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MATERIAIS PARA EQUIPAMENTOS DE PROCESSOS QUÍMICOS QUI 07-09522 PROPRIEDADES MECÂNICAS Quando se pensa em propriedades mecânicas, a principal grandeza física é a Tensão (σ) σ = Unidades: Pa (N/m2), kPa, MPa, kgf/cm2, kgf/mm2 área inicial da seção reta transversal Força ou carga F/Ao Tipos de Tensões TRAÇÃO COMPRESSÃO FLEXÃO CISALHAMENTO TORÇÃO PRINCIPAIS PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência à tração Resiliência Ductilidade Tenacidade Dureza Resistência ao Impacto Fluência Fadiga, entre outras. Cada uma dessas propriedades está associada à habilidade do material resistir às forças mecânicas e/ou de transmiti-las. ENSAIO DE TRAÇÃO Ensaio destrutivo Resultado do ensaio: curva Tensão-deformação. Determinação de diversas propriedades mecânicas NORMAS: Materiais Metálicos: ASTM E8 e ASTM E8M Polímeros: ASTM D412 (elastômeros), ASTM D638 (termoplásticos), ASTM D882 (termoplásticos –filmes) ENSAIO DE TRAÇÃO Representação esquemática da máquina de ensaio de tração ENSAIO DE TRAÇÃO EXEMPLOS DE CORPOS DE PROVA ENSAIO DE TRAÇÃO EXEMPLOS DE CORPOS DE PROVA MATERIAIS METÁLICOS: NORMAS ASTM E8 e E8M ENSAIO DE TRAÇÃO Curva Tensão versus Deformação (Reversível) (Irreversível) R u y A deformação elástica não é permanente, o que significa que quando a carga aplicada é liberada, o corpo de prova retorna à sua forma original. Curva Tensão versus Deformação área inicial da seção reta transversal Força ou carga TENSÃO NOMINAL OU TENSÃO DE ENGENHARIA DEFORMAÇÃO NOMINAL, DE ENGENHARIA (ENGINEERING STRAIN) OU ALONGAMENTO lo: comprimento original li: comprimento instantâneo Propriedades obtidas na curva Tensão versus Deformação Módulo de elasticidade ou de Young (E). Tensão no escoamento Tensão máxima Tensão na ruptura Ductilidade Resiliência Tenacidade Módulo de Elasticidade ou de Young Módulo de elasticidade ou de Young (E = / ): É a inclinação da curva tensão versus deformação na região elástica. E + rígido é o material ou menor é a deformação elástica. Importante parâmetro de projeto: utilizado no calculo de deformações elásticas. Módulo de Elasticidade ou de Young É a máxima tensão que o material pode suportar sem apresentar deformação permanente após a retirada da carga. Tensão no escoamento (y), Limite de escoamento (LE) ou resistência à tração no escoamento Quando o fenômeno de escoamento é bem definido, a tensão de escoamento (y) corresponderá ao valor máximo de tensão verificado nesta fase. Escoamento Tensão no escoamento (y), Limite de escoamento (LE) ou resistência à tração no escoamento Quando o fenômeno de escoamento não é nitidamente observado, a tensão de escoamento corresponderá à tensão necessária para promover um valor especificado de deformação permanente. Começa a formar o estrangulamento (espescoçamento) do corpo de prova, onde irá ocorrer a fratura É a tensão no ponto máximo da curva Nota: Se esta tensão for aplicada e mantida ocorrerá a fratura do material. É a tensão correspondente a ruptura do material É uma medida do grau de deformação plástica que o material sofre até a fratura. A ductilidade pode ser expressa quantitativamente como alongamento percentual ou como uma redução percentual na área. ALONGAMENTO PERCENTUAL %EL = 100 x (Lf - L0)/L0 Lf: alongamento na fratura (medido no corpo de prova) L0: alongamento inicial. Nota: o valor de L0 deve ser citado. REDUÇÃO PERCENTUAL DE ÁREA E a sua capacidade de um material absorver energia, quando deformado elasticamente, e depois, com a remoção da carga, permitir a recuperação dessa energia. Esse valor corresponde a área total abaixo da região elástica. Ur = 𝑑 𝑦 𝑜 Ur = ½ y Ur = y 2/2E E = / y Ur: J/m3 y : tensão no escoamento E: módulo de elasticidade Tenacidade (ou modulo de tenacidade Ut) Tenacidade é um termo mecânico usado em vários contextos, mas de um modo geral, pode ser definido como sendo a energia necessária para produzir a fratura no material. Geometria da peça e a forma de aplicação da carga afetam o valor da tenacidade - (normalmente avaliado através do ensaio de impacto) ENSAIO DE TRAÇÃO Tensão Verdadeira O formato da curva tensão x deformação define dois tipos de materiais: ENSAIO DE TRAÇÃO Frágil Dúctil Material Frágil Rompe facilmente, sem deformação permanente, ou seja, rompe ainda na fase elástica. Material Dúctil Apresenta um limite de escoamento bem definido. São materiais que podem sofrer grandes deformações antes da ruptura (ex. Cobre, aço de baixo carbono recozido e Alumínio). Comportamento típico. Ex.: aço de baixo carbono recozido Material frágil com comportamento não linear. Ex.: ferro fundido Comportamento elástico e linear até próximo da ruptura. Ex.: materiais cerâmicos e ligas fundidas de elevada dureza. ENSAIO DE COMPRESSÃO Ensaio destrutivo Semelhante ao de tração, com a diferença que a força aplicada é de compressão. mais utilizado em: concreto, cerâmicas, plásticos e compósitos. NORMAS: Materiais Metálicos: ASTM E9 Polímeros: ASTM D695 Dúctil Frágil ENSAIO DE DUREZA Definição: consiste na impressão de uma marca na superfície da amostra feita por uma ponteira (endentador) sob ação de uma dada pressão. Quanto mais macio for o material Maior e mais profundo será a impressão Menor será o índice de dureza. ENSAIO DE DUREZA É uma medida da resistência de um material a uma deformação plástica localizada (impressão ou risco). Ensaio não-destrutivo Simples e barato Algumas propriedades mecânicas podem ser estimadas a partir dos dados de dureza Tipos: Rockwell: ASTM E18 - 11 Standard Test Methods for Rockwell Hardness of Metallic Materials, ASTM D785 - 08 Standard Test Method for Rockwell Hardness of Plastics and Electrical Insulating Material. Brinell: ASTM E10 - 12 Standard Test Method for Brinell Hardness of Metallic Materials Knoop e Vickers: ASTM C1326 - 08e1 Standard Test Method for Knoop Indentation Hardness of Advanced Ceramics, ASTM E384 - 11e1 Standard Test Method for Knoop and Vickers Hardness of Materials. Durometro: ASTM D2240 - 05(2010) Standard Test Method for Rubber Property—Durometer Hardness. ENSAIO DE DUREZA DUREZA ROCKWELL (HR) Método + usado Espessura mínima para ensaio: 10x a profundidade de impressão Vantagens: leitura direta, impressão pequena e rapidez. Desvantagens: várias escalas, requer boa preparação da superfície da amostra DUREZA ROCKWELL (HR) Penetradores (ou endentadores): Esferas de aço endurecidas (1/16, 1/8, ¼ e ½ pol) Cônico de diamante: usado p/ materiais + duros Rockwell • F0 = pré-carga em kgf (10kgf), • F1= carga em kgf (50, 90 e 140kgf) • Ft= carga total (60, 100 e 150kgf) DUREZA ROCKWELL (HR) DUREZA ROCKWELL (HR) HR = E – e Onde: HR = valor da dureza Rockwell e = profundidade permanente causada pela penetração devido à cargamaior F1 (0,002 mm) E = constante que depende do formato do endentador: 100 para endentador de diamante, 130 para endentador de esfera de aço. DUREZA ROCKWELL (HR) DUREZA ROCKWELL (HR) DUREZA ROCKWELL (HR) Exemplos de representação de resultados: • 80 HRB: dureza Rockwell de 80 na escala B NOTA: Não existe a correlação para todos os metais Latão Ferro fundido nodular Aços Análise dos resultados das Propriedades Fatores que afetam os resultados: Amostragem Imprecisão do método Heterogeneidade do material Especificações dos materiais: faixas (dispersão do processo de fabricação) Normas: especificam fatores de segurança Critério de tensões admissíveis para algumas aplicações (exemplos) Equipamento/ Instalação Código/Norma de Projeto Tensão Admissível para Temp. na faixa de fluência Vaso de pressão Permutadores de calor ASME- Seção VIII – Divisão 1 Limite de resistência/3,5 Limite de escoamento/1,6 ASME- Seção VIII – Divisão 2 Limite de resistência/3,5 Limite de escoamento/1,5 Caldeiras ASME- Seção I Limite de resistência/3,5 Limite de escoamento/1,6 Tanques de armazenamento API 650 Min 145 MPa Tubulações em unidades de processo ASME B31.1 Limite de resistência/3,5 Limite de escoamento/1,6
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