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História da Adm de Produção

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RESUMO
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
Petrônio G Martins e Fernando P. Laugeni
CAPÍTULO 1
A REVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ADMINISTRAÇÃO DE PRODUÇÃO
	A função produção é entendida como um conjunto de atividades que levam a transformação de um bem tangível em um outro com maior utilidade. 
Essa função acompanha o homem desde o tempo pré-histórico, como quando polia a pedra a fim de transformá-la em um utensilio mais eficaz. Nesse primeiro estágio, as ferramentas e utensílios eram utilizados exclusivamente por quem os produzia, não havendo o comércio, troca ou escambo.
Com o passar do tempo, as pessoas foram se revelando mais habilidosas na produção de certos bens, e passaram a produzi-los conforme solicitação e especificações apresentadas por terceiros. Com isso surgiram os primeiros artesãos e a primeira forma de produção organizada, já que os artesãos estabeleciam prazos de entrega, consequentemente classificando prioridades, atendendo especificações prefixadas e determinando preços para suas encomendas. Essa produção artesanal também evoluiu, os artesãos começaram a contratar ajudantes, que inicialmente faziam trabalhos de menor responsabilidade e depois se tornavam novos artesãos.
A produção artesanal começou a entrar em decadência com a Revolução Industrial, tendo início o processo de substituição da força humana pela força da máquina. Os artesãos, que até então trabalhavam em suas próprias oficinas, começaram a ser agrupados nas primeira fábricas. 
Essa revolução influenciou como os produtos eram fabricados e trouxe consigo algumas exigências, como a padronização dos produtos e seus processos de fabricação; treinamento e habilitação da mão-de-obra direta; a criação e o desenvolvimento dos quadros gerenciais e de supervisão; o desenvolvimento de técnicas de planejamento e controles financeiro e da produção; e o desenvolvimento de técnicas de vendas. 
O conceito de padronização de componentes foi introduzido por Eli Whitney em 1790, quando conduziu produção de mosquetões com peças intercambiáveis, fornecendo uma vantagem operacional aos exércitos. Teve seu registro por desenhos e croquis dos produtos e processos fabris, surgindo a função de projeto de produto, de processos, de instalações, de equipamentos etc.
Ao fim do século XIX, surge sistematização do conceito de produtividade, que é a procura incessante por melhores métodos de trabalho e processos de produção, com o objetivo de se obter melhoria da produtividade com o menor custo possível. A relação de uma medida quantitativa do que foi produzido (output), com uma medida quantitativa dos insumos (input), nos permite quantificar a produtividade, indicando o sucesso ou fracasso das empresas.
Na década de 1910, Henry Ford cria a linha de montagem seriada, surgindo o conceito de produção em massa, caracterizada por grandes volumes de produtos extremamente padronizados. Novos conceitos foram introduzidos, como: linha de montagem, posto de trabalho, estoques intermediários, monitoria do trabalho, arranjo físico, balanceamento de linha, produtos em processo, motivação, sindicatos, manutenção preventiva, controle estatístico da qualidade, e fluxogramas de processos.
A produção em massa aumentou a produtividade e a qualidade, e foram obtidos produtos bem mais uniformes, em razão a padronização e da aplicação de técnicas de controle estatístico da qualidade.
O conceito de produção em massa e as técnicas produtivas decorrentes predominaram nas fábricas até meados da década de 1960, quando surgiram técnicas produtivas, caracterizando a denominada produção enxuta, que introduziu o conceito de just-in-time (JIT), engenharia simultânea, tecnologia de grupo, comércio modular, célula de produção, desdobramento da função qualidade, comakership, sistemas flexíveis da manufatura, manufatura integrada por computador, benchmarking, etc.
Ao longo desse processo de modernização da produção, cresce a figura do consumidor, em nome do qual tudo se tem feito. Pode-se dizer que a procura da satisfação do consumidor é que tem levado as empresas a se atualizarem com novas técnicas de produção, cada vez mais eficazes, eficientes e de alta produtividade. É tão grande a atenção dispensada ao consumidor que este, em muitos casos, já especifica em detalhes o “seu” produto, sem que isso atrapalhe o processo de produção do fornecedor, tal a sua flexibilidade. Assim, estamos caminhando para a produção customizada, que de certa forma é um “retorno aos artesanato”.
A denominada empresa de classe mundial é aquela voltada para o cliente, sem perder a característica de empresa enxuta, com indicadores de produtividade que a colocam no topo entre seus concorrentes, em termos mundiais. Além do desempenho melhor do que a concorrência e da sua atuação global, o que também caracteriza esse tipo de empresa é a busca incessante por melhorias. Ou seja, a empresa de classe mundial tem como cultura a melhoria contínua por meio de técnicas sofisticadas.
VISÃO GERAL DE MANUFATURA E SERVIÇOS
	
	Ao longo de todo o desenvolvimento dos processos de fabricação de bens tangíveis, estiveram presentes, de forma crescente, os serviços. Até meados da década de 1950, a indústria de transformação era a que mais se destacava no cenário político e econômico mundial. As chaminés das fábricas eram símbolo de poder, pois empregavam mais pessoas e eram responsáveis pela maior parte do produto interno bruto dos países industrializados.
	Os manuais e trabalhos acadêmicos sobre produção referiam-se ao chão-de-fábrica e abordavam temas relativos a fabricação de bens tangíveis, que, como elementos da engenharia industrial, eram denominados Administração da Produção.
	Hoje essa denominação não é mais viável. O setor de serviços emprega mais pessoas e gera maior parcela do produto interno bruto na maioria das nações do mundo. Dessa forma, passou-se a dar ao fornecimento de serviços uma abordagem semelhante à dada à fabricação de bens tangíveis. Houve uma ampliação do conceito de produção, que passou a incorporar serviços. Fechou-se o universo de possibilidades de produção e a ela deu-se o nome Operações. Assim, Operações compõem o conjunto de todas as atividades da empresa relacionadas a produção de bens e/ou serviços.
FLUXOS DE MERCADORIAS, SERVIÇOS E CAPITAIS
	O consumidor constitui a base de referência de todos os esforços feitos nas empresas modernas, de forma que atende-lo da melhor forma possível deve ser o objetivo de toda empresa. Tornando necessário que os produtos e/ou serviços estejam à disposição para serem consumidos, devendo estar próximos ao consumidor. 
	As empresas necessitam cada vez mais de esquemas de distribuição rápidos e eficazes, com vários depósitos de produtos acabados junto aos mercados consumidores, ou esquemas de entrega extremamente ágeis, pois o prazo de entrega é fator essencial na decisão de comprar. A logística empresarial, parte integrante da administração das operações, constitui um conjunto de técnicas de gestão da distribuição e transporte dos produtos finais, do transporte e manuseio interno ás instalações e do transporte das matérias primas necessárias ao processo produtivo.
	Com a globalização das economias e a criação de produtos padronizados em termos mundiais, o fluxo de mercadorias tende atingir volumes jamais vistos. No tocante aos serviços, o volume tende a ser ainda maior. Já na área de mercados de capitais, temos os fluxos de dinheiro que, como uma “nuvem” vagam sobre o mundo à procura de locais onde possam “descer” e obter o máximo rendimento possível.
OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO DE PRODUÇÃO/OPERAÇÕES
	As atividades desenvolvidas por uma empresa visando atender seus objetivos de curto, médio e longo prazos se inter-relacionam, muitas vezes, de forma extremamente complexa. Como tais atividades, na tentativa de transformar em insumos, tais como matérias-primas, em produtos acabados e/ou serviços, consomem recursos e nem sempre agregam valor ao produto final. É objetivo da Administração da Produção/Operações a gestão eficaz dessas atividades.A fábrica do futuro
	A fábrica do futuro caracteriza-se por um elevado grau de automação, devidamente organizada em torno da tecnologia, do computador, que integra, por softwares especialmente desenvolvidos, praticamente todas as atividades. Nela, há uso generalizado de ferramentas como CAD, CAM, CIM, MRP II, ERP, EDI, e, acima de tudo, destaca-se a presença do trabalhador do conhecimento.
	Outra característica da fábrica do futuro é a alta produtividade. O número de atividades que não agregam valor ao produto é reduzido a praticamente zero. Assim, podemos dizer que a fábrica do futuro apresenta as seguintes características: organização da produção, projeto dos produtos e dos processos, layout, comunicação visual, posto de trabalho, compromisso com o meio ambiente e gestão do conhecimento.
AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE
	Um conceito mais tradicional de produtividade a considera como a relação entre o valor do produto e/ou serviço produzido e o custo dos insumos para produzi-lo. Assim, a produtividade depende do output, ou seja, o número da fração, e o input, isto é o denominador.
	O valor obtido na venda do produto e/ou serviço tem um componente primordial, que é o mercado, muitas vezes fora do controle da empresa. O outro fator, a gestão dos custos dos insumos, pode ser controlado pela empresa.
	O estudo e a avaliação de produtividade vêm recebendo atenção crescente, pois são concordes que significam o caminho para a empresa a médio e longo prazos. 
	São vários os fatores que determinam a produtividade de uma empresa, como: relação capital-trabalho; escassez de alguns recursos/ mudanças na mão-de-obra; inovação e tecnologia; restrições legais; fatores gerenciais; e qualidade de vida.
	Podemos dizer que o objetivo final de todo gerente é aumentar a produtividade da unidade organizacional sob sua responsabilidade, sem descuidar da qualidade. O aumento na produtividade fornece os meios para o aumento da satisfação do cliente, redução dos desperdícios, redução dos estoques de matéria-prima, produtos em processos e de produtos acabados, a redução nos preços de vendas, redução dos prazos de entrega, melhor utilização dos recursos humanos, aumento dos lucros, segurança no trabalho e maiores salários. Quase sempre aumentos de produtividade requerem mudanças na tecnologia, qualidade ou forma de organização do trabalho, ou em todas em conjunto.
Sistemas de Produção
 	Sistema é um conjunto de elementos inter-relacionados com um objetivo comum. Todo sistema compõe-se de três elementos básicos: as entradas (inputs), as saídas (outputs) e as funções de transformação. Sendo os inputs os insumos (o conjunto de todos os recursos necessários), que são transformados em outputs (produtos manufaturados), pelas funções de transformação. 
	Os sistemas de produção são aqueles que tem por objetivo a fabricação de bens manufaturados, a prestação de serviços ou o fornecimento de informações.
Produtividade
	O termo produtividade foi utilizado de maneira formal por Quesnay em 1766. Em 1883, Littre, usou o termo com o sentido de “capacidade para produzir”. E somente no começo do século XX, o termo assumiu o significado da relação entre o produzido e os recursos empregados para produzi-lo.
	Em 1950, a Comunidade Econômica Européia apresentou uma definição formal de produtividade como sendo “o quociente obtido pela divisão do produzido por um dos fatores de produção”. Dessa forma, pode-se falar da produtividade do capital, das matérias-primas, da mão-de-obra e outros.
	A produtividade parcial é a relação entre o produzido, medido de alguma forma, e o consumido de um dos insumos utilizados. Assim, a mão-de-obra é uma medida de produtividade parcial. O mesmo é válido para produtividade do capital. Já a produtividade total é a relação entre o output total e a soma de todos os fatores de input. Assim, reflete o impacto conjunto de todos os fatores de input na produção do output.
Administração da produtividade
	Inicialmente devemos medir a produtividade pela definição de métodos adequados. Uma vez medida, pode ser comparada com índices equivalentes de outras empresas. A partir dos níveis identificados, das comparações realizadas, podemos planejar níveis a serem atingidos, tanto a curto quanto a longo prazo. Feito o planejamento com a fixação de objetivos, resta â ação, introduzindo as melhorias propostas, fazendo as verificações necessárias, bem como as novas medidas e assim sucessivamente.
	A administração da produtividade corresponde ao processo formal de gestão, envolvendo todos os níveis de gerencia e colaboradores, a fim de reduzir os custos de manufatura, distribuição e venda de um produto ou serviço por meio da integração de todas as fazes do ciclo da produtividade. As quatro fases que formam o ciclo da produtividade são: medida, avaliação, planejamento e melhoria.
Medida da produtividade da organização
	A produtividade na empresa pode ser avaliada pelos seguintes indicadores: produtividade total (PT), produtividade parcial do trabalho (PP) ou da mão-de-obra, produtividade parcial do capital (PP) e produtividade parcial dos materiais (PP).

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