Buscar

IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO - Teoria Geral do Processo (TGP)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO 
Teoria Geral do Processo 
 
CONCEITO 
O impedimento e suspeição são hipóteses decorrentes da violação do 
princípio da imparcialidade, ou seja, para que o juiz possa julgar o processo, ele 
necessita ser imparcial. Assim, na falta da imparcialidade, o juiz deve ser 
afastado do processo. Esse afastamento ocorre por intermédio de incidente de 
impedimento ou por incidente de suspeição. 
 O Impedimento é uma hipótese objetiva, se caracterizado ele afasta 
diretamente em absoluto o juiz da causa, cabendo ação rescisória da decisão 
proferida por juiz impedido. Em outras palavras, impedimento 
É uma infringência grave e refere-se a impossibilidade de um juiz 
apreciar determinada ação, causando a nulidade absoluta do processo. Devido 
à gravidade do fato não precluirá o direito de anulação, podendo as partes 
alegar o impedimento a qualquer momento, isto caso não tenha sido declarada 
de oficio, o que constitui um dever do magistrado. Se o processo já tenha sido 
julgado por juiz impedido, poderão as partes entrarem com ação rescisória, 
anulando a coisa julgada. 
 Já a Suspeição, se fundamenta na dogmática subjetiva do agente, ou 
seja, ao manter algum contato íntimo ou regular com determinada pessoa, que 
atua como fundamental a grade do processo conecto a ele, podendo o juiz de 
ofício declare a sua própria suspeição. A sentença proferida por juiz suspeito 
não é nula, e nem rescindível. É uma infringência menos grave, referindo-se 
a existência de elementos que sejam a imparcialidade do juiz, lesionando o 
princípio da imparcialidade. Diferentemente do impedimento, diante da 
suspeição há preclusão, uma vez que sua alegação deverá ser feita em 
momento oportuno pelas partes ou pelo juiz. Uma vez que o processo seja 
julgado por juiz suspeito não há que se falar em nulidade absoluta, visto não ser 
elemento que impede a normalidade procedimental e o pronunciamento de 
decisão imparcial. 
A suspeição ela precisa ser provada. Depende de uma análise do caso 
concreto para verificar se de fato houve ou há grande probabilidade de que 
haja prejuízo a própria imparcialidade do magistrado. 
 
HIPÓTESES 
Hipóteses de impedimento = magistrado em relação ao processo. 
Art. 144 do NCPC - Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas 
funções no processo: 
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, 
funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como 
testemunha; 
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; 
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou 
membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer 
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, 
inclusive; 
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou 
companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até 
o terceiro grau, inclusive; 
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de 
pessoa jurídica parte no processo; 
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de 
qualquer das partes; 
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha 
relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; 
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu 
cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou 
colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado 
de outro escritório; 
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado. 
§ 1º - Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o 
defensor público, o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o 
processo antes do início da atividade judicante do juiz. 
§ 2º - É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar 
impedimento do juiz. 
§ 3º - O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de 
mandato conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus 
quadros advogado que individualmente ostente a condição nele prevista, 
mesmo que não intervenha diretamente no processo 
 
Se ocorrer alguma das hipóteses de suspeição (art. 145, CPC) for arguida 
e comprovada nos autos, o magistrado será afastado. Além das hipóteses 
descritas, o Juiz poderá declarar-se impedido por motivo de foro íntimo. 
 
Hipóteses de suspeição = magistrado em relação as partes. 
 Art. 145 do NCPC - Há suspeição do juiz: 
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados; 
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa 
antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes 
acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às 
despesas do litígio; 
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu 
cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro 
grau, inclusive; 
IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das 
partes. 
§ 1º - Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem 
necessidade de declarar suas razões. 
§ 2º - Será ilegítima a alegação de suspeição quando: 
I - houver sido provocada por quem a alega; 
II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta 
aceitação do arguido. 
 
RECONHECIMENTO 
O reconhecimento do impedimento ou suspeição é no exato momento que 
recebe a petição, enviando assim os autos a seu substituto legal, caso contrário 
determinará a autuação em apartado da petição inicial e, no prazo de 15 dias 
apresentará suas razões, com documentos comprobatórios e rol de 
testemunhas se houver, ordenando a remessa ao incidente e competente 
tribunal. 
O Tribunal verificará as alegações de impedimento ou de suspeição e se, for 
improcedente o tribunal rejeitará, se procedente o relator deverá declarar seus 
efeitos, que podem ser: 
1. Sem efeito suspensivo – se acontecer, o processo voltará a correr 
normalmente com o mesmo. 
2. Com efeito suspensivo – se acontecer, o processo fica suspenso até o 
julgamento do incidente. 
Com isso, pelo efeito da condenação o juiz pagará as custas processuais e 
de plano remeterá os autos ao substituto legal. Podendo, recorrer da decisão e 
posteriormente o reconhecimento do momento do qual o juiz não poderia ter 
atuado. E no feito de absolvição, voltará a atuação no processo. 
 
RESUMO

Outros materiais