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AVATARES DO JUSNATURALISMO

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AVATARES DO JUSNATURALISMO
Influência do iluminismo e do racionalismo (Ruptura com a teocracia). A reta razão (matemática e geométrica – raciocínio dedutivo) como guia das ações
As duas fases: 1) Antiga (Grécia) – Tem a natureza como fonte da lei.
 2) Clássica (Razão - Grócio - 1583) As relações se baseiam em contratos, de cumprimento obrigatório
Pudendorf (1632)
Raciocínio dedutivo –método da matemática – princípio imutável (Direito imutável)
O direito natural é acessível pela razão natural, porque ínsito na própria natureza humana com elemento fundamental da paz (Homem como animal social/ cidadão) a partir da legitimidade da atuação do Estado Soberano (paz possível pelo pacto civil e pela possibilidade de recorrer a terceiro).
PARA ENTENDER O JUSNATURALISMO, PRIMEIRAMENTE TEMOS DE ENTENDER A DIFERENÇA ENTRE O EMPIRISMO, O RACIONALISMO E O CRITICISMO
O Empirismo (Locke, Hume, etc.) trata-se do movimento que entende que as experiências são as únicas (ou principais) formadoras das ideias. Discordam com os que acreditam que há ideias inatas, como os racionalistas (Descartes, Kant, etc.).
Veja os vídeos do prof. Giloson sobre racionalismo e empirismo:
http://www.youtube.com/user/gilsonprof
Com base nos vídeos apresentados, responda as seguintes questões:
Quais os autores apresentados no vídeo e que teorias defendem?
 Quais os principais argumentos de Hume?
Qual a argumentação cartesiana?
Como Hume refuta Descartes?
 Explique detalhadamente o método cartesiano que está baseado em quatro princípios: evidência, análise, síntese e controle do conhecimento que é aprendido:
Há uma oposição entre o racionalismo e o empirismo quanto à forma de obtermos o conhecimento. Para ilustração, preste atenção no seguinte vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=DCNU-HDo2bY.
Sugestão de leituras para aprofundamento a distinção empirismo e racionalismo:
 
DESCARTES. Discurso do Método.  Disponível em:  http://www.psbnacional.org.br/bib/b39.pdf.  
DAVID HUME (1739), Tratado da Natureza Humana, trad. Déborah Danowski, Ed. Unesp/Imprensa Oficial do Estado, São Paulo, 2000. Original: A Treatise of Human Nature. Livro I, Parte IV, Seção VI, § 1-6. Disponível em: www.fflch.usp.br/df/opessoa/Hume-Tratado-I-iv-vi-1a7.pdf. 
Locke (1690)
Quais são os princípios do direito natural do cidadão segundo John Locke?
Para ele o direito natural se baseia em quatro princípios: liberdade, justiça, vida e igualdade. 
O que significam esses princípios? 
Assista o seguinte vídeo:
http://www.youtube.com/user/gilsonprof
Segundo Locke, não há leis inatas. Estas se encontram na natureza e podem ser conhecidas pela razão
O contrato que dá origem à vida social (estado de paz) prescinde de terceiro que julga os conflitos (Convivência do estado civil, que garante a proteção dos direitos naturais, e do estado da natureza)
Caracteriza o direito de propriedade como personalização do esforço humano, sendo sua preservação o fim do Estado.
O direito de resistência é possível quando desrespeitada a lei natural
Hobbes (1651)
Segundo Hobbes a filosofia deve tratar de três princípios: o corpo, o cidadão e o ser humano na sua totalidade. Em seu pensamento Hobbes chama o Estado absolutista de Leviatã
A definição do que é o Estado varia de acordo com a perspectiva adotada, o período histórico e a posição político-ideológica de quem o define.
Das diversas visões de Estado destaca-se o modelo jusnaturalista, que busca desenvolver uma teoria racional de estado, que se expressa no pacto ou contrato.
A questão que se faz é sobre o que aconteceria se não houvesse leis ou nenhum tipo de poder mediando e regendo as relações humanas:
 
Vejamos como o filósofo inglês Thomas Hobbes tentou responder com sua Filosofia Política. Observe o frontispício do livro Leviatã de Hobbes e responda:
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Hobbes.
Que elementos podem ser identificados na imagem?
Há alguma relação entre os elementos?
O que seria a figura central?
O que a figura central está empunhando e qual o significado desses elementos?
 
No centro superior encontra-se um monstro representa o soberano com sua cabeça e o povo com seu corpo, composto de minúsculos corpos de pessoas que caminham em direção ao soberano. O soberano tem a espada na mão direita e o cetro na esquerda. 
Nas figuras menores estão a cidade e o campo protegidos pelo soberano que parece querer abraçar os diversos locais geográficos. Também encontramos os símbolos e os meios dos poderes: as armas, a coroa, a mitra e as construções.
 
Thomas Hobbes (1588-1679) é considerado um dos grandes teóricos do poder Absolutista da Idade Moderna refletindo o contexto histórico de sua época. 
Pergunta-se qual era esse contexto (revolução gloriosa e reforma anglicana) e como interferiu nas obras desse autor.
Outras fontes de pesquisa sobre Thomas Hobbes:
Arcos - Thomas Hobbes. Disponível em: http://www.arcos.org.br/cursos/teoria-politica-moderna/thomas-hobbes/contexto-historico-cultural/. 
E-Biografias - Thomas Hobbes. Disponível em: http://www.e-biografias.net/thomas_hobbes/. 
Infoescola - Thomas Hobbes. Disponível em: http://www.infoescola.com/biografias/thomas-hobbes/. 
Algo sobre - Thomas Hobbes. Disponível em: http://www.algosobre.com.br/biografias/thomas-hobbes.html. 
Wikipedia - Thomas Hobbes. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Hobbes. 
JurisWay - Sistema Educacional on-line. Hobbes e Leviatã - Estado Absolutista. Disponível em: http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3061. 
O Portal da História - Thomas Hobbes. Disponível em: http://www.arqnet.pt/portal/biografias/hobbes.html . 
HOBBES, Thomas. Leviatã. Trad. João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. (Col. Os Pensadores).
MARçAL, Jairo (org.).  Antologia de Textos Filosóficos. Curitiba: SEED – Pr., 2009. - 736 p.
Veja o seguinte vídeo sobre Thomas Hobbes e responda:
http://www.youtube.com/user/gilsonprof
O que é o Leviatã?
O que leva os homens a se organizar em sociedade?
O que é a guerra de todos contra todos?
Quais as consequências de uma sociedade sem poder comum?
Para evitar os males da guerra de todos contra todos Hobbes sugere um contrato (ou pacto) no qual os homens abdicam de sua natural liberdade ilimitada, e concedem ao soberano todo o poder capaz de lhes garantir a paz e a segurança. 
Leia o seguinte texto que ilustra bem o pensamento de Hobbes:
"Quando se faz um pacto em que ninguém cumpre imediatamente a sua parte, e uns confiam nos outros, na condição de simples natureza (que é uma condição de guerra de todos os homens contra todos os homens), a menor suspeita razoável torna nulo esse pacto. Mas se houver um poder comum situado acima dos contratantes, com direito e força suficiente para impor o seu cumprimento, ele não é nulo. Pois aquele que cumpre primeiro não tem nenhuma garantia de que o outro também cumprirá depois, porque os vínculos das palavras são demasiado fracos para refrear a ambição, a avareza, a cólera e outras paixões dos homens, se não houver o medo de algum poder coercitivo – coisa impossível de supor na condição de simples natureza, em que os homens são todos iguais, e juízes do acerto dos seus próprios temores. Portanto, aquele que cumpre primeiro não faz mais do que entregar-se ao seu inimigo, contrariamente ao direito (que jamais pode abandonar) de defender a sua vida e os seus meios de sobrevivência.
Mas numa república civil, em que foi instituído um poder para coagir aqueles que do contrário violariam a sua fé, esse temor deixa de ser razoável. Por esse motivo, aquele que mediante o pacto deve cumprir primeiro a sua parte é obrigado a fazê-lo. (...)
 
Fonte: Antologia de Textos Filosóficos. Leviatã. Disponível em http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/cadernos_pedagogicos/caderno_filo.pdf,�
Sintese:
Teórico do poder soberano
Estado de natureza (egoismo autodestruidor, guerra e caos)X pacto social, sob a autoridade do soberano (torna possível a preservação da espécie)
A ditadura de um só é preferível à ditadura de todos. O jusnaturalismo corresponde a obedecer irrestritamente as leis emanadas do soberano e lhe alienando todos os direitos e liberdades. 
Rousseau (1712)
Assista o seguinte vídeo:
http://www.youtube.com/user/gilsonprof
Estado de natureza (bondade intrínseca à natureza humana e liberdade) – contrato social (garante a continuidade do estado da natureza)
Vontade geral (Não individual – desagregada e dirigida a preferências) e contrato social – pacto para formação da sociedade civil e do estado (visa utilidade/bem comum – sentido de justiça - proteção e garantia da liberdade e realização da igualdade)
Mas contraditoriamente é vista como chave para o aprisionamento do homem à sociedade civil e fonte de iniqüidades (Práticas políticas perversas)
Direitos naturais (Continuidade nos direitos civis. A corrupção ocorre posteriormente ao pacto) e direitos civis (pacto – ordem justa e legítima – igualdade e respeito aos diretos naturais). A liberdade verdadeira se encontra na legalidade e na igualdade e o grande mal é a propriedade.
Leis (direitos civis previamente definidos pelo contrato – pacto preserva direitos e liberdades inatas e inalienáveis) e Justiça (ordem social justa – respeitante da vontade geral).
Fundamentação da lei – noção de justiça e a priori de qualquer pacto – soberania do povo/vontade geral)
O JUSNATURALISMO RACIONALISTA EM KANT: 
PARA ENTENDER O JUSNATURALISMO RACIONALISTA DE KANT PRECISAMOS ENTENDER A DIFERENCIAÇÃO DO EMPIRISMO DE HUME COM O CRITICISMO KANTIANO
Pensemos: Quando somos crianças e ainda não desenvolvemos bem a linguagem, nossa memória registra nossas impressões do mundo de forma pouco lógica e atemporal, talvez por isso nossas primeiras lembranças costumam remeter à sons, gostos e imagens, e não pensamentos propriamente ditos. Você poderia descrever qual a primeira coisa de que você consegue se lembrar?
Isso nos leva a questionar: 1) o que é percepção? 2) o que é uma ideia? 3) O que é conhecimento? 4) O que é uma experiência? 5) Como é possível conhecer?
O fato é que experimentamos várias coisas a todo momento, mas que nem sempre correspondem à realidade, como, por exemplo, o movimento do sol. Consegue pensar em outro exemplo de percepção distorcida dos fenômenos naturais?
Exercícios:
Leia os seguintes textos e responda:
Trecho do livro Investigação sobre o entendimento humano, de David Hume, que traz uma discussão sobre ideia, experiência e percepção:
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“(...) dizer que o sentimos ou vemos. Mas, com exceção das mentes deturpadas pela doença ou pela loucura, elas nunca serão capazes de chegar a um tal grau de vivacidade, a ponto de tornar impossível distinguir as percepções. Todas as cores da poesia, embora esplêndidas, nunca podem pintar objetos naturais de tal maneira que façam a descrição ser tomada por uma paisagem real. O mais vivo dos pensamentos continua sendo inferior à mais vaga das sensações.
Podemos observar uma distinção semelhante atravessando todas as outras percepções da mente. Um homem num acesso de raiva é instigado de uma maneira muito diferente da de alguém que apenas pensa nessa emoção. Se você me contar que uma pessoa está apaixonada, entendo facilmente o que você quer dizer com isso e formo uma concepção precisa da informação: mas nunca se confundirá essa concepção com as desordens e agitações da paixão. Quando refletimos sobre nossos sentimentos e impressões do passado, o pensamento é um espelho fiel, que copia seu objeto com veracidade; mas as cores que ele utiliza são fracas e vagas em comparação com aquelas que vestiam nossas percepções originais. Não é necessário nenhum discernimento sutil, nenhuma cabeça metafísica, para assinalar a diferença entre elas. 
12.Aqui. portanto, podemos dividir todas as percepções da mente em duas classes ou espécies. que se ditinguem por seus diferentes níveis de força e vivacidade. As menos fortes e vivas são normalmente denominadas Pensamentos ou Idéias. A outra espécie ainda precisa de um nome em nossa língua, assim como em muitas outra: suponho que isso se dê porque nenhum foi necessário, havendo apenas intenções f i losóficas de classificar tais percepções sob um termo ou designação geral. Vamos fazer uso, então, de alguma liberdade, chamando·as de Impressões; palavra empregada em um sentido um ta nto diferente do usual. Pois, com o termo impressão. refi ro-me a toda as nossas percepções mais vivas, quando ou vimos, ou vemos, ou sentimos,ou amamos, odiamos, ou desejamos ou queremos. E impressões se distingue m de idéias. as percepções menos vivas de que ternos consciência quando refletimos sobre qualquer uma das sensações ou movimentos mencionados acima.”
Texto sobre Kant e o conhecimento a priori:
“Se devemos olhar os objetos de nosso conhecimento como determinados de algum modo pelo exercício ativo de nossas faculdades cognitivas, então como devemos pensar esses objetos para entender suas propriedades como determinadas desse modo? A resposta a essa questão leva-nos à segunda tese crucial de Kant sobre o conhecimento sintético a priori, que é a sua famosa (ou notória) doutrina do idealismo transcendental (ou “crítico”). Essa doutrina afirma que temos conhecimento somente de “fenômenos”, não das “coisas em si mesmas”. Os objetos da experiência são empiricamente reais, mas transcendentalmente ideais. Essa nova maneira de pensar sobre os objetos do nosso conhecimento empírico é, de acordo com Kant, necessária se devemos responder à questão: “como é possível o conhecimento sintético a priori?”. Kant compara a revolução no pensar necessária para aceitar essa teoria à revolução no pensar necessária para aceitar a teoria copernicana dos movimentos celestes. Antes de Copérnico, pensava-se que os corpos celestes moviam-se, mas nós, observadores terráqueos, estávamos imóveis. Agora vemos que nós, mesmo quando observadores, temos de nos olhar como estando em movimento. Analogamente, antes de Kant, pensávamos que nosso conhecimento dependia dos seus objetos, mas agora vemos que os objetos que conhecemos dependem do modo como conhecemos os objetos. Em ambos os casos, fazemos uma assunção que era natural porque nossa atenção estava focada nos objetos de nosso conhecimento, e não na nossa relação com eles. Por isso, todas as coisas pareciam depender dos objetos que observávamos, e não de nós. A revolução em ambos os casos consistiu em levar em consideração, contrariamente ao modo como as coisas naturalmente aparecem, nosso papel nos processos que estamos tentando observar e entender.”
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Agora, com base no que estudamos e lemos, responda as seguintes questões:
 Você considera que o conhecimento é algo obtido ou desenvolvido?
Você seria capaz de descrever um tipo de conhecimento dominado por você que não tenha origem em experiências empíricas?
Segundo Kant e sua teoria crítica, como se dá a relação entre o sujeito e os objetos do conhecimento?
 Por que Kant defende a impossibilidade de atribuição de necessidade e universalidade rigorosa a um juízo de experiência (sintético a posteriori), mas a necessidade de haver juízo sintético a priori para que haja conhecimento teórico necessário?
O que seria uma noção do domínio transcendental e como se diferenciaria o transcendente e o imanente?
A filosofia transcendental e a geometria euclidiana
Kant concebe as construções matemáticas a partir do espaço puro. Podemos exemplificar isso com a construção do triângulo equilátero. A matemática é a priori, esclarecendo o domínio do transcendental, explicando que ele para Kant só se completará com a física newtoniana
A filosofia transcendentale a física newtoniana
Para Kant somente a física é totalmente transcendental, já que seus juízos sintéticos a priori se referem a experiências possíveis construídas na imaginação e realizadas nos experimentos da física. Pense em outros exemplos da ciência.
Leia o seguinte texto:
Fácil é demonstrar que há no conhecimento humano em realidade juízos necessários e universais, no mais rigoroso sentido, a saber, juízos puros a priori. Em querendo um exemplo, podemos extrair das ciências, bastando volver os olhos para todos os juízos da matemática. [...] Entretanto, não é apenas nos juízos que se revela, mas também em alguns conceitos, uma origem a priori. Eliminai, pouco a pouco, do vosso conceito de experiência de um corpo tudo o que nele é empírico, a cor, a rugosidade, a maciez, o peso, a própria impenetrabilidade. Por fim, restará o espaço que esse corpo – agora totalmente desmaterializado – ocupava e que não podereis eliminar. [...] Forçados pela necessidade que este conceito [de substância] determina, tereis de admitir que sua sede a priori se encontra em nossa faculdade de adquirir conhecimento. (Kant, B5-B6)
Nessa pequena transcrição Kant defende a existência do juízo sintético a priori e a necessidade de sua existência para que haja algum conhecimento que seja necessário. Há ainda indicações do campo transcendental de investigação, pelo espaço puro, parte da Estética Transcendental, e a substância, que é uma categoria pura do entendimento, descrita na Lógica Transcendental.
KANT, A MORAL E O DIREITO
Conciliação do empirismo e do idealismo (regras da razão prática e teórica). O conhecimento se compõe de matéria e forma
A ÉTICA: A prática moral está fundamentada não na pura experiência, mas numa lei aprioristicamente inerente à racionalidade universal, cuja finalidade é garantir a absoluta igualdade diante da lei moral
Trata-se do Imperativo categórico (É um só e não vários; não deriva da experiência; não tem em vista a felicidade, mas de sua observância decorre a felicidade; guia para objetivos práticos como a felicidade; é absoluto e categórico; e independe da vontade, finalidade ou forças externas)
 
O agir livre é o agir moral (não para realizar algo, mas para colocar-se de acordo com a máxima).
Assim o agir moral é agir segundo o dever (Fazer de sua lei subjetiva um princípio de legislação universal a ser inscrita em toda natureza; cumprimento do dever pelo dever e sem desejo externo) Assim, a lei moral tem o dever como preceito fundamental.
A liberdade é ligada à noção de autonomia da vontade no agir segundo a máxima da vida gerada pelo imperativo categórico. É governar a si mesmo de acordo com o imperativo (ênfase na natureza racional do homem e não sua passionalidade).
DIREITO E MORAL
São vistos como duas partes distintas de um todo unitário.
O agir moral tem um único móvel (o cumprimento do dever pelo dever) e pressupõe, autonomia, liberdade, dever e auto-convencimento.
O agir jurídico possui outros fins (não só porque é lei, mas por medo da sanção etc.) e possui coercitividade externa (fundamento para compreensão posterior da norma)
Aproximando-se do juspositivismo, consigna que o direito pode ser prescrito pelo legislador ou como o decorrente da perceptística a priori da natureza humana, em seu viés ético universal. Seria uma forma universal dos arbítrios dos arbítrios simples (condição para os homens viverem em paz entre si – liberdade de um limita a do outro). Trata-se da coexistência pacífica entre liberdades e vontades humanas, conforme a lei positiva
O Estado passa a ser instrumento de realização dos direitos. Regulamenta o convívio das liberdades
A paz perpétua
O estado se constitui para preservar direitos – homens abondonam o estado inicial em troca de algo mais equilibrado e conforme a razão
A relação entre estados também decorre de maneira racional – a paz passa a ser vista como finalidade da história humana.
Neojusnaturalismo (Wikipédia)
Em resposta ao neopositivismo, foi desenvolvida nos Estados Unidos, com Joseph Boyle e Germain Grisez, e na Inglaterra, através de Robert P. George e John Finnis, a Nova Escola de Direito Natural. 
Para eles a moralidade deve ter fontes racionais não intuidas da descrição fática da sociedade (assumem que é ilícito intuir o ser do dever ser) e não derivadas da metafísica a respeito de uma suposta natureza humana. 
Delimitado o que é a moralidade, o direito deriva da mesma através das exigências da razoabilidade prática ou da liberdade do legislador. Assim, um dos valores morais é obedecer a própria lei, pois caso contrário a sociedade entraria na arbitrariedade e injustiça. 
E, por esse mesmo motivo, os comentaristas os chamam de jusnaturalistas inclusivistas, pois agreagam à lei natural descoberta pela razão, grande importância à lei de produção legislativa e estatal.

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