Buscar

rio rubicão e nó de górdio - met tomada decisão (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Leitura complementar – Processos Decisórios – p. 99 cap. 4
A provável lenda do nó górdio remonta ao século VIII a.C.
Conta-se que o rei da Frígia (Ásia Menor) morreu sem deixar herdeiro e que, ao ser consultado, o Oráculoanunciou que o sucessor chegaria à cidade num carro de bois. A profecia foi cumprida por um camponês, de nome Górdio, que foi coroado. Para não esquecer de seu passado humilde ele colocou a carroça, com a qual ganhou a coroa, no templo de Zeus. E a amarrou com um nó a uma coluna, nó este impossível de desatar e que por isso ficou famoso.
Górdio reinou por muito tempo e quando morreu, seu filho Midas assumiu o trono. Midas expandiu o império, porém, ao falecer não deixou herdeiros. O Oráculo foi ouvido novamente e declarou que quem desatasse o nó de Górdio dominaria toda a Ásia Menor.
Quinhentos anos se passaram sem ninguém conseguir realizar esse feito, até que em 334 a.C Alexandre, o Grande, ouviu essa lenda ao passar pela Frígia. Intrigado com a questão, foi até o templo de Zeus observar o feito de Górdio. Após muito analisar, desembainhou sua espada e cortou o nó. Lenda ou não o fato é que Alexandre se tornou senhor de toda a Ásia Menor poucos anos depois.
É daí também que deriva a expressão "cortar o nó górdio", que significa resolver um problema complexo de maneira simples e eficaz.
 
Parte inferior do formulário
A travessia do Rubicão: Por Júlio César Rodrigues da Cunha
Muitos, com certeza, lembrar-se-ão das suas aulas de História Geral do segundo grau, quando o professor emocionado, literalmente declamava a célebre frase de Júlio César, ao atravessar o rio Rubicão: “Alea Jacta Est!” (A sorte esta lançada). Estas foram três coisas que, de fato, pelo menos eu, nunca esqueci: Júlio César, a frase e o Rubicão. 
Assim trata a história...
Rubicão era o nome antigamente utilizado para designar um curso de água na Itália Setentorial, que corria para o mar Adriático, a pouca distância a norte de Ariminium (Rimini). O atual rio Rubicão, que nasce perto de San Marino, é, normalmente, identificado com o antigo Rubicão. No século I a.C., este rio formava a linha de fronteira entre a Itália e a província romana da Gália Cisalpina (atuais Picerronte, Lombardia e Ligúria). O curso d’ água marcava a divisa entre a província da Gália Cisalpina e o território da cidade de Roma (posteriormente, a província da Itália).
No comando da XIII Legião, Caio Júlio César, em uma decisão que mudou para sempre os caminhos de Roma, atravessa o rio Rubicão, uma fronteira natural que separa a Gália Cisalpina e a Itália. Era o ano 49 a.C. mais precisamente no dia 11 do mês de janeiro, quando Júlio César decidiu atravessar o rio Rubicão com seu exército, transgredindo a lei do Senado que determinava o licenciamento das tropas toda vez que o general de Roma entrasse na Itália pelo norte. A decisão de “César” mudou o rumo da história. Antes que ele atravessasse o rio, a tomada de Roma era apenas uma idéia, um desejo que ele poderia concretizar.
Este ato foi uma declaração de guerra civil contra Pompéia, que detinha poder sobre Roma. No instante em que atravessou o Rubicão, exclamou: "Anerrifthô Kubos" traduzido em latim popular por “Alea jacta est” (A sorte está lançada). César resolveu voltar com suas legiões à cidade. Uma vez atravessado o Rubicão e já em terras romanas, ele sabia que não tinha volta. Ou ele e seus soldados tomavam a cidade, ou Pompéia os destruiria. E a sua coragem lhe rendeu o que viria a ser o Império Romano.
À época, o Senado romano proibia formalmente a todo general em armas de transpor essa fronteira sem expressa autorização. Ao transgredir a ordem, Júlio César violou a lei de Roma e declarou guerra ao Senado. 
A partir daquele momento ninguém mais seguraria Júlio César. 
O general, estadista, orador, historiador e legislador romano, considerado um dos homens mais cultos de seu tempo e um dos maiores chefes militares de toda a história, entra em Roma, afasta Pompeu e, ao fim de uma longa guerra civil, submete o conjunto do Império Romano aos seus desígnios de ditador vitalício. É de se notar que, diferentemente do que o senso comum imagina, Júlio César nunca foi princeps (“latim para o primeiro no tempo ou no fim, o primeiro, chefe, o mais eminente, distinguidos ou nobre, o primeiro homem, primeira pessoa”), portanto, não pode ser considerado imperador romano, ainda que tivesse sido nomeado ditador vitalício em 45 a.C.
O nome César tornou-se nome de família da primeira dinastia, sendo usado como título, atravessando milênios sob títulos de “Czar” (em russo) e “Kaiser” (em alemão), que nada mais eram do que o título de “Caesar” (em romano).
A expressão "atravessar o Rubicão" passou a significar a tomada de uma decisão que se traduzirá numa perigosa empresa. Decorre deste fato histórico, que atravessar o Rubicão é "pensar grande", ultrapassar fronteiras, defrontar-se com um caminho sempre difícil e desconfortável.  - César, apesar disso, atravessou o Rubicão!
Para ter êxito na vida, você tem de ser vulnerável. É preciso se arriscar em território desconhecido, sem resultados prometidos ou calculados. É preciso ultrapassar os limites da zona de segurança e confiar que Deus vai cuidar de você, mesmo que você não saiba como.
A verdadeira aventura da vida está em ir além da segurança aparente do já conhecido, impelidos pela constatação de que não são as nossas defesas pessoais que garantem nossa segurança, mas um poder que vai muito além da nossa débil encenação de auto-proteção.
Há muito tempo que a segurança tem sido o lema dos que não prosperam, mas nunca foi o lema dos vencedores. O vencedor deve enfrentar o perigo. Deve correr o risco, a culpa e o peso da tempestade, se quiser ter oportunidade ou criá-la. Não se pode erguer a cabeça acima da água sem jamais esticar o pescoço. Um sonho que não inclua risco não merece ser chamado de sonho. Aquele que não arrisca fará poucas coisas ruins, mas fará pouquíssimas coisas. Se jamais corrermos riscos, jamais realizaremos coisas grandes. O jogo de cartas do Tarô mostra o bobo como um jovem que caminha despreocupadamente pela borda de um precipício, assobiando.
Há uma controvérsia quanto, a saber, se essa carta é a mais baixa ou a mais alta do baralho. São as duas coisas. Existe a tolice cega que nos leva a causar danos a nós mesmos porque não damos atenção aos sinais que estão nos advertindo do perigo. Mas existe também a divina tolice que nos permite ouvir a orientação de uma voz interior que, embora talvez pareça ridícula para o mundo, na realidade procede da profunda sabedoria que nos encaminha para um bem superior. E diz: "Se você quiser que sua vida sempre melhore, terá de assumir riscos. Não existe nenhum jeito de crescer sem arriscar nada. Recuse-se a se unir à multidão cautelosa que joga para não perder. Jogue para ganhar".
Atravessar o Rubicão é uma metáfora de se lançar ao desconhecido com vigor e sedento de novas conquistas.
A passagem do Rubicão é usada para exemplificar as mudanças que acontecem com as crianças aos nove anos de idade. Por volta desta época, a criança começa a ver pai e mãe não mais como exemplos da perfeição idolatrada, mas seres imperfeitos, não tão bonitos, não tão absolutos. E aí, dá aquele medo do desconhecido, aquela vontade de voltar a dormir na cama dos pais e não ter que se preocupar com absolutamente nada, ao mesmo tempo em que somos tomados por uma curiosidade eterna que nos impulsiona a seguirmos o nosso curso. A sorte esta lançada. Mas não é só no universo infantil que vencemos o Rubicão. 
Por quantas vezes em nossa existência realizamos essas travessias? Mergulhar no improvável é uma essência da alma humana! Existe uma fase da vida ainda mais instigante, quando nos permitimos mergulhar novamente em águas já conhecidas, contudo com um olhar totalmente inusitado. E simplesmente, você se dá conta de que ipês amarelos florescem no inverno, o que torna esta estação do ano mais afável. E que o céu é de um frio azul, mesclado com um carmim dissoluto emuma névoa distante. Nas estradas, a poeira e o intenso vermelho das queimadas. 
Com certeza já não mergulho neste rio tão afoito como o menino de outrora, porém, o olhar das (re)descobertas forjam em mim sentimentos mais profundos que me permitem alcançar a outra margem com uma singularidade silenciosa.
A sorte esta lançada “Alea jacta est”... e o sucesso, favorece a ousadia! 
O mundo é um livro do qual, aqueles que não assumem riscos, lêem apenas uma página.  Cabe apenas a nós mesmos, decidirmos o que fazer, ou então, simplesmente, ficarmos refletindo sobre uma singela frase de Lois Platford, que assim dizia: 
" Temos a eternidade toda para sermos cautelosos, mas então estaremos mortos "
Atravesse também, o seu Rubicão! 
“AVE CÉSAR”!!!!!
  Por Júlio César Rodrigues da Cunha

Continue navegando