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Empreendedorismo e Elaboração de Plano de Negócios I (1º bim)

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EMP. E ELABORAÇÃO DE PLANO DE NEGÓCIOS I – PROF. MS. KAROLINE F. KINOSHITA karol_kinoshita@reges.com.br 
 
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APOSTILA – EMPREENDEDORISMO E ELABORAÇÃO DE PLANO DE NEGÓCIOS I 
 
1º BIMESTRE 
 
“Empreender tem a ver com fazer diferente, antecipar-se aos fatos, implementar ideias, buscar oportunidades 
e assumir riscos calculados. Mais que isso, está relacionado à busca da auto-realização” (DORNELAS, 2008). 
 
1 CONCEITO DE EMPREENDEDOR 
 
1.1 VISÃO CLÁSSICA 
• Do francês entreprenour – aquele que assume riscos e começa algo novo. 
• Responsável pela destruição criativa, acionando mercados e impulsionando o capitalismo (JOSEPH 
SCHUMPETER, 1978). 
• Capitalista, fornecedor de capital. Administrador que se interpõe entre o trabalhador e o consumidor 
(ADAM SMITH, 1937). 
• Um indivíduo que atua de forma independente e autônoma (DEMAC, 1990). 
 
1.2 VISÃO CONTEMPORÂNEA 
• Pessoa lunática, desajustada atrás de benefícios (BATY, 1994). 
• Pessoas que inovam (DRUCKER, 1987). 
• Estrategista, criados de métodos para penetrar ou criar mercados (GERBER, 1996). 
• Indivíduos com iniciativas (PETERS; WATERMAN, 1995). 
 
 “O empreendedorismo não deve ser encarado apenas como forma de enriquecimento pessoal. Ele deve 
ser direcionado para o desenvolvimento social, fazer com que as pessoas sejam incluídas e o País tenha mais 
condições de viver” (DOLABELA, 2004). 
 
 
2 EMPREENDER POR OPORTUNIDADE OU POR NECESSIDADE? 
 
Empreender por oportunidade envolve entender as condições de mercado, escolher as melhores 
estratégias de negócios, decidir entre alternativas de investimento, identificando e avaliando seus riscos e as 
formas de mitigá-los, planejar e executar atividades de modo competitivo, com foco em inovações. Requer e 
revela, portanto, vocações e capacidades razoavelmente sofisticadas de gestão. 
Já o empreendimento por necessidade corresponde, em geral, a um negócio de baixa sofisticação, carente 
de gestão e inovação. Com frequência, endossa as estatísticas de insucesso e a alta mortalidade das micro e 
pequenas empresas. 
No Brasil, como em outros países emergentes, quase metade empreende por necessidade; nos EUA 
quase 90% empreendem por oportunidade. Mas a motivação não explica todas as diferenças entre Brasil e 
Estados Unidos. A diferença básica entre a realidade norte-americana e a brasileira talvez ainda possa ser 
explicada pela análise de Max Weber e a ética protestante. O fato é, ou parece ser, que aquele país 
conseguiu organizar melhor seu sistema econômico, aliado aos valores e à abordagem mais pragmática com 
relação à vida e aos negócios, criando, assim, um contexto mais favorável àqueles que têm a vocação e o 
impulso para empreender. Esse mesmo contexto permite ou permitiu maior autonomia de decisões aos 
cidadãos, incentivando-os a buscar o risco e a recompensa pelos resultados de assumir risco. Como a 
educação norte-americana também segue o mesmo padrão no que diz respeito à autonomia, ela gera 
indivíduos mais empreendedores e construtores de sua vida. No caso do Brasil, o contexto foi no sentido 
contrário do norte-americano. Aqui houve um Estado sempre presente e paternalista, ineficiente e 
excessivamente influente sobre as decisões do indivíduo. Da mesma forma, o sistema educacional seguiu 
esse modelo, não incentivando a "anormalidade", a criatividade e a independência, características que levam 
ao empreendedorismo. 
 
O empreendedor é um administrador, mas com diferenças consideráveis em relação aos gerentes ou 
executivos de organizações tradicionais, pois os empreendedores são mais visionários que os gerentes. 
Quando uma organização cresce, os empreendedores geralmente têm dificuldades de tomar decisões do 
dia-a-dia dos negócios, pois se preocupam mais com os aspectos estratégicos, com os quais se sentem mais 
à vontade. 
É interessante observar que o empreendedor de sucesso leva consigo ainda uma característica singular 
que é o fato de conhecer, como poucos o negócio em que atua, o que leva tempo e requer experiência. Talvez 
esse seja um dos motivos que levam a falência empresas criadas por jovens entusiasmados, mas sem o 
devido preparo (DORNELAS, 2008). 
EMP. E ELABORAÇÃO DE PLANO DE NEGÓCIOS I – PROF. MS. KAROLINE F. KINOSHITA karol_kinoshita@reges.com.br 
 
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3 PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTALIDADE DAS EMPRESAS (SEBRAE, 2004) 
• Comportamento do empreendedor 
• Falta de planejamento prévio 
• Deficiências na gestão empresarial 
• Insuficiência de políticas de apoio 
• Conjuntura econômica 
• Problemas “pessoais” 
 
 
4 HISTÓRIA DO EMPREENDEDORISMO 
- Primeiro uso do termo empreendedorismo 
Marco Polo - tentou estabelecer uma rota comercial para o Oriente. 
 
- Idade Média 
Empreendedor: aquele que gerenciava grandes projetos de produção 
 
- Século XVII 
Empreendedor estabelecia um acordo contratual com o governo para realizar algum serviço ou fornecer 
produtos (assumia lucro ou prejuízo). 
 
- Século XVIII 
Capitalista e empreendedor foram finalmente diferenciados. 
 
- Séculos XIX e XX 
Empreendedores foram e são frequentemente confundidos com os gerentes ou administradores 
 
 
5 EMPREENDEDORISMO NO BRASIL 
- Começou a tomar forma na década de 1990 (Sebrae e Softex). 
- Ambiente político e econômico do país não eram propícios. 
- Empreendedores não encontravam informações. 
- Atualmente o Brasil tem todo o potencial para desenvolver um dos maiores programas de ensino de 
empreendedorismo de todo o mundo. Ações que exemplificam: 
• Criação dos programas Softex e Genesis. 
• Desenvolvimento do Programa Brasil Empreendedor. 
• Ações voltadas a capacitação do empreendedor (Empretec e Jovem Empreendedor do Sebrae). 
• A criação de diversos cursos e programas nas universidades brasileiras para o ensino do 
empreendedorismo. 
• A explosão do movimento de criação de empresas pontocom no país nos anos de 1999 e 2000. 
• O enorme crescimento do movimento de incubadoras de empresas no Brasil. 
• A elaboração de programas em várias escolas não só de criação de novos negócios, mas também 
focados em empreendedorismo social e empreendedorismo corporativo. 
• O crescente movimento de franquias no Brasil. 
 
Entretanto, a criação de empresas por si só não leva ao desenvolvimento econômico, a não ser que esses 
negócios estejam focando oportunidades no mercado. 
 
 
6 FATORES QUE INFLUENCIAM NO PROCESSO EMPREENDEDOR 
 
a) FATORES SOCIOLÓGICOS 
• NETWORKING 
• INFLUÊNCIA FAMILIAR (pais) 
• MODELOS (PESSOAS) DE SUCESSO 
 
b) FATORES ORGANIZACIONAIS 
• EQUIPE 
• ESTRATÉGIA 
• CULTURA 
• ESTRUTURA 
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c) FATORES PESSOAIS 
• REALIZAÇÃO PESSOAL 
• ASSUMIR RISCOS 
• VALORES PESSOAIS 
• EDUCAÇÃO 
• EXPERIÊNCIA 
• INSATISFAÇÃO COM O TRABALHO 
• SER DEMITIDO 
• IDADE 
 
d) FATORES AMBIENTAIS 
• OPORTUNIDADES 
• FORNECEDORES 
• INVESTIDORES 
• POLÍTCAS GOVERNAMENTAIS 
• INCUBADORAS 
• RECURSOS 
• COMPETIÇÃO 
• CLIENTES 
 
 
7 TIPOS DE EMPREENDEDORES 
• Nato 
• Que aprende 
• Serial 
• Corporativo 
• Social 
• Necessidade 
• Herdeiro 
 
 
8 MITOS E VERDADES SOBRE OS EMPREENDEDORES 
• Mito 1: Empreendedores são natos, nascem para o sucesso 
• Mito 2: Empreendedores são jogadores que assumem riscos altíssimos 
• Mito 3: Os empreendedores são “solitários” e não conseguem trabalhar em equipe 
 
 
9 CARACTERÍSTICAS DOS EMPREENDEDORES DE SUCESSO 
• São visionários 
• Sabem tomar decisões 
• São indivíduos que fazem a diferença 
• Sabem explorar ao máximo as oportunidades 
• São determinados e dinâmicos 
• São dedicados 
• São otimistas e apaixonados pelo que fazem 
• São independentes e constroem o próprio destino 
• Ficam ricos 
• São líderes e formadoresde equipes 
• São bem relacionados (networking) 
• São organizados 
• Planejam, planejam, planejam 
• Possuem conhecimento 
• Assumem riscos calculados 
• Criam valor para a sociedade

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