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AULAS DIGITADAS - TGP

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4
TEORIA GERAL DO PROCESSO
Prof. Ricardo A B Hajel 
1ª. aula – 07/02/14
Panorama geral
Estado – Poder – Uno
Poder = função = Legislativa, administrativa e jurisdicional 
Função jurisdicional = solucionar conflitos 
Conflito = litígio = lide
Litígio = conflito de interesses ( pretensão ------ resistência)
Para solucionar os conflitos é preciso provocar o judiciário (art. 2º. Do CPC – princípio da inércia). (Art. 2º  Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais)
A forma de provocar o judiciário é através do PROCESSO – instrumento da jurisdição.
O processo segue um RITO – que é o procedimento de como irá se desenvolver o processo (rito ordinário, sumário, etc)
“O processo materializa a lei – dá vida ao direito material descumprido”
AÇÃO – direito do cidadão de agir – provocar o judiciário
AÇÃO é diferente de PROCESSO – ação é direito de agir e processo é instrumento da jurisdição.
Vide artigo 5º, XXXV, da CF/88 – (a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito)
RESUMINDO:
AÇÃO ---- PROCESSO ---- PROCEDIMENTO
2ª. aula – 14/02/14
Meios de solução do conflito:
1. autotutela – imposição da solução pela “força”, seja física, psicológica, moral, etc.
Exemplos: legítima defesa, estado de necessidade, esbulho possessório, greve, cortar a árvore que o vizinho plantou e que está destruindo o seu muro.
2. autocomposição
mediação - um terceiro, escolhido pelas partes, irá propor uma solução, que as partes não são obrigadas a aceitar.
Arbitragem – as partes firmam um contrato, no qual há uma cláusula arbitral ou cláusula de arbitragem, ou seja, que eventuais divergências desse contrato serão decididas por um árbitro, escolhido pelas partes, cuja decisão é chamada de “sentença arbitral” e obriga as partes a cumpri-la. 
A cláusula arbitral nasce com o contrato, mas o compromisso arbitral aparece no curso da execução do contrato.
3. jurisdição
Quando as partes não se compõem, seja pela autotutela ou pela autocomposição, buscam no Poder Judiciário uma solução para seus conflitos.
Lide, em geral, é conflito de interesses, mas há lides onde os interesses são convergentes (ex. separação consensual)
Definição dadas pelo professor: “lide – conflito de interesses onde de um lado há uma pretensão e do outro lado há uma resistência. Em regra a jurisdição é exercida em razão de uma lide, ou seja, pressupõem um conflito. Todavia, existem hipóteses em que a jurisdição é movimentada não em virtude de conflito, mas sim em decorrência de interesses convergentes, ou de situação que por lei exige a intervenção judicial”
“Jurisdição é o poder/dever do Estado em solucionar conflitos de interesses, aplicando a norma (direito material) ao caso concreto.”
Direito material – regras de vida em sociedade, ou seja, relação jurídica intersubjetiva. 
CARACTERISTICAS DA JURISDIÇÃO
1. INÉRCIA
A Jurisdição só atua quando provocada pela parte interessada.
Justificativa: para assegurar a imparcialidade do Juiz e para incentivar os meios alternativos de solução dos conflitos.
Art. 2º do CPC – “Art. 2º  Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais.”
Excepcionalmente, em algumas hipóteses previstas em lei, o juiz atua de ofício (independente de provocação). 
Exemplos
Art. 989 do CPC 
“Art. 989. O juiz determinará, de ofício, que se inicie o inventário, se nenhuma das pessoas mencionadas nos artigos antecedentes o requerer no prazo legal.”
Art. 1.113 do CPC 
“Art. 1.113. Nos casos expressos em lei e sempre que os bens depositados judicialmente forem de fácil deterioração, estiverem avariados ou exigirem grandes despesas para a sua guarda, o juiz, de ofício ou a requerimento do depositário ou de qualquer das partes, mandará aliená-los em leilão.
§ 1o Poderá o juiz autorizar, da mesma forma, a alienação de semoventes e outros bens de guarda dispendiosa; mas não o fará se alguma das partes se obrigar a satisfazer ou garantir as despesas de conservação.
§ 2o Quando uma das partes requerer a alienação judicial, o juiz ouvirá sempre a outra antes de decidir.
§ 3o - Far-se-á a alienação independentemente de leilão, se todos os interessados forem capazes e nisso convierem expressamente.”
Art. 1129 do CPC
“Art. 1.129. O juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer interessado, ordenará ao detentor de testamento que o exiba em juízo para os fins legais, se ele, após a morte do testador, não se tiver antecipado em fazê-lo. 
Parágrafo único. Não sendo cumprida a ordem, proceder-se-á à busca e apreensão do testamento, de conformidade com o disposto nos arts. 839 a 843.”
CLT – no processo trabalhista o Juiz pode iniciar o processo de execução de ofício.
2. SUBSTITUTIVIDADE
O Poder Judiciário, ao exercer a jurisdição, em regra, substitui as partes na solução do conflito
3. DEFINITIVIDADE
Em regra, as decisões proferidas pela jurisdição são definitivas, gerando “coisa julgada material”. Esta decisão definitiva, que não pode ser rediscutida, é atributo exclusivo da jurisdição.
Não havendo nenhum tipo de mecanismo processual, ou seja, o processo não pode mais ser movimentado (objeto de recurso), a decisão se torna definitiva, ou seja, faz “coisa julgada material”
Todavia, existem exceções.

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