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PROCESSO PENAL I. CASO CONCRETO SEMANA 9. ESTÁCIO FIC. 2017.

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PROCESSO PENAL I
CASO 9
Descrição
Aristodemo, juiz de direito, em comunhão de desígnios com seu secretário, no dia 20/05/2008, no município de Campinas/SP, pratica o delito descrito no art. 312 do CP, tendo restado consumado o delito. Diante do caso concreto, indaga-se:
a) Qual o Juízo com competência para julgar o fato?
	Por se tratar de prefeito, em razão do crime ter sido descoberto ainda no exercício da função pública, o juízo competente será o tribunal de justiça do respectivo estado, ou seja, de São Paulo, pois o prefeito municipal possui prerrogativa de foro em razão da função e o secretário que praticou o crime em coautoria, deve ser julgado no mesmo tribunal, nos termos do artigo 87 do CPP. Veja-se:
 Art. 87.  Competirá, originariamente, aos Tribunais de Apelação o julgamento dos governadores ou interventores nos Estados ou Territórios, e prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários e chefes de Polícia, juízes de instância inferior e órgãos do Ministério Público. (CPP)
b) Caso fosse crime doloso contra a vida, como ficaria a competência para o julgamento?
	A competência não seria alterada, visto a atratividade que em razão da função pública do prefeito ocasiona. Nos termos do artigo 96, III da CF. Devendo, pois, os dois autores serem julgados pelo tribunal de justiça do respectivo estado, pois aqui se prevalece o grau de competência da maior jurisdição, em conformidade ao artigo 78, III do CPP. Veja-se:
 Art. 96. Compete privativamente:
I - aos tribunais:
III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. (CF) 
 Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras:
 III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação; (CPP)
2- Tendo como referência a competência ratione personae, assinale a alternativa correta.
a) Caio, vereador de um determinado município, pratica um crime comum previsto na parte especial do Código Penal. Será, pois, julgado no Tribunal de Justiça do Estado onde exerce suas funções, uma vez que goza do foro por prerrogativa de função. Errado:
Os vereadores, em princípio, não têm foro privilegiado, embora exista a possibilidade de sua fixação pela respectiva Constituição ESTADUAL.
b) Tício, juiz estadual, pratica um crime eleitoral. Por ter foro por prerrogativa
de função, será julgado no Tribunal de Justiça do Estado onde exerce suas atividades. Errado:
Os juízes têm prerrogativa de função para serem julgados nos TJ, ressalvada a competência da justiça eleitoral (pela matéria, absoluta).
c) Mévio é governador do Distrito Federal e pratica um crime comum. Por uma questão de competência originária decorrente da prerrogativa de função, será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça. Correto:
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais; (CF)
d) Terêncio é prefeito e pratica um crime comum, devendo ser julgado pelo Tribunal de Justiça do respectivo Estado. Segundo entendimento do STF, a situação não se alteraria se o crime praticado por Terêncio fosse um crime eleitoral. Errado:
A primeira frase está correta. Entretanto,  se o crime praticado fosse eleitoral, o prefeito seria julgado no Tribunal Regional Eleitoral.
Parte superior do formulário
3- Acerca da competência no âmbito do direito processual penal, assinale a opção correta.
a) Caso um policial militar cometa, em uma mesma comarca, dois delitos conexos, um cujo processo e julgamento seja de competência da justiça estadual militar e o outro, da justiça comum estadual, haverá cisão processual. Correto:
 Art. 79.  A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo:
        I - no concurso entre a jurisdição comum e a militar;
        II - no concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de menores. (CPP)
b) Os desembargadores dos tribunais de justiça dos estados e dos tribunais regionais federais possuem prerrogativa de foro especial, devendo ser processados e julgados criminalmente no STF. Errado. A competência é do STJ, conforme já exposto o artigo 105, I da CF.
c) A competência para processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do juízo federal do local por onde as mercadorias sejam indevidamente introduzidas no Brasil. Errado:
Súmula 151 STJ - A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do Juízo Federal do lugar da apreensão dos bens.
d) Caso um indivíduo tenha cometido, em uma mesma comarca, dois delitos conexos, um cujo processo e julgamento seja da competência da justiça federal e o outro, da justiça comum estadual, a competência para o julgamento unificado dos dois crimes será determinada pelo delito considerado mais grave. Errado, tendo em vista que são matérias diferentes, não se aplicando, por então, o que dispõe o artigo 78, II, alínea “a” do CPP, mas sim o que expressa o artigo 74, caput, do mesmo regramento. Veja-se:
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
        I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
        Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
        a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
        b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
        c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
        III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
        IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta. 
Art. 74.  A competência pela natureza da infração será regulada pelas leis de organização judiciária, salvo a competência privativa do Tribunal do Júri.
§ 1º Compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos crimes previstos nos arts. 121, §§ 1º e 2º, 122, parágrafo único, 123, 124, 125, 126 e 127 do Código Penal, consumados ou tentados.             (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
 
§ 2o  Se, iniciado o processo perante um juiz, houver desclassificação para infração da competência de outro, a este será remetido o processo, salvo se mais graduada for a jurisdição do primeiro, que, em tal caso, terá sua competência prorrogada.
§ 3o  Se o juiz da pronúncia desclassificar a infração para outra atribuída à competência de juiz singular, observar-se-á o disposto no art. 410; mas, se a desclassificação for feita pelo próprio Tribunal do Júri, a seu presidente caberá proferir a sentença (art. 492, § 2o). (CPP)

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