulações, elétricas ou hidrossanitárias, estes são fechados em madeira, gesso ou até mesmo alvenaria, dependendo da situação. Este sistema é comum em banheiros facilitando a manutenção das tubulações.
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Fonte: http://www.aecweb.com.br/projeto-hidraulico-ou-a-busca-da-excelencia/tematicos/artigos/1826/6 acesso em 12 de novembro de 2012. 
 
No que tange a falta de controle nos processos de instalações, pode-se apontar, mais precisamente no pavimento térreo, paredes internas que já possuíam reboco, e as instalações de água fria e elétrica não tinham sido concluídas, o que ocasionou retrabalho e desperdício de material. Com isso, volta-se a afirmar que se este equívoco incide nas diversas obras que a empresa possui, o resultado final será negativo devido ao número de entulho gerado e horas desperdiçadas da equipe ao ter que refazer o revestimento. 
7 REBOCO INTERNO E EXTERNO
Para as atividades de reboco há a necessidade de conclusão das estruturas e alvenaria, pois a argamassa não deve curar ao sol e nem receber chuva logo de sua execução. Muitos são os pontos que podem ser abordados com relação a esta atividade como, por exemplo, o tipo de argamassa utilizada, se industrializada, misturada em silo, adquirida pronta em sacos e preparada na obra ou simplesmente traços produzidos no canteiro, manufaturada pelos serventes, ainda dentre tantos, métodos de aplicação e desperdício. O consumo moderado de argamassa para reboco e o trabalho da mão de obra depende de alguns fatores, dentre eles cita-se, a boa execução dos serviços de estrutura e alvenaria, visto que o revestimento é aplicado diretamente sobre estes e caso exista alguma deformidade esta pode ocasionar, para nivelamento e alinhamento, aumento no gasto de insumos. 
Optou-se por apontar alguns aspectos que sem o devido controle acarretam grande consumo de material para correção, pois, no acabamento a intenção é minimizar quaisquer que sejam os erros. O fato de a parede ter saído do prumo deve-se a deficiência no procedimento operacional, pois, o modo correto de execução sugere para melhor aderência entre pilares de concreto armado e tijolos cerâmicos, o uso de barras de ferro. 
Para redução de problemas nessas ligações poderia ser adotado o seguinte procedimento, conforme NBR 08545 (1984): 
Fixar barras de aço (ferroscabelo) com diâmetros de ø 5.0mm a ø 10.0mm, distanciadas na altura cerca de 60 cm e cerca de 60 cm de comprimento (Figura); 
Chapiscar a face da estrutura (pilares, vigas e lajes) que fica em contato com a alvenaria. 
Figura 5 – Ligação de alvenaria com pilar de concreto armado 
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Fonte: NBR 08545 – 1984. 
Em alguns pontos observou-se um engrossamento significativo do reboco o que inclusive, dificulta a instalação dos interruptores e tomadas. 
Segundo norma técnica NBR 13749 (1996) as espessuras de revestimento de argamassa devem ser: 
Interno: 5.0mm ≤ e ≤ 20.0mm 
Externo: 20.0mm ≤ e ≤ 30.0mm 
Tetos: e ≤ 20.0mm 
(e) = espessura 
Sugere-se a implantação dos métodos de controle para este serviço, prescritos na Norma Regulamentadora NBR 7200 (1998), que traz junto a todos os procedimentos para execução da atividade de revestimento com argamassa, modelos de planilhas utilizadas para controle de qualidade dos trabalhos. 
O detalhe observado na medição do reboco, este dentro das dimensões recomendadas teve que ser cortado para instalações de equipamentos não previstos em projeto. Paredes cortadas após reboco normalmente apresentam patologias. Embora nas dependências que recebem revestimento cerâmico esses problemas não tenham grande influência quanto ao acabamento todas e quaisquer instalações que ficarão sob o revestimento devem ser testadas. 
8 ANÁLISE SOBRE ANDAMENTO DAS ATIVIDADES 
As atividades de construção foram escolhidas para mencionar um dos inúmeros fatores que acabaram atrapalhando o pleno andamento da obra, pois, serviços predecessores não concluídos acabam atrasando as atividades futuras. 
As esquadrias utilizadas na edificação são de alumínio, escolhidas por diversos fatores importantes que justificam a escolha: 
Economia com acabamento: dispensam lixamento, pintura e manutenções periódicas; 
Durabilidade: boa opção para perímetro urbano onde o ar atmosférico é mais agressivo; 
Qualidade de acabamento: devido a sua maleabilidade, o alumínio proporciona grande versatilidade, podendo satisfazer as exigências dos projetos quanto suas formas com ótimo acabamento; 
Leveza: proporcionado pelo baixo peso, aliviam a carga da 
Edificação além de fáceis de manusear e instalar. 
A instalação da esquadria é feita através da: 
Montagem do gabarito: aplicado antes de requadrar o vão das janelas, com argamassa, nivelado e aprumado diretamente pelo pessoal da obra; 
Montagem da guarnição de vedação: fixadas no gabarito proporcionam estanqueidade quanto a ações do vento e da chuva executado por equipe especializada assim como para “c” e “d”; 
Montagem da guarnição de encosto: aplicadas entre os itens “b” e 
“d” aumenta a eficiência acústica e a redução das vibrações; 
Montagem da guarnição para os vidros: são as folhas da janela ou quadros móveis, que possuem elementos para manter o vidro afastado do metal além de vedar contravento e chuva. 
As vergas não necessitaram ser produzidas nas janelas, já que essas tiveram seus vãos projetados para terminar na parte inferior das vigas, já as contra vergas, responsáveis pela redução da patologia de fissura em 45º (Figura 6) nos cantos inferiores das janelas tornou-se uma atividade descontínua. 
Vão de Janela, com e sem, verga e contra verga. 
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Fonte: http://creaweb.crea-pr.org.br/pro-crea/arquivosAula/curso11/modulo12/aula12/a1_p26.html 
No decorrer da obra foi incluído um pedreiro a equipe para acelerar a conclusão dos serviços de requadramento dos vãos das aberturas, instalação dos contra marcos, a fim de concluir o reboco interno. Contudo, este profissional teve antes que concluir a tarefa de execução das vergas das portas e contra vergas das janelas que já poderiam ter sido executadas e acabam atrasando o reboco e a colocação dos gabaritos. 
Alguns vãos de janelas já estavam preparados para execução das contra vergas, facilitando os trabalhos, mas com controle dos procedimentos esta atividade não estaria incompleta comprometendo o cronograma da obra. Recomenda-se que as contra vergas sejam produzidas junto ao levantamento da alvenaria dando agilidade a serviços futuros como a instalação das aberturas e, desta forma não impedindo a continuidade dos serviços de revestimento, fazendo com que a atividade de reboco interno tenha que ser retomada em outra fase tornando-a descontínua. Seria interessante para a atividade de reboco, que o mesmo fosse mensurado por pacotes de serviço, por exemplo, por apartamento, ou definir uma forma que a construtora considerarmais adequada, contudo, a descontinuidade impossibilita esta prática. 
9 ANÁLISE FINAL 
Muitas vezes, procura-se ganhar tempo no início da construção, o que é feito de forma equivocada, pois, sem que todos os projetos estejam concluídos e os planos gerados para cada etapa da obra, logo esta atitude irá acarretar atrasos no decorrer da construção e consequentemente no prazo final além, é claro dos equívocos no andamento dos serviços por falta ou falha de informações dos projetos. 
O nível de comprometimento dos trabalhadores do canteiro a fim de atingir os índices de produção desejada, pode ser elevado através de agendas para controle fixadas na obra. Nesta agenda, são feitas as marcações pelo apontador ou mestre de obra, possibilitando a toda força de trabalho o acompanhamento de seus serviços e, assim mantendo-os motivados agindo constantemente na busca por eficiência em seus métodos, e por fim produzindo melhores produtos, análogos a organização que se busca, além de tornar, com esta organização, o controle dos projetos da empresa mais simples. 
 
10 CONCLUSÃO 
Através deste relatório, vimos que as simples tarefas não gerenciadas corretamente colocam em risco qualquer que seja o processo. O sucesso almejado no lançamento de um projeto pode transformar-se em uma grande decepção na fase se sua finalização, tanto pelo alto consumo de materiais quanto pela mão de obra dispendiosa, trazendo enormes prejuízos à construtora. Pode-se dizer que é importante um controle de produção eficiente, e que este deve ser direcionado a um setor de planejamento efetivo, o qual dará base fundamentada para as atividades de verificação das tarefas, controlando também, todos os materiais e produtos necessários à sua execução. Portanto, conclui-se com este relatório, que a atividade de controle consiste em uma ferramenta essencial de gerenciamento de recursos dentro de uma empresa construtora, além do que, é de suma importância na busca de empreendimentos lucrativos e de sucesso diante um mercado em fase extremamente competitiva. Aos estudantes, pesquisadores e planejadores recomendam-se para seus estudos e projetos futuros, o desenvolvimento dos métodos de implantação de um sistema de planejamento nas construtoras de obras civis atuais e futuras, podendo ser estudado e visto em bibliografias específicas, esclarecendo a importância e os benefícios buscados constantemente na tentativa de tornar a indústria da construção civil um fator primordial ao bem estar, a qualidade de vida e a sustentabilidade tão almejada pela sociedade civil. 
 
 
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ISO 9003 (NBR 09003) – Sistemas da Qualidade – Modelo para Garantia da Qualidade em Inspeção e Ensaios Finais. 
 
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REVISTA ARQUITETURA & CONSTRUÇÃO, Editora Abril, São Paulo, abril de 2003. 
 
 
 
 
Gancho duplo transfixação 
 
Gancho fixação quimica 
 
 
Fonte: TCPO13 - PINI - Modificado pelo autor. 
Planta baixa com indicação de shaft 
 
Shaft em BWC 
 
 
 
� Razão Unitária de Produção que serve de mensurador da produtividade relacionando o esforço humano, avaliado em Homens x horas (Hh), com a quantidade de serviço realizado (m², m³, m, etc.): 
RUP = Hh / Quantidade de serviço 
� NR-18 Norma Regulamentadora nº 18 do Ministério do Trabalho: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. 
� Item da NR-18 seção terciária 18.4.2 Instalações Sanitárias seção quaternária 18.4.2.1 Entende-se como instalação sanitária o local destinado ao asseio corporal e/ou ao atendimento das necessidades fisiológicas de excreção. 
� Palavra inglesa que na construção civil traduz-se para poço. Utilizado para passagem de tubulações de descidas em edificações.

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