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EDUARDO FREIRE DA COSTA 1 Acadêmico: Eduardo Freire da Costa DIREITO CONSTITUCIONAL INTERVENÇÃO Os artigos 34, 35 (ambos versam sobre os pressupostos materiais) e 36 (versa sobre os pressupostos formais) da CF/88 tratam das hipóteses de intervenção federal/estadual e seus procedimentos, na verdade são poucos artigos mas se lidos isoladamente sem uma boa doutrina talvez fique um pouco confuso. E o objetivo de hoje é trazer para vocês, a explicação do referido assunto a fim de facilitar a leitura do texto constitucional. Introdução: A intervenção é uma medida excepcional, de natureza política, consistente na possibilidade de afastamento temporário da autonomia política do ente federativo (Estados-membros, Distrito Federal e Municípios) quando verificadas as hipóteses taxativamente previstas na Constituição (rol taxativo – numerus clausus – atenção à EC 29, Art. 34, inciso VII, alínea e). Essa intervenção está prevista na CF/88 e visa mormente a preservação da própria unidade da Federação (pacto federativo). Somente podem ser ativos (agentes ativos) de intervenção a União e os Estados- membros. Quando a União intervém em dado Estado, é como se todos os Estados estivessem agindo conjuntamente; a União está agindo em nome da Federação (Estado Federal). A União tem somente competência para intervir nos Estados e no DF. Em hipótese nenhuma a União poderá intervir em Municípios localizados em Estado-membro. A União somente poderá intervir em Município se estiver localizado em Território Federal. Os Estados são competentes unicamente para a intervenção nos Municípios situados em seu território. Dicas importantes! 1) A intervenção funciona como meio de controle de constitucionalidade, pois serve como uma forma coercitiva para que haja o reestabelecimento da obediência à CF/88 por parte dos entes federativos. 2) A decretação da intervenção (Decreto Interventivo) é um ato político, executado sempre, exclusivamente, pelo Chefe do Poder Executivo (Presidente da República ou Governador do Estado). EDUARDO FREIRE DA COSTA 2 Uma pergunta interessante que em raríssimas doutrinas encontraremos: A União pode sofrer intervenção? NÃO! Ela não pode sofrer intervenção nem mesmo por aqueles órgãos internacionais o qual o Brasil faz parte, pois isso iria ferir de morte a ideia de soberania do Estado Brasileiro. No começo do texto, vimos que a intervenção afasta de modo temporário a autonomia dos entes que possam sofrer essa medida drástica. Mas o que realmente significa dizer que um ente federado detém autonomia? Ora, essa palavra (autonomia) nos traz 4 (quatro) características: a) Auto-organização: É a possibilidade de os estados elaborarem suas próprias constituições e, no caso dos Municípios e do DF, suas Leis Orgânicas; b) Autogoverno: Cada ente federativo tem liberdade para eleger seus próprios governantes (Governadores, Prefeitos, Deputados e Vereadores); c) Autolegislação: Cada ente federado pode editar suas próprias leis, de acordo com as competências fixadas pela Constituição Federal; d) Autoadministração: Capacidade que os entes possuem para dirigirem os seus próprios órgãos e serviços públicos e de exercerem suas competências, sem interferência de outro ente. Então, havendo a intervenção, essas 4 (quatro) características serão afastadas do ente federativo que sofreu essa medida. Importante!!! São basicamente 3 (três) princípios que regem a intervenção: a) Princípio da excepcionalidade ou da não-intervenção: A regra é que um ente não pode intervir em outro. A intervenção de um ente em outro é excepcional. Somente fatos de enorme gravidade justificam essa medida extrema; b) Princípio da temporariedade: A intervenção só deve durar o tempo que for estritamente necessária; c) Princípio da proporcionalidade: A intervenção só ocorrerá se for uma medida proporcional ao caso concreto. Aqui nesse princípio, peço que prestem atenção para 3 (três) quesitos que mostrarão se a situação é ou não é proporcional. Vamos a eles! A intervenção é adequada para o fim que se busca? A intervenção é necessária para o fim visado? A intervenção é balanceada para o fim que se almeja? EDUARDO FREIRE DA COSTA 3 Se a resposta for “SIM” para todas as 3 (três) perguntas, saberemos que a intervenção é proporcional, porém se pelo menos 1 (uma) pergunta for “NÃO”, a intervenção será desproporcional. A título de curiosidade, nunca houve intervenção federal desde a promulgação da CF/88 – já houve decretação, mas na prática nada aconteceu. A maioria dos processos, em tramitação no STF, que pede a decretação de intervenção “morre” quando chega na avaliação do princípio da proporcionalidade. Observações: * Relembrando o assunto que se refere ao Poder Constituinte, mais precisamente nas limitações do poder de reforma do Poder Constituinte Reformador. Temos a limitação circunstancial que nos diz que a CF/88 não pode ser alterada (emendada) nos momentos de extrema gravidade, nos quais a livre manifestação do poder reformador possa estar ameaçada (um desses momentos é a intervenção). Então não esqueçam, a CF/88 não poderá ser alterada (emendada) na vigência de intervenção federal!!! * O instituto da intervenção não pode ser fundamento para a postulação de que há uma hierarquização entre os órgãos federativos, pois não há hierarquia entres os entes federativos. Quando a União age, ela está agindo em nome de todos. __________________________________________________________________________ Procedimentos para a Intervenção Federal A decretação e execução da intervenção federal é competência privativa do Presidente da República (CF, art. 84, X). O decreto de intervenção deve especificar a amplitude, o prazo, as condições de execução e, se for o caso, nomear o interventor (CF, art. 36, § 1.º). A nomeação do interventor se faz necessária apenas nas hipóteses de intervenção no Poder Executivo, ou neste e no Poder Legislativo. Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas poderão voltar a seus cargos, salvo se houver algum outro impedimento legal (CF, art. 36, § 4.º). A intervenção federal poderá ser espontânea (de ofício) ou provocada. - Intervenção federal espontânea (de ofício) = Por iniciativa própria, o Chefe do Poder Executivo, dentro do seu juízo de discricionariedade (conveniência e oportunidade), decide pela intervenção e, de ofício, a executa, independentemente de provocação de outros órgãos. EDUARDO FREIRE DA COSTA 4 Hipóteses de intervenção federal espontânea: a) Para a defesa da unidade nacional (CF, art. 34, I e II); b) Para a defesa da ordem pública (CF, art. 34, III); c) Para a defesa das finanças públicas (CF, art. 34, V). - Intervenção federal provocada: Na intervenção provocada, a medida depende de provocação de algum órgão ao qual a Constituição conferiu tal competência. Nessas hipóteses, não poderá o Chefe do Executivo tomar a iniciativa e executar de ofício, a medida. A provocação poderá ser mediante solicitação ou requisição. Nos casos de solicitação, o Chefe do Executivo não estará obrigado a decretar a intervenção. Ao contrário, diante de requisição, o Chefe do Executivo não dispõe de discricionariedade, isto é, estará obrigado a decretar a intervenção, sob pena de responder por crime de responsabilidade. São os seguintes órgãos que receberam a incumbência constitucional de iniciar o processo de intervenção: a) Poder Legislativo (Assembleia Legislativa estadual ou a Câmara Legislativado DF) ou o Poder Executivo local (Governador de Estado ou Governador do Distrito Federal) – Esses poderes sendo coagidos ou ameaçados poderão solicitar a intervenção. b) STF – Caso o Poder Judiciário local esteja sendo coagido, o Tribunal de Justiça respectivo deverá solicitar ao STF que faça a requisição, se entender cabível, para o Presidente da República. c) STF, STJ ou TSE – No caso de desobediência à ordem ou decisão judicial, a intervenção dependerá da requisição de um desses tribunais ao Presidente da República, de acordo com a origem da decisão descumprida detalhada a seguir: Descumprimento de ordem ou decisão da Justiça Eleitoral, caberá ao TSE a requisição; Descumprimento de ordem ou decisão do STJ, caberá ao próprio STJ a requisição; Descumprimento de ordem ou decisão do STF, Justiça do Trabalho ou da Justiça Militar, caberá ao STF a requisição; Descumprimento de ordem ou decisão da Justiça Federal ou da Justiça Estadual, estando envolvidas exclusivamente questões legais (infraconstitucionais), caberá a requisição ao STJ (porque essas decisões, em tese, somente estariam sujeitas a recurso especial ao STJ, não a recurso extraordinário ao STF). Caso o descumprimento seja de ordem ou decisão que envolva matéria constitucional, a competência para a requisição será do STF (porque caberia recurso extraordinário dessas decisões ao STF). EDUARDO FREIRE DA COSTA 5 d) Procurador-Geral da República – No caso de recusa à execução de lei federal e de ofensa aos “princípios sensíveis” (CF, art. 34, Inciso VII, alíneas a, b, c, d, e), a intervenção dependerá de representação interventiva (Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva) do PGR perante o STF. Na primeira hipótese – recusa à execução a lei federal – teremos a ação de executoriedade de lei federal, porque visa obrigar o ente federado ao cumprimento da lei. No segundo caso – ofensa aos princípios sensíveis – teremos a representação interventiva ou ADI Interventiva, pois visa que o Poder Judiciário declare a inconstitucionalidade do ato ilegítimo praticado pelo ente federado. O quórum mínimo para começar a sessão do STF que prolatará a decisão da representação interventiva é de 8 (oito) Ministros. Para prolatar a decisão tem que haver a decisão de no mínimo 6 (seis) Ministros (maioria absoluta). O STF, por decisão de maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida liminar na representação interventiva (trata-se de importante inovação da lei nº 12.562/2011 em seu art. 5.º, pois antes se afirmava ser incabível liminar em ADI Interventiva). Negado o provimento à representação STF arquiva o processo; Dado provimento à representação STF determina que no prazo improrrogável de 15 dias, o Presidente da República expeça o Decreto Interventivo. Observação: A decisão do STF que julgar procedente ou improcedente o pedido da representação interventiva formulado pelo PGR é irrecorrível e insuscetível de impugnação por ação rescisória. DECRETO INTERVENTIVO: O decreto interventivo especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução da intervenção e, se for o caso, nomeará temporariamente o interventor, com o consequente afastamento das autoridades locais de suas funções (CF, art. 36, I). A intervenção pode, ou não, implicar necessidade de nomeação de interventor. Com efeito, a intervenção poderá atingir diferentes órgãos do ente federado. Assim, se a intervenção ocorrer no Poder Executivo, a nomeação do interventor será necessária, para que ele exerça as funções do governador. Diferentemente, caso a intervenção restrinja-se ao Poder Legislativo, tornar-se-á desnecessário haver um interventor, desde que o ato de intervenção atribua, desde logo, as funções legislativas ao chefe do Poder Executivo local. Se a intervenção abranger os Poderes Executivo e Legislativo, a nomeação de interventor será necessária, para que ele assuma as funções executivas e legislativas. Nas hipóteses de intervenção não vinculada (espontâneas e provocadas mediante solicitação), o Presidente da República ouvirá os Conselhos da República (CF, art. 90, I) e de Defesa Nacional (CF, art. 91, § 1.º, II), que opinarão a respeito (funciona como uma espécie de controle prévio). A manifestação dos Conselhos não obriga o Presidente da República, são meramente opinativos. Ouvidos tais Conselhos, decidirá o Presidente da República, discricionariamente, sobre a decretação da intervenção. EDUARDO FREIRE DA COSTA 6 A intervenção será sempre temporária e, cessados os seus motivos, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal (CF, art. 36, § 4.º). O impedimento legal das autoridades locais poderá advir, dentre outros motivos, do término normal dos mandatos (fator tempo), da cassação dos mandatos ou da suspensão ou perda dos direitos políticos (o que impede o prosseguimento do mandato). Nesses casos, cessada a intervenção, deverão assumir os cargos as autoridades que a Constituição do ente federado indicar como sucessor. CONTROLE POLÍTICO: O decreto presidencial de intervenção deverá ser submetido à apreciação do Congresso Nacional no prazo de vinte e quatro horas. Se o Congresso estiver em recesso, será convocado extraordinariamente, no mesmo prazo de vinte e quatro horas. Importante destacar que o chefe do Executivo não solicita autorização ao Congresso Nacional para decretar a intervenção. Ele decreta a intervenção e as medidas interventivas já começam a ser praticadas desde a decretação. Em seguida, ele submete a medida adotada à apreciação do Congresso Nacional, que a aprovará, por decreto legislativo, ou determinará a sua suspensão. Por isso o texto constitucional diz que compete ao Congresso Nacional “aprovar” ou “suspender” a intervenção federal (art. 49, IV). Como se vê, a apreciação do Congresso Nacional envolve julgamento de aprovação ou rejeição (homenagem ao sistema de freio e contrapeso). A aprovação é efetivada mediante a expedição de um decreto legislativo pelo Congresso Nacional. Caso o Congresso Nacional não aprove a decretação da intervenção, esta passará a ser ato inconstitucional, e deverá cessar imediatamente, porque, se for mantida, constituirá atentado contra a autonomia do ente federado, caracterizando crime de responsabilidade do Presidente da República. Porém, nem todo decreto interventivo será apreciado pelo Poder Legislativo. Não há controle político do Congresso Nacional naquelas hipóteses de intervenção decididas pelo Poder Judiciário, em que o Presidente da República é provocado mediante requisição, cabendo-lhe meramente adotar a medida interventiva (atividade vinculada). Com efeito, conforme visto anteriormente, nas hipóteses previstas no art. 34, VI (prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial) e VII (ofensa aos princípios sensíveis), o controle político pelo Legislativo será dispensado, e o decreto de intervenção limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade, isto é, se for suficiente para eliminar a ofensa aos princípios constitucionais indicados (CF, art. 36, § 3.º). Contudo, se a normalidade não puder ser restabelecida pela simples suspensão do ato, o decreto não se limitará a essa providência, devendo especificar quantas forem necessárias ao restabelecimento da normalidade. Não se trata de faculdade do Presidente da República, mas de obrigação a ele imposta, porquanto as hipóteses citadas são de requisição feita por tribunal do Poder Judiciário. Note-se que a Constituição Federalsó dispensa a apreciação do Congresso Nacional nas hipóteses do art. 34, VI (prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial) e VII (ofensa aos princípios sensíveis), que são casos de intervenção provocada a partir de requisição do Poder Judiciário. Porém, entendo que a desnecessidade de apreciação do decreto interventivo pelo Congresso Nacional alcança, também, a hipótese do art. 34, IV ("garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação"), quando a coação for contra o Poder Judiciário local. Isso porque, EDUARDO FREIRE DA COSTA 7 nessa situação, a decretação da intervenção dependerá de requisição do Supremo Tribunal Federal, não fazendo sentido, portanto, falar-se em ulterior controle da decisão da Corte Maior pelo Congresso Nacional. Essa me parece ser a correta interpretação, diante da omissão do legislador constituinte. CONTROLE JURISDICIONAL: Não existe, propriamente, controle jurisdicional sobre o ato de intervenção, tampouco sobre esta, haja vista tratar-se de ato de natureza eminentemente política, insuscetível de apreciação pelo Poder Judiciário. Entretanto, poderá haver fiscalização do Poder Judiciário nas hipóteses de manifesta violação às normas constitucionais que regulam o procedimento etc. __________________________________________________________________________ Procedimentos para a Intervenção Estadual Os Estados-membros poderão intervir nos municípios localizados em seu território, mediante a expedição de decreto interventivo pelo Governador. As hipóteses que autorizam a intervenção estadual estão enumeradas no art. 35, CF/88. Na hipótese de intervenção prevista no inciso IV do art. 35, a decretação da intervenção dependerá de provimento pelo Tribunal de Justiça de representação interventiva (ADI Interventiva) pelo Procurador-Geral de Justiça, e, nos termos do art. 36, § 3º, será dispensada a apreciação pela Assembleia Legislativa. As mesmas regras atinentes à intervenção federal servem para a intervenção estadual (decreto do Chefe do Executivo, controle político pelo Legislativo, temporalidade etc) em homenagem ao princípio da simetria. A decisão do Tribunal de Justiça na representação interventiva reveste-se de caráter político-administrativa (e não jurisdicional), sendo, portanto, definitiva. Logo, por se tratar de uma decisão político-administrativa proferida pelo Poder Judiciário, contra ela não cabe recurso extraordinário já que não existe uma “causa judicial”. Súmula 637 – STF: “Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de Tribunal de Justiça que defere pedido de intervenção estadual em Município.” Vale ressaltar que a Constituição Estadual não pode trazer outras situações de intervenção estadual diferentes daquilo que foi insculpido na CF/88 (STF. Plenário. ADI 336, Rel. Min. Eros Grau, julgado em 10/02/2010). Julgado do STF recorrente em provas de concursos, atenção! O não-pagamento de precatório pode, em tese, ensejar intervenção federal? SIM. O fato do Estado-membro deixar de pagar precatório configura descumprimento de decisão judicial transitada em julgado e, portanto, pode, em tese, autorizar a intervenção federal com base no art. 34, VI, 2ª parte, da CF/88. EDUARDO FREIRE DA COSTA 8 O simples não-pagamento de precatório já enseja a intervenção federal? NÃO. Segundo a jurisprudência consolidada do STF, é pressuposto indispensável ao acolhimento da intervenção federal que reste demonstrada a atuação estatal voluntária e dolosa com objetivo de descumprir decisão judicial transitada em julgado. Em outras palavras, é necessário que tenha havido, por parte do Estado, descumprimento voluntário e intencional da decisão judicial. A ausência de conduta dolosa do ente estatal em descumprir a ordem judicial não autoriza o deferimento do pedido de intervenção. Se ficar demonstrado que o Estado-membro não pagou os precatórios por conta de dificuldades financeiras, tal circunstância revela, segundo o STF, que não houve intenção estatal de se esquivar ao pagamento. (STF. Plenário. IF 5101/RS, IF 5105/RS, IF 5106/RS, IF 5114/RS, rel. Min. Cezar Peluso, 28/3/2012). O que significa precatório? Após obter o ganho de causa contra o Poder Público, o titular do direito resguardado com a ação judicial passa a ser detentor de um título, denominado de Precatório. Precatório, portanto, nada mais é que o reconhecimento judicial de uma dívida que o ente público tem com o autor da ação, seja ele pessoa física ou jurídica. Os precatórios podem ser de natureza alimentar – quando decorrem de ações judiciais como as referentes a salários, pensões, aposentadorias e indenizações por morte ou invalidez – ou de natureza não alimentar – quando decorrem de ações de outras espécies, como as referentes a desapropriações e tributos.
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