Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
............................................................................................................................................................... UNIP Campus Ribeirão Preto Alienação Parental Geraldo Domingos Cossalter Ribeirão Preto Maio 2012. Geraldo Domingos Cossalter Alienação Parental Trabalho apresentado á Professora Juliana Souza Lopes, da disciplina Psicologia Jurídica, da turma DR1B18, série 01, turno manhã, do curso de Direito. Unip Campus Ribeirão Preto Ribeirão Preto, 02 de maio de 2012. SUMÁRIO: 1 )Introdução ......................................................................................................pg 3. 2) Alienação Parental, o que é?................................................................... pg 4,5,6. 3) Lei da Alienação Parental no Brasil.............................................................pg 7,8. 3.1) Alienação Parental / SAP – Síndrome da Alienação Parental................... pg,8. 3.2) Crianças vítimas de SAP..........................................................................pg 8,9. 4) Conclusão.....................................................................................................pg 10. 5) Bibliografia/e-referência................................................................................pg 11. 6) Anexos...........................................................................................pg 11,12,13,14. 1 ) INTRODUÇÃO: Dr.Richard Alan Gardner, norte americano, escritor com mais de 40 livros e mais de 250 artigos publicados na área da psiquiatria infantil, Médico e Professor de psiquiatria infantil da Universidade de Columbia nos Estados Unidos, pesquisou e definiu a AP- Alienação Parental nos anos 80. Faleceu em 2003 aos 72 anos, suicidando-se por perturbações causadas pelo quadro de SDCR-Distrofia Simpático-Reflexa. Durante a pesquisa sobre o tema Alienação Parental, pude conhecer e compreender a ótica no campo da Psicologia e da Legislação, e assim acumular conhecimento suficiente para poder exteriorizá-lo no decorrer deste trabalho. Mesmo separados, os pais devem praticar com sabedoria, atos que aproximem e valorizem os filhos e a si mesmos, fortalecendo laços que irão gerar afinidade e consequente felicidade para todos. Desta forma, podemos afirmar que: ‘’Nenhum de nós é tão bom, quanto todos nós juntos!’’ 2) ALIENAÇÃO PARENTAL, O QUE É? Em 1985 o Dr. Richard Alan Gardner definiu a AP- Alienação Parental, como sendo uma situação em que pais separados, disputam a guarda de um ou mais filhos pequenos ou adolescentes sendo que um dos lados passa a manipular e por consequência condicionar o filho a romper laços de afetividade com o outro lado. Com este rompimento, a criança ou adolescente, desenvolve a ansiedade, temor e medo em relação ao lado que não foi o manipulador. Geralmente o lado que manipula, tende a transferir toda a raiva que nutre pelo ex-conjuge, para o filho, promovendo uma verdadeira lavagem cerebral, difamando, desmoralizando e fazendo-o acreditar que o outro lado é ruim, é mau, é perverso, provocando com isto sentimentos de raiva pelo outro, gerando agressividade e possíveis problemas de relacionamento entre eles. O genitor quando alimenta este tipo de situação tem como motivos, a inveja, ciúme e a vingança e usa o filho para chantagear, a ponto de usar a criança ou adolescente como se fosse uma mercadoria a ser barganhada com o ex-parceiro. Em outras ocasiões, a razão está atrelada a ‘’defesa da honra’’, e em muitas vezes, para não pagar a pensão alimentícia. O genitor que busca afastar o ex-parceiro do relacionamento com o filho, chamamos de ‘’genitor alienante’’ e ao outro lado de ‘’genitor alienado. ’’ Existem estudos da AP desde os anos 40, porém Gardner foi o primeiro a conceitua-la nos anos 80. A Ética, Moral e os Direitos Humanos, são desrespeitados quando praticada a AP, haja vista que os valores de preservação e proteção dos filhos ficam comprometidos, pois ferem a Constituição Federal, em seu artigo 227, bem como o artigo 3 do Estatuto da Criança e do Adolescente, onde são desrespeitados os direitos da criança do adolescente e os deveres da família. Coloca-lo a salvo de discriminação, opressão, crueldade, exploração, bem como promover uma convivência familiar em comunidade e em harmonia, são deveres e obrigações dos pais. Geralmente o ‘’genitor alienante’’ tem a custódia dos filhos e pratica a AP, utilizando diversas formas de denegrir a imagem do ex-parceiro, falando mal dos presentes que ele envia, reclamando, não entregando cartas ou cartões que são enviados, falando mal da situação financeira, inibindo as visitas e controlando horários, sugerindo que se trata de pessoa perigosa, criticando a profissão e alegando que o ex-parceiro não sente falta dos filhos. O ‘’genitor alienante’’, não tem limites e em muitos casos acusa o ex-parceiro de crimes sem medir esforços para transformar o ‘’genitor alienado’’ em alguém que deve ser banido. Imaginemos a situação emocional da criança ou do adolescente, como deve ficar ao receber toda esta carga de informações maliciosas, negativas e mentirosas que acabam se tornando verdades após serem repetidas inúmeras vezes. Geralmente, os filhos passam a ‘’ser propriedade’’ do ‘’genitor alienante’’, ficando para o ‘’genitor alienado’’, o ônus de ser para o filho, o lado ruim que deve ser evitado, aquela pessoa que fará algum mal a qualquer momento. Com este comportamento, o ‘’genitor alienante’’ acaba por desenvolver nos filhos, sentimentos de raiva, temor, medo e rejeição, fazendo com que eles deixem de admirar o ‘’genitor alienado’’. O fato é que com o tempo, o filho irá confundir a realidade com o mundo criado pelo ‘’genitor alienante’’ e a manipulação, irá construir uma realidade que fará parte da vida do filho, o que irá por sua vez, proporcionar uma condição de destruição para ele. A vítima da AP, em determinado momento, poderá confundir a situação, passando a viver um mundo criado, como se fosse real. A verdade e a mentira não mais são distinguidas pelo ‘’genitor alienante’’, implantando-se assim falsas memórias no filho. Tal situação pode ser vivida tanto conscientemente quanto inconscientemente, o que irão proporcionar a criação de personagens fantasiosos para o filho. Os filhos são as principais vítimas da AP, pois todos os traumas decorrentes da disputa entre os genitores resultam em sofrimento emocional, que poderá ter reflexos negativos em sua vida futura. Normalmente, o ‘’genitor alienante’’, passa o tempo todo, utilizando tais procedimentos, como forma de treinar o filho, para poder com isto, obter a sua ‘’vingança’’ contra o ‘’genitor alienado’’, sem levar em conta que o principal alvo, aquele que sofrerá todas as consequências negativas desta relação, será a criança ou o adolescente. Existem muitos dados, que afirmam que a mãe pratica mais a AP do que o pai, entretanto, prefiro não entrar neste mérito, pois o foco principal deste trabalho, está voltado para a vítima, para o filho, que sofre em detrimentoda separação dos pais, e novamente é brutalmente afetado com a prática da AP. Obviamente que existem pais que separam-se e conseguem manter um equilíbrio familiar, porém, não podemos nos esquecer que a fragilidade emocional do filho, está presente em todo processo de separação, e pais que praticam a AP, precisam ser orientados e responsabilizados, pois os filhos não podem ser vitimas de atos a práticas irresponsáveis, empregadas justamente por aqueles pais que se esquecem que eles são o fruto do amor, fruto este que não pôde ser concebido por apenas um deles, mas que foi concebido em um momento de doação, em um momento de amor entre eles. Para o Desembargador Caetano Lagrasta Neto, em sugestivo artigo "Parentes: guardar e alienar" diz que: "a criança submetida a abuso emocional não escapará durante a vida às sequelas ou à instalação de moléstia crônica - ao contrário do que, algumas vezes, ocorre com os abusos sexuais ou físicos, nada obstante chamem estes de forma doentia a atenção da mídia e do público politicamente alienado." Os genitores são os grandes responsáveis pela formação do filho e infelizmente ao praticarem a AP,contribuem para que estes sofram de doenças psicológicas, e o que é pior, ao invés de proporcionarem felicidade aos filhos, tornam-se agentes danificadores que geram e formam adultos infelizes e muitas vezes incapazes de decidir situações simples, tornam-se incapazes de promover a própria vida, a própria felicidade. 3) A LEI DA ALIENAÇÃO PARENTAL NO BRASIL: Sancionada pelo então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a lei 12.318/2010, é conhecida como SAP, lei da Síndrome da Alienação Parental, tem como premissa, proteger as vítimas de AP, de pais, avós ou responsáveis pela criação e subsistência destes. Em situações que surgem vítimas de AP, aparece a figura do Psicólogo Jurídico com a importante missão de detectar o grau em que se encontra o emocional da vítima, bem como colher dados que possam caracterizar ou não, procedimentos errados que foram impostos á criança ou adolescente pelo ‘’genitor alienante’’. Com este importante trabalho do Psicólogo Jurídico, o Juiz passa a ter compreensão da gravidade da situação emocional/psicológica da vítima, para com isto tomar decisões que venham socorrer de forma correta a criança ou adolescente que vivencia a AP, bem como responsabilizar o ‘’genitor alienante’’. O Psicólogo Jurídico, também entrevista as partes, no caso os genitores para obter dados que consigam concretizar de forma transparente e precisa a realidade vivida pela família em questão. O laudo da perícia é baseado em ampla avaliação, incluindo-se exames de documentos dos autos e histórico do relacionamento do casal e da separação, a cronologia dos incidentes, avaliação da personalidade dos envolvidos e um exame da forma como a vítima se manifesta em referência á acusação contra o genitor. Como podemos ver, o Juiz decidirá e poderá impor ao alienador as seguintes sanções: I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; III - estipular multa ao alienador; IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; VII - declarar a suspensão da autoridade parental. Mais importante do que qualquer tipo de sanção imposta ao ‘’genitor alienante’’, temos que ter em mente, que somente com a orientação e tratamento psicológico, poderemos modificar este quadro, onde anualmente, o número de vitimas de SAP é muito maior do que podemos mensurar. 3.1) ALIENAÇÃO PARENTAL E SAP –SINDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL: A AP é a implantação de ‘’falsas memórias’’, é a lavagem cerebral ou programação das crianças e do adolescente contra o ‘’genitor alienado’’ ou ás pessoas que possam lhe garantir bem estar e desenvolvimento, implantando neles sentimentos de ódio e repúdio. Por sua vez, a SAP, é o conjunto de sintomas diagnosticados, que podem ser estendidos ás pessoas do convívio da criança ou do adolescente, onde são submetidos á tortura mental ou física, que o impeçam de amar ou mesmo de demonstrar qualquer tipo de sentimento pelo ‘’alienado’’, sempre cooperando com o ‘’alienador’’. 3.2) CRIANÇAS VÍTIMAS DE SAP: Crianças vítimas de SAP, poderão apresentar distúrbios psicológicos como depressão, ansiedade e pânico. Utilizar drogas e álcool como forma de aliviar a dor e culpa da alienação. Cometer suicídio. Apresentar baixa autoestima. Não conseguir uma relação estável, quando adultas. Possuir problemas de gênero, em função da desqualificação do genitor atacado. A síndrome da alienação parental é um tema bastante discutido fora e dentro do Brasil e por inúmeras razões, os pais tem a importante missão de compreender os filhos, mesmo que não seja em situação de separação. Os genitores devem evitar situações de conflito, devem proteger o filho e devem promover a sua integridade psicológica. O correto é buscar ajuda psicológica e jurídica para que o problema seja resolvido, sem nunca esperar que a SAP desapareça por si só. A informação sobre a SAP é muito importante para garantir aos filhos o direito ao desenvolvimento saudável, ao convívio familiar e a participação de ambos os genitores em sua vida. A Alienação Parental não é um problema somente dos genitores separados, é um problema social, que, silenciosamente, traz consequências ruins para as gerações futuras. A informação sobre a AP garantirá aos filhos um desenvolvimento correto, dentro do seio da família, sempre com a participação dos dois genitores, afinal os filhos necessitam de ambos. Segundo dados estatísticos, 80% dos filhos de pais separados, já sofreram algum tipo de AP, portanto, cabe aos adultos a resolução de uma questão delicada e de extrema importância para a concretização de uma família feliz! 4) CONCLUSÃO: Diante de tantos abusos cometidos contra a criança e o adolescente, chego ao extremo de acreditar que a AP talvez seja pior que uma guerra, em que o sofrimento humano é a moeda de troca diante do interesse individual, e no caso da AP a moeda de troca é o fruto do amor de um casal, o filho! É assustador quando nos deparamos com famílias sendo desfiguradas e degradadas, com filhos sofrendo devido à incapacidade de compreensão dos pais, de que os frutos do seu amor, estão sendo condenados ao sofrimento emocional e físico, em virtude de uma atitude mesquinha e egoísta, para satisfazer um capricho pessoal, que não levará á lugar algum. Do alto da arrogância da superioridade humana, tais genitores, se esquecem de que um dia foram indefesos e vivem sem nunca enxergar, que somos diferentes e portanto, temos necessidades diferentes. Quando ainda pequenos, dependemos de genitores que nos inspirem, que nos façam crer que temos os melhores pais do mundo, para que possamos honra-los com amor e acima de tudo, com gratidão! Inconsequentes e ‘’semmemória’’, pois ao praticarem a AP, rejeitam o maior fruto da humanidade, rejeitam o maior dom da humanidade, rejeitam a vida, rejeitam o amor! ‘’Feliz é aquele que ama os genitores, mesmo tendo sido vítima da AP, sábios os genitores que não a praticam e corajosos aqueles que a combatem.’’ 5) BIBLIOGRAFIA: Silva, Beatriz Tavares da; Neto, Theodureto de Almeida Camargo; Grandes Temas de Direito de Família e das Sucessões; Saraiva; São Paulo, 01/03/2011. E. REFERÊNCIA: http://www.alienacaoparental.com.br-acessado em 23/04/12. 6) ANEXO LEI Nº 12.318, DE 26 DE AGOSTO DE 2010. Dispõe sobre a alienação parental e altera o art. 236 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 Esta Lei dispõe sobre a alienação parental. Art. 2 Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros: I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; II - dificultar o exercício da autoridade parental; III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. Art. 3 A prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda. Art. 4 Declarado indício de ato de alienação parental, a requerimento ou de ofício, em qualquer momento processual, em ação autônoma ou incidentalmente, o processo terá tramitação prioritária, e o juiz determinará, com urgência, ouvido o Ministério Público, as medidas provisórias necessárias para preservação da integridade psicológica da criança ou do adolescente, inclusive para assegurar sua convivência com genitor ou viabilizar a efetiva reaproximação entre ambos, se for o caso. Parágrafo único. Assegurar-se-á à criança ou adolescente e ao genitor garantia mínima de visitação assistida, ressalvados os casos em que há iminente risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da criança ou do adolescente, atestado por profissional eventualmente designado pelo juiz para acompanhamento das visitas. Art. 5 Havendo indício da prática de ato de alienação parental, em ação autônoma ou incidental, o juiz, se necessário, determinará perícia psicológica ou biopsicossocial. § 1 O laudo pericial terá base em ampla avaliação psicológica ou biopsicossocial, conforme o caso, compreendendo, inclusive, entrevista pessoal com as partes, exame de documentos dos autos, histórico do relacionamento do casal e da separação, cronologia de incidentes, avaliação da personalidade dos envolvidos e exame da forma como a criança ou adolescente se manifesta acerca de eventual acusação contra genitor. § 2 A perícia será realizada por profissional ou equipe multidisciplinar habilitados, exigido, em qualquer caso, aptidão comprovada por histórico profissional ou acadêmico para diagnosticar atos de alienação parental. § 3 O perito ou equipe multidisciplinar designada para verificar a ocorrência de alienação parental terá prazo de 90 (noventa) dias para apresentação do laudo, prorrogável exclusivamente por autorização judicial baseada em justificativa circunstanciada. Art. 6 Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso: I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; III - estipular multa ao alienador; IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; VII - declarar a suspensão da autoridade parental. Parágrafo único. Caracterizado mudança abusiva de endereço, inviabilização ou obstrução à convivência familiar, o juiz também poderá inverter a obrigação de levar para ou retirar a criança ou adolescente da residência do genitor, por ocasião das alternâncias dos períodos de convivência familiar. Art. 7 A atribuição ou alteração da guarda dar-se-á por preferência ao genitor que viabiliza a efetiva convivência da criança ou adolescente com o outro genitor nas hipóteses em que seja inviável a guarda compartilhada. Art. 8 A alteração de domicílio da criança ou adolescente é irrelevante para a determinação da competência relacionada às ações fundadas em direito de convivência familiar, salvo se decorrente de consenso entre os genitores ou de decisão judicial. Art. 9 ( VETADO) Art. 10. (VETADO) Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 26 de agosto de 2010; 189º da Independência e 122º da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto Paulo de Tarso Vannuchi
Compartilhar