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Direito Constitucional I NACIONALIDADE Nacionalidade – conceito Vínculo jurídico-político que liga um indivíduo a determinado Estado, fazendo com que esse indivíduo passe a integrar o povo daquele Estado e, por consequência, desfrute de direitos e submeta-se a obrigações. Espécies de Nacionalidade Primária ou originária (involuntária) é imposta de maneira unilateral, independentemente da vontade do indivíduo. Secundária ou adquirida (voluntária) é aquela que se adquire por vontade própria, depois do nascimento, normalmente pela naturalização, que poderá ser requerida tanto pelos estrangeiros como pelos apátridas (heimatlos). Nacionalidade Primária – critérios para sua aquisição ius sanguinis o que interessa para a aquisição da nacionalidade é o sangue, a filiação, a ascendência, pouco importando o lugar onde o indivíduo nasceu. ius solis ou critério da territorialidade o que importa é o local do nascimento. Nacionalidade Secundária – conflito de nacionalidade Positivo polipátrida (multinacionalidade – depende das regras do seu país); Negativo apátrida (não é tolerável, já que a Declaração Universal dos Direitos Humanos assegura a toda pessoa o direito a uma nacionalidade). Brasileiro nato ius solis – art. 12, I, “a” da CF/88; ius sanguinis + serviço do Brasil – art. 12, I, “b” da CF/88; ius sanguinis + registro – art. 12, I, “c”, 1ª parte, da CF/88; ius sanguinis + opção confirmativa – art. 12, I, “c”, 2ª parte, da CF/88 – nacionalidade potestativa. Brasileiro nato Art. 12. São brasileiros: I - natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; ius solis Brasileiro nato Art. 12. São brasileiros: I – [...] b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; ius sanguinis + serviço do Brasil Brasileiro nato Art. 12. [...] I – [...] [...] c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007) ius sanguinis + registro (1ª parte) Brasileiro nato Art. 12. [...] I – [...] [...] c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007) ius sanguinis + opção confirmativa (2ª parte) Brasileiro naturalizado Naturalização: 1. Tácita (ou “grande naturalização”) – art. 69, §4º da CF de 1891 2. Expressa 2.1. ordinária – art. 12, II, “a” da CF/88 2.2. extraordinária – art. 12, II, “b” da CF/88 1. Naturalização tácita Art. 69 - São cidadãos brasileiros: [...] §4º. Os estrangeiros, que achando-se no Brasil aos 15 de novembro de 1889, não declararem, dentro em seis meses depois de entrar em vigor a Constituição, o ânimo de conservar a nacionalidade de origem; 2. Naturalização expressa Estatuto do Estrangeiro – Lei nº. 6.815/80: Art. 115. O estrangeiro que pretender a naturalização deverá requerê-la ao Ministro da Justiça, declarando: nome por extenso, naturalidade, nacionalidade, filiação, sexo, estado civil, dia, mês e ano de nascimento, profissão, lugares onde haja residido anteriormente no Brasil e no exterior, se satisfaz ao requisito a que alude o artigo 112, item VII e se deseja ou não traduzir ou adaptar o seu nome à língua portuguesa. 2. Naturalização expressa será faculdade exclusiva do Poder Executivo e far-se- á mediante portaria do Ministro da Justiça art. 111 da Lei nº. 6.815/80; assim que for publicada, a portaria de naturalização será arquivada no órgão competente do Ministério da Justiça, que emitirá certificado solenemente entregue a cada naturalizando, pelo juiz federal. 2.1. Naturalização ordinária Art. 12. [...] II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; 2.2. Naturalização extraordinária ou quinzenária Art. 12. [...] II – [...] [...] b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) Outras hipóteses de naturalização Radicação precoce: Estatuto do Estrangeiro – Lei nº. 6.815/80 Art. 115. [...] §2º. [...] I - estrangeiro admitido no Brasil até a idade de 5 (cinco) anos, radicado definitivamente no território nacional, desde que requeira a naturalização até 2 (dois) anos após atingir a maioridade; Outras hipóteses de naturalização Conclusão de curso superior: Estatuto do Estrangeiro – Lei nº. 6.815/80 Art. 115. [...] §2º. [...] II - estrangeiro que tenha vindo residir no Brasil antes de atingida a maioridade e haja feito curso superior em estabelecimento nacional de ensino, se requerida a naturalização até 1 (um) ano depois da formatura. Perda da nacionalidade Hipóteses: Cancelamento da naturalização por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional – art. 12, §4º, I da CF/88) – somente naturalizados; Aquisição de outra nacionalidade – art. 12, §4º, II da CF/88 – brasileiros natos e naturalizados. Reaquisição da nacionalidade brasileira Hipóteses: Cancelamento da naturalização não poderá readquiri-la, a não ser mediante ação rescisória; Aquisição de outra nacionalidade reaquisição por decreto presidencial, se o ex-brasileiro tiver domicílio no Brasil.
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