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Estatuto da OAB até Art. 36

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Ordem dos Advogados do Brasil 
Marco Histórico
	11 de agosto de 1827 : Implantação dos primeros cursos jurídicos nas cidades de Olinda e São Paulo.
1843- Criação do Instituto da Ordem dos Advogados do Brasil
1930- Criação da Ordem dos Advogados do Brasil
1994 -Criação do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil
 e Codigo de Ética e Disciplina
OAB – Serviço público independente de personalidade jurídica impar
TÍTULO I
DA ADVOCACIA
CAPÍTULO I
DA ATIVIDADE DE ADVOCACIA
Art. 1º São atividades privativas de advocacia: 
I – a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais;
II – as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. 
§ 1º Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal. (exceção)
§ 2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados.* ADIN 1.194-4 
§ 3º É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade. 
O inciso I do artigo 1º e o § 1º do mesmo artigo trata das exceções previstas em Lei como atividade privativa da advocacia.
Trata-se do jus postulandi, isto é, o direito do cidadão em, excepcionalmente “advogar” desassistido ou desacompanhado de um profissional do Direito, o advogado ou Defensor Público.
 
A impetração de habeas corpus é possível sem a presença de advogado , por qualquer cidadão, como forma de garantia da liberdade e o exercício da plena cidadania.
Nos juizados especiais Federais e Estaduais
Quanto aos Juizados Especiais, de acordo com a Lei nº 9.099/95-(Lei dos juizados especiais), pode-se postular sem o advogado nas causas civis até o valor de 20 salários mínimos, em 1º grau. Uma Ação Direta de Inconstitucionalidade excluiu a exigência da obrigatoriedade da presença do advogado presente no Estatuto da OAB.
Nos juizados especiais Federais, a Lei 10.259/2001, permite que a parte possa se fazer representar pessoalmente, por advogado ou por terceiro, sujeitando-se ao limite previsto no Art. 3ª(valor da causa de 60 salários mínimos e excluindo desse entendimento, as causas criminais que deverão ser acompanhadas por advogado. (ADIn n. 3.168-6)
Com o advento da Lei n° 9099/95, o direito processual brasileiro ganhou um grande impulso na busca pela distribuição da Justiça no país. A parcela menos abastada da sociedade puderam ter um pleno acesso à justiça, para a resolução de suas lides, sem o temor de um procedimento processual demorado e que não atendia os princípios básicos da Constituição Federal de 1988.
Com a instituição da Lei n° 9099/95, os Juizados Especiais foram devidamente regrados e teve efetivamente a sua legislação aplicada, para que os princípios que a Constituição descreveu gerassem os seus reais efeitos. Um destes princípios apostos na Lei n° 9099/95 é o da informalidade, para que os atos processuais possam se realizar sem as devidas formalidades apontadas na legislação comum, tanto que tal lei descreveu em seu art. 9° que as partes não necessitam de comparecimento judicial acompanhado de advogado devidamente constituído..
Assim, a própria parte pode comparecer no juizado e promover a sua causa, sem a necessidade de ser acompanhada por advogado. Este tipo de ato jurídico vem causando uma série de discussões na doutrina. Ainda, este tipo de ato traz uma diminuição do campo de atuação do advogado, vez que o autor ou réu no procedimento do juizado especial pode comparecer sem acompanhamento.
NECESSIDADE DO ADVOGADO PARA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA:
A Lei 9099/95 inovou trazendo vários baluartes de modernidade e aplicação de justiça social, mas também quedou em certas heresias jurídicas, tais como a desnecessidade de advogado para a assistência das partes das causas de até vinte salários mínimos.
O Legislador, ao definir sobre a disponibilidade da assistência advocatícia, atuou contra legem, vez que não coadunou este regramento com a legislação sobre a advocacia.
O art. 133 da Constituição Federal assim descreve:
“Art. 133 – O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.”
Se a Constituição Federal assim descreveu sobre a necessidade do advogado, bem como o Art. 36 do Código de Processo Civil, o que é determinado no art. 9° e seus parágrafos da Lei n° 9099/95 é uma ilegalidade e um desrespeito ao profissional do direito. 
A discussão gira então em torno da presença do advogado nos juizados especiais civis, pois nos juizados especiais criminais o advogado é imprescindível, conforme decisão do STF.
O legislador quis, ao constar no art. 9° da Lei n° 9099/95, apontar a desnecessidade de advogado para as causas de valor até vinte salários-mínimos e o princípio da informalidade e celeridade processual fossem amplamente divulgados e aceitos, tendo a prestação jurisdicional uma maior rapidez para que as partes resolvessem rapidamente as suas demandas e aceitassem as decisões dos juízes monocráticos.
3º EXCEÇÃO: Quanto a presença do advogado nas reclamações trabalhistas
Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ART.791, permite que 
empregados e empregadores reclamem pessoalmente na Justiça do Trabalho e acompanhem as reclamações até o final. Nos dissídios individuais, os funcionários e patrões podem ser representados por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Nos dissídios coletivos, é facultada aos interessados a assistência por advogado.
 
4ª EXCEÇÃO: Lei de Alimentos
A Lei 5.478;1968, permite no seu art. 2ª, que o credor de alimentos, possa pessoalmente ou por intermédio de advogado, propor ação de alimentos.
A intenção da lei é facilitar ao credor a exigência do pagamento, considerando-se a natureza jurídica emergencial do “bem da vida” perseguido.
Observação 2 
Comentários ao Art. 1ª § 2º do Estatuto
“Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados”.
Essa regra também foi excepcionada pelo Estatuto das Micro e Pequenas Empresas. A exceção justifica-se pela previsão constitucional de tratamento jurídico privilegiado para tais empresas, ART. 170, IX, da CF e Lei Complementar 123/2006- Estatuto Nacional da Micro-Empresa.
Comentários ao Art. 1ª § 3º do Estatuto
“É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade”
Provimento n. 94/2000 – Regulamenta publicidade e propaganda da advocacia. 
O artigo 33 da Lei 8.906/94 – Estatuto da Advocacia e da OAB – dispõe que "o advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres consignados no Código de Ética e Disciplina". A advocacia, atividade indispensável à administração da Justiça como determina o artigo 133 da Constituição Federal, não pode sobreviver sem ética, a qual, no exercício profissional, também faz parte da garantia e da estabilidade institucional. 
É o CED(Código de Ética e Disciplina) – ao qual estão obrigados todos os advogados –, o instrumento que regula os deveres para com a publicidade na advocacia (arts. 28 a 34). O CED determina, às claras, que somente é permitido o chamado "anúncio institucional", individual ou coletivo. Ou seja, a publicidade meramente informativa, sem caráter mercantil. E razão assiste ao legislador, posto que o advogado exerce um "múnus público" (art. 2º do CED) e o exercício da advocacia é totalmente incompatível com qualquer procedimento de mercantilização. (art. 5º do CED).
Não se pode esquecer que todo o anúncio de serviços profissionais de advogado – e aí se inclui a placa identificativa do escritório – deve observar o caráter meramente informativo, com discriçãoe moderação, fazendo-se constar, obrigatoriamente, o nome do advogado e o número de sua inscrição na OAB. O que pretende o CED é a identificação da pessoa jurídica e/ou de seus membros pelos seus números de inscrição na OAB, visando dificultar o exercício ilegal da profissão.
É vedada a divulgação em conjunto com outra atividade, bem como a utilização de outdoor ou equivalente. O artigo 5º do Provimento 94/2000, que dispõe sobre a publicidade, a propaganda e a informação da advocacia, admite como veículo de informação publicitária da advocacia a utilização da placa identificativa do escritório (art. 5º, "c"), porém não admitindo a utilização de painéis de propaganda (art. 6º, "b").
O uso das expressões "escritório de advocacia" ou "sociedade de advogados" deve se fazer acompanhar do respectivo número de registro da sociedade perante a Ordem dos Advogados do Brasil, bem como do nome e número de inscrição de todos os advogados que a integrem (art. 29, § 5º).
Como prevê o artigo 31 do CED, "o anúncio não deve conter fotografias, ilustrações, cores, figuras, desenhos, logotipos, marcas ou símbolos incompatíveis com a sobriedade da advocacia, sendo proibido o uso de símbolos oficiais e dos que sejam utilizados pela Ordem dos Advogados do Brasil".
A Ordem dos Advogados do Brasil tem dentre suas finalidades promover a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil (art. 44, II do EAOAB), e por certo a ela cabe a constante vigilância para que os seus inscritos obedeçam às normas que regulam o exercício da profissão. Cabe-lhe, ainda, promover o aperfeiçoamento dos advogados brasileiros, bem como a valorização da advocacia perante a classe e perante a comunidade, em todos os sentidos: ético, técnico, profissional e institucional.
"A melhor propaganda que o advogado pode fazer está na realização do seu trabalho, contínuo e dedicado, na repercussão que suas demandas tem, não na mídia, mas, em primeiro lugar, no íntimo de seu próprio cliente, que se sentirá satisfeito e não titubeará em indicar o seu advogado para o seu amigo, parente ou voltar ele próprio a procurá-lo quando nova questão jurídica o atormentar. Essa é a única forma de propaganda capaz de valorizar o advogado." (Clito Fornaciari Júnior Advogado).
_________________________________________________________
Art. 2º O advogado é indispensável à administração da justiça.
§ 1º No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social. 
§ 2º No processo judicial, o advogado contribui, na postulação de decisão favorável ao seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem múnus público. 
§ 3º No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites desta Lei.
Comentários ao Art. 2ª e § º do Estatuto
O Artigo acima transcrito apresenta as características do exercício da advocacia:
São elementos característicos da advocacia:
1) A indispensabilidade : O art. 133 da CF dispõe que o advogado é indispensável à administração da justiça. Essa disposição traduz a necessidade de sua presença em qualquer processo judicial. Trata-se de princípio constitucional de direito público subjetivo previsto no art. 5º, XXXV que garante o devido processo legal, o direito ao contraditório e a ampla defesa.
Para a garantia do devido processo legal, de forma justa e adequada, é fundamental que o cidadão esteja representado por um profissional que conheça o direito e possa concretizar a pretensão do cliente, defendendo-o cuidadosamente.
2) O Ministério Privado: O cidadão que contrata os serviços de um advogado, faz isso utilizando-se das regras de direito privado, ou seja, regras obrigacionais e contratuais do Direito Civil ou nas hipóteses de relação de emprego, pela C.L.T(Consolidação das Leis Trabalhistas).
São excluídas dessas regras as carreiras advocatícias ligadas ao serviço público, como: Advocacia Geral da União, Procuradoria da Fazenda Nacional, Defensoria Pública, Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas entidades da administração indireta. Nesses casos seguem-se as regras do Direito público e subsidiariamente o Estatuto da OAB.
A advocacia pode ser: 
a) privada, quando exercida por profissional liberal mediante contratação de honorários com o cliente, ou ainda nos casos de advogado empregado na iniciativa privada; 
b) pública, quando exercida por profissionais detentores de cargos ou empregos públicos que visem à defesa do Estado ou suas entidades da Administração Indireta; 
c) assistencial, quando exercida por Defensor Público em prol de pessoa desprovida de recursos materiais suficientes para contratar advogado e pagar custas do processo. Verifica-se, assim, a ramificação tripartite da advocacia no Estado brasileiro. 
O advogado privado é aquele que exerce a advocacia como profissional liberal, que abre seu escritório e ali atende seus clientes ou que se insere numa sociedade de advogados. Tem ampla liberdade no seu trabalho, porém, como desempenha múnus público, deve também cumprir obrigações. Assim, tem liberdade quanto à fixação de seu horário de trabalho, mas deve comparecer às audiências e atos de advocacia que exijam sua presença; tem liberdade para fixar o valor de seus honorários, porém sujeita-se aos limites éticos pertinentes; tem liberdade para decidir com quem contratar, porém tem o dever ético de assumir defesas criminais desconsiderando a própria opinião a respeito do acusado; enfim, possui a liberdade de um profissional liberal, mas não se confunde com os demais profissionais liberais, porque tem missão constitucional.
Inclui-se também na categoria de advogado privado o advogado empregado por pessoas jurídicas da iniciativa privada, porém, com menores liberdades em razão dos deveres inerentes ao contrato de trabalho. 
3) Serviço Público e função social:
O trabalho do advogado serve ao público, ao cidadão, mesmo sendo orientado pelas regras do Direito Privado. Por ele servir ao público, ao cidadão, e dito que ele exerce função social. Quando se fala em serviço público, fala-se em sentido amplo, em comunidade, em garantia da cidadania e não em sentido estrito que se refere apenas à administração pública. 
Reforça-se aqui o que dispõe o artigo 2º do Código de Ética e Disciplina, que o advogado é indispensável à administração da justiça e defensor do estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da justiça e da paz social, subordinando a atividade de seu ministério privado à função pública que exerce.
O advogado exerce múnus público, de maneira que pautar-se pela colaboração com a correta distribuição de justiça é um dever, que só pode ser cumprido quando exerça (ou ao menos busque exercer) da melhor forma possível o encargo que lhe é atribuído de se referenciar pelos interesses maiores da sociedade. 
4) Defesa do Cliente: dispõe o art. 2º do Estatuto que: “no processo judicial, o advogado contribui, na postulação de decisão favorável ao seu constituinte, ao convencimento do julgador”.
5) Inviolabilidade: representa o bom desempenho do trabalho do advogado a serviço de cada cidadão. O art. 133 da CF, reiterado pelo art. 2º e parágrafo 3º do EAOAB, assegura a inviolabilidade no exercício da profissão por seus atos e manifestações, prevendo as conseqüências disciplinares para os excessos cometidos.
O artigo 7º, parágrafo 3º da EAOAB, dispõe que o advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria ou difamação punível, qualquer manifestação de sua parte, no exercício da profissão, em juízo ou fora dele, sujeitos, no entanto às punições pelo excesso que cometer.
			❇ LEMBRETE:
 A calúnia consiste em atribuir, falsamente, à alguém a responsabilidade pela prática de um fato determinado definido como crime . Assim , se “A” dizer que “B” roubou a moto de “C” , sendo tal imputaçãofalsa , constitui crime de calúnia 
A difamação, por sua vez, consiste em atribuir à alguém fato determinado ofensivo à sua reputação . Assim , se “A” diz que “B” foi trabalhar embriagado semana passada , constitui crime de difamação . 
A injúria, de outro lado, consiste em atribuir à alguém qualidade negativa, que ofenda sua dignidade ou decoro. Assim se “A” chama “B” de ladrão, imbecil etc. , constitui crime de injúria
Quanto a inviolabilidade do escritório de advocacia:
“Com a Lei n. 11.767/08, os magistrados estarão impedidos de autorizar violações em escritórios de advocacia quando o investigado não seja o próprio advogado, e quando for, a busca e apreensão não poderá desvendar informações de seus clientes, sob pena de se considerar ilícita tal prova. Conseqüência disso: os clientes dos advogados terão garantia de que seu direito à liberdade de defesa poderá ser exercido, assim como o próprio advogado terá assegurado o seu sigilo profissional e também o seu direito à propriedade, que só será violada em situações em que ele (advogado) e não seus clientes tenham dado causa.
Portanto, ao pretenderem buscar informações de pessoas que não os advogados, os magistrados não possuem mais o poder de determinar buscas e apreensão em escritórios que defendam os interesses dessas pessoas, pois, nesse ponto, vige uma inviolabilidade absoluta desses estabelecimentos.
Com a nova Lei, penso que as pessoas poderão contratar seus advogados pela capacidade, sem sopesar os riscos de uma devassa em seu estabelecimento por defender pessoas investigadas pelo Estado, assim como os advogados poderão aceitar causas de pessoas visadas, já que terão a certeza de que seus estabelecimentos não serão alvos de violação em busca de informações desses clientes.
Enfim, com a sanção do projeto o Estado brasileiro dá mais um passo à democracia e faz valer os postulados constitucionais de que a todos é assegurada a ampla defesa, com os meios ela inerentes (liberdade de defesa), bem como de que o advogado é indispensável à administração da justiça.”
LOPES, Jefferson Renosto. A "nova" inviolabilidade dos escritórios de advocacia. Jus Navigandi, Teresina, ano 13, n. 1881, 25 ago. 2008. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/11641>. Acesso em: 23 fev. 2011. 
Lei n. 11.767/0
Art. 1º. O art. 7º da Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994, passa a vigorar com a seguinte redação: 
Art.7º........................................................................ 
II - a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia; 
§ 6º Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes. 
§ 7º A ressalva constante do § 6º deste artigo não se estende a clientes do advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou co-autores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade. 
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 7 de agosto de 2008; 187º da Independência e 120º da República. 
JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA
Tarso Genro 
José Antonio Dias Toffoli 
PORTARIA Nº 1.288, DE 30 DE JUNHO DE 2005
Estabelece instruções sobre a execução de diligências da Polícia Federal para cumprimento de mandados judiciais de busca e apreensão em escritórios de advocacia.
_________________________________________________________________________
Art. 3º- O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil – OAB.
§ 1º Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime desta Lei, além do regime próprio a que se subordinem, os integrantes da Advocacia- Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional.
§ 2º O estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no art.1º, na forma do Regulamento Geral, em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste. 
Comentários ao Art. 3ª e § do Estatuto
O que se entende pelo art. 3º, é que somente ao advogado devidamente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, é permitido o exercício da atividade.
Quanto ao parágrafo 1º , trata da atividade de advocacia exercidas pelos integrantes de órgãos ligados ao poder público, os quais se submetem ao Estatuto da OAB, mas que se sujeitam também à legislação própria do órgão a que estão vinculados.
O advogado público é quem representa os interesses e direitos das pessoas políticas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e suas entidades da Administração Indireta (autarquias, agências e fundações públicas). Assim, são advogados públicos os Advogados da União, os Procuradores Federais, os Procuradores do Banco Central do Brasil, os Procuradores da Fazenda Nacional, os Procuradores dos Estados, do Distrito Federal e Municípios, os procuradores autárquicos estaduais e municipais. 
São também advogados públicos os que, desde que tenham vínculo de emprego, decorrente de aprovação em concurso público, e sejam regidos pela legislação trabalhista - CLT e legislação trabalhista esparsa-, pertençam aos quadros de sociedades de economia mista e empresas públicas da Administração Indireta da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Exemplificativamente, nesta hipótese, estão os advogados da Caixa Econômica Federal. O motivo é que, embora as sociedades de economia mista e as empresas públicas sejam pessoas jurídicas de direito privado, também são entidades da Administração Indireta das pessoas políticas a que se vinculam, tendo o Estatuto da Advocacia se utilizado desse critério para definição da advocacia pública. Porém, advogados contratados para tarefas profissionais específicas (emissão de parecer jurídico, defesa em causa judicial relevante, dentre outras possibilidades), sem concurso público, não perdem sua condição de advogado privado.
O defensor público, por sua vez, tem a missão de defender interesses e direitos de pessoas que não podem pagar os honorários de um advogado (profissional liberal), prestando serviço advocatício assistencial. 
_________________________________________________________________
Art. 4º São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas. 
Parágrafo único. São também nulos os atos praticados por advogado impedido – no âmbito do impedimento – suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia. 
COMENTÁRIOS AO ART. 4º 
4. Atos praticados por não advogados:
O atos praticados por pessoa não inscrita na OAB, são nulos de pleno direito, sem prejuízo das sanções penais e administrativas, exceto os casos acima apontados. (Juizados Especiais, Habeas Corpus e reclamação trabalhistas, Contratos de micro e pequenas empresas).
O artigo 47 da Lei de Contravenções Penais prevê como ilícito:
“exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que exerce, sem preencher as condições a que por lei está subordinado seu exercício”, aplicando-lhe a pena de prisão de 15 dias a 3 meses ou multa. A intenção do agente pode caracterizar o crime dos artigos 297,299, 307 do Código Penal, como ocorre no caso de falsificação da Carteira da Ordem. Falsidade ideológica ou falsa identidade.
4.1 - Advogados irregulares:
São nulos os atos praticados por advogados em condições irregulares, em quatro situações:
Corroborando o mesmo pensamento legal, nota- se que o art. 36 do CPC estabelece que "a parte será representada em juízo por advogado legalmente habilitado".
Sobre o tema, a jurisprudência já demonstrou que em juízo, a parte necessita de representação por advogado devidamente habilitado, senão vejamos:
“ADVOGADO COM INSCRIÇÃO PROFISSIONAL CANCELADA – FALTA DE CAPACIDADE POSTULATÓRIA (ART. 36, CPC) – VÍCIO INSANÁVEL – PROCESSO ANULADO AD INITIO.
4.3 .Quanto aos atos praticados por estagiário:
O estagiário devidamente inscrito na OAB, no quadro de estagiários, pode exercer certos atos privativos da advocacia, em conjunto com advogado devidamente habilitado, sob a responsabilidade deste. Outros atos podem ser praticados isoladamente (art. 29 do REGA): retirar e devolver processos e assinar a respectiva carga; obter junto aos cartórios, certidões de peças dos autos de processos findos ou em curso; assinar petições de juntada de documentos em processos judiciais ou administrativos.
DO MANDATO PARA POSTULAÇÃO:
Art. 5º O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato. 
§ 1º O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de quinze dias, prorrogável por igual período. 
§ 2º A procuração para o foro em geral habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, em qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais.
 § 3º O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo. 
COMENTÁRIOS AO ART. 5ª do Estatuto:
MANDATO - PROCURAÇÃO 
O advogado deverá postular em juízo ou fora dele munido de mandato/procuração. Porém, na urgência poderá atuar sem, devendo apresentá-lo em 15 dias, prorrogável por um período igual. A procuração para o foro geral o habilita à prática de todos os atos judiciais, salvo os que exijam poderes especiais. Caso renuncie ao mandato, deverá notificar o cliente, ficando responsável por mais dez dias, salvo se for substituído antes do término desse prazo.
Caso ao longo do processo, descobre-se que a procuração não foi juntada aos autos, o juiz ou relator(se o processo estiver em 2º grau), deve aplicar a regra inscrita no art. 13 do CC, suspendendo o processo e marcar prazo razoável para sanar o defeito.
O prazo do art. 5º do EAOB, parágrafo 1º, está contido também no art 37 do CPC.
Ressalta-se ainda que a ausência de procuração, quando o processo estiver em instância especial(aberta para interposição de recurso), impede o conhecimento do recuso. É a decisão do STJ no Enunciado 115,
DOS PODERES CONFERIDOS PELA PROCURAÇÃO:
Para a prática da postulação judicial, o advogado precisa dos poderes das cláusulas “ad judicia”, que habilita o advogado para atos como aforar petição inicial, contestar, requerer provas, produzí-las, agravar, apresentar memorial ou razões finais, interpor embargos de devedor, apelar, sustentar oralmente, oferece recurso especial ou extraordinário.
Outros atos necessitam dos poderes especiais, tais como: (art. 38 do CPC):
 
Receber citações, reconhecer a procedência do pedido, renunciar, transigir, desistir e firmar compromisso.
DO SUBSTABELECIMENTO DA PROCURAÇÃO
O advogado pode substabelecer o mandato, ou seja, transferir para outro advogado os poderes que lhe foram conferidos pelo cliente. O substabelecimento pode ser feito de duas formas:
a) com reserva de poderes: De acordo com o art. 24 do Código de Ética e Disciplina o substabelecimento com reserva de poderes é ato pessoal do advogado da causa. Os poderes conferidos ao advogado, são estendidos ao advogado substabelecido, mas o advogado que substabeleceu ainda os conserva.
 b) sem reserva de poderes:
O advogado da causa substabelece os poderes à outro advogado, sem os conservar. O novo advogado substitui o anterior(substabelecente), assumindo seu lugar na condução da demanda. Nesse caso, é imprescindível que o cliente seja comunicado, como forma de cumprimento do Código de Ética e Disciplina.
O mandato para representação judicial ou extrajudicial não se extingue com o decurso do tempo, se mantida a confiança recíproca entre o cliente e o advogado.
Inexistente a confiança, o advogado pode renunciar o mandato o outorgado, de acordo com o previsto no art. 5º, parágrafo 3º do EAOAB o art. 45 do CPC,
A renúncia do mandato exige que o advogado comunique (notificação mediante aviso de recepção)) seu cliente e posteriormente o juízo, continuando por mais 10 dias no processo, salvo se for substituído antes do término deste prazo.
Em se tratando de sociedade de advogados o mandato judicial ou extrajudicial deve ser outorgado individualmente aos advogados que integrem a sociedade
________________________________________________________
CAPÍTULO II 
DOS DIREITOS DO ADVOGADO 
Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos. 
Parágrafo único. As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da justiça devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho. 
COMENTÁRIOS SOBRE O CAPUT DO ARTIGO 6 
Para que o advogado possa cumprir efetivamente o seu papel, definido como serviço público de reconhecida função social, lhe são outorgadas algumas prerrogativas necessárias para o seu desempenho.
Compete ao Presidente do Conselho Federal, do Conselho Seccional ou da Subseção, ao tomar conhecimento de fato que possa causar, ou que já casou, violação de direitos ou prerrogativas da profissão, adotar providências judiciais ou extrajudiciais para restaurar os mandamentos do Estatuto em sua plenitude, inclusive mediante representação administrativa.
O Provimento 48/81 do Conselho Federal da OAB prevê que, na hipótese de o fato imputado a filiado ocorrer no exercício da atividade, a ordem integrará a defesa.
- Igualdade com o Juiz e o Promotor:
De acordo com o art. 6ª, não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados, membros do Ministério Público. São funções distintas, prestadas por profissionais que desempenham, cada qual, um papel no processo, devendo todos tratarem-se com consideração e respeito.
Art. 7º São direitos do advogado: 
I – exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional; 
COmentário ao art. 7ª do Estatuto:
A Liberdade prevista neste artigo é ampla, incluindo a liberdade de locomover-se, de atuar juridicamente, de argumentar, argüir, assumir posições jurídicas. Trata-se de um poder-dever, atuando com independência profissional, mesmo que vinculado ao cliente ou constituinte ou numa relação de emprego ou por contrato de prestação de serviços, ainda que integrante de departamento jurídico publico ou privado.
Garante-se ainda ao advogado, dentro da prerrogativa de liberdade profissional, o direito de recusar o patrocínio de pretensão concernente à lei ou direito que também lhe seja aplicável, ou contrarie expressa orientação sua, manifestada anteriormente. Trata-se da defesa da liberdade de consciência de forma a não ser submetido a atuação que contrarie seus princípios.
II – ter respeitada, em nome da liberdade de defesa e do sigilo profissional, a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, de seus arquivos e dados, de sua correspondência e de suas comunicações, inclusive telefônicas ou afins, salvo caso de busca ou apreensão determinada por magistrado e acompanhada derepresentante da OAB;
 ADIn nº 1.127-8. A eficácia da expressão destacada foi suspensa pelo STF, em medida liminar.
COMENTÁRIOS:
Essa inviolabilidade fundamenta-se no art. 133 da CF, em conjunto com as garantias fundamentais encontrada no art. 5º VII e XI da mesma Carta e visa a garantia do sigilo profissional. 
Desrespeitar o ambiente profissional, arquivos e dados do advogado, ou violar sua correspondência e outras comunicações, é atentar contra o Estado Democrático de Direito, atacando os fundamentos da cidadania e da dignidade da pessoa. 
Por outro lado, o cidadão ao contratar os serviços de um advogado, precisa ter certeza de que estão seguras as informações, documentos, bens e outros, quando transferidas ao profissional para a defesa de seus direitos.
O local de trabalho do advogado é inviolável e alcança sua residência, se ali trabalha, ou a mesa que lhe é reservada na empresa.
Assim, a realização de diligência numa empresa teria como ato ilegal a apreensão de qualquer bem ou documento, excetuada as hipóteses em que houver mandado judicial, advindo de decisão judicial devidamente fundamentada. 
Não só o ambiente físico ocupado pela atuação do advogado, mas seus arquivos, incluindo computadores, web, etc, se violados por ato ilícito, não poderão ser utilizados como prova em inquéritos, processos administrativos ou judiciais, por força do art. 5ºLXV da CF.
Inclui-se no rol das inviolabilidades, as correspondências, anotações, bilhetes, ligações telefônicas.
 
Conforme decisão do STF, através da ADIn 1127-8, excluiu-se a exigência da presença de um representante da OAB nas casos de busca e apreensão determinada pelas vias judicial.
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III – comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis; 
IV – ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;
COMENTÁRIOS:
ADIN 1.127-8 O STF decidiu que a norma que afirma a necessidade da presença de representante da OAB se dá quando o advogado for preso em flagrante no exercício da profissão. Em outros casos, necessário somente a comunicação à Ordem dos Advogados do Brasil, no Conselho Seccional do território onde o advogado tiver sua inscrição
O art. 16 do Regulamento da Advocacia garante que mesmo existindo defensor ao advogado, contará ele com a assistência de representante da OAB nos inquéritos policiais ou nas ações penais em que figurar como indiciado, acusado ou ofendido, sempre que o fato imputado decorrer do exercício da profissão ou a ela estar vinculada.
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V – não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado-Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar.
 
COMENTÁRIOS:
Novamente o STF, decidiu pela suspensão da exigência de reconhecimento pela OAB da prisão em sala de Estado- Maior, prevalecendo o entendimento que o advogado deve ser separado dos presos comuns em salas especiais, por motivo de segurança em razão de seu trabalho, evitando-se assim a possibilidade de vingança.
Há que se ressaltar ainda que o advogado só poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, como explica o art. 7º, parágrafo 3º EAOAB.
CRIMES INAFIANÇÁVEIS Serão considerados crimes inafiançáveis, segundo o artigo 323 do Código de Processo Penal, aqueles cuja pena mínima é de dois anos de reclusão, os enquadramentos nos artigos 59 (vadiagem) e 60 (mendicância) da Lei das Contravenções Penais, aqueles dolosos em que o autor já tenha sido condenado anteriormente por crime doloso e os casos que provoquem clamor público ou envolvam violência contra a pessoa ou grave ameaça. Também não gozarão do benefício da fiança os que já houverem quebrado fiança anterior, os que estiverem em situação de livramento condicional ou de suspensão condicional da pena e os casos em que as circunstâncias autorizem a decretação de prisão preventiva. Se considerarmos apenas os casos em que a pena mínima é de dois anos de reclusão ou mais, são exemplos de crimes inafiançáveis além dos óbvios homicídio (doloso), estupro, extorsão e roubo o tráfico de drogas, a lavagem de dinheiro, o porte ilegal de armas (quando as armas tiverem sua numeração raspada), o tráfico de crianças, a tortura, a sedução, a falsificação de moeda e o favorecimento da prostituição.
São inafiançáveis, segundo a Constituição Federal de 1988, os crimes de "tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem (Art. 5º, inciso XLIII). 
Ainda segundo a Carta Magna de 1988, são inafiançáveis "a prática do racismo" (Artigo 5.º, inciso XLII), e "a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático" (Artigo 5.º, inciso XLIV). 
VI – ingressar livremente: 
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados; 
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares; 
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado; 
d) em qualquer assembléia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deve comparecer, desde que munido de poderes especiais; 
VII – permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licença; 
COMENTÁRIOS:
Constitui prerrogativa do advogado ingressar livremente nas salas das sessões, mesmo além dos cancelos, com exceção das audiências relativas a processo que corre sobre a proteção processual do segredo de justiça ou qualquer outra forma legal de sigilo profissional. Neste casos não há que se falar em liberdade profissional de qualquer advogado, mas apenas daqueles que, com procuração nos autos, estejam autorizados pelas partes a tomar nos atos processuais de defasa de seus direitos e interesses.
A regra se estende às secretarias, cartórios, ofícios de justiça, assim como os serviços notariais e de registros. O ingresso não pode ser impedido sobre o pretexto de que o titular da repartição não se encontra presente, ou que se está fora do horário estabelecido para o expediente. Basta a presença de um funcionário para que o advogado possa exigir seu ingresso.
A regra alcança também, as delegacias e prisões(mesmo fora do horário de expediente e independente da presença de seus titulares).
O advogado pode exigir ambiente adequado para comunicar-se pessoal e reservadamente com seu cliente, independente de autorização judicial e do instrumento de procuração, na forma do art. 7º, III.
Tem o advogado também o direito de ingressar em qualquer assembléia ou reunião de que participe ou possa participar seu cliente, desde que munidos dos poderes especial, expressamente conferidos na procuração.
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VIII – dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho,independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada; 
COMENTÁRIOS:
O advogado pode tratar diretamente com o juiz (despachar) nas salas e gabinetes de trabalho, para expor particularidades do caso, apresentar requisições verbais, sanar dúvidas, etc., sendo o magistrado é obrigado a recebê-lo.
Não se faz necessário prévio agendamento da entrevista, respeitando-se a ordem de chegada, se houver mais de um advogado interessado em entrevistar-se com o magistrado. Nenhum outro critério poderá ser estabelecido em prejuízo dessa ordem. Nenhuma diferenciação de tratamento é considerada lícita pelo legislador.
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IX – sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido.
COMENTÁRIOS:
O Estatuto garantia ao advogado, o direito de sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo pelo prazo de 15 minutos. Todavia, o STF suspendeu tal dispositivo ao acolher a ADIn nº 1.105-7.
Desta forma, prevalece as regras processuais e regimentais para definir, em cada caso, se a sustentação oral é ou não possível e, sendo-a, por qual tempo poderá manifestar-se o advogado.
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X – usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas; 
COMENTÁRIOS:
Pela ordem significa a interrupção da ordem dos trabalhos para assinalar qualquer questão que lhe seja prejudicial. O advogado, está, portanto, autorizado a interromper os trabalhos, em qualquer juízo ou tribunal, inclusive nos superiores, bastando para tanto, pedir a palavra pela ordem.
A interrupção dos trabalhos pela ordem apresenta as seguintes hipóteses precisas:
 1 – esclarecer equívoco sobre os fatos, documentos ou afirmações que possam influenciar no julgamento; 
2- esclarecer dúvida havida em relação aos fatos, documentos ou afirmações que possam influenciar no julgamento; 
3 – replicar acusações ou censuras que lhe tenham sido feitas; e
 4 – reclamar contra inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento.
 É preciso realçar que intervenção deve ser sumária, ou seja, breve, apenas para o registro ou o requerimento que julgar necessário.
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XI – reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento; 
COMENTÁRIOS:
Se o profissional durante a realização dos trabalhos, percebe a inobservância de norma, poderá interromper os trabalhos pela ordem, fazendo intervenção sumária, por meio do qual irá registrar o desrespeito e requer a providência necessária, como a anulação, suspensão do ato, realização de diligência, etc.
Destaca-se que não é necessário se tratar apenas de procedimentos judiciários. Em qualquer circunstâncias e perante qualquer autoridade, poderá o advogado reclamar oralmente, ou por escrito, se verifica que a lei ou regulamento não foi devidamente respeitada.
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XII – falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo; 
XIII – examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos; 
COMENTÁRIOS:
Nos processos administrativos e judiciais, o advogado tem o direito de examinar, mesmo os arquivados, tanto no poder judiciário, legislativo ou na administração pública em geral, mesmo sem procuração, desde que não estejam sujeitos a sigilo ou segredo de justiça.(direito de família ou da criança e do adolescente)
Exame dos autos é apenas a verificação do que se passa no processo, com base na leitura do que se encontra registrado nos respectivos autos. 
Não se confunde exame e vistas.
Vistas é a abertura de oportunidade para que a parte fale nos autos, que atue.
O exame é ato mais singelo, não comporta qualquer registro de sua realização nos autos.
Não é preciso atuar no processo para exercer o direito de exame, pois o direito de exame não é atributo de representação, mas da condição de advogado.
XIV – examinar em qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos; 
COMENTÁRIOS:
A regra acima estende-se também aos inquéritos policiais. Mesmo não se tratando de procedimento maçado pelo contradiório, mas apenas para apurar os fatos para encaminhar ao Ministério Público e instaurar a ação penal, o advogado, mesmo sem procuração tem o direito de exame.
XV – ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais; 
COMENTÁRIOS:
A vista, como foi explicado há pouco, constitui a abertura de uma oportunidade para que a parte se manifeste no processo, tomando conhecimento, pedido, impugnando, etc. Trata-se, portanto de prerrogativa do representante da parte e não de qualquer advogado; apenas os representantes têm direito à vistas dos autos.
A vista pode ser requerida pelo prazo de 5(cinco) dias.(retirada)
Se o advogado deixa de devolver os autos no prazo determinado, fazendo-o apenas quando é intimado para tanto, a autoridade judicial poderá condená-lo a não mais retirá-lo, passando a exercitar a vista apenas em cartório, secretaria ou repartição.
O prazo de devolução após a intimação será de 24 horas(art. 196 do CPC) e se assim não ocorrer, aplicar-se-á a punição de perda de vista(a ser tomada em decisão fundamentada), podendo ser aplicada também multa correspondente a meio salário mínimo, caracterizando infração disciplinar.
XVI – retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias;
COMENTÁRIOS:
O advogado, tem o direito, mesmo sem procuração, de retirar processos findos, com exceção daqueles que tramitarem em segredo de justiça ou qualquer outra forma de sigilo. Também não será dado o direito de retirada quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração, assim como quando ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório. Nesta hipótese, exige-se da autoridade responsável(judicial ou não) despacho motivado que reconheça e justifique a impossibilidade de retirada. O não cumprimento do prazo (10 dias), não poderá mais exercer o direito de retirada em relação a esse processo.
XVII – ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela; 
COMENTÁRIOS:
Quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela, o advogado faz jus a ser publicamente desagravado pela OAB, que por meio deste ato, estará defendendo não apenas o advogado, mas a própria atividade.
O desagravo deve ser promovido pelo Conselho Seccional competente, sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator. O Processo de desagravo poderá ser instaurado de ofício, a pedido do ofendido ou de qualquer pessoa. O desagravo público como instrumento de defesa não dependem da concordância do ofendido, devendo ser promovido pelo Conselho.
O pedido do desagravo, narrando o fato e suas circunstâncias será distribuído a um relator do Conselho Seccional. Se ficar demonstrado tratar-se de ofensa pessoal ou configurarcrítica de caráter doutrinário ou religioso, o pedido será arquivado. Por outro lado, o convencimento do relator quanto a ofensa relacionada ao exercício da profissão ou cargo da OAB, proporá ao presidente que solicite informações da pessoa ou autoridade ofensora, no prazo de 15 dias. 
 
XVIII – usar os símbolos privativos da profissão de advogado; 
COMENTÁRIOS:
Os símbolos são o Brasão da Ordem, as vestes talares de advogado(a beca ou capa preta com cinco e/ou cordão na cor vermelha), logomarcas que sejam criadas para a advocacia.
As vestes talares do advogado são de uso facultativo nos pretórios(tribunais) ou nas sessões da ordem.
Não se permite a utilização do Brasão da Ordem em papel timbrado ou cartões de advogados ou escritórios, pois caracteriza a apropriação do símbolo em benefícios próprio.
XIX – recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional; 
COMENTÁRIOS:
Para proteger o sigilo profissional, garante-se ao advogado o direito de recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte.
Esta regra garante ao cidadão ter protegido o segredo confiado ao seu advogado que poderia vir a ser usada contra si.
A exigência de prestar depoimento de fato que lhe foi confiado, geraria um cenário de desconfiança e temor de todos que necessitassem dos serviços da advocacia, abalando o regime democrático de direito e instaurando um regime de exceção, marcado pelo medo, pela dúvida e pela suspeita, fazendo letra morta o art. 5, III da Constituição.
Da mesma forma, garantindo-se a preservação da confiança que deve imperar nas relações entre advogados e cidadãos, é direito, mais como dever do advogado recusar-se a depor sobre fato relacionado com a pessoa de quem seja ou foi advogado
Também pode o advogado, recusar-se a depor sobre fato que tenha conhecimento em razão da função e de sua atuação. Neste sentido, o advogado que é consultado pelo cliente ou por colega, mas não assume a causa.
Esta regra não se estende ao advogado que é chamado a depor sobre fato que não diga respeito à sua atuação profissional, não guardando relação com a mesma, nem quando é chamado para depor como parte, ainda que advogado em causa própria. Neste caso, não há bem ético ou sigilo a proteger.
XX – retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo.
 
§ 1º Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI:( ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais; ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais; retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias)
 
1) aos processos sob regime de segredo de justiça; 
2) quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a requerimento da parte interessada; 
3) até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado. 
§ 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer.
ADIN 1.127-8
 § 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste artigo.
 § 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os advogados, com uso e controle assegurados à OAB. 
ADIN 1.127-8
§ 5º No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de cargo ou função de órgão da OAB, o conselho competente deve promover o desagravo público do ofendido, sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator. 
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CAPÍTULO III 
DA INSCRIÇÃO
Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário: 
I – capacidade civil; 
II – diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada; 
III – título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; 
IV – aprovação em Exame de Ordem; 
V – não exercer atividade incompatível com a advocacia; 
VI – idoneidade moral; 
VII – prestar compromisso perante o Conselho. 
§ 1º - O Exame de Ordem é regulamentado em provimento do Conselho Federal da OAB.
 § 2º - O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve fazer prova do título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente revalidado, além de atender aos demais requisitos previstos neste artigo.
§ 3º- A inidoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa, deve ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar. 
§ 4º- Não atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido condenado por crime infamante, salvo reabilitação judicial. 
COMENTÁRIOS:
A inscrição é um ato formal, corresponde-lhe assentamentos onde ficam registrados os principais eventos da vida do profissional, sendo que o Regulamento Geral da Advocacia faculta-lhe requerer o registro dos fatos comprovados de sua atividade profissional ou cultural, ou a ela relacionados e de serviços prestados à classe, à OAB e ao país.
O art.24 do REGA atribui aos Conselhos Seccionais, atualizar até o dia 31 de dezembro de cada ano, o cadastro dos advogados inscritos, que será remetido ao Conselho Federal até o dia 31 de março.
Após o preenchimento os requisitos, devidamente organizados e aferidos pela subsecção do local do inscrito, serão todos analisados e aprovados pelo Conselho Estadual. No conselho, o presidente designa um relator para acompanhar e instruir os processos de inscrições, podendo ouvir depoimentos, requisitar depoimentos, determinar diligências e propor o arquivamento. Concluída a instrução do pedido de inscrição, o relator submete parecer prévio ao conselho da subsecção.
a) capacidade civil: 
 A capacidade civil plena é efeito necessário da colação de grau em curso superior. Todavia, não se pode esquecer da possibilidade da existência de o graduado manifestar algum dos estados listados nos arts. 3 e 4 do Código Civil (da incapacidade absoluta e incapacidade relativa)
b) Diploma ou certidão de graduação em direito.
O requerente à inscrição, na falta do diploma regularmente registrado, poderá apresentar certidão de graduação em direito, acompanhada de cópia autenticada do respectivo histórico escolar emitido pela instituição devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação.
O estrangeiro ou brasileiro não graduado em direito no Brasil, deve fazer prova do título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente revalidada pelo Ministérioda Educação, além dos demais requisitos.
A idoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa, deve ser declarada mediante decisão que obtenha 2/3 dos votos de todos os membros do Conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar. Não atende ao requisito idoneidade moral aquele que tiver sido condenado por crime infamante, salvo reabilitação judicial.
A reabilitação poderá ser requerida, decorridos dois anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o período de prova de suspensão e do livramento condicional, se não sobrevier revogação, desde que o condenado: 
 tenha tido domicilio no país no prazo referido;
tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva de bom comportamento público e privado; 
 tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre absoluta impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a renúncia da vítima ou novação da dívida.
Código Penal:
“Art. 94 - A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o período de prova da suspensão e o do livramento condicional, se não sobrevier revogação, desde que o condenado: (Alterado pela L-007.209-1984)
I - tenha tido domicílio no País no prazo acima referido;
II - tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom comportamento público e privado;
III - tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a renúncia da vítima ou novação da dívida”.
COMPROMISSO:
O ingresso na OAB, faz-se em sessão do Conselho Seccional, à qual deve comparecer o postulante que já tenha preenchido os demais requisitos. É o momento solene da inscrição. 
Diz o art. 20,1, do REGA que o compromisso é algo indelegável, por natureza solene e personalíssima, não comportando representação.
 
A inscrição PRINCIPAL de advogado deve ser feita no Conselho Seccional, em cujo território pretende estabelecer o seu domicilio profissional, na forma do Regulamento Geral. 
Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade da advocacia, prevalecendo, na dúvida da pessoa física do advogado.
Art. 9º Para inscrição como estagiário é necessário:
I – preencher os requisitos mencionados nos incisos I, III, V, VI e VII 
do art. 8º; 
II – ter sido admitido em estágio profissional de advocacia. 
§ 1º O estágio profissional de advocacia, com duração de dois anos, realizado nos últimos anos do curso jurídico, pode ser mantido pelas respectivas instituições de ensino superior, pelos Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo obrigatório o estudo deste Estatuto e do Código de Ética e Disciplina. 
§ 2º A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize seu curso jurídico. 
§ 3º O aluno de curso jurídico que exerça atividade incompatível com a advocacia pode freqüentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem, vedada a inscrição na OAB. 
§ 4º O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito que queira se inscrever na Ordem. 
COMENTÁRIOS:
INSCRIÇÃO DO ESTAGIÁRIO
Para inscrever-se como estagiário deverá ser capaz civilmente, possuir título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; não exercer atividade incompatível com a advocacia; ter idoneidade moral, prestar compromisso perante o Conselho; ter sido admitido em estágio profissional de advocacia.
Carece explicar que, ser capaz civilmente, significa ser maior de 18 anos, segundo o Código Civil.
Ainda que o estudante de Direito preencha os demais requisitos para a inscrição no quadro de estagiários, caso não tenha 16 anos, titularizando capacidade civil relativa, não poderá inscrever-se no quadro de estagiários. (Considerando a hipótese de emancipação do menor de 18 anos e maior que 16 pela colação de grau em curso de ensino superior.
- O aluno deve comprovar estar matriculado nos dois últimos anos do curso de direito, ou seja, no mínimo o quarto ano ou sétimo semestre.
ESTÁGIO PROFISSIONAL 
O estágio profissional de advocacia tem duração de dois anos e normalmente são realizados nos últimos anos do curso, pode ser mantido pelas respectivas universidades, pelos Conselhos da OAB ou por setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo obrigatório o estudo deste Estatuto e Código de Ética e Disciplina.
A inscrição é feita no Conselho Seccional em cujo território se realize o curso jurídico. 
De acordo com o art. 27 do REGA, o estágio profissional de advocacia, inclusive para graduados, é requisito necessário à inscrição no quadro de estagiários da OAB e o meio adequado de aprendizagem prática podendo ser oferecida pela instituição de ensino superior autorizada e credenciada, em convênio com a OAB, completando-se a carga horária do estágio curricular supervisionado com atividades práticas típicas do advogado e de estudo do Estatuto da OAB e do Código de Ética e Disciplina, observado o conjunto de 300 horas, distribuído em dois ou mais anos.
A inscrição do estagiário é feita sempre no Conselho Seccional em cujo território se localize seu curso jurídico, não importando seu domicílio ou a sede do escritório em que eventualmente esteja estagiando 
Art. 10. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do Regulamento Geral.
 § 1º Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade de advocacia, prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado. 
§ 2º Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profissão, considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano.
 § 3º No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade federativa, deve o advogado requerer a transferência de sua inscrição para o Conselho Seccional correspondente.
§ 4º O Conselho Seccional deve suspender o pedido de transferência ou inscrição suplementar, ao verificar a existência de vício ou ilegalidade na inscrição principal, contra ela representando ao Conselho Federal. 
INSCRIÇÃO SUPLEMENTAR
A inscrição feita em determinada seção da OAB, autoriza o advogado a exercer seus atos por todo país. Esse exercício será regular se for eventual.
Assim, além da inscrição principal, deverá promover inscrição SUPLEMENTAR nos Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profissão, ou seja, quando exceder a 5 causas por ano naquele local. Art, 10, 2 da OAB. 
O Advogado além da inscrição principal terá inscrições suplementares em todos os Conselhos Seccionais, em cujo território possa exercer habitualmente a profissão, considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder cinco causas por ano.. A inscrição suplementar também se faz necessária quando os sócios de uma sociedade também registrar, em outra seção, (em outro Estado), uma filial.
 
No caso de mudança definitiva para outro Estado, deverá requerer a transferência da inscrição para o Conselho Seccional correspondente. Este Conselho poderá suspender o pedido de transferência ou de inscrição suplementar quando verificar vício ou ilegalidade na inscrição principal, contra ela representando o Conselho Federal.
O art. 70 deste Estatuto estabelece que o poder de punir disciplinarmente os inscritos da Ordem, compete exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a faltatenha sido cometida perante o Conselho Federal.
Na forma do art. 134, 4, do REGA, nas eleições para os Conselhos da OAB, cujo voto é obrigatório, o advogado com inscrição suplementar pode exercer opção de voto, comunicando ao Conselho onde tenha inscrição principal. 
O art. 131, 2º do REGA, diz que o advogado com inscrição suplementar pode integrar chapa que concorra à eleição da diretoria do Conselho Seccional.
DA TRANSFERÊNCIA DA INSCRIÇÃO:
No caso de mudança efetiva de domicilio profissional para outra unidade federativa, deve o advogado requerer a transferência de sua inscrição para o respectivo Conselho Seccional, devendo requerer a transferência na Seção em que se acha inscrito.
Para a transferência da inscrição, deve-se formular requerimento, com qualificação profissional completa, indicando a Seção para onde pretende transferir-se. A seção em que está inscrito verificará se o requerente tem algum débito com a tesouraria, caso em que o pedido ficará suspenso enquanto a situação não for regularizada.
O advogado em situação regular terá seu requerimento atendido e anotado a sua transferência na ficha cadastral.
O advogado dirigirá, então seu requerimento de inscrição com todos os dados pessoais e profissionais, juntando a certidão ou cópia autenticada de sua inscrição na Seção de origem. Cabe à Seção para a qual será transferido, verificar sobre incompatibilidades e impedimentos para o exercício da profissão, com vistas o que prevê o Estatuto.
O deferimento do pedido transferência, será lavrado um acórdão, cujo teor será 
Se for verificada a existência de vício ou ilegalidade na inscrição principal, deverá suspender o pedido de transferência ou inscrição suplementar contra ela representada ao Conselho Federal. O Conselho Federal, examinando a questão, irá reformar a decisão do Conselho destinatário, determinando a inscrição, ou confirma-la, hipótese em que será cassada a inscrição originária, mantendo-se, assim, a uniformidade entre as Sessões.
Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que: 
I – assim o requerer; 
II – sofrer penalidade de exclusão; 
III – falecer; 
IV – passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia; 
V – perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição. 
§ 1º Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser promovido, de ofício, pelo Conselho competente ou em virtude de comunicação por qualquer pessoa. 
§ 2º Na hipótese de novo pedido de inscrição – que não restaura o número de inscrição anterior – deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, VI e VII do art. 8º. 
§ 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido de inscrição também deve ser acompanhado de provas de reabilitação. 
COMENTÁRIOS:
CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO 
A inscrição profissional será CANCELADA quando for requerida pelo advogado, quando sofrer penalidade de exclusão, falecer, passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia ou perder um dos requisitos necessários para inscrição. No caso de sofrer penalidade de exclusão, falecimento ou exercício, em caráter definitivo, de atividade incompatível, o cancelamento deverá ser promovido, de OFÍCIO, pelo Conselho competente ou em virtude de comunicação por qualquer pessoa.
A Prática de determinadas infrações disciplinares, tanto quanto a aplicação pó três vezes da sanção de suspensão, implica a exclusão dos quadros da OAB. Uma vez excluído o advogado, sua inscrição será cancelada de ofício pelo Conselho.
Falecimento: Cancela-se a inscrição do advogado que falece. Art. 11, III do EAOAB. O cancelamento poderá ser promovido de ofício plo Conselho, ou em virtude de comunicação por qualquer pessoa.
Exercício de atividade incompatível: Se o inscrito passa a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia, sua inscrição devera ser cancelada pelo Conselho, de ofício, ou em face de comunicação por qualquer pessoa. O caráter definitivo ou temporário se dá de acordo com a natureza do cargo ou função que irá exercer o inscrito. Em se tratando de cargo preenchido em concurso público que corresponda uma estabilidade, tem caráter definitivo, mesmo que nele pretenda o advogado permanecer por pouco tempo. Exemplo: membro do Poder Judiciário, do Ministério público, serventuários a justiça, funções vinculadas à polícia, militares, etc.
Perda de requisito para inscrição: Também se cancela a inscrição daquele que perder qualquer dos requisitos necessários para a inscrição. Havendo novo pedido de inscrição, não haverá restauração do número anterior, exigindo-se prova dos seguintes requisitos: 1 – capacidade civil; 2 – não exercer atividade incompatível com a advocacia 3 – idoneidade moral; 4 – compromisso perante o Conselho. Se o cancelamento é fruto da aplicação de pena de exclusão, exige-se ademais, provas de reabilitação, aplicando-se o art. 41 do EAOAB, que permitem ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar requerer, um ano após seu cumprimento, a reabilitação em face das provas efetivas de bom comportamento.
Art. 41. É permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar requerer, um ano após seu cumprimento, a reabilitação, em face de provas efetivas de bom comportamento. 
Parágrafo único. Quando a sanção disciplinar resultar da prática de crime, o pedido de reabilitação depende também da correspondente reabilitação criminal. 
A reabilitação criminal – 2 anos apos cumprida a pena
A reabilitação perante a OAB – 1 ano apos cumprida a pena
Licença da Advocacia: É lícito ao inscrito solicitar o licenciamento do quadro da OAB, hipótese em que se suspendem suas obrigações para com a instituição, como o pagamento de anuidades.
Exercício temporário de atividade incompatível: Quando atividade tem caráter permanente, cancela-se a inscrição do advogado com a OAB, art. 12 EAOAB, mas se a atividade tem caráter provisório, aí cabe somente o pedido de licenciamento. Exemplo: Em se tratando de função que seja preenchida por prazo certo,(sem concurso público) como os mandatos eletivos ou as chefias e assessorias da administração pública, assessorias do judiciário, direção e gerência de instituições financeiras, etc, temos a função de caráter temporário.
Doença mental curável: Quando o inscrito sofre de doença mental curável, a exemplo da depressão. A prova de convalescência faz-se pela apresentação de atestado do medido responsável.
Identificação do Inscrito: São documentos de identificação profissional, a carteira e o cartão emitidos pela OAB. Se uso é obrigatório pelos advogados e estagiários inscritos.
O Estatuto veda o anúncio ou a divulgação de qualquer atividade relacionada com o exercício da advocacia ou o uso da expressão escritório de advocacia, sem a indicação do número da inscrição dos advogados que o integrem ou o número de registro da sociedade de advogados na OAB.
NOVO PEDIDO DE INSCRIÇÃO 
Na hipótese de novo pedido de inscrição que NÃO RESTAURA O NÚMERO DE INSCRIÇÃO ANTERIOR, deve o interessado fazer prova de capacidade civil, não exercer atividade incompatível com a advocacia, possuir idoneidade moral, além prestar compromisso perante o Conselho. Na hipótese de sofrer penalidade de exclusão, o novo pedido de inscrição também deve ser acompanhado de provas de reabilitação.
Art. 12. Licencia-se o profissional que: 
I – assim o requerer, por motivo justificado; 
II – passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia; 
III – sofrer doença mental considerada curável. 
COMENTÁRIOS:
LICENÇA PROFISSIONAL
Licencia-se o profissional que assim requerer, por motivo justificado, passar exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia ou sofrer doença mental considerada curável.
Art. 13. O documento de identidade profissional, na forma previstano Regulamento Geral, é de uso obrigatório no exercício da atividade de advogado ou de estagiário e constitui prova de identidade civil para todos os fins legais. 
Art. 14. É obrigatória a indicação do nome e do número de inscrição em todos os documentos assinados pelo advogado, no exercício de sua atividade. 
CAPÍTULO IV 
DA SOCIEDADE DE ADVOGADOS
Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade civil de prestação de serviço de advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no Regulamento Geral. 
§ 1º A sociedade de advogados adquire personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede.
§ 2º Aplica-se à sociedade de advogados o Código de Ética e Disciplina, no que couber. 
§ 3º As procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e indicar a sociedade de que façam parte. 
§ 4º Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional. 
§ 5º O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado junto ao Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios obrigados a inscrição suplementar. 
§ 6º Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional não podem representar em juízo clientes de interesses opostos. 
Art. 16. Não são admitidas a registro, nem podem funcionar, as sociedades de advogados que apresentem forma ou características mercantis, que adotem denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam sócio não inscrito como advogado ou totalmente proibido de advogar. 
§ 1º A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo.
§ 2º O licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível com a advocacia em caráter temporário deve ser averbado no registro da sociedade, 
§ 3º É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia. 
Art. 17. Além da sociedade, o sócio responde subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possa incorrer. 
COMENTÁRIOS – DO REGISTRO:
A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começa com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro – Art. 4 do Código Civil. Porém, a personalidade jurídica das sociedades de advogados é fruto do registro na Ordem dos Advogados do Brasil, que para tanto funciona como serviço notorial.
Somente nos registros das Sociedades de Advogados mantido pelas Seções da Ordem dos Advogados do Brasil, é admitido o registro de sociedade para o exercício da profissão, ou o arquivamento dos atos de sua vida social, não tendo qualquer eficácia o registro ou arquivamento em qualquer ofício, junta ou departamento governamental.
São averbados à margem do registro da sociedade e, a juízo de cada Seccional, em livro próprio ou em ficha de controle para este fim:
o falecimento do sócio;
a declaração unilateral de retirada feita por sócios que nela não queiram mais continuar;
os ajustes de sua associação com advogados, sem vínculo de emprego, para atuação profissional e participação nos resultados;
os ajustes de associação ou de colaboração com outras sociedades de advogados;
o requerimento de registro e autenticação de livros e documentos da sociedade;
a abertura de filial em outra unidade da Federação; e
os demais atos que a sociedade julgar convenientes ou que possam envolver interesses de terceiros.
O cancelamento de qualquer registro, averbação ou arquivamento de atos deve ocorrer em virtude de decisão do Conselho Seccional ou do respectivo órgão, de ofício ou por provocação de quem demonstre interesse.
As sociedades de advogados poderão organizar-se por instrumento particular ou público, mediante contrato social em que sejam fixadas as normas que regulem sua existência e seu funcionamento. Segundo o art. 2º. Do Provimento 92 do Conselho Federal da OAB, o contrato social de advogados deve conter:
o nome, a qualificação, o endereço e a assinatura dos sócios, todos advogados, inscritos na Seccional onde a sociedade for exercer suas atividades;
o objeto social(o exercício da advocacia), podendo especificar o ramo do direito a que a sociedade se dedicará;
o prazo de duração;
o endereço em que irá atuar;
o valor do capital social, sua subscrição por todos os sócios, com a especificação da participação de cada qual e a forma de sua integralização;
a razão social designada pelo nome completo ou abreviado dos sócios, ou pelo menos de um deles, responsável pela administração, assim como a previsão de sua alteração o manutenção, por falecimento de sócio que lhe tenha dado nome;
a indicação do sócio ou dos sócios que devem gerir a sociedade, acompanhada dos respectivos poderes e atribuições;
o critério de distribuição dos resultados e dos prejuízos verificados nos períodos que indicar;
a forma de cálculo e o modo de pagamento dos haveres e de eventuais honorários pendentes, devidos ao sócio falecido, assim como ao que se retirar da sociedade ou que dela for excluído;
a responsabilidade subsidiária e ilimitada dos sócios pelos danos causados aos clientes e a responsabilidade solidária deles pelas obrigações que a sociedade contrair perante terceiros, podendo ser prevista a limitação da responsabilidade de um ou de alguns dos sócios perante os demais em suas relações internas;
a possibilidade, ou não, de o sócio exercer a advocacia automaticamente e de auferir, ou não, os respectivos honorários como receita pessoal;
a previsão de mediação e conciliação do Tribunal de Ética e Disciplina ou de outro órgão ou entidade indicado para dirimir controvérsias entre os sócios em caso de exclusão, de retirada ou dissolução total da sociedade;
todas as demais cláusulas ou condições que forem reputadas adequadas para determinar, com precisão, os direitos e obrigações dos sócios entre si e perante terceiros.
COMENTÁRIOS – DA FILIAL
Observe-se que o registro de uma sociedade de advogados num determinado Estado autoriza seus membros a terem tantos escritórios quanto queiram pelas cidades do Estado e até mais de um escritório na mesma cidade. A necessidade de filial manifesta-se quando se pretende estender a atuação da pessoa jurídica a outro Estado, e seus trabalhos estarão sob a supervisão de outro Conselho Seccional. 
COMENTÁRIOS – DA ATIVIDADE E REPONSABILIDADE
O único objetivo da sociedade de advogados será a prestação de serviços advocatícios, sendo proibida o registro de atividades estranhas à esta, considerado nulo o registro se expressa a sua ilicitude.
Da decisão o Conselho local que nega o registro, caberá recurso para o Conselho Federal, no prazo de 15 dias da publicação da deliberação.
O art. 17 da EAOAB é expresso na afirmação de que o sócio responde subsidiariamente e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar. Portanto, as sociedades de advogados não pode constituir-se sob a forma de sociedade limitada.
Sobre os sócios, há que se ressaltar que so podem ser os advogados, que estejam inscritos na OAB. Não se admite sequer sócios que sejam estagiários.
Cada advogado só pode ser sócio de uma sociedade por Seção da OAB, o que inclui eventuais filiais. Ademais, todos deverão ter inscrição principal ou suplementar na seção em cujo território o registro for feito.
 
COMENTÁRIO- DO NOME DA SOCIEDADE
A sociedade de advogado não pode adotar

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