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Resumo primeira prova de IED- ricardo maurício

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Introd ução ao Estud o do D ireito 
 Baseado nas aulas de Ricardo Maurício 
 
6
Introdução ao Estudo do Direito - Beatriz Marques Lage - Faculdade Baiana de Direito
Cara cte
rísticas de I ED 
– Propedêutica: co nceitos fundamentais 
CARACTERÍSTICAS DE IED 
Propedêutica: conceitos fundamentais para a ciência jurídica. Sendo assim, IED é propedêutica porque oferece conceitos fundamentais que serão usados nos ramos jurídicos 
Enciclopédica: reflexão interdisciplinar de conhecimentos jurídicos. (conhecimentos filosóficos, históricos, sociológico e antropológico)
Zetética: abordagem crítica e questionável do direito, diferente de uma abordagem dogmática, o qual prioriza a reprodução automática das normas jurídicas, independentemente da realidade dos fatos e valores sociais. (“dure lex, sed lex” : a lei é dura, mas é a lei). CONTRÁRIO DE ZETÉTICA É DOGMÁTICA)
Epistemológica: cientificidade do conhecimento jurírido (examina a existência, natureza, metodologia e finalidade da ciência do direito). Se propõe a discutir sobre a existência, natureza, metodologia e a finalidade da ciência do direito.
TERIA DA NORMA JURÍDICA
Sociedade: Não se consegue estudar direito, sem antes examinar o conceito de sociedade (“UBI SOCIETAS, IBI JUS”, onde há sociedade, há direito). Sendo assim, sociedade é o conjunto de indivíduos que apresenta certo padrão de organização e repartição funcional.
Tipologia de sociedade: Sociedade não humana (ex: formigueiro) e sociedade humana (Ex: homo sapiens)
Determinismo X liberdade: as sociedades não humanas são regidas pelo determinismo biológico, onde as ações se tornaram previsíveis. Já a sociedade humana, são imposta por agentes livres, visto que o ser humano detém um espaço de autonomia racional, sendo assim necessitam de uma organização que controle os sistemas sociais.
Controle social: é o conjunto de instituições e normas que mudam o comportamento humano em sociedade, adequando ao processo de socialização. Entende-se por instituições os espaços de convivência social, onde os indivíduos internalizam as normas do convívio grupal (Ex:escolas). As normas sociais são uma regra que estabelece padrão de dever-ser, prescrevendo sanções que devem ser aplicadas em uma infração.
Norma social e a lógica do dever-ser: As normas sociais são regras escritas ou não escritas que estabelecem padrões de dever-ser que orientam o comportamento jumano e sociedade (Ex: jogo do bicho e a lei das contravenções penais). O mundo normativo é o mundo do dever-ser (abstrato), que não se confunde com o mundo do ser (concreto, real)
TIPOS DE DE NORMAS SOCIAIS 
Normas técnicas: são normas sociais que disciplinam a vida humana de acordo com a realização de determinadas finalidades. A técnica é neutra e seus preceitos são determinados de acordo com os acontecimentos. Para a técnica, os fins justificam os meios.
Normas éticas: são normas sociais que disciplinam a vida humana priorizando os meios legítimos para o padrão social. Para a ética os fins não justificam os meios. 
Normas éticas de etiqueta: regulam aspectos éticos secundários para a vida humana. Sua violação é chamada de descortesia e é punida com a imposição de uma sanção difusa(sanção expansão plural o qual brota uma opinião)
Normas éticas de moral: regulam aspectos éticos mais relevantes que a etiqueta. A violação configura uma imoralidade o qual deve ser punida com uma sanção difusa. (Ex: Decálogo bíblico). 
Normas éticas de direito: o mínimo de ética necessário para a própria manutenção social. A sua infração consiste na ilicitude e é o tipo mais grave tendo como punição as sanção jurídica (natureza organizada, aplicada em regime de monopólio estatal)
OBSERVAÇÕES FINAIS
Todos os tipos de normas éticas sofrem variações de acordo com o tempo e o espaço, de acordo com a diversidade cultura. Já as normas técnicas não se modificam, apenas surgem mais.
Um mesmo comportamento pode violar a mais de um código normativo (Ex: a conduta de matar alguém é imoral e ao mesmo tempo ilícito.
A maioria dos comportamentos humanos são lícitos, apenas uma minoria integra a zona de judicialmente proibido. “Tudo o que não esta juridicamente proibido, esta juridicamente permitido.” –HANS KELSEN
DIREITO X MORAL
A sanção jurídica apresenta natureza organizada porque brota do Estado, já a sanção moral apresenta natureza difusa, pois parte da opinião publica;
 
TEORIA DOS CÍRCULOS ÉTICOS
Trata-se da teoria geral do direito que sustenta a necessidade do estudo dos diversos modos de conexão do direito com a moral.
 Concêntricos: Visão jusnaturalista que propunha a colocação do direito como núcleo do mundo moral. Visão dominante durante a idade antiga e idade média. Embora tenha mérito de demonstrar a conexão existente entre direito, moral e justiça, é criticada por não reconhecer a possibilidade de Direito e Moral qualificarem diversamente a conduta humana e por partir de uma concepção universal de moralidade. O direito seria o núcleo pautado pela moral
Separados: Visão positiva que separa totalmente o direito da moral em nome da segurança jurídica e da previsibilidade social. Visão dominante durante a idade moderna até o advento da Segunda Guerra Mundial. Embora tal visão torne o direito mais estável e objetivo, abre espaço para perpetuação de injustiças.
Secantes: Trata-se da visão pos-positiva surgida no mundo do pós-guerra sob a influência do processo de internalização dos direitos humanos. Resgatou o debate sobre justiça, embora dilua as fronteiras do direito e da moral
Validade
Vigência
Vigor
Eficácia
Legitimidade
ATRIBUTOS DAS NORMAS JURÍDICAS
Validade: é o primeiro aspecto a ser visualizado na norma jurídica. É a adequação de uma norma jurídica inferior a uma norma jurídica superior (construção da pirâmide normativa de Hans Kelsen). Há 2 tipos de validade: FORMAL ( a norma superior estabelece quem esta apto a legislar e como deve ser o procedimento, quais são os conjuntos de ritos necessários para a construção de uma norma inferior) e MATERIAL ( compatibilidade do conteúdo da norma jurídica inferior com o conteúdo da norma jurídica superior)
PIRÂMIDE NORMATIVA DE HANS KELSEN
Vigência: é o tempo de validade da norma jurídica. Existem 2 tipos de vigência: DETERMINADA (estabelece previamente o término da validade. Ex: contrato de trabalho de uma loja) e INDETERMINADA ( não estabelece o término da validade. Ex: constituição de 88) 
A maioria das normas jurídicas tem vigência indeterminada. Denomina-se caducidade a cessação da vigência determinada(perda de prazo) e de revogação a cessação de uma vigência indeterminada (ex: a constituição de 88 revogou a de 67). OBS: NORMA INFERIOR NÃO SUPERA SUPERIOR. LEI NÃO REVOGA CONSTITUIÇÃO
De acordo com a LINDB, o Brasil só se admite repristinação expressa, ou seja, não existe repristinação tácita no Brasil
Vigência ≠ Incidência: a incidência é a relação entre o momento da publicação da norma jurídica e o momento do inicio de sua vigência; Incidência imediata ( coincidência da publicação com o inicio da vigência. Ex: Constituição de 88) e Incidência mediata (intervalo entre a publicação e o inicio de sua vigência. Ex: Código do Processo Civil atual); Cumpre salientar que durante o VACATIO LEGIS, aplica-se a norma antiga. A LINDB prevê que se a lei for omissa sob a incidência, ela será dotada de incidência mediata (45 dias de vacatio legis para brasileiros em solo nacional e 3 meses para brasileiros no exterior)
Vigor: é a força vinculante da norma jurídica. Traduz o principio geral do direito, o TEMPUS REGIT ACTUM ( o tempo rege o ato). A sistemática geral do vigor, implica a regra geral da irretroatividade das leis e dos atos normativos (Exceções: direito penal e trabalhista)
Eficácia: é a possibilidade concreta de produção de efeitos jurídicos. Existem 2 tipos de eficácia: A eficácia técnico-juridica/aplicabilidade ( será aplicável a norma quando não necessitarde outra norma para produzir seus efeitos. Ex: art.XVIII da CF- Brasilia é a capital federal. É auto aplicável, diferente do Art.153, quanto aos impostos, vide lei complementar). E a efetividade/eficácia social (Será efetiva, e portanto dotada de eficácia social, toda vez que os preceitos da norma jurídica tenham sido observados pelos agentes sociais no mundo concreto)
Legitimidade: adequação valorativa da norma jurídica com base na ideia de justiça presente em cada tempo e espaço. Será considerada legitima a norma jurídica toda vez que a mesma for vivenciada como justa pela maioria da sociedade num dado contexto histórico e social (Ex: Estatuto do Idoso e a lei da ficha limpa). 
OBS: não confunda legitimidade com efetividade, pois uma norma pode ser justa porém sem ser efetiva, como o caso de Estatuto do Idoso.
CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS
Quanto ao sistema:
Internas: normas criadas no âmbito do ordenamento jurídico nacional (Ex: Constituição Federal de 88)
Estrangeiras: normas produzidas no âmbito do ordenamento jurídico internacional, so serão validas quando convertidas em normas do direito interno (Ex: tratado de assunção 1991)
 Quanto a relação com a vontade das partes:
Cogentes: são normas jurídicas que produzem seus efeitos de modo obrigatório, independentemente da vontade das partes (Ex: obrigatoriedade do voto)
Dispositivas: normas que permitem a modulação de seus efeitos pelos particulares, através da manifestações de vontade (Ex: normas do CC sobre regime patrimonial de casamento)
 Quanto a relação entre si:
Primárias/conduta: são as normas que regulam diretamente o comportamento humano, proibindo ou permitindo a realização de uma dada conduta (Ex: Artigo 121, código penal brasileiro- proíbe matar alguém)
Secundárias/ organização: norma que trata do modo de aplicação e interpretação das normas primarias alcançando indiretamente o comportamento humano (Ex: Art. I da LINDB)
 Quanto a sistematização legal:
Normas codificadas: são as normas pertencentes aos códigos. O século 19 foi a Era das grandes codificações, pois foi o o apogeu do positivismo (Ex: código napoleônico de 1804)
Normas consolidadas: são as normas judiciais que resultam da justaposição de leis pré-existentes, apresentando assim, menor grau de coesão interna quando comparado aos códigos (Ex: LEI 1 + LEI 2 + LEI 3 = CONSOLIDAÇÃO)
Normas esparsas: são as leis que tratam de situações e destinatários específicos, formando assim , um arquipélago de microssistemas jurídicos (Ex: estatuto do idoso, da criança e do adolescente, lei maria da penha )
Quanto ao grau de aplicabilidade: 
Plena: aquela norma que produz seus efeitos independentemente da criação de outras normas jurídicas (Ex: Art.18, parág 1, da CF- Brasília é a capital federal)
Limitada: aquela norma cuja produção de efeitos depende da criação de outra norma jurídica (Ex: art.153, inciso 7- imposto sob grandes fortunas)
Contida: aquela norma cuja produção de efeitos se faz num primeiro momento de modo amplo e imediato, mas ressalva a possibilidade da lei criar critérios para restringir o alcance da norma originária (Ex: Art 5, inciso XII da CF- possibilidade da lei limitar o exercício de trabalho)
Exaurida: aquela norma que produziu seus efeitos num dado momento histórico, consumando sua eficácia (Ex: Art. II do ato das disposições constitucionais transitórias)
 Quanto a estrutura normativa:
Regras: normas jurídicas que descrevem situações especificas e determinadas, estabelecendo previamente as consequências para os aplicadores do direito (Ex: Art.18 parág.1 da CF de 88)
Princípios: são normas dotadas de estruturas semânticas abertas que aponta para a realização da justiça aproximando o direito da moralidade social (Ex: principio da dignidade da pessoa humana). É criticada por gerar insegurança jurídica e abrir espaço para os arbítrios do aplicador do direito
 Quanto ao âmbito de validade espacial
Normas gerais: são normas que produzem seus efeitos em todo o território nacional (Ex: Constituição Federal de 88 e Código penal de 1940)
Normas especiais: são as normas jurídicas que alcançam parcelas especificas no território nacional (Ex: Leis estaduais e municipais)
 Quanto ao âmbito de validade pessoal:
Normas genéricas: normas que alcançam indistintamente a comunidade jurídica (sujeitos indeterminados) (Ex: Constituição Federal de 88)
Normas individualizadas: normas que se dirigem a destinatários específicos (sujeitos determinados) (Ex: contratos)
OBS: QUANTO MAIOR A HIERARQUIA DA NORMA, MAIOR SUA GENERALIDADE E VIDE-VERSA
 Quanto ao âmbito de validade material:
Público: regula relação entre órgão estatais bem como as relações entre órgãos estatais e os cidadãos. Prioriza a realização dos interesses da coletividade. (Ex: Direito tributário e constitucional)
Privado: disciplina relações entre particulares, oportunizando um amplo espaço para o exercício da liberdade e da autonomia da vontade individual (Ex: Direito civil e Direito Comercial)
Quanto ao âmbito de validade temporal:
Vigência: existem normas de vigência determinada e indeterminada
Incidência: a incidência pode ser mediata ou imediata
Quanto ao âmbito de validade retroatividade
Retroativas: normas cujos efeitos jurídicos alcançam as situações ocorridas antes de sua vigência ( Ex: Lei penal mais benéfica ao réu)
Irretroativas: preservam o principio da segurança jurídica, não alcançando as situações sociais ocorridas antes de sua vigência. Nesse sentido, são respeitadas as situações jurídicas consolidadas (direito adquirido, coisa julgada e ato jurídico perfeito) (Ex: Art.5 da CF)

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