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Pauta para Temas 04, 05 e 06 Direito Natural em Aristóteles, Patrística e Tomás de Aquino

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Filosofia Geral e Filosofia Jurídica – Prof. Givaldo Matos
Temas – Filosofia do Direito em Aristóteles, Patrística e Tomás de Aquino
Tema 01 - O Direito Natural em Aristóteles
O Conceito de Natureza em Aristóteles e o Direito Natural
Aristóteles defende a idéia de que todas as coisas foram criadas pelo que ele chama de Natureza. Esta definiu, a princípio, a finalidade de todas as coisas, a fim de que elas alcancem o bem máximo. Visto que o ser humano, no entanto, é dotado de vontade racional, pode desviar-se dos propósitos da Natureza. Para tanto, estabelece-se normas de conduta jurídica, a fim de coagi-lo a agir de acordo com sua natureza, sendo que esta é a melhor maneira de se alcançar sua felicidade. A isto ele chama de Direito Natural.
Natureza como guia para a construção do Governo e do Direito;
Conceito Teleológico: Tudo opera seguindo para uma finalidade;
A Finalidade da Natureza é o bem e a ordem, fazendo uso da Justiça;
A Natureza é o motor determinante desta e para esta finalidade;
Método: procurar as intenções da natureza onde ela não foi corrompida;
A Natureza estabelece as relações devidas entre classes sociais. Ela estabelece a necessidade de funções sociais distintas, alimentadas pela distinção entre classes sociais, necessárias à ordem. Tal distinção social é natural, portanto, legítima;
Entre Leis Naturais e Leis Positivas, prefere-se as ditadas pela Natureza;
A Natureza é, portanto, eterna, imutável e superior.
Ambiguidades: Como determinar o que é natural e o que não é natural?
Citações da obra ‘A POLÍTICA’:
I - Natureza como guia para a construção do Governo e do Direito
No texto ‘A Política’, Aristóteles empreende um projeto de analisar as diversas constituições de Estados e apreender suas justificações. Nesta atividade, ele esboça também o que julga ser os critérios que deveriam ser utilizados para legitimação de uma constituição de um Estado – a ordem perfeita elaborada pela Natureza.
Início do texto: “Quem, portanto, considerar os temas visados a partir de sua origem e desenvolvimento, seja de um Estado ou de qualquer outra coisa, obterá uma visão mais clara deles”. Pg. 144
Fim da Parte I: “... todos estes assuntos serão necessários na discussão das formas de constituição. Porque são todos assuntos pertinentes à administração da família e toda família é parte do Estado...”. Pg. 168
Início Parte II: “Comprometemo-nos a discutir a forma de associação à qual denominamos Estado, para responder à pergunta sobre a melhor maneira de constituir a sociedade”. Pg. 169
O percurso adotado por Aristóteles, a fim de alcançar um modelo de Constituição, será a teleologia (fim estabelecido) da Natureza. Tomará como exemplo de sociedade governada pela natureza, em primeiro lugar, a família, para depois tratar também das relações de escravidão. 
II - Conceito Teleológico – Tudo opera para uma finalidade
A cidade-Estado é, por si, uma finalidade; porque chamamos natureza de um objeto o produto final do processo de aperfeiçoamento desse objeto, seja ele homem, cavalo, família ou qualquer outra coisa que tenha existência. Ademais, o objetivo e a finalidade de uma coisa podem apenas ser o melhor, a perfeição; e a auto-suficiência é, a um só tempo, finalidade e perfeição. 146
III - O Estado é criação da Natureza e a Natureza do Homem é Política
Por conseguinte, é evidente que o Estado é uma criação da natureza e que o homem é, por natureza, um animal político. 146
A natureza, como se afirma frequentemente, não faz nada em vão, e o homem é o único animal que tem o dom da palavra. (...) Essa é uma característica do ser humano, o único a ter noção de bem e o mal, da justiça e da injustiça. 146.
Um instinto social é implantado pela natureza em todos os homens (...). 147
IV - A Justiça é o elemento capaz de levar à concretização da finalidade proposta pela Natureza às relações humanas: 
A justiça é o vinculo dos homens, nos Estados; porque a administração da justiça, que é a determinação daquilo que é justo, é o princípio da ordem numa sociedade política. 147
V - Método: procurar as intenções da natureza onde ela não foi corrompida
‘Uma criatura viva consiste, em primeiro lugar, de alma e de corpo, e destes dois elementos o primeiro é por natureza o governante e o segundo, o governado. Então, precisamos procurar as intenções da natureza nas coisas que conservam sua essência, não nas que foram corrompidas. 
VI - Divisão da Criação em Hierarquias
Nas criaturas vivas, como eu disse, é que primeiro observamos o preceito despótico e o preceito constitucional; a alma rege o corpo com regras despóticas, enquanto o intelecto rege os apetites com regras estabelecidas e reais. E é claro que o domínio da alma sobre o corpo, assim como o da mente e do racional sobre as paixões, é natural e conveniente, ao passo que a equidade entre ambos ou o domínio do inferior é sempre doloroso. O mesmo aplica-se aos animais em relação aos homens; os animais domésticos têm melhor natureza do que os selvagens e todos os animais domésticos são melhores quando dirigidos pelo homem; por isso são preservados. Pg. 151
VII - Direito Natural e Direito Positivo:
De acordo com Bobbio, em sua obra ‘A Retórica’, Aristóteles revela sua disposição em um conflito entre Direito Natural e Direito Positivo: 
"Se a lei escrita é contrária à nossa causa, torna-se necessário utilizar a lei comum e a eqüidade, que é mais justa (...) Com efeito, a eqüidade sempre dura, e não está destinada a mudar: e até mesmo a lei comum (pelo fato de ser natural) não muda, enquanto as leis escritas mudam com freqüência." 05. Norberto Bobbio, Locke e o Direito Natural, p. 35.
Implicações:
Ambigüidades - Como determinar o que é natural e o que não é natural?
Ex 01: Relações entre homens livres e escravos, homens e mulheres e homens e crianças; relações de propriedade; relações entre nações. 
Ex. 02: Como determinar a naturalidade do comportamento sexual? Poligamia ou monogamia? Que dizer da homoafetividade?
Ex. 03: Como julgar a Engenharia Genética, quando já se tem estabelecido que, em grande parte, a natureza de cada ente é, em grande medida, tributária das informações e determinações de seus genes?
Ambigüidade 01
Nas criaturas vivas, como eu disse, é que primeiro observamos o preceito despótico e o preceito constitucional; a alma rege o corpo com regras despóticas, enquanto o intelecto rege os apetites com regras estabelecidas e reais. E é claro que o domínio da alma sobre o corpo, assim como o da mente e do racional sobre as paixões, é natural e conveniente, ao passo que a equidade entre ambos ou o domínio do inferior é sempre doloroso. O mesmo aplica-se aos animais em relação aos homens; os animais domésticos têm melhor natureza do que os selvagens e todos os animais domésticos são melhores quando dirigidos pelo homem; por isso são preservados. Do mesmo modo o homem é superior e a mulher inferior, o primeiro manda e a segunda obedece; este princípio, necessariamente, estende-se a toda a humanidade. Portanto, onde houver essa mesma diferença que já entre alma e corpo, ou entre homens e animais (como no caso dos que têm como único recurso usar o próprio corpo, não sabendo fazer nada melhor), a casta inferior será escrava por natureza, e é melhor para os inferiores estar sob o domínio de um senhor. 151
‘(...) qualquer ser humano que, por natureza, pertença não a si mesmo mas a outro é, por natureza, escravo (...)’. 149
Ambigüidade 02
“Se, então, estamos certos em acreditar que a natureza nada faz sem uma finalidade, um propósito, ela deve ter feito todas as coisas especificamente para benefício do homem. Isso significa que é parte do plano da natureza o fato de que a arte da guerra, da qual a caçada é parte, deva ser um modo de adquirir propriedade; e que esse modo deve ser usado contra as bestas selvagens e contra os homens que, por natureza, devem ser governados mas se recusam a isso; porque esse é o tipo de guerra que éjusto por natureza”. 156
Ambigüidade 03 - Entre homem e mulher a relação superior/inferior é permanente. 165
Essa alusão à virtude nos leva diretamente à consideração da alma; pois é nela que se encontram o dominador e o dominado por natureza; pois é nela que se encontram o dominador e o dominado por natureza, cujas virtudes consideramos distintas. A diferente entre ambos, na alma, é a mesma entre o racional e o não-racional. Portanto, está claro que, em outras relações, também existirão diferenças naturais. E isso, em geral, no caso do senhor e do comandado; as distinções serão naturais, mas não necessariamente as mesmas. Pois a dominação do homem livre sobre o escravo, do homem sobre a mulher, do homem sobre o menino, são todas naturais, mas diferentes, porque embora as partes da alma estejam presentes em todos os casos, a distribuição é outra. Assim, a faculdade de decisão, na alma, não está completamente presente num escravo; na mulher, é inoperante; numa criança, não desenvolvida. 166
Referências: Aristóteles. A Política. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 2000.
Tema 02: A Filosofia no Cristianismo de Império – considerações
Embora o Cristianismo, nos séculos IV a VII, devotasse sua preocupação em relação às pobres e à opressão dirigida pelo Império Romano a estes, uma nova fase se inaugura, associando-o com a política. Deve ser dito que, a princípio, a associação se deu da parte do imperador para com as instituições cristãs, de forma imperativa, o que não continuará nos séculos posteriores, onde se verá uma luta pelo poder político constante. Como reflexo desta associação, se dará no campo das ideias, uma concentração de poder e de controle, ora dirigida, ora apoiada pelos Imperadores, a iniciar com Constantino e Teodósio. Veja as seguintes medidas do Império, de acordo com J. N. Hillgart:
Em 313, com o Édito de Milão, decreta-se a proibição de perseguição aos cristãos e determina-se a liberdade religiosa:
Édito de Milão, março de 313: "Nós, Constantino e Licínio, Imperadores, encontrando-nos em Milão para conferenciar a respeito do bem e da segurança do império, decidimos que, entre tantas coisas benéficas à comunidade, o culto divino deve ser a nossa primeira e principal preocupação. Pareceu-nos justo que todos, os cristãos inclusive, gozem da liberdade de seguir o culto e a religião de sua preferência. Assim qualquer divindade que no céu mora ser-nos-á propícia a nós e a todos nossos súditos. Decretamos, portanto, que não, obstante a existência de anteriores instruções relativas aos cristãos, os que optarem pela religião de Cristo sejam autorizados a abraçá-las sem estorvo ou empecilho, e que ninguém absolutamente os impeça ou moleste... . Observai outrossim, que também todos os demais terão garantia a livre e irrestrita prática de suas respectivas religiões, pois está de acordo com a estrutura estatal e com a paz vigente que asseguremos a cada cidadão a liberdade de culto segundo sua consciência e eleição; não pretendemos negar a consideração que merecem as religiões e seus adeptos. Outrossim, com referência aos cristãos, ampliando normas estabelecidas já sobre os lugares de seus cultos, é-nos grato ordenar, pela presente, que todos que compraram esses locais os restituam aos cristãos sem qualquer pretensão a pagamento... [as igrejas recebidas como donativo e os demais que antigamente pertenciam aos cristãos deviam ser devolvidos. Os proprietários, porém, podiam requerer compensação. Use-se da máxima diligência no cumprimento das ordenanças a favor dos cristãos e obedeça-se a esta lei com presteza, para se possibilitar a realização de nosso propósito de instaurar a tranquilidade pública. Assim continue o favor divino, já experimentado em empreendimentos momentosíssimos, outorgando-nos o sucesso, garantia do bem comum."
O Código Teodosiano XVI, 2, em 319, dispensa de serviços públicos os clérigos da Igreja.
Em 337, à hora da morte, o imperador Constantino foi batizado pelo bispo Eusébio de Cesareia.
Em 355, decreta-se que bispos não seriam julgados em tribunais seculares, mas privados.
Em 380, o Cristianismo se torna a religião oficial do Império Romano.
Em 380, decreta condenação aos Hereges.
Em 388, no mesmo código, temos a proibição de debates públicos a respeito da Religião.
Em 388 ainda, estabelece a proibição de casamentos entre judeus e cristãos.
Em 392, o Código estabelece proibição a todos os cultos pagãos, sob pena de confisco dos bens e multas.
Em 419, decreta isenção da maior parte das terras da Igreja, de impostos.
Em 435, estabelece o Código penalidades mais severas, quando o réu fosse pagão. Templos, igrejas, altares pagãos, deveriam ser destruídos. Condenação de morte.
“Imperadores Teodósio e Valenciano Augustus para Isidoro, Prefeito Pretoriano. Nós proibimos todas as pessoas de mente pagã criminosa de realizar a imolação de vítimas inocentes, sacrifícios condenáveis e de todas as demais práticas proibidas pela autoridade da mais antiga das sanções. Nós ordenamos ue todos os seus templos, igrejas e altares, mesmo que não reste nenhum intacto, sejam destruídos por ordem dos magistrados e sejam purificados com a edificação do sinal da venerável religião. Cristã. Todos devem saber que se ficar evidente, com provas adequadas diante de um juiz, que qualquer pessoa que zombou dessa lei, ela deve ser punida com a morte”. 
Fonte: Hillgarth, J. N. Cristianismo e Paganismo. Pg. 63. São Paulo: Madras Editora, 2004.
Filosofia e Liberdade de Pensamento no Império Cristão – Início da Modernidade
O Index
O Index Librorum Prohibitorum ou Index Librorvm Prohibithorvm ("Índice dos Livros Proibidos" ou "Lista dos Livros Proibidos" em português) foi uma lista de publicações proibidas pela Igreja Católica, de "livros perniciosos" contendo ainda as regras da igreja relativamente a livros. 
O objetivo desta lista era reagir contra o avanço do protestantismo. Desta forma, a Igreja convocou o Concílio de Trento (1545-1563), a fim de impedir a contaminação pelo protestantismo dos países ainda nao atingidos pelo mesmo. O "Index Librorvm Prohibithorvm" continha uma lista de livros ou de obras que se opusessem a doutrina da Igreja católica e deste modo "prevenir a corrupção dos fiéis". Em certas ocasiões, a proibição de livros prevenia que os católicos questionassem certos pontos de "difícil compreensão" contidos na doutrina da igreja, como, por exemplo, que a igreja e seu corpo clerical eram indispensáveis à salvação dos fiéis, que, como leigos, não saberiam o que fazer para salvar a própria alma. Os autores foram "encorajados" a não publicar material que os católicos pudessem achar "difícil de entender", tais como o Alcorão, o Torá e até mesmo a Bíblia Sagrada.
Foi criado em 1559 pela "sagrada congregação da Inquisição" (mais tarde chamada de Congregação para a Doutrina da Fé). O índice foi atualizado regularmente até a trigésima-segunda edição, em 1948, tendo os livros sido escolhidos pela congregação ou pelo papa. A lista não era simplesmente reativa, os autores eram encorajados a defender os seus trabalhos. Em certos casos eles podiam re-publicar com omissões se pretendessem evitar a interdição. A censura prévia era encorajada.
A trigésima-segunda edição, publicada em 1948, continha 4.000 títulos censurados por várias razões: heresia, deficiência moral, sexualidade explícita, incorrecção política, etc.
A escassez dos meios de comunicação da época dificultava e até impossibilitava que a Igreja pudesse se defender em tempo útil. Assim como a igreja católica, membros de outras religiões também exerceram ou continuam a exercer tal censura, embora não tenham um livro explícito para isso.
O que é notável é que obras de cientistas, filósofos, enciclopedistas ou pensadores como Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Nicolau Maquiavel, Erasmo de Roterdão, Baruch de Espinosa, John Locke, Berkeley, Denis Diderot, Blaise Pascal, Thomas Hobbes, René Descartes, Rousseau, Montesquieu, David Hume ou Immanuel Kant tenhampertencido a esta lista.
Alguns famosos romancistas ou poetas incluidos na lista são: Laurence Sterne, Heinrich Heine, John Milton, Alexandre Dumas (pai e filho), Voltaire, Jonathan Swift, Daniel Defoe, Vitor Hugo, Emile Zola, Stendhal, Gustave Flaubert, Anatole France, Honoré de Balzac, Jean-Paul Sartre, ou o sexologista holandês Theodor Hendrik van de Velde, autor do manual sexual "The Perfect Marriage".
Teve um grande efeito por todo o mundo católico. Por muitos anos, em áreas tão diversas como o Quebec, Portugal, Brasil ou a Polonia, era muito difícil de encontrar cópias de livros banidos, especialmente fora das grandes cidades.
O índice deixou de ser publicar em 1966 com o Papa Paulo VI, apesar da Igreja ainda usar sua influência para censurar obras em paises católicos, como o filme "A Última Tentação de Cristo" que é até hoje proibido no Chile. 
A primeira lista de “Livros Proibidos” foi adotada no V Concílio de Latrão em 1515, então confirmada no Concílio de Trento em 1546 e sua primeira edição data do ano de 1557 como Index Librorum Prohibitorum e oficializada em 1559 pelo Papa Paulo IV, um homem considerado controverso e restritivo. A 32ª Edição publicada em 1948 incluía quatro mil títulos censurados.
Fontes:
http://comtrapondo.blogspot.com/2005/06/index-librorum-prohibitorum.html
http://www.misteriosantigos.com/librorum.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Index_Librorum_Prohibitorum
Pesquisar: Qual a importância política do Index Librorum Prohibitorum?
Tema 03 - Direito Natural Teocêntrico (Tomás de Aquino)
Resumo: Deus criou a Ordem Natural, que rege toda a Sua Criação, bem como as sociedades, papéis sociais, direitos e deveres, etc. Ele criou também Leis Eternas, que regulam todas as coisas. Algumas destas Leis Eternas, revelou nas Sagradas Escrituras, que são as Leis Divinas. Algumas das Leis Eternas, que não estão reveladas, podem ser descobertas pela Razão, e serão chamadas Leis Naturais. Quando os legisladores criam leis, semelhantes ou divergentes das Leis Eternas, são chamadas de Leis Humanas. São legítimas, quando colaboram com as Leis Eternas, mas quando divergem, são ilegítimas, inferiores em posição, às Leis de Deus. A sociedade é estabelecida a partir de hierarquia criada por Deus. Lei e Ordem como conceitos que se complementam. A finalidade do Estado é orientar, ordenar o mundo humano, como um cosmos projetado por Deus.
Tipos de Leis
Lei Eterna – A Lei de Deus que governo o mundo;
Lei Divina – Parte da Lei de Deus, revelada ao ser humano (Sagradas Escrituras);
Lei Natural – Lei divina, apreendida pela razão humana;
Lei Humana – derivada dedutivamente da Lei Natural ou determinação ou especificação da lei natural em caso concreto.
Considerações e Problemas
O Legislador é que iria expressar com suas palavras a conveniência de uma Lei ou outra.
Permanência entre o conflito entre Igreja e Estado – a Lei Eterna, Divina e Natural é maior do que a Lei positiva.
Tomás de Aquino retoma o principio da igualdade de Aristóteles, onde os desiguais devem ser tratados de forma desigual. Comentar.
Pensa-se em uma sociedade naturalmente desigual.
A Justiça é momento segundo, como diz Gilberto Callado de Oliveira – ela advém do que a Lei prescreve. (Reale, 642).
“O direito natural teológico, prevalecendo na Idade Média, servia muito bem à estrutura aristocrática-feudal, geralmente fazendo de Deus uma espécie de político situacionista. Mesmo quando a Igreja e o soberano andavam às turras, estas pugnas de gigantes poderosos nada tinham a ver com o povo, nem contestavam as bases espoliativas da ordem sócio-econômica. Era, de novo, uma cobertura ideológica para o modo de produção”. Roberto Lyra Filho, Pg. 41.
Considerações atuais sobre o pensamento de Tomás de Aquino
Embora não se possa reduzir a aplicação do Direito Natural como teorizou Tomás de Aquino, apresenta-se aqui um exemplo do uso como entendia Roberto Lyra Filho, ou seja, um uso ideológico que atende à justificação de uma determinada ordem vigente. O exemplo se encontra nas obras de Gilberto Callado de Oliveira, Procurador de Justiça em Santa Catarina: Filosofia da Política Jurídica (Conceito Editora) e A Verdadeira Face do Direito Alternativo (Juruá Editora). As citações são desta última obra.
Vejamos:
Origem do Direito Natural: 
“Cumpre observar, já delineada por Aristóteles e complementada pelos Padres da Igreja: uma parte reside na vontade humana, sendo produto cultural e obra política dos homens, e outra, de substrato metafísico, que encontra razão de ser na natureza humana, sendo obra divina”. Pg. 36
Conhecimento do Direito Natural: 
Para estarem perfeitamente formalizados no ordenamento jurídico os direitos naturais necessitam ser conhecidos através de uma profunda análise da natureza do homem e da sociedade, e, notadamente, da majestosa organização social e jurídica da Civilização Cristã (...)”. Pg. 40
Retorno ao Direito Natural Escolástico (T Aquino): 
“E por isso mesmo o retorno ao direito natural, tal como o conceberam os escolásticos, é a única via possível de confutação do alternativismo e de restauração da verdadeira ordem do direito”. Pg. 41
Idade Média e Direito Natural:
“Inútil seria pensar a Idade Média com o espírito revolucionário de nossos dias, que recusa a aceitar a única ordem verdadeira entre os homens, ou seja, a Civilização Cristã”. Pg. 46
Ordem Social Natural – Hierarquia Social divinamente estabelecida: 
Citando Pio XII - “(...) defronte ao Estado cada qual tem o direito de viver honradamente a própria vida pessoal, no lugar e nas condições em que os desígnios e disposições da Divina Providência o tiverem colocado”.
Desigualdade Natural e Providencial: 
“Na encíclica Rerum Novarum Leão XIII insiste no tema da desigualdade social: ‘O primeiro princípio a pôr em evidência é que o homem deve aceitar com paciência a sua condição: é impossível que na sociedade todos sejam elevados ao mesmo nível. É, sem dúvida, isto o que propugnam os socialistas: mas contra a natureza todos os esforços são vãos. Foi ela, realmente, que estabeleceu entre os homens diferenças tão numerosas como profundas; diferenças de inteligência, de talento, de habilidade, de saúde, de força; diferenças necessárias, de onde nasce espontaneamente a desigualdade das condições. Esta desigualdade, por outro lado, reverte em proveito de todos, tanto da sociedade como dos indivíduos; porque a vida social requer um organismo muito variado e funções muito diversas, e o que leva precisamente os homens a dividir entre si funções é, sobretudo, a diferença das suas respectivas condições”. Pg. 109.
“Bento XV, na carta Soliti Nos, declara ser necessário acabar a hierarquia social, para o maior bem dos indivíduos e da sociedade: ‘os que ocupam situações inferiores quanto à posição social e à fortuna devem convencer-se bem de que a diversidade de classes na sociedade vem da própria natureza, e de que se deve procurá-la, em última análise, na vontade de Deus: ‘Porque ele criou os grandes e pequenos’ Sab 6,8), para o maior bem dos indivíduos e da sociedade. Essas pessoas humildes devem compenetrar-se desta verdade: qualquer que seja a melhora que obtenham para a sua situação, tanto pelos seus esforços pessoais como pelo concurso dos homens de bem, sempre lhes ficará, como aos demais homens, uma não pequena herança de sofrimentos. Se tiverem essa visão exata da realidade, não se esgotarão em esforços inúteis para se elevarem a um nível superior às suas capacidades, e suportarão os males inevitáveis com a resignação e a coragem que dá a esperança de bens eternos”. Pg. 111.
Considerações Críticas:
O que é a fortuna? O que é a Providência?
A desigualdade social é originada na ‘ordem natural’ estabelecida pela divindade? Da mulher? Do escravo? Dos operários na Revolução Industrial? Das crianças 	trabalhadoras na China? Dos ‘hereges’? As desigualdades sociais históricas, que foram superadas, foram estabelecidas pela ordem natural?
Apobreza extrema de alguns países, são derivadas da ordem natural?
As riquezas de nações desenvolvidas foram acumuladas historicamente, por razão da ‘ordem natural’ (paraísos fiscais, países escravagistas, etc)?
Como saber se uma desigualdade merece luta por sua superação?
Quando a ordem for ‘dialéticamente’ ou ‘naturalmente’ considerada injusta, que fazer com a ‘ordem social injusta’ (ditaduras militares e econômicas)?
Bibliografia para Consulta:
Filosofia do Direito, de Miguel Reale;
A Verdadeira Face do Direito Alternativo, de Gilberto Callado de Oliveira;
Filosofia da Política Jurídica, de Gilberto Callado de Oliveira;
O que é o Direito, de Roberto Lyra Filho.

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