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MATERIAIS PARA EQUIPAMENTOS DE PROCESSOS QUÍMICOS Macromoléculas versus Polímeros Lignina São moléculas grandes e complexas, de elevada massa molar, podendo ou não possuir unidades repetidas. São moléculas de massa molar da ordem de 103 a 106 g/mol construídas a partir da repetição de unidades estruturais menores denominadas “meros” ao longo da cadeia. Polímeros em Equipamentos de Processos Vantagens (comparação com os metais): 1. Baixa densidade. 2. Resistência a corrosão. 3. Acabamento liso (baixo coeficiente de atrito): facilita a limpeza e drenagem. 4. Baixa condutividade térmica. 5. Isolante elétrico: por este motivo são empregados como arruelas, juntas e luvas, destinada a minimizar a formação da pilha galvânica entre componentes feitos com metais diferentes. Polímeros em Equipamentos de Processos Vantagens (comparação com os metais): 6. Facilidade de fabricação e manuseio. 7. Absorção de vibração, choques e de ruídos. 8. Dispensa pintura. 9. Transparência. 10. Versatilidade de materiais (plásticos rígidos, adesivos, borrachas etc.) Polímeros em Equipamentos de Processos Desvantagens (comparação com os metais): 1. Resistência a temperatura. 2. Resistência mecânica. 3. Coeficiente de dilatação. 4. Estabilidade dimensional: quase todos os polímeros exibem fluência a temperatura ambiente. 5. Combustível (minimizar c/ a adição de um retardante de chama). 6. Acumulo de carga estática (explosão): adicionar um antiestático, aumentar a umidade do ambiente. Polímeros em Equipamentos de Processos Exemplos de materiais Policloreto de vinila – PVC Polietileno – PE Polipropileno – PP Politetrafluoretileno – PFTE Elastômeros: NBR, SBR, CSM, EPDM, CR, elastômeros fluorados, silicone etc. Fibras: Aramida, fibra carbono, celulose etc. Polímeros em Equipamentos de Processos Exemplos de Utilização: Tubulações Revestimentos anticorrosivos Tanques e vasos com pressão (até 10kg/cm2) : desde que reforçado com fibra de vidro Peças internas Juntas, gaxetas, anéis de vedação, diafragmas, mangueiras flexíveis, amortecedores de impacto, etc. Revestimentos Não Metálicos Orgânicos – Proteção contra Corrosão eletroquímica Os principais revestimentos orgânicos são: Pintura industrial: Revestimentos com plásticos ou plásticos reforçados Revestimentos com borrachas: Equipamentos e tubulações que trabalham com fluidos corrosivos Revestimentos para tubulações enterradas ou submersas Pintura industrial Dentre as técnicas de proteção anticorrosiva existentes, a aplicação de tinta ou “esquemas de pintura” é uma das mais empregadas. Vantagens: Facilidade de aplicação e de manutenção, Relação custo-benefício atraente; Estética; Auxílio na segurança industrial; Identificação de fluídos em tubulações ou reservatórios Pintura industrial Vantagens (cont.): Dificultar a incrustações de microrganismo marinhos em cascas de embarcações; Impermeabilizar; Diminuir a rugosidade superficial; Permitir maior ou menor absorção de calor, através da seleção correta das cores; Pintura industrial Emprego: Estruturas aéreas e submersas (desde que possam sofrer manutenção periódica – ex.: navios, embarcações, boias, etc. Espessura do revestimento: faixa de 40 a 500 μm, podendo, em casos especiais, chegar a 1.000 μm. Exemplos: Atmosfera altamente agressiva: 250 μm Superfícies quentes: 75 - 120 μm Contato com água salgada: 300 μm CORES NA PINTURA INDUSTRIAL ASPECTO DE IDENTIFICAÇÃO (cor) Deve-se procurar padronizar as cores visando a reduzir o número de tintas. Cores + usadas na identificação são: Alumínio: para tanques de armazenamento, vasos de pressão, tubulações (exceto as utilidades), estruturas metálicas em geral, reatores, permutadores de calor, entre outros; CORES NA PINTURA INDUSTRIAL Branca: Azul: Cinza claro: Cinza escuro: Verde: Preta: Vermelha: Tanques de armazenamento de petróleo e derivados leves, instalações de hidrocarbonetos gasosos, em especial GLP. Tubulações de ar comprimido; Vácuo; Eletrodutos; Tubulações de água Combustível de alta viscosidade (óleo combustível); Tubulações e instalações de combate a incêndio O que é um Esquema de Pintura? Definição: É um Procedimento que descreve as etapas de aplicação do revestimento, tais como: Tipo de preparo e grau de limpeza da superfície; Esquema de tintas: fundo, intermediária e de acabamento; Espessuras de cada uma das demãos de tintas; Intervalo entre demãos e os métodos de aplicação das tintas; Critérios para execução de retoques na pintura; Ensaios de controle de qualidade. Preparo da Superfície Envolve as seguintes operações Inspeção Visual: Assinalar locais onde haja manchas de óleos, graxas, defeitos superficiais, impregnação de abrasivos e o estado inicial de oxidação (Normas: ISO 8.501-1); Limpeza com solvente e remoção de defeitos superficiais (por esmerilhamento); Lavagem com H2O (teor de Cl < 50ppm, pH:6,8-7,2) Limpeza por ação mecânica: prover o grau de limpeza desejado e a rugosidade adequada a pintura. OBJETIVO: Remover qualquer contaminação (óxidos, carepas, revestimentos anteriores, poeiras, sujeiras etc.) do substrato. TIPOS DE LIMPEZA POR AÇÃO MECÂNICA (Aço Carbono) LIMPEZA COM FERRAMENTAS MECÂNICAS MANUAIS LIMPEZA COM JATEAMENTO ABRASIVO LIMPEZA POR HIDROJATEAMENTO Limpeza com jateamento abrasivo: • Utiliza um jato abrasivo de granalha de aço, escória de cobre, vidro, entre outros materiais impulsionado por um fluido, em geral ar comprimido . • Alto rendimento de execução • Rugosidade adequada a pintura Nota: perfil de rugosidade obtido no jateamento é função da granulometria do abrasivo. Norma ISO 8.501-1 estabelece quatro estados iniciais de oxidação de chapas de aço. O QUE É CAREPA DE LAMINAÇÃO? A carepa é camada superficial constituída de uma mistura de óxidos de ferro que é formada durante a laminação do aço. Carepa se desprende do aço a pintura não pode ser aplicada sobre esta superfície. Grau A – superfície de aço com a carepa de laminação praticamente intacta em toda superfície e sem corrosão. Representa a superfície de aço recém saída da laminação. Grau B – superfície de aço com princípio de corrosão, quando a carepa de laminação começa a soltar Grau C – Superfície de aço onde a carepa de laminação foi eliminada pela corrosão ou poderá ser removida por raspagem ou jateamento, desde que não tenha formado ainda cavidades muito visíveis (pites) em grande escala. Grau D – superfície de aço onde toda a carepa de laminação foi eliminada e na qual se observa uma corrosão atmosférica severa e generalizada, apresentando pites e alvéolos. Graus de intemperismo – processo de repintura + degradada Graus de Limpeza com Jateamento Abrasivo Tipo Uso Jato ligeiro (Sa1) Limpeza ligeira e precária, em geral pouco empregada para pintura, exceto em alguns casos de repintura. Eficiência de retirada de produtos de corrosão: ~5%. Jato comercial ou limpeza ao metal cinza (Sa2) Limpeza de superfície com a retirada de óxidos, carepa de laminação, etc. Eficiência de retirada de produtosde corrosão: ~50% Jato ao metal quase branco (Sa21/2) Limpeza com a retirada quase que total dos óxidos, carepas de laminação, etc. Eficiência da retirada: ~95% Jato ao metal branco (Sa3) Limpeza total (ISO 8.501-1) Graus de Limpeza com Jateamento Abrasivo Após Jato ligeiro Graus de Limpeza com Jateamento Abrasivo Após Jato Comercial Graus de Limpeza com Jateamento Abrasivo Após Jato ao metal quase Branco Após Jato ao metal Branco Graus de Limpeza com Jateamento Abrasivo Jato ao metal Branco (boia) Antes do Jateamento Após o Jateamento Nota: Conforme Portaria do Ministério do Trabalho no 99 e a NR-15, o jateamento abrasivo que utilize areia seca ou úmida está proibido em todo o território brasileiro Limpeza com hidrojateamento: • Aplicação de água (limpa) a: Baixa pressão: até 70bar; média pressão: 70-700bar; alta pressão 700-1700 bar e altíssima pressão: acima de 1700 bar Limpeza com hidrojateamento: • Este processo também não produz faísca, sendo desta forma viável a aplicação em áreas de riscos (sujeitas à explosão). • Não desgasta a superfície jateada, retirando apenas a tinta, borracha, plástico, ferrugem ou outro material de que não faça parte da estrutura da superfície metálica ou de alvenaria. • Este processo não produz Rugosidade (não abre ancoragem) – utilizar o hidrojateamento em superfície que já foram jateadas. O que é um Esquema de Pintura? Tipo de preparo e grau de limpeza da superfície; Esquema de tintas: fundo, intermediária e de acabamento; Espessuras de cada uma das demãos de tintas; Intervalo entre demãos e os métodos de aplicação das tintas; Critérios para execução de retoques na pintura; Ensaios de controle de qualidade. Esquema de tintas: fundo, intermediária e de acabamento a) Tintas de fundo (primers): Aplicadas diretamente ao substrato. Características: • Responsável pela aderência do esquema ao substrato; • Em geral, são foscas ou semifoscas, normalmente como tem concentração volumétrica de pigmentos, formam uma película rugosa; • Contém pigmentos inibidores de corrosão. b) Tintas intermediaria (não existe sempre): Função: (a) aumentar a espessura do revestimento (melhora a proteção de barreira) e/ou (b) seladora da porosidade do primer (neste caso, não necessariamente precisa ter alta espessura). Esquema de tintas: fundo, intermediária e de acabamento Esquema de tintas: fundo, intermediária e de acabamento c) Tintas de acabamento: Tem a função de conferir a resistência química ao revestimento (contato com o meio corrosivo), além de da cor final. Tintas anticorrosivas Propriedades: Aderência: qualquer falha na película pode dar inicio ao processo de corrosão. Impermeável: evitar a o contato do meio corrosivo como o metal. impermeabilidade vida útil da proteção Flexível: acompanhar os movimentos de contração e dilatação da estrutura sem que haja a formação de fissuras. Tintas anticorrosivas Mecanismos de Proteção: Por barreira: impermeabilidade e aderência proteção Resinas impermeáveis + pigmentos lamelares Desvantagem: Dano à película a corrosão se propagará. Tintas anticorrosivas Mecanismos de Proteção: Inibidores: compostos anticorrosivos, que “isolam a área anódica da catódica”. Exemplos: Cromato de zinco: libera o íon cromato que é um excelente inibidor anódico. Componente de sacrifício: Exemplos: O Zn se corrói, protegendo o substrato de aço carbono. % Zn na película de tinta seca: mínimo 85%. Componentes das Tintas Tintas são suspensões homogêneas de partículas sólidas (pigmentos) dispersos em uma resina (veículos), solubilizada em uma mistura de solventes em presença de componentes em menores proporções (aditivos). Solventes Auxiliar na fabricação da tinta, Solubilizar a resina, Ajustar a viscosidade. Pigmentos Partículas sólidas insolúveis no veículo fixo. Proteção anticorrosiva. Cor. Opacidade. Impermeabilidade. Melhoria das características da película Pigmentos (exemplos) TiO2: Excelente resistência a radiação solar e química (exceto a H2SO4 e HF concentrados). Elevado poder de cobertura. Alumínio: Altíssimo poder de cobertura. O formato lamelar melhora a propriedade de barreira, contribuindo na proteção a corrosão. Pigmentos (exemplos) Óxidos de ferro: óxido de ferro vermelho: tinta anticorrosiva (primer), custo óxido de ferro micáceo: formato de lamelas (cor cinza chumbo). Pó de zinco (forma metálica, partículas esféricas): Devem estar presente em alta concentração (~85%). Exemplo: as tintas de fundo para atmosferas agressiva são a base de resina epóxi , pó de zinco e silicato de etila. Resina - fixo ou veículo não volátil (VNV) Caracteriza a tinta Ligante ou aglomerante das partículas de pigmentos Responsável pela formação da película e adesão ao substrato. Responsável pela resistência química. Propriedades das Tintas Resina É o componente responsável pela formação da película , logo pela maioria das propriedades físico-químicas. ex.: resistência a agentes químicos, à radiação solar, à abrasão, ao impacto, flexibilidade etc. Os tipos + importantes para a proteção do aço carbono são: Alquídicas Epoxídica Poliuretanas Acrílicas O que é um Esquema de Pintura? Tipo de preparo e grau de limpeza da superfície; Esquema de tintas: fundo, intermediária e de acabamento; Espessuras de cada uma das demãos de tintas; Intervalo entre demãos e os métodos de aplicação das tintas; Critérios para execução de retoques na pintura; Ensaios de controle de qualidade. Controle de Qualidade das Tintas Ensaios (Exemplos): Não-voláteis em massa Não-voláteis em volume (ASTM D2697) Mede a quantidade em massa ou volume do que não é volátil na tinta , ou seja, do que permanece após a evaporação. Massa especifica (picnômetro) (ASTM D1475) Viscosidade ou consistência (ASTM D562) Aderência (ABNT 11003) Tempo de secagem (ASTM D 1640) Tempo de vida útil (pot life) É o tempo (h) limite para aplicação das tintas de dois ou mais componentes após serem misturadas TINTA DE POLIURETANO ACRÍLICO 1. Espessura não uniforme da película 2. Escorrimento (viscosidade , operacional) 3. Calcinação/engizamento (degradação da tinta por ação dos raios ultra violeta) – perda de cor e brilho. 4. Empolamento (operacional- condições ambientais inadequadas). 5. Fendilhamento/gretamento/ craqueamento (quebra da película devido à perda de flexibilidade). Exemplos de esquema para Superfícies quentes (80 – 120oC) Limpeza: Inspeção + Limpeza com solvente + Jateamento a Sa 21/2 ou hidrojateamento WJ2. Tinta de Fundo Tinta de Acabamento Fosfato de zinco epóxi (uma demão de 100m) Óxido de Ferro epóxi (uma demão de 100m) Óxido de Ferro epóxi (uma demão de 100m) Epóxi (uma demão de 120m) Epóxi (uma demão de 120-150m) Esmalte fenólico com alumínio (duas demão de 30m) Epóxi fenólico (revestimento único) (100m) Etil silicato de zinco e alumínio (revestimento único) (70m)
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