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1 ELECTROMAGNETISMO E ÓPTICA ELECTROESTATICA JOSÉ MANUEL SALGUEIRO GOMES FERREIRA JOSÉ MANUEL MARQUES MARTINS DE ALMEIDA Departamento de Física UTAD Vila Real 2 CAMPO ELÉCTRICO LEI CONSERVAÇÃO CARGA: Carga eléctrica total num sistema isolado permanece constante 1. LEI DE COULOMB 1) Sistemas de 2 cargas 1 2 21 1 2 2 2 1 2 2 0 , : Cargas 1 e 2 Coulombs : Vector dirigido de para etros ; Força total sobre Newtons : Permitividade no vazio q C q C C r m q q m m F N q N N m C 1 2 1 2 2 21 213 2 0 21 0 21 1 1 ˆ 4 4 q q q qF r r r r (Nota: 9 2 2 0 1 9 10 4 Nm C ) 21r 2q + 1q 2F 3 2) Sistemas de 1N cargas 0 0 0 1 2 0 : carga 1, 2, , : : Força total sobre carga , devida às cargas , , , : Vector dirigido da carga para a carga 0 j N j q C j j N q C F N q q q q r m j 0 0 01 02 0 0 03 1 0 0 1 4 N j j N j j j q q F F F F F r r ojr 0F Nq 2q 3q 1q 0q jq 4 2. ENERGIA POTENCIAL ELÉCTRICA ► Trabalho JoulesU J J Realizado para trazer cargas 1 2 e q C q C do infinito até à distância 12r m é: 1 2 0 12 1 4 q qU r ► Trabalho U J realizado para trazer três cargas, 1 2 3, e q C q C q C , do infinito até à configuração abaixo é: 1 3 2 31 2 0 12 0 13 0 23 1 1 1 4 4 4 q q q qq qU r r r ● Também se pode escrever, 1 3 2 3 3 1 3 21 2 2 1 0 12 0 13 0 21 0 23 0 31 0 32 3 1 0 1 1 1 1 1 1 1 2 4 4 4 4 4 4 1 1 2 4 j k j k j jk q q q q q q q qq q q qU r r r r r r q q U r ► Da mesma forma, trabalho U J realizado para trazer N cargas desde o infinito até uma dada configurauração em que cada par de cargas e j kq q esta separado por uma distância jkr é: 10 1 1 2 4 N j k j k j jk q q U r 1q 2q 12r m 2q 3q 1q 13r 12r 23r 5 CAMPO ELÉCTRICO ► Já se viu que a força exercida sobre a carga 0q devido à presença das cargas 1 2, , , Nq q q é: 00 0 0 0 03 3 1 10 0 0 0 1 1 . , , 4 4 N N j j j j j jj j q q q F r q r q E x y z r r ● Em que: 03 10 0 1, , 4 N j j j j q E x y z r r é o campo eléctrico no ponto 0 de coordenadas , ,x y z devido à presença das cargas 1 2, , , Nq q q . ► Se tivermos apenas 1 carga 1N , o campo eléctrico vem: 1 013 0 01 1, , 4 qE x y z r r Unidades de 1 2 1: ou quilograma e s segundosE NC kg m s C kg E 01r 1q , ,x y z O z y x (Para 1 0,q E tem o mesmo sentido de 01r ) x y z E 0 , ,x y z 0 jr jq Nq 2q 1q 6 ● Direcção e Sentido i) ii) ● Sendo a carga de prova , se a carga criadora for a força tem sentido oposto a carga criadora e se esta for ⊖ a força será o sentido oposto (no entanto a força tem sempre o sentido do campo eléctrico). ● Assim, a intensidade, o sentido e a direcção do campo eléctrico só dependem do valor da carga criadora: Q q F E q Q F E + Q uˆ E r P 2 ˆe QE k u r (campo divergente da carga) - Q uˆ E r P 2 ˆe QE k u r (campo convergente para a carga) 7 ► Linhas de força ou Linhas de Campo Para especificar, num determinado ponto, o campo eléctrico usam-se vectores para indicar a sua direcção, sentido e intensidade. Uma outra maneira de representar o campo eléctrico utiliza linhas de força. Para cargas pontuais o campo será representado da seguinte maneira: O campo eléctrico num ponto é tangente à linha de campo nesse ponto. + - E 8 3. CAMPO ELÉCTRICO DE UMA DISTRIBUIÇÃO CONTÍNUA DE CARGA 3m C ; Densidade volumétrica de carga (carga eléctrica por unidade de volume). , ,x y z , isto é, varia ou pode variar de ponto para ponto. V: Volume 3m que contém toda a carga da distribuição Carga no interior do cubo infinitesimal: .dq dx dy dz Q: Carga Total em V 3 0 1, , 4 dqdE x y z r r 3 3 0 0 , ,1 1, , 4 4Q V x y z dx dy dzdqE x y z r r r r y x z E , ,x y z r x x , ,x y z dx dz dy V 2 2 2 , ,r x x y y z z r x x y y z z 9 4. Lei de Gauss ► Considere-se uma região delimitada pela superfície fechada S, no interior da qual existe carga (zona ponteada) total intQ C : 2da m : Vector-área infinitesimal (é perpendicular a S em cada ponto de S e aponta para fora) 1E NC : Vector campo eléctrico em cada ponto da superfície Gaussiana S. ► Lei de Gauss: int 0 . S QE da 1) Lei de Gauss para uma distribuição discreta de cargas 1 2, , , , ,i Nq q q q contidas em S: int 1 10 1; . N N i iS i i Q q E da q E da S da S 2S m 10 2) Lei Gauss para uma distribuição contínua de carga no interior de S, caracterizada por densidade volumétrica de carga , ,x y z int 0 1; . , V S V Q dv E da dv onde 3V m : volume onde existe carga interior a S dv : elemento de volume infinitesimal ► Para além da densidade volumétrica de carga 3.C m , também se usam: 1 :m C densidade linear de carga, i.e. carga por unidade de comprimento. 2 :m C densidade superficial carga, i.e. carga por unidade de superfície. 11 ► Exercício Demonstrar que: ● Campo eléctrico E E à distância r de um fio infinito com densidade linear de carga é: 0 se 0 2 E r ● Campo eléctrico E E devido a um plano infinito com densidade superficial de carga é: 0 se 0 2 E 12 5. Diferença de potencial e função potencial ► O Trabalho realizado dW J para transportar a carga positiva q C de uma distância infinitesimal ds m num campo eléctrico E é dado por: . .dW F ds qE ds ► E a diferença de potencial infinitesimal d volts é definida: .dWd q E ds (Abreviação: V volt ) Nota: em virtude do referido acima, E também pode ser expresso em 1Vm . ► A diferença de potencial entre os pontos 0 e P P é pois: 0 00 0. . P P P P PP d P ds sd EE P ● Note-se que o elemento de comprimento ds m é tangente em cada ponto à trajectória entre 0 e P P . qE E ds q ds E P 0P y z x 13 ● Se E for electrostático, o integral 0 . P P E ds tem sempre o mesmo valor qualquer que seja o percurso entre 0 e P P . ● Num campo eléctrico electrostático, 0 0 0 0 0 0 . . . . 0 1 2 1 2 . . 0 1 2 P P P P P P P P P P P P E ds E ds E ds E ds E ds E ds ● Ou seja, num campo electrostático o integral de linha do campo eléctrico ao longo de um percurso fechado (que começa e acaba no mesmo ponto) é zero: . 0 C E ds P E ds ds 0P E ds (1) (2) ds ds 14 Relação E grad ► O potencial no ponto P, P , só depende das coordenadas cartesianas , ,x y z desse ponto, ou seja , ,x y z ► Então, pela regra de diferenciação em cadeia, , , . , , . ,d dx dy dz dx dy dz dsx y z x y z Onde: , , x y z (operador NABLA) e: , ,ds ds dy dz (deslocamento infinitesimal ds ) A grandeza (leia-se grad ou gradiente de é uma grandeza vectorial) ► MAS, sabemos que: . e que: .d E ds d ds Então vem que E grad P(x,y,z) Q(x+dx,y+dy,z+dz) 15 Funções e teoremas importantes do cálculo vectorial A. Divergência de C , .C , Rotacional de C , C , e Laplaciano de f , 2 f C : Vector qualquer cujo módulo, direcção e sentido variam de ponto para ponto (Exemplos: vector campo eléctrico, vector aceleração da gravidade, etc.) f: Função qualquer cujo módulo varia de ponto para ponto (exemplos: potencial, temperatura, pressão atmosférica, etc.) , , :x y zC C C Projecções do vector C segundo as direcções de ˆˆ ˆ, e i j k Divergência de C . , , . , , yx zx y z CC CC C C Cx y z x y z Rotacional de C ˆˆ ˆ ˆˆ ˆy yx xz z x y z i j k C CC CC CC i j k x y z y z z x x y C C C Laplaciano de f 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2. f f ff f f x y z x y z y x z O y x z O C jˆ kˆ iˆ 16 B. Teorema da Divergência ● Considere-se um volume V delimitado pela superfície fechada S; o fluxo de um vector C através de S é: .S C da 2da m : Vector-área infinitesimal (é perpendicular a S e aponta para fora). Teorema da Divergência: . .S VC da C dv 3dv m : Elemento de volume infinitesimal em V V V dv V S da C 17 C. Teorema do Rotacional ● Considere-se uma superfície aberta S delimitada por uma curva C. O integral de linha de um vector qualquer A ao longo do percurso fechado C é: . ou .C A ds A ds ● :ds m Elemento de comprimento tangente a C em cada ponto da curva Teorema do Rotacional: . .S C A ds A da 2da m : Vector área infinitesimal com direcção normal a S em cada ponto e cujo sentido é o de um sacarrolhas que roda com ds . S Curva C da ds A 18 D. Algumas relações importantes do cálculo vectorial ● , e A B C : Vectores quaisquer cujo módulo, direcção e sentido podem variar de ponto para ponto. f : Função de ponto . .A B C B A C A B C ● Utilizando operadores e o vector C , a igualdade acima toma a forma 2. . . . . . C C C A B C A B C A B C B A C B C A A B C A B C . 0 Sempre 0 A f Af f A A f 19 6. Equação de Poisson e Equação de Laplace Aplicação do teorema da divergência à electrostática ● Aplicando o teorema ao vector campo eléctrico 1E NC , vem: . . S V E da E dv * ► Mas Lei de Gauss para distribuição contínua de carga 0 1. S V E da dv ** onde se toma como superfície Gaussiana a superfície S e 3m C é a densidade volumétrica de carga no interior de S, i.e. em V ► Então, igualando * com **: 0 0 . 0 . V EE dv 0 .div E Lei de Gauss na forma diferencial ► Assim, 0 .E i.e. conhecido o vector campo eléctrico num ponto, pode-se determinar nesse ponto! V Superfície Gaussiana S 20 Por outro lado: 0 .div E ► Mas : PotencialE V pois o campo é consevativo. ► e, portanto 0 0. / ; div -grad / V volts 2 0 Equação de Poisson ● Fazendo 0 obtém-se 2 0 Equação de Laplace ► Equação de Poisson permite determinar densidade volumétrica de carga num ponto desde que se conheça o potencial nesse ponto. 21 6.1 Considerações sobre as equações de Laplace e Poisson ● Se uma função , ,x y z satisfaz a equação de Laplace 2 0 , o valor médio de sobre a superfície de qualquer esfera, r R , é igual ao valor de no centro da esfera, 0r ● Teorema da Impossibilidade: Não é possível construir um campo electrostático que mantenha uma partícula carregada em equilíbrio estável no espaço vazio. ● Teorema da Unicidade: Não pode existir mais do que um potencial , ,x y z que satisfaça a equação de Poisson ou a equação de Laplace, e um dado conjunto de condições fronteira. R r 0r R r 22 6.2 Aplicação do Teorema do Rotacional à Electrostática . . S C E ds E da Mas num campo electrostático, . 0 C E ds Num campo electrostático 0rotE E expressão prática que permite determinar se um dado campo eléctrico é ou não electrostático. Um campo electroestático deriva sempre de um potencial: E , então 0rotE E sempre 23 7. Potencial de um Sistema Discreto de Cargas Pontuais ● Potencial num ponto P à distância ir de uma carga iq : 0 , onde ,1 4 i i i i qq r C r m P V , ● Se tiver N cargas discretas separadas de P pelas distâncias ir , com 1,2, , ,i N o potencial em P é a soma dos potenciais individuais. Portanto, 10 1 4 N i i i qP r … P 1q 2q iq Nq 1r ir Nr 2r 24 8. Potencial de uma distribuição contínua de carga ● Considere-se um volume do espaço (picotado) onde existe carga e um ponto , ,x y zexterior no qual se quer determinar o potencial 3m C : densidade volumétrica de carga , ,x y z ---- V: volume que contém carga 0 , , .1, , 4 V x y z dx dy dz x y z r 2 2 2r x x y y z z z x y r V , ,x y z 'dy 'dz 'dx , ,P x y z x y x 25 9. Energia associada ao campo eléctrico 201 com 2 VU E dv U J e J Joule Mas 2 0= grad 1 2 V U vE d ● Por outro lado (recordando), para cargas pontuais: 1 1 10 0 1 1 1 1 2 4 8 2 N N N j k k j j j j k j j k j jjk jk q q qU q q r r onde: 0 1 4 k j k j jk q r é o potencial em j devido ao conjunto de cargas 1 2 1 1, , , , , ,j j Nq q q q q . ● Passando do discreto ao contínuo, 1 N j j V j q dv 1 2 V U dv ● Assim, a energia associada ao campo eléctrico pode ser escrita de duas maneiras: j 1q 2q 1jq Nq 1jq 2jr 26 2 0 1 2 2V V U dv dv Resumo da Electrostática E 2 1 2 1 . P P E P P E ds 3 0 0 1 4 . V r dvE r E 2 0 0 1 4 V dv r 27 10. Algumas propriedades básicas dos condutores ● No interior dum condutor maciço a carga e o campo eléctrico são nulos. ● Dentro do volume encerrado por uma superfície condutora não há influência de cargas (princípio da blindagem eléctrica) ● Num condutor a carga encontra-se à superfície, e o campo eléctrico à superfície é perpendicular a esta e vale 0 E com 2m C : densidade superficial de carga no condutor. 28 Revisão Cálculo de potenciais i) Caso de uma carga pontual 2 1 ˆ. . 4 o QE r r ˆdV r r E radV d g 2 1 4 o QdV dr r 2 1 1 44 4o o o Q dr QdV V r QV r r ii) Caso de um campo uniforme ● Supor duas placas paralelas com cargas Q e Q . ● Como E grad V e ˆE E i temos: : ˆ ˆV VEi i x y ˆ Vj z kˆ dV E dx dV E dx .V E x C Potencial no ponto x ● Nos pontos x=x1 e x=x2 o potencial é: 1 1 1 2 2 2. e .V x E x C V V x E x C V ● A diferença de potencial entre as placas será: 2 1 2 1 2 1 .V V V E x C E x C E x x E d em que 2 1x x d é a distância entre as placas. E x O y x=x1 V=V1 x=x2 V=V2 29 ● Se os pontos x=x1 e x=x2 estiverem com os potenciais V(x1)=0 e V(x2)=-V, teremos as seguinte representação gráfica para o campo e para o potencial: ● Resumo: * . P pE F d energia potencial (com 0pE para r ) * . P V E d potencial (com 0V em r ) * 2 1 . rp r E V E d q diferença de potencial * E grad V e pF grad E O ,E V V .V E x x E cte x 30 12. Condensadores e Capacidades Definição de capacidade ● Um condensador é um dispositivo que permite armazenar carga e energia eléctrica. ● Os mais vulgares são: os condensadores planos, cerâmicas, electrolíticos e condensadores a óleo. ● O potencial eléctrico na superfície de uma esfera de raio R com carga Q é: 1 . 4 o QV R ● Assim, a relação 4 o Q R V é constante para essa esfera. ● Na verdade, essa relação é constante para todos os condutores carregados. ● Define-se capacidade de um condutor: QC V Unidades: 1.C V ou Farad (F) ● O conceito é extensível a conjuntos de condutores: ● Exemplo: Caso de dois condutores carregados com cargas Q e Q . Se 1V e 2V forem os potenciais desses condutores então 1 2V V V é a diferença de potencial entre eles. A capacidade do conjunto é: QC V ● Esta arranjo de condutores constitui um condensador. Símbolo: +Q -Q 1V 2V E 31 ● O exemplo mais simples de um condensador é constituído por duas placas condutoras separadas por uma distância d Condensador plano 5.1 - Tipos de condensadores (exemplos) i) Condensador plano ● Vimos que o campo no interior é constante: 1 2V V VE d d ● Se as placas tiverem área A, a densidade superficial de carga nas placas é: Q A Então: o o QE A ou seja: o Q V A d e, logo: o AQC V d Capacidade de um condensador plano (vácuo entre as placas) ● Se tivermos um dieléctrico no interior então: o AC d Capacidade de um condensador plano com um dieléctrico E 1,Q V 2,Q V 1 2V V V 32 ii) Condensador esférico ● Considerar dois condutores de raio a e b com cargas q e q , respectivamente. Pela lei de Gauss: i tint n(pois 0) (pois 0 0 )ext E E Q q qo e 2 1 ˆ 4cond o qE r r a r b ● Por outro lado: ' ' . P P P P V V V E d ou, usando um percurso radial: . a b V E dr com ˆ. rdr dr u 2' 1 1 4 4 a b o o dr q qV r a V V P b P ● E, então: 4 o Q a bC V b a Capacidade de um condensador esférico + - b r a P 'P E condE q q inE d ˆnu 33 ● Limites: Se: a b 2 4a b o o b AC d d Condensador plano (A área da esfera e d=b-a) Se: b 4b oC a Capacidade de uma esfera de raio a Observação: Diferença e potencial entre dois pontos 1. O potencial pode calcular-se a partir do campo eléctrico, .V E dr , a constante de integração é geralmente fixada através da definição do valor do potencial num ponto (geralmente, considerando nulo o potencial no infinito). 2. A diferença de potencial entre dois pontos, V(P1)–V(P2) é a diferença entre os valores do potencial V(r) num e noutro ponto; é o trabalho exercido sobre a unidade de carga (1C) num deslocamento de P2 e P1: 1 1 12 2 2 1 2 P P P P P P r rE dr E dr EdrV P V EdrP Edr 34 iii) Condensador cilíndrico ' ' . . 2 P P P P a a a b b b o V V E d V V E d dr r V 1 ˆ ˆ e 2 . 2 2 n o r r o n o E u d dr dr r b ab u a ● Capacidade por unidade de comprimento: C V 2 o n C b a ; Para um comprimento L: .C L C P 'P E a b ˆnu x x 35 Energia armazenada num condensador 21 , onde 2 U J CV C F V Volts ● Densidade de energia num condensador, 3J m , é a energia armazenada no campo eléctrico do condensador por unidade de volume: 2 20 0 2 2V dU d E dv E dv dv Nota: 20 1 2 V U E dv 36 12.1 Condensadores em série À combinação chama-se associação em série dos condensadores 1C F e 2C F . Esta combinação é equivalente a com 1 2 1 2 C CC C C . ● Se se tiver N condensadores em série ● Este arranjo é equivalente a com 1 1 2 11 2 NC C C C 12.2 Condensadores em paralelo ● A combinação chama-se uma associação em paralelo dos condensadores 1 2 e C F C F e é equivalente a com 1 2C C C . 1C 2C 1C 2C NC C F C 1C 2C C F 37 ● Se se tiver N condensadores em paralelo ● Este arranjo é equivalente a com 1 2 NC C C C 1C 2C NC C 38 13. Corrente eléctrica 2da m : vector-área cujo módulo é a área tracejada q C : carga transportada por um portador na amostra 3 :n m número de portadores de carga por unidade de volume na amostra 1 2J C s m : densidade de corrente na amostra J n qu e /u m s : Velocidade do portador de carga 1adI C s : corrente na amostra .adI J da ● Agora, Sendo velocidade média electrónica eu eN : concentração total i.e. número total de electrões por unidade de volume e eJ e N u . ● Se dentro da amostra houver vários tipos de transportadores de carga com concentrações kn , cargas kq e velocidade ku diferentes, 1 1 1 2 2 2 1 1 . . . . . , onde a N N N N N k k k k k k k k I n q u a n q u a n q u a n q u a J a J n q u + - 1 2J C s m q - d a V Volts 1( )u s m 39 13.1 Correntes estacionárias e conservação de carga ● Considere-se um volume V delimitado pela superfície fechada S, através da qual existe um movimento de cargas ● da : vector-área (perpendicular a S em cada ponto e dirigido para fora) ● 3m C : Densidade volumétrica de carga em V ● Por definição: .adI J da .a SI J da ● Se . 0 S J da , há carga que deixa o volume V por unidade de tempo. Logo a carga em V, V dv , decresce. Utilizando o princípio de conservação da carga .S VJ da dvt V S J da 2da m 1 2J C s m 40 ● Mas (Teorema da Divergência) . . . 0 . 0 . S V V J da J dv J dv t J J t t ● Se J for constante no tempo, a carga que entra em V é igual à que sai, . 0 . 0 S J da J t Para uma corrente estacionária a densidade volumétrica de carga é constante no tempo mas não necessariamente no espaço. 41 13.2 Condutividade Eléctrica e Lei de Ohm 1I s C : Corrente na amostra . A A I J da A da 0 0 . L LV V V E d ● Lei de Ohm pode escrever-se de duas formas: 1 2 1 3 2 2 1 2 2 1 1 2 2 1 : condutividade : resistência J s m C s kg m C E s kg mC V s kg m C R s kg m C I s C R ● Unidade de resistência: Ohm 1 2 21 s kg m C ● Unidade de corrente: Ampere (A) 11A s C ● Unidade de potencial eléctrico: Volt (V) 2 2 11V s kg m C ● As expressões da página anterior são gerais e válidas para qualquer geometria. Por exemplo, para uma amostra cilíndrica (trabalho de casa): LR A onde 1 1 1 : Resistividade da amostra.m m + - V Volts 2A m 2da m 0x x L x E J 0V Volts LV Volts d m 42 13.3 Resistência dos Condutores ● Viu-se que para uma amostra cilíndrica 1 LR A , ● Mas isto é apenas um caso particular, e a expressão para a resistência depende da geometria da amostra. ● Por exemplo, para a amostra abaixo (cabo coaxial onde o espaço entre os 2 cilindros é preenchido com grafite) 1 2 2 11 ln /2 V VR r r I L (Deixa-se como exercício) E L m 2r m 1r m 1V 2V 43 13.5 Dissipação de energia na passagem da corrente ● Se a carga q C se deslocar de r m sob a acção da força F N , é produzido um trabalho W J : . . . . .. qW r rF E q E v t 1v ms : velocidade da carga t s : tempo que a carga leva a percorrer a distância r m ● Potência P W produzida 1 watt 1 1W W J s é: .WP q E v t ● A energia produzida no deslocamento infinitesimal da carga é dU J e vai aparecer sob a forma de calor (efeito Joule). Esta energia é ,dUdU Vdq VI dt P VI dt onde V (Volts) é a diferença de potencial entre o elemento do circuito atravessado pela carga, e I (A) a corrente através desse elemento. + E F q E r m q 44 ● Se o elemento for uma resistência R , então 2. . .P V I RI I R I ● Naturalmente, a passagem de corrente contínua num circuito requer uma fonte de energia capaz de manter o campo eléctrico que desloca os portadores. Por razões históricas esta fonte de energia chama-se Força Electromotriz (Volts)
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