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As 50 teses defensivas que todo advogado criminalista deve conhecer Por Roberto Parentoni  Quantas e quantas vezes a assistência se pergunta: qual vai ser a tese da defesa? O que é que vai dizer o criminalista? Isso depende da imaginação criadora do advogado, alimentada pelos fatos da causa, processuais e extraprocessuais. Teses defensivas novas não são apresentadas todos os dias, mas todo processo apresenta sempre algo que pode ser explorado pela defesa. Abaixo relaciono algumas teses defensivas: 1) Falta de tipicidade; 2) Causas de exclusão da antijuridicidade, da culpabilidade ou de isenção de pena; 3) Desclassificação para crime de natureza diversa; 4) Causas de extinção da punibilidade; 5) Motivos de relevante valor moral e social que impulsionaram o agente; 6) Coação irresistível da sociedade; 7) Tentativa impossível; 8) Arrependimento eficaz; 9) Preterintencionalidade; 10) Inimputabilidade do agente; 11) Inépcia da denúncia, das provas e da perícia; 12) Falta de confirmação dos depoimentos em juízo; 13) Palavra de corréu como única base para a acusação; 14) Confissão forçada; 15) Falta de exame adequado de corpo de delito; 16) Interesses familiares, políticos, sociais ou outros, que pretendem fazer da condenação injusta um exemplo de falso moralismo, ou uma justificação das omissões de autoridade ou da própria sociedade; 17) Circunstâncias atenuantes; 18) Preconceitos explorados pela imprensa contra o réu; 19) Concurso de normas e crime continuado; 20) Falta de segurança para uma defesa livre e tortura; 21) Desaforamento; 22) Incompetência, suspeição e impedimento (do juiz e do Ministério Público); 23) Nulidades e questões prejudiciais; 24) Caso fortuito ou força maior; 25) Contradições entre as provas; 26) Denegação de provas requeridas ou oficiais; 27) Demora do julgamento como forma agônica de punição suficiente para o acusado; 28) Existência de um ilícito apenas de natureza civil; 29) Negativa de autoria e falta de provas; 30) Desejo de participar de crime menos grave; 31) Participação secundária ou irrelevante do agente; 32) Inexistência do fato, de dolo ou de culpa; 33) Formação religiosa, moral, filosófica ou política do agente; 34) Influência da multidão; 35) Fanatismo de toda ordem, emoção e paixão; 36) Embriaguez fortuita; 37) Não exigibilidade de outra conduta; 38) Induzimento habilidoso exercido sobre o acusado por pessoas ausentes do processo, e que seriam os verdadeiros autores do crime; 39) Erro de fato e erro de direito; 40) Boa-fé e exemplo de superiores; 41) Putatividade; 42) Falta de consciência do ilícito e incapacidade moral para delinquir; 43) Impunidade generalizada de pessoas que cometeram os mesmos atos; 44) Falta de curador, quando for o caso; 45) Falta de cuidado na redação das respostas do acusado; 46) Falta de intérprete em se tratando de acusado estrangeiro; 47) Conduta da vítima, seu caráter, tipo de vida e culpa da própria vítima; 48) Erro culposo e erro determinado por terceiro; 49) Culpa em vez de dolo; 50) Pequeno valor do produto do crime. É inesgotável o campo dos argumentos que a defesa pode usar. A defesa tem uma vantagem, pelo menos em tese, imensa sobre a acusação: esta tem de se limitar rigorosamente aos termos da denúncia, ao passo que aquela não tem limite algum, a não ser o grau de compatibilidade dos argumentos entre si, robustecidos pela prova ou falta de prova dos autos. Por outro lado, a acusação leva uma vantagem muito grande: é sempre mais fácil acusar do que defender. Para uma acusação basta um fato, uma autoria e uma prova. Para a defesa é necessária uma justificação. Justificação que nem sempre é de um ato à luz da lei, mas muitas vezes de um destino à luz da vida. Leia também: Os 50 livros que todo advogado deve ler para atuar no Tribunal do Júri teses defensivas teses defensivas teses defensivas teses defensivas
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