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2 Egito

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A PERGUNTA BÁSICA 
DA HUMANIDADE
A PERGUNTA BÁSICA 
DA HUMANIDADE
Assim que somos conscientes da morte, fazemo-nos conscientes da vida.
Necrópole / Espoliação / Orientação
Em forma de banheiro: assegurar o repouso e o descanso eterno. Não temos 
evoluído tanto assim (nas perguntas básicas) /Em cada sepulcro cabe só um 
corpo humano.
A escavação na pedra é bastante perfeita, pelo que provavelmente utilizaram 
mais do que pontas de sílex para lavrar: instrumentos de cobre ou ferro.
A PERGUNTA BÁSICA 
DA HUMANIDADE
Sem inscrições nem símbolos cristãos / Não se achou enxoval funerário, nem 
copos de argila, nem restos de nenhuma classe. Também não pedras de 
moinho, armas nem quaisquer objetos.
Resulta muito curioso que aqueles habitantes, provavelmente pré-históricos, 
habitaram em simples cabanas, choças ou grutas, mas trabalhassem com 
afinco para preparar os sepulcros dos seus queridos mortos.
EGITO:
Arte
para
a
eternidade
Arte
para
a
eternidade
Egito:
“Todo Egito é um presente do Nilo” (Herodoto)
A pirâmide escalonada de Zoser em Saqqara.
O conjunto funerário erige-se além dos limites da inundação do rio.
Nunca construíram no terreno fértil.
FERTIL = VIDA
Mapa esquemático com o rio Nilo
e os principais monumentos
Egito não são apenas as pirâmides
Inundação --- Triangulação --- Agrimensura 
resumoresumo
O Nilo
O Faraó
A religião
A escrita
Triangulação. A matemática
A medição da terra
As múmias
As pirâmides
Os colossos
A escultura
A pintura
IntroduçãoIntrodução
A história do Egito foi a mais longa de todas as civilizações antigas que floresceram
em torno do Mediterrâneo estendendo-se, quase sem interrupção, desde
aproximadamente o ano 3000 A.C. até o século IV D.C.
A natureza do País — desenvolvido em
torno do Rio Nilo que o banha e fertiliza,
em quase total isolamento de influências
culturais exteriores — produziu um estilo
artístico que mal sofreu mudanças ao longo
de seus mais de 3.000 anos de história.
Todas as manifestações artísticas estiveram,
ao serviço do estado, da religião e do
Faraó, considerado como um Deus sobre a
terra.
Desde os primeiros tempos, a crença numa
vida depois da morte ditou a norma de
enterrar os corpos com seus melhores
pertences, para assegurar a sua passagem
para a eternidade.
Egito: três mil anos de 
grandiosidade
A civilização egípcia antiga se desenvolveu no
nordeste africano, às margens do rio Nilo, entre
3200 a.C a 32 a.C.
Os progressos foram notáveis entre os egípcios,
tanto nas artes, nos ofícios e até em algumas
ciências. Instrumentos, armas e ornamentos
eram habilmente confeccionados em pedra,
cobre e ouro.
Os egípcios criaram, entre outras coisas, um
eficiente sistema de irrigação, de saneamento de
terras pantanosas e confecção de tecidos de
linho de superior qualidade.
Desenvolveram, também, um sistema de leis
baseadas nos costumes, assim como o sistema
de escrita e o primeiro calendário solar da
história da humanidade.
A sociedade egípcia era dividida em várias
camadas, sendo o faraó a autoridade máxima,
considerado um deus na Terra.
Povo politeísta
e crente na vida após a morte 
Os egípcios acreditavam na existência de vários deuses
(eram politeístas), os quais tinham as mesmas virtudes e
vícios humanos, mas, também, certas características
animais que interferiam na vida das pessoas.
Acreditavam na vida após a morte e, por isso,
mumificavam os cadáveres dos faraós colocando-os em
mástabas, posteriormente, nas pirâmides, com todos os
seus pertences e servos com o objetivo de preservar o
corpo para quando este ressuscitasse.
A vida após a morte seria definida, segundo as crenças
egípcias, pelo deus Osíris, em seu tribunal de julgamento:
o coração do defunto era pesado pelo deus da morte,
Anúbis, que mandava para uma vida na escuridão,
aqueles cujo órgão estava “pesado”, e, para uma outra
vida boa, aqueles de coração “leve”.
Muitos animais, também, eram considerados sagrados
nessa época, de acordo com suas características: gato,
crocodilo, cobra, águia, touro, vaca, leão, chacal, falcão...
Seção do Livro dos Mortos, c. 1070-945 a.C.
Os deuses estavam ligados a representações dos elementos da natureza, como o Sol, a
Lua, as águas dos rios, a vegetação, etc.
Alguns Deuses representavam a própria criação do Egito, como Horus, Osíris, Ísis e Set.
Os deuses geralmente eram representados por figuras antropomórficas, juntando a
figura humana com animais, o que originou uma rica mitologia em torno deles.
Vamos resumir Egito em duas palavras:
MORTE
GEOMETRIA
Vamos resumir Egito em duas palavras:
MORTE
A religião (o culto aos deuses e a vida de
ultra-tumba) permeava toda a vida egípcia,
interpretando o Universo, justificando a
organização social e política.
De facto, dão mais atenção às moradias
dos mortos do que aos dos vivos.
Achavam que todos iam viver depois da
morte, mas era necessário conservar o
corpo, pois a alma precisava de um
suporte físico.
Por isso era tão importante a
MUMIFICAÇÃO.
Vamos resumir Egito em duas palavras:
GEOMETRIA
TODO EM EGITO É MEDIDO.
O tempo, o espaço...
Na base está o rio, que marca um tempo 
muito preciso.
Precisão absoluta em cálculos (conseguem 
fazer entrar à luz duma estrela numa 
determinada noite até um sarcófago).
A MEDIÇÃO DO MUNDO. ERATOSTENES
Constroem sempre com linhas retas. 
Volumeis claros e netos.
A MEDIÇÃO DO MUNDO. ERATOSTENES
A parte artística e cultural dos
povos egípcios estava relacionada
com tradições religiosas e
funerárias. A maioria das obras
egípcias foram criadas com o
objetivo de serem úteis: não se
falava em peças ou em obras
belas mas sim em eficazes ou
eficientes. Praticamente quase
todas estavam interligadas num
contexto religioso e político, com a
representação do Faraó.
As ArtesAs Artes
A Arte egípcia divide-se em:
Arquitetura
Escultura Artes Maiores
Pintura
Joalharia, Mobiliário, etc – Artes 
Menores
A DIVINDADE DO FARAÓ.
O povo viveu para construir seus
túmulos.
Exigiu uma numerosa mão de obra
(mais ainda se pensamos que se
fizeram sem conhecer a roda nem
a polia), e uma estructura política
muito forte.
CONSEQÜÊNCIA: ARTE COLOSSAL.
O tamanho é sempre
desproporcionado, exagerado.
O homem sente-se diminuto
frente a estes monumentos.
Presencia de forças sobrenaturais
e vontade de permanência na
memória Amenophis III
com a sua esposa.
A ArquitecturaA Arquitectura
• Monumental (grandes dimensões).
• Durabilidade (concebidas em pedra para durarem).
• Os egípcios foram os primeiros a usar a coluna, estructuralmente 
e como motivo de decoração (capiteles).
• Arquitectura arquitravada.
A ArquitecturaA Arquitectura
• Monumentos funerários (por ordem de aparição):
1 – Mastabas
2 - Pirâmides de mastabas - pirâmides de
degraus de base quadrangular (Saqara)
3 - Pirâmides de faces lisas, de base quadrangular
(Gizé)
4 - Hipogeus - túmulos escavados na rocha (Vale dos 
Reis; Vale das Rainhas).
•Templos
• Palácios e casas têm 
uma importância muito 
menor.
–– MastabasMastabas
As Mastabas eram
simples construções em
tijolo de barro cozido ao
Sol. Foram o primeiro
tipo de túmulos
utilizados pelos grupos
sociais mais abastados,
incluindo os primeiros
Faraós.
A ArquitecturaA Arquitectura
FORAM AS PRIMEIRAS TUMBAS MONUMENTAIS
poço
sepulcro
Capela,
estatua
–– MastabasMastabasA ArquitecturaA Arquitectura
Já mostra as imensas proporções da arquitectura egipcia.
–– Pirâmide de degrausPirâmide de degrausA ArquitecturaA Arquitectura
FORAM AS PRIMEIRAS PIRÂMIDES
O arquiteto Imhotep
construiu uma série de
mastabas umas em cima
das outras, usando
pedras em vez de tijolo
de barrocozido ao Sol.
Construção em pedra, 
com silhares de medidas 
precisas, grande 
tamanho e regularidade, 
unidos por “caudas de 
andorinha” internas de 
madeira ou metal.
–– Pirâmide de degrausPirâmide de degrausA ArquitecturaA Arquitectura
Surgem pela necessidade de
marcar a força do Faraó.
As mastabas tínham se
popularizado entre os nobres e
poderosos e o Faraó precisava de
algo mais “especial”.
Estavam rodeadas de outros 
edifícios.
O caso de Zoser, em Saqara
(2.700 AC), simula uma cidade 
com muralhas, templos...
Podemos ver perto as tumbas de 
outros dignitários.
Influencia do zigurat de Mesopotamia
(existiram conflictos, invasões = proximidade)
–– PirâmidePirâmideA ArquitecturaA Arquitectura
As Pirâmides de Gizé, c. 2613 - 2563 a.C.
As pirâmides de paredes lisas eram construidas com blocos de granito. A
Grande pirâmide ergue-se a uma altura de cerca de 140 metros, demorou
mais de 20 anos a ser construida e é composta por mais de 2 milhões de
blocos de granito (cada um deles pesava 2 ou 3 toneladas).
QUÉOPS
QUÉFREN
MIQUERINOS
Plano da necrópole de Gizé
O interior é um conjunto de galerias, poços, câmeras... De extraordinária 
complicação, para evitar o espolio dos tesouros do Faraó.
“Soldados! Do topo destas pirâmides quarenta séculos nos contemplam.”
Entradas original e actual à Pirâmide 
de Quéops.
A entrada original foi bloqueada.
Hoje o acesso é por uma galeria de 
ladrões.
–– HipogeusHipogeusA ArquiteturaA Arquitetura
Os hipogeus são tumbas escavadas na ladeira de uma montanha,
que lembrou-lhes a forma de uma imensa pirâmide.
Afinal, as pirâmides eram roubadas quando havia um momento
de inestabilidade
Os hipogeus tentam evitar os saqueios, pois as tumbas passam
mais despercebidas.
Templo mortuário da rainha Hatshepsut
O mais importante encontra-se no Vale dos Reis.
Perto dele, encontra-se o Vale das Rainhas.
Complexas construções para preservar os tesouros, que chegam a medir centos de
metros escavados no interior da montanha. Têm câmeras secretas e quartos, como se
se tratasse de um palácio para a eternidade.
Várias salas onde
estavam dispostos
tesouros, os vasos
canopos e sarcófagos
com as múmias dos
Faraós. Decorados com
ricas pinturas e relevos,
que ilustram o Livro dos
Mortos, cenas
quotidianas, a vida do
difunto...
Muito do que se sabe
desta civilização provém
das pinturas e relevos
decorativos que
ornamentavam as
paredes destes túmulos.
–– HipogeusHipogeus
Junto à pirâmide de Keops apareceu, enterrado e desmontado, o barco que devia levar 
ao Faraó ao mais além.
Hoje pode-se visitar o barco, montado integramente.
–– A viagem à eternidadeA viagem à eternidadeA ArquiteturaA Arquitetura
–– A viagem à eternidadeA viagem à eternidadeA ArquiteturaA Arquitetura
Máscara funerária 
de Tutankhamón
Vasos Canopos
O processo de mumificação é um forte indicador do grau de
desenvolvimento da medicina da época.
Hipogeu: Túmulo de Tutankhamon
A presencia dos selos na porta demonstrou
que ainda estava intacta.
26 de novembro de 1922
Aberto o túmulo do faraó egípcio 
Tutancâmon, Howard Carter torna-se a 
primeira pessoa a entrar na tumba do 
faraó em 3000 anos.
- Pode o senhor ver alguma coisa?
- Sim –respondeu o outro.- Coisas maravilhosas.
Demoraram mais de 10 anos em 
tirar todos os objetos do túmulo, 
pois havia que catalogar tudo.
A antecâmara
riquezas guardadas no túmulo 
de Tutankhamon
O acesso à câmara selada
O sarcófago
A câmara do tesouro
A volta à vida
sua múmia e sua máscara mortuária, 
incrivelmente preservadas
Uma maldição?
Egito é uma civilização que nos seduz por seus grandes
mistérios e uma concepção mágica ou sobrenatural da vida.
“A morte tocará com suas asas aquele que perturbar o sono do
Faraó” podia-se ler no selo da porta.
Morreu Lord Carnavon, o irmão dele, a enfermeira, um doutor
que radiografou a múmia do Faraó e um milionário dos EEUU
que tinha visitado o túmulo.
A MALDIÇÃO SE FEZ FAMOSA NO MUNDO INTEIRO.
Um fungo que vivia no estado latente, ao abrir a câmara,
encontrou condições para iniciar a sua actividade, e provocou
pneumonia respiratória sem tratamento na época.
–– Os templosOs templosA ArquiteturaA Arquitetura
O templo de Luxor e o templo de Karnac foram dos maiores monumentos da
Cidade de Tebas, no Egito antigo. Estas construções servem para demonstrar a
importância da religião dentro da Sociedade egípcia - o grande poder que a classe
Sacerdotal exercia dentro do Império. Apesar de apresentarem um tamanho
monumental - cerca de 275 m de comprimento -, possuem ao mesmo tempo
linhas simples geométricas. Colunas, muros e arquitraves eram cobertas com
motivos inspirados nas vitórias do Faraó, em cores vivas.
À frente do templo havia estátuas colossais e dois obeliscos.
Templos de Carnac e Luxor
Luxor
Plano ideal de um templo egípcio.
a.- Avenida das esfinges (pode terminar com uns obeliscos)
b.- Sala hípetra, peristila o Pátio c.- Sala hipóstila
d.- Câmara do deus e.- Pilono
a
b
c
d
e
- Foram construídos para serem a moradia dos deuses.
- O plano dos templos tem a forma de uma “via iniciatica” (um caminho para
chegar até os deuses).
- Ao irmos avançando os espaços vão sendo mais sagrados.
- As estâncias vão sendo menos luminosas e mais baixas.
- O acesso vai se restringindo, até chegarmos ao “sancta-sanctorum”,
onde apenas entram o Faraó e os grandes sacerdotes.
• Avenida das esfinges
• os obeliscos
• os pílonos
• o pátio o sala rodeada de columnas (sala hípetra o 
peristílo),
• sala hipóstila (totalmente coberta de columnas)
• sala da barca (a zona nobre começa a partir de aqui) 
• O Sancta-sanctorum, onde se guarda a figura do 
deus.
Karnak
A frente dos
pilonos tem dois
colossos do
próprio faraó.
Medem 14 m. cada.
Encontravam-se 
também aqui dois 
obeliscos. Um deles 
está hoje na Praça da 
Concórdia em París.
Medem 25 m. cada 
um deles.
A Arquitetura Religiosa A Arquitetura Religiosa –– Templo de Templo de KarnakKarnak
A Arquitetura Religiosa A Arquitetura Religiosa –– Templo de Templo de LuxorLuxor
90 º
Para nos fazer uma ideia das dimensões: em um 
dos seus lados construiu-se uma mesquita no 
século XIII dC, e parece pequena!
Ramsés II e Nefertari
ou…..
Ramsés II e Nefertari
Este passo suporta o tecto sobre colunas 
com capitel em forma de loto aberto, cada 
uma com 16 m. de altura, fazendo um 
corredor de 72 m. de comprimento. Estão 
decoradas com inscrições e cenas muito 
variadas (festas, vitórias, construção,…)
Karnak
Não existe nada mais belo que a 
ruína de uma coisa bela
Templo de Karnak (1580-1085 a. C.)
A sala das oferendas
-
A Arquitetura A Arquitetura -- ColunasColunas
Os tipos de colunas dos templos egípcios
são divididas conforme seu capitel -
extremidade superior de uma coluna
A primeira arquitectura dos egípcios,
antes de utilizarem a pedra, foi feita
com árvores.
É por isso que copiaram na pedra as
palmeiras, as flores de loto, o papiro...
Aquela arquitectura original já está
perdida.
Luxor.
Templo de Luxor (séc XIV – XII a.C.)
Luxor
Templo de Abu-Simbel dedicado à deusa Hator (séc XII a.C.)
Inscrições em hieróglifo compõem a ornamentação da fachada.
Abu Simbel
Abu Simbel
Translado moderno de Abu-Simbel
Translado antigo de Pi- Ramsés
EGITO:
Arte
para
a
eternidade
A arquitectura egípcia quase não mudou com o passo 
do tempo. Sofreu pequenas mudanças, mas as formas 
básicas permaneceram em uso durante séculos.
O mais simples temsempre mais possibilidades para 
sobreviver. Adapta-se mais facilmente às mudanças.
A arquitectura torna-se um livro de pedra
Toda a arquitectura recobre-se com frescos ou relevos
Arte egípcia: simbólica por excelência
A arquitetura, a pintura e as outras artes, no Egito
Antigo, não foram apenas inspiradas pela religião –
eram inseparáveis dela.
A arte egípcia era, por isso, profundamente simbólica.
Todas as representações eram repletas de significados
que ajudavam a caracterizar as figuras, a estabelecer
níveis hierárquicos e a descrever melhor as situações.
A hierarquia social e religiosa traduziu-se, na
representação artística, ao serem atribuídos variados
tamanhos às diferentes personagens, conforme sua
importância na escala social: o faraó, portanto, era
sempre aquele representado com a figura maior, dentro
de uma cena.
Na arte egípcia não havia representação de
perspectiva, como concebemos hoje: as figuras eram
representadas em duas dimensões e as imagens
apareciam em camadas enfileiradas ou então rebatidas
para os lados.
O
 Jardim
 de N
ebam
un,
c. 1400 a.C.
O artista – s-ankh: o que dá vida
Os criadores da Arte egípcia chegam aos dias atuais,
em sua maioria, anônimos. O artista egípcio não
impunha um sentido de individualidade em sua
obra, pois efetuava o trabalho de acordo com a
encomenda, raramente assinava o trabalho final e
sempre cumpria com as limitações de criatividade
impostas pelas regras estéticas.
Entretanto, o artista era visto como um indivíduo
com uma tarefa divina importante a executar. Para
tanto necessitava de contato com o mundo divino
para poder receber sua força criadora. Sem isso
não seria possível tornar visível, através de sua
arte, o conteúdo espiritual, o invisível.
O próprio termo para designar este
executor, s-ankh, significava, para os
egípcios, “aquele que dá vida”!
A palavra 
“escultor”
em egípcio significa
“aquele que mantém vivo”.
A ARTE NO EGITO
- Arte obedecia a padrões e regras.
- Limitação da criatividade e da imaginação. Os artistas no 
Egito não eram livres (nunca o foram até o século XIX, com 
exceções). Tinham que respeitar uma serie de normas 
técnicas que são conhecidas com o nome de “leis”.
- Não se trata de ser realistas, mas de apresentar uma beleza 
ideal. É um cânone de beleza diferente a como hoje o 
entendemos.
- Arte anônima, para revelar perfeito domínio das técnicas 
de execução e não o estilo de quem a executava.
A arte egípcia era bastante 
padronizada, não dando 
margens à criatividade ou à 
imaginação pessoal.
Estatua de Ramsés II em Menfis.
Claro exemplo de escultura 
monumental egípcia.
A EsculturaA Escultura
A EsculturaA Escultura As esculturas saem de um bloco.
Braços colados ao corpo.
Separá-los resulta, por 
enquanto, impossível (os 
gregos acharão mais tarde o 
modo de o fazer) tendo em 
conta a dureza dos materiais 
que utilizam, o que ajuda a 
que as obras durassem para 
sempre.
A Escultura do Antigo Egito é caracterizada sobretudo pela escultura de grandes
dimensões associada à arquitectura, pelo relevo descritivo (hieróglifos),
pelo busto e pela estatuária de pequenas dimensões, onde dominam não só as
representações de Deuses e Faraós, como também de animais.
A representação da figura humana:
• Rigidez de postura
• Ocultação de traços físicos desfavoráveis
• A sua apresentação era sempre feita de pé, dando
um passo á frente, sentada ou de joelhos cruzados.
Escultura em faiança, hipopótamo azul
Rahotep y Nefrí
Estas esculturas servem 
para vermos como é que 
vestia a gente na época.
Os homens com uma 
espécie de saia. As 
mulheres com vestidos 
brancos, muito finos e 
ajustados, com uma 
peruca na cabeça.
Os homens são sempre 
representados com pele 
morena, enquanto as 
mulheres são pintadas 
com extrema brancura.
Anão Seneb
com sua Família
Nikare e família, c. 
2420-2323 a.C. 
Tríada de 
Mikerinos
Os escultores egípcios 
representavam os 
faraós e os deuses em 
posição serena, quase 
sempre de frente, sem 
demonstrar nenhuma 
emoção. Pretendiam 
com isso traduzir, na 
pedra, uma ilusão de 
imortalidade. 
Colossos de 
Mennon
• Estilo hierático. Solenidade,
rigidez.
• Lei da frontalidade: braços aos 
lados do torso, pé adiantado...
• Falta de expressão.
• Idealismo.
• Rasgos arcaicos.
• Cabelo e barba ficam reduzidos a 
uma serie de linhas paralelas. 
• Faraó: coroa, torso nu, cavanhaque 
e saia. 
• SERENIDADE, sem mostrar emoção
A esfinge de Gizé: a sabedoria
• Corpo de Leão (força)
• Cabeça humana(sabedoria)
Akenatón e Nefertiti a oferecer os seus
tributos ao sol (Atón)
Escultura de Tell-El Amarna
• Olhos rasgados
• Nariz recto
• Pômulos marcados
• Lábios grossos
• Cabeça com forma de pepino
• Pescoço alongado.
• Ventre inchado e cadeira ancha.
LEI DE JERARQUIA
O tamanho da figura depende da sua 
importância.
Um deus é mais grande que um homem, por 
exemplo.
Durante o reinado de Akenaton, o monoteísmo foi implementado no
Egito, através da figura do Deus Aton (ou Deus Sol)
Estela com representação da família Real, tendo ao centro a representação do Deus Aton.
Busto de 
Nefertirti
A PinturaA Pintura
• Principalmente trata-se de 
pintura mural, embora 
destaca também a pintura 
em papiro.
• Desenvolve-se nas paredes 
dos templos e nas colunas, 
com o uso da técnica do 
fresco.
• São representadas cenas 
com um claro ritmo de 
tono continuado (tipo 
quadradinhos).
• Cores planas.
• Frontalidade, estilo 
hierático.
• Não existe a perspectiva.
• Lei da frontalidade: cabeça 
de perfil, olho de frente, 
torso de perfil.
• Temas alegres, a destacar a 
pesca e as labores 
agrícolas.
A PinturaA Pintura
Principais características:
• Lei da frontalidade – representação
da figura humana em que o tronco era
representado de frente para o
observador e a cabeça, os braços, as
pernas e os pés representados de
perfil. Mas o olho fica de frente.
Representam num só desenho o maior
número de rasgos possíveis.
• Os homens eram pintados de
vermelho e as mulheres de amarelo.
• Uso abundante de cores vivas e de
escrita hieroglífica nas paredes de
templos e túmulos.
• Representação de episódios da vida
quotidiana do defunto nas paredes dos
túmulos.
A linha faz a forma do desenho. A
cor não pode sair dela.
As cores são sempre muito
intensas. A coloração era um
poderoso elemento de
complementação das atitudes
religiosas.
Cores planas: não ha sombras.
Convenção nas cores: não são
reais. As peles de homens e
mulheres são diferentes.
Não existe a perspectiva (o
espaço). Tudo representa-se num
plano.
LEI DO MARCO
• As figuras 
adaptam-se 
ao espaço de 
que dispõem.
• Não podem 
sair dele nem 
aparecer 
cortadas
A MARCHA IMÓVEL
É uma postura que simula um passo, 
mas onde a rigidez da figura neutraliza o 
movimento simulado.
Colocam um pé adiantado.
A qualidade do “tempo” dentro das pinturas, “como detido na 
eternidade”. Como “um instante em movimento”
- Foram surgindo criações artísticas mais leves e de cores mais variadas.
- Posturas menos rígidas, leve movimento.
Leis rigorosas usadas na 
representação do corpo humano
O corpo humano, especialmente o de figuras
importantes, era representado utilizando
dois pontos de vista simultâneos, de modo
a oferecer maior informação e mostrar a
dignidade da personagem: os olhos, ombros e
tórax eram colocados vistos de frente; a cabeça
e as pernas, vistos de perfil.
Na arte egípcia, a representação por inteiro da
figura humana organizava-se segundo a
chamada “regra de proporção”, um rígido
quadriculado com dezoito unidades, sendo cada
quadro com a medida do seu lado igualà do
dedo anular, o que garantia uma repetição
rigorosa da forma ideal egípcia, em quaisquer
escalas e posições.
O artista egípcio apreciava muito as cores. As
estátuas, os afrescos, o interior do templos e
dos túmulos eram extremamente coloridos.
As cores não cumpriam apenas a sua função
primária de decoração, mas encontravam-se
carregadas de simbolismo.
A EscritaA Escrita
A pedra A pedra RosettaRosetta
A escrita foi outra grande contribuição
deixada pelos egípcios. Inicialmente
formada por hieróglifos, era uma escrita
iconográfica (através de simbolos). Os
egípcios também foram um dos
primeiros povos a utilizarem o papel
como meio de comunicação, o qual era
chamado de papiro.
Papiro egípcio
Escrita hieroglífica
Escriba sentado.
Escriba Sentado (c. 2500 a.C.)
Obra encontrada em um sepulcro da 
Necrópole de Sacará.
Museu do Louvre, Paris.
Prática de leitura, escrita e 
atividade física entre os jovens
No Egito Antigo, a escrita (hieroglífica) tinha
grande importância no desenvolvimento de
atividades de cunho sagrado e no registro do
cotidiano. A figura do escriba ocupava uma
posição respeitável ao lado de altos
funcionários, sacerdotes e generais.
Os jovens egípcios, bem cedo, eram introduzidos
no conhecimento da escrita e da leitura.
Embora se acredite que o povo grego tenha sido
o primeiro a praticar e organizar competições
físicas, no entanto, as representações de cenas
esportivas que aparecem nas paredes das
tumbas, templos, obeliscos e vasos, provam
que foram os antigos egípcios os precursores de
muitos dos desportos praticados atualmente.
O MobiliárioO Mobiliário
Os móveis, de formas rígidas, eram ricamente
ornados de uma decoração de cores vivas -
seguindo o mesmo estilo da arquitetura.
Flores de lótus e papiro, grinaldas e animais
aparecem frequentemente nas decorações
dos móveis.
Flor de Lótus
Flor de Papiro
A OurivesariaA Ourivesaria
Igualmente importantes, foram as obras de
ourivesaria, cuja mestria e beleza são
suficientes para testemunhar a elegância e
a ostentação das cortes egípcias. Os
materiais mais utilizados eram o ouro, a
prata e pedras preciosas. As jóias tinham
sempre uma função específica (talismãs).
Os ourives colaboravam na decoração de
templos e palácios, revestindo muros com
lâminas de ouro e prata lavrados, contendo
inscrições, dos quais restam apenas
testemunhos.
A mulher em situação de 
igualdade com o homem
A civilização egípcia, ao
contrário de muitas outras
civilizações, não via suas
mulheres como cidadãs de
segunda classe, seres
inferiores, ou meros objetos
de propriedade dos pais e
maridos.
Na sociedade egípcia a
mulher possuía um status
que só foi recuperado
muito recentemente na
História, sendo tratadas
com respeito e igualdade
em relação aos homens.
Higiene e cuidado com o corpo
Tanto os homens quanto as mulheres do Antigo Egito
davam grande valor à aparência física. Hábitos de
higiene e cuidados com a aparência ocupavam boa
parte do tempo de homens e mulheres.
As pinturas nos túmulos mostram o seu cuidado com a
moda: perucas, maquilagem e vestuário. Os
cosméticos não eram considerados supérfluos, mas
uma necessidade do dia a dia e até mesmo
profiláticos.
O barbear e o depilar eram cuidados frequentes. As
mulheres mantinham os cabelos curtos, muitas vezes
raspados como os dos homens. Havia também o
hábito do banho, e, apesar de os antigos egípcios não
conhecerem o sabão, o substituíam por uma solução
sódica.
A hena era utilizada para escurecer o cabelo, tingir as
unhas e pintar o corpo. Damas abastadas possuíam
servas que auxiliavam nesses cuidados diários.
A nudez não era considerada um tabu, por isso tanto
homens quanto mulheres poderiam ser retratados nus,
sendo que a nudez parcial revelava nas pinturas o
status social das pessoas.
- Após a morte de Ramsés, houve declínio do 
Império, pois o poder real tornou-se fraco e 
passou a ser governado por sacerdotes.
- Houveram invasões sucessivas e aos poucos essas 
invasões foram desorganizando a sociedade e 
sua arte.
- Influenciada pelos povos invasores – etíopes, 
persas, gregos e romanos – ela foi perdendo suas 
características e refletindo a própria crise política 
do Império.
ConclusãoConclusão
Assim, todas as atividades quotidianas dos egípcios estavam, de uma forma ou de outra,
associadas com a busca pela vida após a morte.
Quanto à cultura, a maior parte da arte egípcia foi desenvolvida na construção das
moradas dos falecidos. Isso aconteceu porque os egípcios acreditavam que deveriam haver
bastantes objetos, inscrições e pinturas de forma a garantir uma nova vida, agradável e
feliz após a morte terrena. Assim, as esculturas e pinturas egípcias destinavam-se a dar
essa garantia aos defuntos.
Os egípcios acreditavam na vida após
a morte. Não só acreditavam nisso
como viviam para a morte
(FIM)

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