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Aula 06 - História do Direito

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Disciplina História do Direito
Aula 06
Tema: O processo formular e o período clássico
O período clássico vai do século II a.C até o final do século III. No âmbito da História Geral temos grandes eventos, tais como as conquistas militares, grandes transformações políticas como a ascensão de Augusto ao poder, como “Príncipe”, instaurando o império, sob outra denominação.
*Imperator (Imperador): general vitorioso.
Por sua vez, no Direito temos importantes transformações.
* O processo formular tinha algumas peculiaridades, o Requerente deveria fazer com que o Requerido comparecesse em juízo, e não contava com a força do Estado. Assim havia muita limitação ao acesso a justiça. Posteriormente, foram estipuladas certas punições em favor do Requerido que não comparecesse. Quando o comparecimento acontecia, a formulação da pretensão era feita perante testemunhas (por isso cum testatio). Não havia Apelação.
 * Havia a nítida divisão entre o papel do Pretor e o do Iudex (ou arbitro).
Com o passar do tempo passou o pretor ganhou importância, podendo emitir editos, que regulavam sua atuação. Esses editos tiveram primeiramente uma natureza política (o mau pretor desobedecia, o bom obedecia-lhe). Posteriormente, esses editos, passaram a possuir a natureza de Lex, podendo ser invocado pelo pretor que o havia formulado. Depois passou-se a dar importância aos editos passados, e por fim uma lei veio a disciplinar a elaboração de novos editos.
Com os editos, os pretores formatavam lacunas no direito vigente, por exemplo proteção da boa fé, praticas comerciais, obrigações, posse, etc.
Entretanto, no império, o poder do imperador cresceu, este começou a ser consultado, posteriormente, teve o poder de delegar o julgamento a seus funcionários, o que fez com que desaparecesse o processo formular.
Inclusive, o Imperador, ou um de seus conselheiros, poderia rever o processo, desde que o desejoso formulasse um Apelo.
1. Características:
a) Costume: os textos da época clássica são numerosos. Os romanos sentiram a necessidade de escrever as regras jurídicas, as quais eram comentadas. Esses comentários deram origem as primeiras obras de importância no estudo do direito.
b) Legislação: Com a decadência das assembléias, o Senado passou a legislar. Todavia, apenas o imperador poderia propor leis. Depois de 13 d.C. o Imperador podia legislar diretamente por edito. Aos poucos o imperador passou a ser o único legislador, sendo que nem todas as constituições imperiais tinham a mesma autoridade:
* Editos: Disposições aplicáveis a todo o império, com algumas exceções;
* Decretos: Julgamentos feitos pelo imperador ou pelo seu conselho nos assuntos judiciários.Tornavam-se precedentes aos quais o juízos inferiores deviam obediência em razão da autoridade de que emanavam. Hoje temos as súmulas vinculantes.
* os rescritos: Respostas dadas pelo Imperador ou pelo seu conselho a um funcionário, um magistrado ou mesmo um particular que tinha pedido uma consulta sobre um ponto do direito. Hoje temos a consulta no âmbito do direito eleitoral.
* instruções: dirigidas pelo Imperador aos governantes de província, sobretudo em matérias administrativas e fiscais. Hoje temos diversas instruções normativas.
c) jurisprudência: Entendida na época como o conhecimento das regras jurídicas e sua aplicação na prática forense. É o que hoje denominamos doutrina. Era composta pelas obras dos jurisconsultos, homens experientes na prática do direito, quer enquanto davam consultas jurídicas, quer enquanto redigam atos e orientavam as partes nos processos. Eram eles que resolviam as lacunas existentes no direito romano.
 
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