Buscar

SUAS =

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 259 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 259 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 259 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Seguridade Social: Política de 
assistência social e o SUAS
2/258
Seguridade Social: Política de assistência social e o SUAS
Autor: Emanuel Jones Xavier Freitas
Sumário
Apresentação da Disciplina 03
Unidade 1: Construção histórica da Seguridade Social e da Política de Assistência Social no Brasil 06
Assista a suas aulas 29
Unidade 2: Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias 
de deliberação e de pactuação
38
Assista a suas aulas 70
Unidade 3: Política de Assistência Social e SUAS: instâncias, funções, princípios, diretrizes, 
financiamento e orçamento, gestão e planejamento
82
Assista a suas aulas 98
Unidade 4: Relações interinstitucionais e mecanismos de controle social 109
Assista a suas aulas 127
Unidade 5: Rede socioassistencial: conceitos, serviços, programas, projetos e benefícios 
socioassistenciais. Instrumentos de gestão: Controle social
137
Assista a suas aulas 161
2/258
3/2583
Unidade 6: O papel dos agentes sociais na consolidação dos direitos sociais: avanços e desafios 171
Assista a suas aulas 196
Unidade 7: Reordenamento da rede socioassistencial. Sistema municipal, territorialidade e 
gestão, estrutura e funcionamento dos Centros de Referência da Assistência Social - CRAS e dos 
Centros de Referência Especializados da Assistência Social - CREAS
204
Assista a suas aulas 225
Unidade 8: O SUAS e os elementos normativos e instrumentais para a gestão do sistema e o 
Sistema de Monitoramento e Avaliação no SUAS: princípios, objetivos e os procedimentos para 
implementação
233
Assista a suas aulas 251
Sumário
Seguridade Social: Política de assistência social e o SUAS
Autor: Emanuel Jones Xavier Freitas
4/258
Apresentação da Disciplina
A assistência social consolidou-se ao 
longo do tempo, na particularidade da 
história brasileira, como um dos principais 
objetos de pesquisa e reflexão no bojo da 
gestão social. Embora não se constitua 
como um campo específico de atuação 
de determinada categoria profissional, 
por apresentar as mais significativas 
transformações no campo social, político 
e econômico, a assistência social acaba 
por consolidar-se como profícua fonte de 
temáticas nos mais diversos campos da 
pesquisa científica.
Por sua importância e capilaridade, a 
assistência social, atualmente instituída 
como política pública, apresenta-se como 
significativo campo do conhecimento 
e atuação de diversas categorias 
profissionais.
Nesta perspectiva, o presente material tem 
por objetivo viabilizar a você:
• Apresentação do histórico da 
assistência social no Brasil, 
relacionando-o com as reflexões dos 
principais teóricos sobre o assunto;
• Disponibilizar as referências 
necessárias acerca do assentamento 
jurídico normativo da assistência 
social no Brasil;
• Apontar as principais características 
da Política de Assistência Social na 
perspectiva do Sistema Único de 
Assistência Social;
5/258
• Possibilitar a você o contato com as 
principais bibliografias presentes 
sobre o assunto na literatura atual.
Espera-se que, por meio deste conteúdo, 
você tenha condições de se familiarizar 
com o tema, conhecendo sua história e 
as determinações históricas, sociais e 
econômicas que delinearam a política de 
assistência social no contexto brasileiro.
6/258
Unidade 1
Construção histórica da Seguridade Social e da Política de Assistência Social no Brasil
Objetivos
1. Conhecer a história da assistência social no 
Brasil;
2. Entender o ordenamento jurídico da 
assistência social no contexto brasileiro;
3. Conhecer as determinações sócio-históricas 
da assistência social no Brasil.
Unidade 1 • Construção histórica da Seguridade Social e da Política de Assistência Social no Brasil7/258
Introdução
Resgatar a história da assistência social 
no Brasil é imprescindível para o pleno 
entendimento de sua importância e dos 
reflexos contemporâneos. Não é possível 
entender a sua organização no Brasil 
contemporâneo, sem que antes haja um 
profundo reconhecimento de sua história, 
seus marcos mais significativos, bem como 
sua interpretação pelos mais diversos 
modelos de governo que já se desenvolvera 
em nosso país.
Você verá que a assistência social no 
Brasil existe desde a chegada da família 
real ao solo brasileiro, no entanto, sua 
institucionalização, ordenamento jurídico 
normativo e reconhecimento enquanto 
direito social apenas se estabelecem no 
país muitos anos após.
Não fossem os esforços da população 
para o reconhecimento da assistência 
social como direito social, certamente a 
sua maioria, que passou pela experiência 
da miséria, continuaria sofrendo 
com as expressões da questão social, 
tão arraigadas em nossa sociedade 
atualmente.
Assim, na presente unidade, você 
conhecerá o percurso histórico da 
assistência social no contexto brasileiro, 
seu desenho histórico e o início de uma 
legitimação jurídico normativa.
Unidade 1 • Construção histórica da Seguridade Social e da Política de Assistência Social no Brasil8/258
Breve Resgate Histórico Da Política De Assistência Social No Brasil
Os antecedentes históricos da atual política de assistência social se constituem desde 
a descoberta do Brasil, no século XVI, quando houve a instalação das Santas Casas de 
Misericórdia, pois entende-se como fundante desta hoje política púbica todas as ações 
de cunho assistencial (benemerente e filantrópico) que permearam o enfrentamento às 
expressões da questão social num período antecedido pela instauração do Estado Democrático 
de Direito.
Para saber mais
Para Marilda Vilela Iamamoto, importante teórica do Serviço Social Brasileiro, questão social pode 
ser considerada como o conjunto de “expressões do processo de formação e desenvolvimento da 
classe operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento 
como classe por parte do empresariado e do Estado. É a manifestação, no cotidiano da vida social, 
da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção 
mais além da caridade e repressão”.
Unidade 1 • Construção histórica da Seguridade Social e da Política de Assistência Social no Brasil9/258
Segundo Sposati:
A assistência ao outro é prática antiga na humanidade. Não se limita 
nem à civilização judaico-cristã nem às sociedades capitalistas. A 
solidariedade social diante dos pobres, os viajantes, dos doentes, 
dos incapazes, dos mais frágeis, se inscreve sob diversas formas nas 
normas morais das diferentes sociedades. Ao longo do tempo, grupos 
filantrópicos e religiosos foram conformando práticas de ajuda e apoio. 
A fim de que se possa cunhar com mais especificidade a trajetória da assistência social, faz-
se necessário realizar um salto histórico evidenciando particularmente o período em que se 
constituiu, no início dos anos de 1910, quando o processo de industrialização estava crescendo 
no Brasil e se estabeleceu um cenário em que as expressões da questão social se demonstram 
de forma mais evidente.
No período compreendido entre 1910 e 1930, as ações benemerentes e filantrópicas 
predominam no que se refere à assistência social. Essas atividades eram desenvolvidas 
por organizações da sociedade civil, mais especificamente por organizações religiosas, 
Unidade 1 • Construção histórica da Seguridade Social e da Política de Assistência Social no Brasil10/258
que acreditavam que em torno de sua missão estava a função de estruturar meios para o 
enfrentamento das expressões da questão social. As manifestações da população diante do 
governo eram interpretadas como caso de polícia, considerando que as atividades do Estado 
eram constituídas em torno do desenvolvimento industrial e econômico (estado de cunho 
Para saber maisO cunho liberal, para além de um modelo econômico, pode ser considerado como um credo 
psicológico que determina um comportamento social, no bojo das relações sociais capitalistas. 
Além de fomentar a isenção do Estado em relação às necessidades sociais da população, ele define 
uma conduta particular individualista e completamente isenta de participação social, gerando 
impactos danosos à vida em sociedade.
Unidade 1 • Construção histórica da Seguridade Social e da Política de Assistência Social no Brasil11/258
liberal) da sociedade brasileira.
Conforme aponta Iamamoto:
Observa-se, a partir desse momento, uma política econômica que se 
coloca nitidamente a serviço da industrialização, procurando reverter 
para esse polo os mecanismos econômicos naturalmente voltados para 
a sustentação e a agro-exportação. O Estado busca de diversas formas 
incentivar as indústrias básicas - tornando-se, em última instância, 
produtor direto através de empresas estatais e de economia mista - que 
viabilizem a expansão do setor industrial, organizando o mercado de 
trabalho, assim como a partir das políticas financeira e cambial, apoiar a 
capitalização e acumulação desse setor. (IAMAMOTO, 2005, p.235)
Ações assistenciais deviam, portanto, permear o atendimento àqueles que não possuíam 
emprego, “sorte” ou qualquer meio que lhes possibilitasse seu próprio desenvolvimento.
Unidade 1 • Construção histórica da Seguridade Social e da Política de Assistência Social no Brasil12/258
O trato da assistência social no âmbito da moral privada, e não da 
ética social e pública, é um dos equívocos dessa versão filantrópica. 
O primeiro-damismo, a benemerência está no âmbito da moral 
privada. Neste sentido, é que os conservadores pretendem agir (e 
agem) modelando a atenção àqueles mais cravados pela destituição, 
desapropriação e exclusão social, organizando atividades que vinculam 
as relações de classe, sob a égide do favor transclassista, do mais rico ao 
mais pobre, com a vinculação do reconhecimento da bondade do doador 
pelo receptor [...] (SPOSATI, 2001, p.76)
Unidade 1 • Construção histórica da Seguridade Social e da Política de Assistência Social no Brasil13/258
O modelo conservador trata o Estado como uma grande família, na 
qual as esposas de governantes, as primeiras damas, é que cuidam dos 
“coitados”. É o paradigma do não direito, da reiteração da subalternidade, 
assentado no modelo de Estado patrimonial (...). Neste modelo, a 
assistência social é entendida como espaço de reconhecimento dos 
necessitados, e não de necessidades sociais. (SPOSATI, 2001, p. 76)
Em 1937, no período da ditadura do Estado Novo (1937 a 1945), que o Estado brasileiro passa a 
interagir com as ações da sociedade civil, no que tange a assistência social. Esta interação se dá 
por meio da criação do Conselho Nacional de Serviço Social (CNSS), que teve como presidente 
Ataulpho de Paiva, em detrimento de suas propostas da criação de uma assistência social 
pública.
O Decreto-Lei nº 525, de 1° de julho de 1938, que cria o CNSS, foi a primeira regulamentação 
nacional na área de Assistência Social e visava fixar as bases da organização do serviço social 
no país. Definia o serviço social como conjunto de obras públicas ou privadas orientadas “para 
o fim de diminuir ou suprimir as deficiências ou sofrimentos causados pela pobreza ou pela 
Unidade 1 • Construção histórica da Seguridade Social e da Política de Assistência Social no Brasil14/258
miséria, ou oriundos de qualquer forma de 
desajustamento social” (BRASIL, 1938, Art. 
1o). O decreto determinava, ainda, que o 
CNSS tinha a função de estudar o problema 
do serviço social, atuar como órgão 
consultivo e opinar sobre os pedidos de 
subvenções que lhe fossem encaminhados 
por entidades privadas de Assistência 
Social. Da mesma data é o Decreto-
Lei no 527, que se voltou à cooperação 
financeira entre a União e as entidades 
privadas de Assistência Social, regulando 
as subvenções públicas àquelas entidades 
e institucionalizando uma política na qual 
o Estado tinha como principal tarefa apoiar 
financeiramente as obras de Assistência 
Social.
O CNSS surge então com a função de 
estabelecer a relação entre o Estado 
e as organizações da sociedade civil, 
no que tange as atividades voltadas à 
assistência social. Irá atuar na avaliação 
do trabalho e estrutura das organizações 
sociais (responsáveis pelas atividades 
de benemerência e filantropia frente 
à população), a fim de identificar 
possibilidades para a concessão de 
subvenções estatais, considerando que 
o Estado passava então a regular uma 
cooperação financeira da União com 
entidades privadas por intermédio dos 
Ministérios da Saúde e Educação (GOMES, 
1999, p. 93). 
Em 1942 é criada a Legião Brasileira 
de Assistência Social (LBA) pela então 
primeira dama da república Darcy Vargas. A 
Unidade 1 • Construção histórica da Seguridade Social e da Política de Assistência Social no Brasil15/258
LBA surge com o objetivo de oferecer apoio às famílias dos soldados que foram encaminhados 
pelo governo brasileiro para o combate na Segunda Guerra Mundial. Considerou-se que 
ao encaminhar os chefes de família à guerra, seria necessária a oferta de subsídios que 
possibilitassem a manutenção do lar. Após o desmonte da guerra, a LBA passa a compor a rede 
de serviços assistenciais então constituintes do universo de organizações da sociedade civil.
O surgimento da LBA terá de imediato um amplo papel de mobilização 
da opinião pública para apoio ao “esforço guerra”, promovido pelo 
governo e, consequentemente, ao próprio governo ditatorial. Nesse 
sentido, serão lançadas diversas campanhas no âmbito nacional, como 
as de borracha usada, confecção de ataduras e bandagens, campanha de 
livro, campanha das “hortas da vitória”, etc. Para os soldados mobilizados 
serão patrocinados diversos serviços de promoção e lazeres (cantinas, 
espetáculos etc). A assistência às famílias dos convocados terá também 
um amplo caráter promocional. Apenas no Distrito Federal, a LBA 
montará mais de cem postos de atendimentos e postos diversos de 
trabalhos voluntários. (IAMAMOTO, 2005, p. 251)
Unidade 1 • Construção histórica da Seguridade Social e da Política de Assistência Social no Brasil16/258
Observa-se, portanto, que a partir da década do Governo Vargas, as organizações sociais, por 
meio da ação estatal, passam a constituir instrumentos de controle social sobre a população, 
seja para a manutenção do modo de produção capitalista, seja para absorver os conflitos 
sociais emergentes nas relações sociais. Embora:
Ao longo da história brasileira, o controle social foi tomando dimensões 
diferenciadas, considerando as diferentes formas de governo e exercício 
do poder. Assim, essencialmente, pode ser concebido de duas formas: 
controle dos Estados sobre a sociedade civil, com o objetivo de 
conservação de privilégios, e controle da sociedade civil sobre o Estado, 
enquanto perspectiva de mudança social. Em ambos os casos, o controle 
social constitui-se como base e instrumento de um projeto societário 
que poderá fortalecer os interesses das classes dominantes ou das classes 
subalternas. (MACHADO, 2012, p.53)
A partir da criação da LBA, observa-se um Estado restrito que conta com o apoio da iniciativa 
Unidade 1 • Construção histórica da Seguridade Social e da Política de Assistência Social no Brasil17/258
privada no sentido de atender às 
necessidades sociais. Assim, a LBA inicia 
ações que se caracterizavam como 
de Assistência Social, e por ser uma 
organização de abrangência nacional, 
suas ações se desenvolveram rapidamente 
e ganharam legitimidade em todo o 
território nacional.
Entretanto, a base de sustentação 
das ações desenvolvidas pela LBA se 
fundamentava nacaridade, na benesse e 
no favor, fatos que marcam a dependência 
entre os indivíduos atendidos e a 
organização, ou seja, a assistência social 
naquele momento histórico não se 
constituía como um direito. A atuação da 
LBA consolidou as bases fundamentais 
do assistencialismo e contribuiu para a 
propagação do costume de se delegar às 
primeiras damas a responsabilidade pela 
direção das ações assistenciais do Estado, 
nos diferentes níveis de governo.
Em 1946, com a promulgação de 
uma nova Constituição Federal (CF), 
desencadeou-se no país um processo de 
democratização, um dos avanços correu 
com a descentralização do poder da 
esfera federal e a garantia de autonomia 
aos poderes executivos e legislativos 
estaduais. O modelo assistencial baseado 
na filantropia e na benemerência privadas 
foi mantido, aprofundado e expandido, na 
medida em que se estimulou o surgimento 
de instituições assistenciais públicas e 
privado-filantrópicas por todo o país, do 
que resultou um emaranhado de ações 
Unidade 1 • Construção histórica da Seguridade Social e da Política de Assistência Social no Brasil18/258
e práticas sem unidade ou perspectiva 
política.
Com relação ao regime militar, é necessário 
pontuar que não ocorreram inovações 
significativas ao padrão filantrópico e 
benemerente historicamente dominante. 
A questão social nesse período é 
reduzida à problemática da infância e 
da adolescência numa perspectiva de 
segurança pública. Assim, observa-se 
a criação das grandes instituições que 
buscavam o enquadramento dos jovens ao 
funcionamento da sociedade brasileira. Daí 
funda-se um sistema representado pela 
Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor 
e ainda, as FEBEMs (Fundações Estaduais 
de Bem-Estar do Menor).
As demais expressões da questão social 
no bojo da assistência social permaneciam 
constituídas de um conjunto variado de 
ações públicas e privadas fragmentadas, 
desarticuladas e descontínuas, que 
funcionavam como ações complementares 
a outras políticas públicas. Em 1969, a LBA 
foi transformada em fundação pública 
e sua vinculação se deu ao Ministério do 
Trabalho e a Previdência Social. Também 
ocorreu a criação de outras instituições 
públicas para a oferta de serviços, 
programas e projetos assistenciais, 
entretanto, segmentados por necessidades 
especificas como é o caso da Central de 
Medicamentos (Ceme) e do Banco Nacional 
de Habitação (BNH).
Em maio de 1974, o governo federal criou 
o Ministério da Previdência e Assistência 
Unidade 1 • Construção histórica da Seguridade Social e da Política de Assistência Social no Brasil19/258
Social (MPAS), e entre as suas Secretarias 
foi criada a de Assistência Social, a qual 
tinha por atribuição primordial formular e 
coordenar a política de combate à pobreza.
No período do regime militar, as políticas 
sociais não emplacaram e, em meio à 
crise econômica dos anos 1970 e 1980, 
ocorreu o acirramento das desigualdades 
sociais. Nesse sentido, ocorreram 
pressões dos movimentos sociais, 
principalmente do movimento sindical, 
sanitarista, dos assistentes sociais e de 
novos movimentos sociais (movimento de 
mulheres, movimento negro, movimento 
ambientalista, movimentos de defesa dos 
direitos da criança e do adolescente, os 
movimentos das populações tradicionais, 
etc.), os quais se constituíram nos sujeitos 
coletivos de um amplo processo de luta 
das classes populares contra as condições 
impostas ao povo e na luta por melhores 
condições de vida.
Esse conjunto de atores e sujeitos sociais, 
e tantos outros, conformaram o campo 
das forças progressistas que deixaram a 
marca dos direitos sociais, da democracia 
participativa, da descentralização e da 
cidadania na Constituição Federal de 1988.
Observa-se, portanto, que a assistência 
social, ao longo de sua história no Brasil, 
esteve intimamente relacionada com as 
práticas benemerentes e assistencialistas, 
desenvolvidas por instituições da 
sociedade civil com apoio do Estado. No 
entanto, no final da década de 1980, esse 
cenário passa por significativas mudanças 
Unidade 1 • Construção histórica da Seguridade Social e da Política de Assistência Social no Brasil20/258
que redefiniram a história da assistência social no contexto brasileiro.
Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, está, em seu capítulo II, da Seguridade 
Social, Seção I, das disposições gerais, posto:
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de 
iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos 
relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade 
social, com base nos seguintes objetivos:
I. universalidade da cobertura e do atendimento;
II. uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III. seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV. irredutibilidade do valor dos benefícios;
V. equidade na forma de participação no custeio;
VI. diversidade da base de financiamento;
VII. caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão 
Unidade 1 • Construção histórica da Seguridade Social e da Política de Assistência Social no Brasil21/258
quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos 
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998). (Constituição Federal, 1988, grifo nosso)
Observa-se, portanto, o estabelecimento de uma carta magna na população brasileira, que a 
partir de sua promulgação reconhece o acesso à assistência social como um direto universal, 
integrante da Previdência Social e de responsabilidade do Estado, assim, a “assistência 
afirmada, sobretudo a partir da metade dos anos 80, é a assistência como um direito social e 
como uma ampliação da cidadania” (SCHONS, 2008, p. 39)
Segundo Couto:
Unidade 1 • Construção histórica da Seguridade Social e da Política de Assistência Social no Brasil22/258
As décadas de 1980 e 1990 foram paradigmáticas e paradoxais no 
encaminhamento de uma nova configuração para o cenário político, 
econômico e social brasileiro. De um lado, desenvolveu-se um processo 
singular de reformas, no que se refere à ampliação do processo de 
democracia - evidenciada pela transição dos governos militares para 
governos civis - e à organização política e jurídica - especialmente 
demonstrada no desenho da Constituição promulgada em 1968, 
considerada, pela maioria dos teóricos que a analisaram, como balizadora 
da tentativa do estabelecimento de novas relações sociais no país. 
(COUTO, 2010, p. 139)
Unidade 1 • Construção histórica da Seguridade Social e da Política de Assistência Social no Brasil23/258
E, no bojo do Serviço Social, no mesmo período:
Situamo-nos na segunda metade da década de 80, mais especificamente 
a partir de 1987, quando, segundo Netto, estamos no “terceiro momento” 
da “perspectiva de intenção de ruptura” (NETTO, 1989, p. 640 e 647), 
quando o movimento de reconceituação em Serviço Social dá o 
“espraiamento sobre a categoria profissional” (NETTO, 1989, p. 508). 
Ocasião em que se daria o seu amadurecimento. Não há dúvida que os 
profissionais se defrontam com a necessidade de dar novas respostas 
às suas ações profissionais partindo de uma postura crítica e dessa 
exigência, uma vez que “a questão da cidadania vem encontrando espaço 
nas discussões sobre a profissão, tendo em vista a necessidade de se 
redefinir formas de atualização dessa profissão face às demandas que lhe 
são postas pela sociedade”, conclui uma das autoras (OLIVEIRA, 1987, p. 
11).”. (SCHONS, 2008, p. 39)
Observa-se, portanto, que a abertura política ocorrida no início da década de1980 gerou 
significativas reformulações no cenário brasileiro, sobretudo e particularmente na política 
Unidade 1 • Construção histórica da Seguridade Social e da Política de Assistência Social no Brasil24/258
de assistência social. Ao assumir a política de assistência social, o governo brasileiro passa 
a responder por ela junto à população usuária e, embora pareça óbvia tal reflexão, deve-se 
considerar o grande vácuo histórico no qual esteve instalada tal política. Nasce de um caso de 
polícia (Início da Década de 1930), passa pela manipulação de governos ditatoriais (Período 
Getúlio Vargas), serve apenas àqueles que possuem vínculo empregatício (Ditadura Militar), 
para, enfim, alcançar status enquanto política pública.
Questão
reflexão
?
para
25/258
A partir do conteúdo apresentado nesta unidade, reflita 
sobre a importância de uma política de assistência 
social no contexto de um país como o Brasil, com 
elevadíssimos índices de desigualdade social. Feito 
isso, desenvolva um texto de autorreflexão sobre 
este assunto e observe em seu cotidiano situações 
em que a intervenção do Estado poderia ser melhor 
desenvolvida, se mudado determinado cenário.
26/258
Considerações Finais
A assistência social passou por muitas transformações ao longo do tempo no 
Brasil. É de fundamental importância conhecer sua origem e história a fim de 
que seja possível uma compreensão mais aprofundada de sua relevância para 
a consolidação dos direitos sociais no contexto brasileiro.
Foi utilizada com estratégia de manobra ao longo de muitos anos, após deixar 
de ser compreendida como “caso de polícia”, no entanto, ainda nos dias de 
hoje, faz-se perceptível cotidianamente as consequências do estigma social 
construído em torno de sua importância.
A assistência social parte do atendimento às necessidades sociais numa 
perspectiva caritativa e filantrópica, evoluindo na perspectiva do direito social 
e com assentamento na Constituição Federal de 1988.
Unidade 1 • Construção histórica da Seguridade Social e da Política de Assistência Social no Brasil27/258
Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 
Senado, 1998.
BRASIL. Decreto-Lei nº 525, de 1º de Julho de 1938, Institue o Conselho Nacional de Serviço 
Social e fixa as bases da organização do serviço social em todo o país. Diário Oficial da União - 
Seção 1 - 5/7/1938, Página 13384.
COUTO, Berenice Rojas. et al. O Sistema Único de Assistência Social no Brasil: uma realidade 
em movimento. São Paulo: Cortez, 2011.
GOMES, Ana Lígia. A nova regulamentação da filantropia e o marco legal do terceiro setor. In: 
Serviço Social & Sociedade. Nº 61. Ano XX. São Paulo: Cortez, 1999. p. 91-108.
IAMAMOTO, Marilda Vilela. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação 
profissional. 9 ed. São Paulo: Cortez, 2005.
IAMAMOTO, Marilda Vilela; CARVALHO, Raul. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: 
esboço de uma interpretação histórico-metodológica. São Paulo: Cortez, 1983.
MACHADO, Loiva Mara de Oliveira. Controle da política de assistência social: caminhos e 
descaminhos - Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012.
Unidade 1 • Construção histórica da Seguridade Social e da Política de Assistência Social no Brasil28/258
SCHONS, Selma Maria. Assistência Social entre a Ordem e a Des-Ordem: Mistificação dos 
direitos sociais e da cidadania. São Paulo: Cortez, 1999.
SPOSATI, Aldaíza de Oliveira e outros. A assistência na trajetória das políticas sociais 
brasileiras: uma questão em análise. São Paulo: Cortez, 1985.
SPOSATI, Aldaíza de Oliveira e outros. Desafios para fazer avançar a política de Assistência 
Social no Brasil. In: Serviço Social & Sociedade. Assistência e proteção social. Nº 68. Ano XXII. 
São Paulo: Cortez, 2001. p. 54-82.
Referências
29/258
Assista a suas aulas
Aula 1 - Tema: Construção Histórica da 
Seguridade Social e da Política de Assistência 
Social no Brasil - Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/68eb0d99fb23f5ebf5d0772cea8a028b>.
Aula 1 - Tema: Construção Histórica da 
Seguridade Social e da Política de Assistência 
Social no Brasil - Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/pA-
piv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/b5d-
2f6b6c4bfa58b4a781daf62ceb035>.
30/258
1. Como podemos definir a ação estatal na primeira metade do século XX 
em relação à assistência social no Brasil?
a) Eram ações pautadas na perspectiva no direito, em que os cidadãos possuíam total 
subsídio do Estado para atendimento às suas necessidades sociais.
b) Eram ações caritativas e benemerentes, uma vez que o Estado interpretava as expressões 
da questão social como caso de polícia, restando à própria sociedade civil enfrentá-las.
c) Eram desenvolvidas na perspectiva da redistribuição de renda e criação de benefícios 
sociais.
d) O Estado enfrentava as expressões da questão social por meio da criação de empregos e 
aumento da capacidade de consumo da população.
e) O Estado brasileiro financiava ações empresariais para enfrentar as expressões da questão 
social.
Questão 1
31/258
2. Em que momento e o que destaca o início da interação estatal com 
a sociedade civil em relação às atividades benemerentes da sociedade 
civil?
a) Em 1937, por meio da Criação do Conselho Nacional de Serviço Social.
b) Em 1988, por meio da promulgação da Constituição Federal de 1988.
c) Em 2004, por meio da promulgação da Política Nacional de Assistência Social.
d) Em 1943, por meio da promulgação da Consolidação das Leis Trabalhistas.
e) Em 1942, a partir da criação da Legião Brasileira de Assistência.
Questão 2
32/258
3. Em que perspectiva é criada a Legião Brasileira de Assistência (LBA)?
a) A LBA surge com o objetivo de oferecer apoio às famílias dos soldados que foram 
encaminhados pelo governo brasileiro para o combate na Segunda Guerra Mundial.
b) Com o objetivo de centralizar as ações fiscalizatórias do Estado em relação às organizações 
assistenciais.
c) Surge na perspectiva de organizar as ações, então descentralizadas, das damas de caridade 
em relação às pessoas em situação de rua.
d) A LBA surge na perspectiva de um órgão estatal para o ordenamento de recursos 
financeiros das organizações assistenciais.
e) A LBA surge como fundo de investimentos estatal para criação de novas organizações 
sociais.
Questão 3
33/258
4. Qual a principal característica da Constituição Federal de 1946 em 
relação à assistência social?
a) Rompe-se com o direcionamento filantrópico e caritativo, gerando uma ação estatal 
estrutural de enfrentamento à questão social.
b) Aumenta-se o repasse estatal por meio de convênios público-privados às organizações 
sociais.
c) Mantém-se o modelo assistencial com centralidade em ações filantrópicas e caritativas, 
sendo aprofundado e expandido.
d) Investe-se na ação privada no campo da saúde, criando novos serviços e formas inovadoras 
de intervenção social.
e) Contrata-se mais profissionais para atuar no campo da assistência social, promovendo 
capacitação continuada e novos instrumentos de intervenção.
Questão 4
34/258
5. Escolha entre as alternativas a seguir, a que melhor define a ação esta-
tal em relação à assistência social no período da Ditadura Militar:
a) No período da ditadura militar, as políticas sociais foram supervalorizadas, gerando 
segurança e satisfação na população usuária.
b) No período da ditadura militar, as políticas sociais já estavam consolidadas, não havendo a 
necessidade de mobilização social para esta questão.
c) O período de regime militar no Brasil detém significativa importância em razão de seu 
excelente desempenho em relação ao enfrentamento às expressões da questão social.d) Não há registros do desempenho estatal no período do regime militar, em relação à 
assistência social. 
e) No período do regime militar, as políticas sociais não emplacaram e, em meio à crise 
econômica dos anos 1970 e 1980, ocorreu o acirramento das desigualdades sociais.
Questão 5
35/258
Gabarito
1. Resposta: B.
No período compreendido entre 1910 
e 1930 (primeira metade do século 
XX), no Brasil, as ações benemerentes e 
filantrópicas predominam em detrimento 
da ação estatal, no que se refere à 
assistência social. Essas atividades eram 
desenvolvidas por organizações da 
sociedade civil, mais especificamente por 
organizações religiosas, que acreditavam 
que em torno de sua missão estava a 
função de estruturar meios para enfrentar 
as expressões da questão social.
2. Resposta: A.
Em 1937, no período da ditadura do 
Estado Novo (1937 a 1945) é que o Estado 
brasileiro passa a interagir com as ações da 
sociedade civil no que tange a assistência 
social. Esta interação se dá por meio da 
criação do Conselho Nacional de Serviço 
Social (CNSS), que teve como presidente 
Ataulpho de Paiva, em detrimento de suas 
propostas de criação de uma assistência 
social pública.
3. Resposta: A.
Em 1942 é criada a Legião Brasileira 
de Assistência Social (LBA), pela então 
primeira dama da república Darcy Vargas. 
A LBA surge com o objetivo de oferecer 
apoio às famílias dos soldados que foram 
encaminhados pelo governo brasileiro para 
o combate na Segunda Guerra Mundial. 
36/258
Considerou-se que ao encaminhar os 
chefes de família à guerra, seria necessária 
a oferta de subsídios que possibilitassem a 
manutenção do lar.
4. Resposta: C.
Em 1946, com a promulgação de 
uma nova Constituição Federal (CF), 
desencadeou-se no país um processo de 
democratização, um dos avanços ocorreu 
com a descentralização do poder da 
esfera federal e a garantia de autonomia 
aos poderes executivos e legislativos 
estaduais. O modelo assistencial baseado 
na filantropia e na benemerência privadas 
foi mantido, aprofundado e expandido, na 
medida em que se estimulou o surgimento 
Gabarito
de instituições assistenciais públicas e 
privado-filantrópicas por todo o país, do 
que resultou um emaranhado de ações 
e práticas sem unidade ou perspectiva 
política.
5. Resposta: E.
No período do regime militar, as políticas 
sociais não emplacaram e, em meio à 
crise econômica dos anos 1970 e 1980, 
ocorreu o acirramento das desigualdades 
sociais. Nesse sentido, ocorreram 
pressões dos movimentos sociais, 
principalmente do movimento sindical, 
sanitarista, dos assistentes sociais e de 
novos movimentos sociais (movimento de 
mulheres, movimento negro, movimento 
37/258
ambientalista, movimentos de defesa dos 
direitos da criança e do adolescente, os 
movimentos das populações tradicionais, 
etc.), os quais se constituíram nos sujeitos 
coletivos de um amplo processo de luta 
das classes populares contra as condições 
impostas ao povo e na luta por melhores 
condições de vida.
Gabarito
38/258
Unidade 2
Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de 
deliberação e de pactuação
Objetivos
1. Compreender conceitualmente o 
significado do SUAS;
2. Entender a organização dos tipos de 
proteção da assistência social;
3. Introduzir os aspectos estruturantes 
do SUAS.
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação39/258
O SUAS no Contexto da PNAS
O Sistema Único de Assistência Social, SUAS, é público e tem como principal objetivo organizar, 
de forma descentralizada, entre os três níveis de governo (municipal, estadual e federal) os 
serviços que compõem a rede de serviços sócio assistenciais em todo território brasileiro. 
O referido sistema se dá por consequência da PNAS, que ao desenhar a política pública de 
assistência, demanda a criação de um sistema que, de maneira planejada e organizada, deverá 
atribuir materialidade às ações da assistência social. O SUAS materializa, portanto, o conteúdo 
da Lei Orgânica de Assistência Social - LOAS.
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação40/258
Segundo PNAS:
O SUAS, cujo modelo de gestão é descentralizado e participativo, 
constitui-se na regulação e organização em todo território nacional das 
ações sócio assistenciais. Os serviços, programas, projetos e benefícios 
têm como foco prioritário a atenção às famílias, seus membros e 
indivíduos e o território como base de organização, que possam a ser 
definidos pelas funções que desempenham, pelo número de pessoas 
que delas necessitam e pela sua complexidade. Pressupõe, ainda, 
gestão compartilhada, cofinanciamento da política pelas três esferas de 
governo e definição clara das competências técnico-políticas da União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios, com a participação e mobilização 
da sociedade civil, e estes têm o papel efetivo da sua implantação e 
implementação. (PNAS, 2005, p. 39)
Nesta perspectiva, o SUAS prevê de forma organizada e planejada as ações no campo da 
assistência social, conjeturando em igual medida definições e tipologias importantes para a 
consecução da política pública de assistência social como direito social.
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação41/258
Para saber mais
Você sabe o que são condicionalidades da Política Nacional de Assistência Social?
As condicionalidades são os compromissos assumidos tanto pelas famílias beneficiárias do Bolsa 
Família quanto pelo poder público para ampliar o seu acesso aos direitos sociais básicos. Por 
um lado, as famílias devem assumir e cumprir esses compromissos para continuar recebendo o 
benefício, por outro, as condicionalidades responsabilizam o poder público pela oferta dos serviços 
públicos de saúde, educação e assistência social.
Na área de saúde, as famílias beneficiárias assumem o compromisso de acompanhar o cartão 
de vacinação, o crescimento e o desenvolvimento das crianças menores de 7 anos. As mulheres 
na faixa de 14 a 44 anos também devem fazer o acompanhamento e, se gestantes ou nutrizes 
(lactantes), devem realizar o pré-natal e o acompanhamento da sua saúde e do bebê.
Na educação, todas as crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos devem estar devidamente 
matriculados e com frequência escolar mensal mínima de 85% da carga horária. Já os estudantes 
entre 16 e 17 anos devem ter frequência de, no mínimo, 75%.
O poder público deve fazer o acompanhamento gerencial para identificar os motivos do não 
cumprimento das condicionalidades. A partir daí, são implementadas ações de acompanhamento 
das famílias em descumprimento, consideradas em situação de maior vulnerabilidade social.
A família que encontra dificuldades em cumprir as condicionalidades deve, além de buscar 
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação42/258
Para saber mais
orientações com o gestor municipal do Bolsa Família, procurar o Centro de Referência de 
Assistência Social (Cras), o Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas) ou a 
equipe de assistência social do município. O objetivo é auxiliar a família a superar as dificuldades 
enfrentadas.
Esgotadas as chances de reverter o descumprimento das condicionalidades, a família pode 
ter o benefício do Bolsa Família bloqueado, suspenso ou até mesmo cancelado. Todas as 
informações relacionadas às condicionalidades das famílias podem ser encontradas no Sistema 
de Condicionalidades do Programa Bolsa Família (Sicon). (Fonte: <http://www.mds.gov.br/
bolsafamilia/condicionalidades>).O SUAS: Elementos Estruturantes 
O SUAS estabelece elementos que constituem a base para a execução da política pública de 
assistência social em conformidade com o estabelecido na PNAS do ponto de vista do marco 
ideológico, sendo que extrapola tais elementos quando atribuídos à perspectiva da aplicação 
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação43/258
à realidade concreta, ou seja, supera 
os princípios estabelecidos pela PNAS, 
quando aplicados à realidade, constituindo 
novos elementos de cunho prático, 
constituindo os eixos estruturantes e de 
subsistemas, conforme a seguir:
• Matricialidade familiar;
• Descentralização político-
administrativa e territorialização;
• Novas bases para a relação entre 
Estado e Sociedade Civil;
• Financiamento;
• Controle Social;
• O desafio da participação popular/ 
cidadão usuário;
• A política de recursos humanos;
• A informação, o monitoramento e a 
avaliação;
No campo das novas relações que se 
estabelecem entre sociedade civil e Estado, 
destaca-se a parceria entre organizações 
governamentais ou, o próprio Estado, com 
ONGs, na construção e consolidação das 
redes de atenção e proteção, previstas na 
PNAS e instituídas no SUAS. 
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação44/258
A gravidade dos problemas sociais brasileiros exige que o Estado 
estimule a sinergia e gere espaços de colaboração, mobilizando recursos 
potencialmente existentes na sociedade, tornando imprescindível contar 
com a sua participação em ações integradas, de modo a multiplicar seus 
efeitos e chances de sucesso. Desconhecer a crescente importância da 
atuação das organizações da sociedade nas políticas sociais é reproduzir 
a lógica ineficaz e irracional da fragmentação, descoordenação, 
superposição e isolamento das ações. (PNAS, 2005 p. 47)
O financiamento do SUAS possui assento 
na Constituição Federal, que em seu 
art. 195 dispõe do financiamento da 
Seguridade Social, afirma que esta possui 
orçamento próprio, por meio do custeio 
de toda a sociedade, mediante recursos 
provenientes dos orçamentos da União, 
dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e das contribuições sociais.
O controle social, assim como o 
financiamento da seguridade social, possui 
assento na CF-88, como instrumento de 
efetivação da participação popular, com 
caráter democrático e participativo. No 
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação45/258
SUAS, os conselhos têm como principal papel a fiscalização da política e seu financiamento. 
Com relação ao controle social, Machado assevera:
Considerando que controle social na Política de Assistência Social 
significa processo permanente de construção - permeado por relações 
contraditórias se segmentos da sociedade civil entre si e destes com o 
Estado no que se refere à gestão do poder e ao exercício democrático 
de participação -, busca-se neste item dar visibilidade às concepções 
de sociedade civil acerca do controle social. Pretende-se, igualmente, 
identificar alguns fatores que dificultam o exercício do controle 
social na Política de Assistência Social e a novidade que esse controle 
representa como mediação necessária ao fortalecimento da democracia 
participativa. Também busca-se destacar as dimensões integrantes do 
controle social e sua finalidade no contexto de redemocratização do 
Estado brasileiro. (MACHADO, 2012 p. 128)
Portanto, as instâncias de controle social por meio de conferências e conselhos se constituem 
tanto como um avanço da PNAS na perspectiva do SUAS, quanto um grande desafio de 
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação46/258
materializar o art. 5o da LOAS, inciso II ao legitimar a participação popular na política pública de 
assistência social.
Segundo Yazbek:
Importante destacar que esse estímulo à participação nos CRAS, 
conselhos e conferências tem sido conduzido pelos profissionais que 
trabalham nas unidades e serviços sócio assistenciais, o que revela o 
lugar estratégico da atuação dos trabalhadores do setor. (Yazbek et al., 
2010, p. 193)
Tal afirmação possibilita o encontro entre o papel dos profissionais envolvidos na política 
de assistência, bem como na política de recursos humanos prevista para a identificação e 
o progresso dos trabalhadores que participam do processo de desenvolvimento da política 
pública de assistência social. 
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação47/258
O dinamismo, e diversidade e a complexidade da realidade social pautam 
questões sociais que se apresentam sob formas diversas de demandas 
para a política de assistência social, e que exigem a criação de uma gama 
diversificada de serviços que atendam às especificidades da expressão da 
questão social apresentada para esta política. (PNAS, 2005 p. 53)
Assim, várias funções são criadas, o que acaba por determinar a necessidade de definições 
estruturais a fim de qualificar a possibilitar que por meio da atuação técnica, as intervenções 
dos trabalhadores alcancem os níveis de eficácia e eficiência necessários.
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação48/258
Por fim, um dos mais importantes elementos constituintes do SUAS dá-se pela perspectiva da 
informação, monitoramento e avaliação da política de assistência social, por meio da criação 
de um sistema oficial de informação que tem como objetivo central a mensuração da eficiência 
e eficácia das ações pré-ideadas nos planos de trabalho.
Para saber maisEntrada de Famílias no Programa Bolsa Família
Serão habilitadas a entrar no Programa Bolsa Família as famílias:
 » Com cadastros atualizados nos últimos 24 meses;
 » Com renda mensal por pessoa menor ou igual ao limite de extrema pobreza (R$ 77,00);
 » Com renda mensal por pessoa entre os limites de extrema pobreza e pobreza (R$ 77,01 e R$ 
154,00), desde que possuam crianças e/ou adolescentes de 0 a 17 anos na sua composição.
(Fonte: <http://www.mds.gov.br/bolsafamilia/beneficios/entrada-de-familias-no-
programa%20%20>)
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação49/258
O que se pretende claramente com tal deliberação é a implantação 
de políticas articuladas de informação, monitoramento e avaliação 
que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento 
da política de assistência social no Brasil, das ações realizadas e da 
utilização de recursos, favorecendo a participação, o controle social e 
uma gestão otimizada da política. Desenhados de forma a fortalecer 
a democratização da informação, na amplitude de circunstâncias que 
perfazem a política de assistência social, estas políticas e as ações 
resultantes deverão pautar-se principalmente na criação de sistemas de 
informação, que serão base estruturante e produto do Sistema Único de 
Assistência Social e na integração das bases de dados de interesse para o 
campo sócio assistencial, com a definição de indicadores específicos de 
tal política pública. (PNAS, 2005, p. 56)
Assim, atua-se na perspectiva de compreender os processos de informação, monitoramento 
e avaliação na seara da assistência social, e que eles sejam considerados como setores 
estratégicos da gestão da política pública, “cessando com uma utilização tradicionalmente 
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significadosócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação50/258
circunstancial e tão somente instrumental deste campo, o que é central para o ininterrupto 
aprimoramento da política de assistência social no país” (PNAS, 2005, p. 58).
Os Tipos de Proteção da Assistência Social 
A fim de que seja possível a apresentação dos tipos de proteção previstos pela PNAS e pelo 
SUAS, faz-se necessário conhecer conceitualmente a quem se destina a PNAS, ou seja, qual o 
público usuário da mesma. Em conformidade com o estabelecido na própria PNAS, constitui-se 
como público usuário da referida política:
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação51/258
[...] cidadãos e grupos que se encontram em situações de vulnerabilidade 
e riscos, tais como: famílias e indivíduos com perda ou fragilidade de 
vínculos de afetividade, pertencimento e sociabilidade; ciclos de vida; 
identidades estigmatizadas em termos étnicos, culturais e sexuais; 
desvantagem pessoal resultante de deficiências; exclusão pela pobreza 
e, ou, no acesso às demais políticas públicas; uso de substâncias 
psicoativas; diferentes formas de violências advinda do núcleo familiar, 
grupos e indivíduos, inserção precária ou não inserção no mercado de 
trabalho formal ou informal; estratégias e alternativas diferenciadas de 
sobrevivência que podem representar risco pessoal e social. (PNAS, 2005, 
p. 33)
Diante dessa informação, foram constituídas proteções afiançadas, ou seja, acreditadas ao 
público alvo da política pública de assistência (por tratar-se de política social não contributiva), 
sendo elas:
• Proteção Social Básica;
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação52/258
• Proteção Social Especial;
• Proteção Social Especial de Média Complexidade;
• Proteção Social Especial de Alta Complexidade;
A proteção social básica tem como principal objetivo consolidar o aspecto preventivo da 
política de assistência, atuando com centralidade em atividades que promovam a aquisição 
e o desenvolvimento de potencialidades, bem como o fortalecimento de vínculos familiares e 
comunitários, conforme princípios previstos na própria política pública de assistência social.
Destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social 
decorrente da pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo 
acesso aos serviços públicos, dentre outros) e, ou, fragilização de vínculos 
afetivos - relacionais ou de pertencimento social (discriminações etárias, 
étnicas, de gênero ou por deficiências, dentro outras). (PNAS, 2005 p. 33)
Os benefícios de prestação continuada, bem como os eventuais, constituem a proteção social 
básica, sendo compostos conforme a seguir:
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação53/258
O benefício de prestação continuada (BPC) pertence à política de assistência social, está 
previsto na LOAS (seção I, art. 20), cuja operacionalização dá-se pelo Instituto Nacional do 
Seguro Social (INSS) e trata da:
[...] garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e 
ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não 
possuir meios de prover a própria manutenção nem tê-la provida por sua 
família (Redação dada pela Lei no 12.435 de 2011). (LOAS, 2013)
Neste sentido, considera-se como família:
[...] a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, 
os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos 
solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde 
que vivam sob o mesmo teto. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011). 
(LOAS, 2013)
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação54/258
A seguir, seguem informações importantes 
decorrentes da revisão da LOAS, ocorrida 
por consequência da Lei 12.435/11, com 
o principal objeto de intervenção o BPC, 
sendo elas:
§ 2o Para efeito de concessão 
deste benefício, considera-
se: (Redação dada pela Lei nº 
12.435, de 2011)
I - pessoa com deficiência: 
aquela que tem impedimentos 
de longo prazo de natureza 
física, intelectual ou sensorial, 
os quais, em interação com 
diversas barreiras, podem 
obstruir sua participação plena 
e efetiva na sociedade com as 
demais pessoas. (Redação dada 
pela Lei nº 12.435, de 2011)
II - impedimentos de longo 
prazo: aqueles que incapacitam 
a pessoa com deficiência para 
a vida independente e para o 
trabalho pelo prazo mínimo de 
2 (dois) anos. (Redação dada 
pela Lei nº 12.435, de 2011)
§ 2o Para efeito de concessão 
deste benefício, considera-se 
pessoa com deficiência aquela 
que tem impedimentos de 
longo prazo de natureza física, 
mental, intelectual ou sensorial, 
os quais, em interação com 
diversas barreiras, podem 
obstruir sua participação plena 
e efetiva na sociedade em 
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação55/258
igualdade de condições com as 
demais pessoas. (Redação dada 
pela Lei nº 12.470, de 2011)
§ 3o Considera-se incapaz de 
prover a manutenção da pessoa 
com deficiência ou idosa a 
família cuja renda mensal per 
capita seja inferior a 1/4 (um 
quarto) do salário-mínimo. 
(Redação dada pela Lei nº 
12.435, de 2011)
§ 4o O benefício de que trata 
este artigo não pode ser 
acumulado pelo beneficiário 
com qualquer outro no 
âmbito da seguridade social 
ou de outro regime, salvo os 
da assistência médica e da 
pensão especial de natureza 
indenizatória. (Redação dada 
pela Lei nº 12.435, de 2011)
§ 5o A condição de acolhimento 
em instituições de longa 
permanência não prejudica o 
direito do idoso ou da pessoa 
com deficiência ao benefício de 
prestação continuada. (Redação 
dada pela Lei nº 12.435, de 
2011)
§ 6o A concessão do benefício 
ficará sujeita à avaliação 
da deficiência e do grau de 
incapacidade, composta por 
avaliação médica e avaliação 
social, realizadas por médicos 
peritos e por assistentes sociais 
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação56/258
do Instituto Nacional do Seguro 
Social (INSS). (Redação dada 
pela Lei nº 12.435, de 2011)
§ 6º A concessão do benefício 
ficará sujeita à avaliação 
da deficiência e do grau de 
impedimento de que trata o 
§ 2o, composta por avaliação 
médica e avaliação social, 
realizadas por médicos peritos 
e por assistentes sociais do 
Instituto Nacional de Seguro 
Social - INSS. (Redação dada 
pela Lei nº 12.470, de 2011)
§ 7º Na hipótese de não 
existirem serviços no município 
de residência do beneficiário, 
fica assegurado, na forma 
prevista em regulamento, o seu 
encaminhamento ao município 
mais próximo que contar com 
tal estrutura. (Incluído pela Lei 
nº 9.720, de 30.11.1998)
§ 8o A renda familiar mensal 
a que se refere o § 3o deverá 
ser declarada pelo requerente 
ou seu representante legal, 
sujeitando-se aos demais 
procedimentos previstos 
no regulamento para o 
deferimento do pedido. 
(Incluído pela Lei nº 9.720, de 
30.11.1998) 
§ 9º A remuneração da pessoa 
com deficiência na condição de 
aprendiz não será considerada 
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação57/258
para fins do cálculo a que se 
refere o § 3o deste artigo. 
(Incluído pela Lei nº 12.470, de 
2011)
§ 10. Considera-se 
impedimento de longo prazo, 
para os fins do § 2o deste 
artigo, aquele que produza 
efeitospelo prazo mínimo de 2 
(dois) anos. (Incluído pela Lei nº 
12.470, de 2011)
Art. 21. O benefício de 
prestação continuada deve 
ser revisto a cada 2 (dois) anos 
para avaliação da continuidade 
das condições que lhe deram 
origem. (Vide Lei nº 9.720, de 
30.11.1998)
§ 1º O pagamento do benefício 
cessa no momento em que 
forem superadas as condições 
referidas no caput, ou em caso 
de morte do beneficiário.
§ 2º O benefício será 
cancelado quando se constatar 
irregularidade na sua concessão 
ou utilização.
§ 3o O desenvolvimento 
das capacidades cognitivas, 
motoras ou educacionais e a 
realização de atividades não 
remuneradas de habilitação 
e reabilitação, entre outras, 
não constituem motivo de 
suspensão ou cessação do 
benefício da pessoa com 
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação58/258
deficiência. (Incluído pela Lei nº 
12.435, de 2011)
§ 4o A cessação do benefício 
de prestação continuada 
concedido à pessoa com 
deficiência, inclusive em razão 
do seu ingresso no mercado 
de trabalho, não impede nova 
concessão do benefício, desde 
que atendidos os requisitos 
definidos em regulamento. 
(Incluído pela Lei nº 12.435, de 
2011)
§ 4º A cessação do benefício 
de prestação continuada 
concedido à pessoa com 
deficiência não impede nova 
concessão do benefício, desde 
que atendidos os requisitos 
definidos em regulamento. 
(Redação dada pela Lei nº 
12.470, de 2011)
Art. 21-A. O benefício 
de prestação continuada 
será suspenso pelo órgão 
concedente quando a pessoa 
com deficiência exercer 
atividade remunerada, 
inclusive na condição de 
microempreendedor individual. 
(Incluído pela Lei nº 12.470, de 
2011)
§ 1o Extinta a relação 
trabalhista ou a atividade 
empreendedora de que 
trata o caput deste artigo e, 
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação59/258
quando for o caso, encerrado 
o prazo de pagamento do 
seguro-desemprego e não 
tendo o beneficiário adquirido 
direito a qualquer benefício 
previdenciário, poderá ser 
requerida a continuidade 
do pagamento do benefício 
suspenso, sem necessidade de 
realização de perícia médica ou 
reavaliação da deficiência e do 
grau de incapacidade para esse 
fim, respeitado o período de 
revisão previsto no caput do art. 
21. (Incluído pela Lei nº 12.470, 
de 2011)
§ 2o A contratação de pessoa 
com deficiência como aprendiz 
não acarreta a suspensão 
do benefício de prestação 
continuada, limitado a 2 
(dois) anos o recebimento 
concomitante da remuneração 
e do benefício. (Incluído pela 
Lei nº 12.470, de 2011) (LOAS, 
2013 – grifo nosso)
Os chamados benefícios eventuais, 
também componentes da proteção 
social básica, são de caráter suplementar 
e provisório, concedidos em casos 
emergentes de calamidade pública, 
nascimento, morte ou situações de 
vulnerabilidade temporária. Possuem 
como principal objetivo fortalecer as 
potencialidades individuais e familiares 
e, como o BPC, também possui assento 
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação60/258
na Lei 8742/93 (LOAS). A possibilidade e 
valor dos benefícios concedidos devem 
ser definidos pelos entes federativos, bem 
como previstos nas leis orçamentárias, 
com base em critérios estabelecidos em 
conformidade com as deliberações dos 
Conselhos de Assistência Social.
O Conselho Nacional de 
Assistência Social - CNAS, 
por meio da Resolução 
Nº 212, de 19 de outubro 
de 2006, e a União, por 
intermédio do Decreto Nº 
6.307, de 14 de dezembro 
de 2007, estabeleceram 
critérios orientadores para a 
regulamentação e provisão 
de Benefícios Eventuais no 
âmbito da Política Pública 
de Assistência Social pelos 
Municípios, Estados e Distrito 
Federal.
Para tanto, os Municípios 
devem estruturar um conjunto 
de ações, tais como:
• Regulamentar 
a prestação dos 
Benefícios Eventuais;
• Assegurar, em lei 
orçamentária, os 
recursos necessários 
à oferta destes 
benefícios;
• Organizar o 
atendimento aos 
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação61/258
beneficiários.
Os Estados também têm como 
responsabilidade na efetivação 
desse direito a destinação 
de recursos financeiros 
aos Municípios, a título de 
cofinanciamento do custeio 
dos Benefícios Eventuais. (MDS, 
2013)
Conforme lei 8742/93 (LOAS), art. 22:
Art. 22. Entendem-se por 
benefícios eventuais as 
provisões suplementares e 
provisórias que integram 
organicamente as garantias 
do Suas e são prestadas aos 
cidadãos e às famílias em 
virtude de nascimento, morte, 
situações de vulnerabilidade 
temporária e de calamidade 
pública. (Redação dada pela Lei 
nº 12.435, de 2011)
§ 1o A concessão e o valor 
dos benefícios de que trata 
este artigo serão definidos 
pelos Estados, Distrito Federal 
e Municípios e previstos nas 
respectivas leis orçamentárias 
anuais, com base em critérios 
e prazos definidos pelos 
respectivos Conselhos de 
Assistência Social. (Redação 
dada pela Lei nº 12.435, de 
2011)
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação62/258
§ 2o O CNAS, ouvidas as respectivas representações de Estados e Municípios dele 
participantes, poderá propor, na medida das disponibilidades orçamentárias das 
3 (três) esferas de governo, a instituição de benefícios subsidiários no valor de até 
25% (vinte e cinco por cento) do salário-mínimo para cada criança de até 6 (seis) 
anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)
§ 3o Os benefícios eventuais subsidiários não poderão ser cumulados com aqueles 
Para saber mais
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) organizou uma Biblioteca Virtual 
unificada das cinco temáticas de atuação: Assistência Social, Bolsa Família, Segurança Alimentar e 
Nutricional, Inclusão Produtiva e Avaliação e Gestão da Informação. A seguir, acesse as publicações 
sobre Assistência Social e as respectivas fichas catalográficas:
Acesse em: <http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/secretaria-nacional-de-assistencia-
social-snas/biblioteca>.
(Fonte: <http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/secretaria-nacional-de-assistencia-
social-snas/biblioteca>)
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação63/258
instituídos pelas Leis no 10.954, de 29 de setembro de 2004, e no 10.458, de 14 de 
maio de 2002. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)
A existência de ambos os benefícios, desonera, portanto, a Previdência Social do pagamento de 
renda mensal vitalícia, do auxílio-natalidade e do auxílio funeral, antes existentes no âmbito da 
Previdência Social.
A proteção social especial, diferentemente da proteção social básica, tem caráter interventivo 
em situações de violação de direitos, seja na esfera objetiva (violência física, exploração sexual, 
etc.) ou subjetiva (psicológica), sendo este o grupo de usuários da política de assistência social, 
na perspectiva da proteção social especial.
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação64/258
A realidade brasileira nos mostra que existem famílias com as mais 
diversas situações socioeconômicas que induzem à violação de direitos 
de seus membros, em especial, de suas crianças, adolescentes, jovens, 
idosos e pessoas com deficiência, além da geração de outros fenômenos 
como: pessoas em situação de rua, migrantes, idosos abandonados 
que estão nesta condiçãonão pela ausência de renda, mas por outras 
variáveis da exclusão social. (PNAS, 2005, p. 36).
Partindo desta compreensão e das situações de violação de direitos, entende-se a necessidade 
do estabelecimento de uma proteção social, voltada especificamente ao tratamento das 
extremas situações. Ocorrências que para serem combatidas, necessitam de intervenção 
conjunta e compartilhada entre a assistência social e as demais políticas setoriais e Poder 
Judiciário, Ministério Público, bem como outros órgãos e ações do Poder Executivo. Desta 
forma, “a ênfase da proteção social especial deve priorizar a reestruturação dos serviços de 
abrigamento dos indivíduos que, por uma série de fatores, não contam mais com a proteção e o 
cuidado de suas famílias, para as novas modalidades de atendimento”. (PNAS, 2005, p. 37)
A proteção social especial é dividida, compreendendo-se os diferentes níveis de complexidade 
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação65/258
apresentados pelas demandas atendidas 
pela política pública de assistência social. 
Divide-se a proteção social especial, entre 
média e alta complexidade.
A proteção social de média complexidade 
é composta pelo conjunto de medidas que 
possibilitam o atendimento aos indivíduos 
e às famílias que, embora tenham 
seus direitos violados, não apresentam 
rompimento de vínculos familiares ou 
comunitários. E, neste sentido, demandam 
intervenções pautadas por contundente 
estruturação técnico-operativa, 
especializada e individualizada.
A proteção social de alta complexidade 
é, por sua vez, constituída por ações que, 
considerando a violação de direitos, 
demanda a intervenção do poder 
público na perspectiva de garantir 
proteção integral ao indivíduo ou ao 
grupo familiar, por meio da concessão 
de moradia, alimentação, higienização e 
trabalho protegido, quando da iminência 
da exposição ao risco de morte ou de 
continuidade da violação de direitos 
(exploração sexual, violência física, entre 
outras).
Questão
reflexão
?
para
66/258
A partir da leitura do material proposto, reflita sobre as 
potencialidades do Benefício de Prestação Continuada para a 
efetivação da Política Nacional de Assistência Social.
Para que esta reflexão seja possível, sugere-se que você faça 
a leitura dos temas anteriores, bem como a leitura deste tema 
com profundidade.
67/258
Considerações Finais
A Política Nacional de Assistência Social, na particularidade do Sistema 
Único de Assistência Social, possui peculiaridades importantes em 
relação às demais políticas públicas e, estas, devem ser consideradas.
O Sistema Único de Assistência Social possui uma importante 
organicidade que deve ser considerada para a compreensão do 
funcionamento dos serviços e dos diferentes tipos de proteção social. 
Independente de qual seja o tipo de proteção social, o profissional 
deve ter a compreensão de que a relevância de sua atuação é muito 
significativa para o usuário e, neste sentido, as legislações e os 
parâmetros técnicos de atuação profissional são muito importantes.
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação68/258
Referências 
BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política Nacional da 
Assistência Social – PNAS – Versão Original. Aprovada pelo Conselho Nacional de Assistência 
Social por intermédio da Resolução nº. 145, de 15 de outubro de 2004 e publicada no diário 
oficial da união – DOU do dia 28 de outubro de 2004.
BRASIL. Presidência da República. Altera a Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993, que dispõe 
sobre a organização da Assistência Social.
BRASIL. Presidência da República. Lei Orgânica da Assistência Social, n. 8.742, de 7 de setembro 
de 1993.
MACHADO, Loiva Mara de Oliveira. Controle da política de assistência social: caminhos e 
descaminhos - Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012.
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Histórico dos benefícios eventuais. 
Brasília, 2008. Disponível em: <http://www.mds.gov.br/suas/revisoes_bpc/benefícios-eventuais/
historico-dos-beneficios-eventuais>. Acesso em: 25 de jul. 2015.
Unidade 2 • Dinâmica de funcionamento do SUAS e o significado sócio institucional das instâncias de deliberação e de pactuação69/258
YAZBEK, M. C. ; RAICHELIS, D. R. ; SILVA, Maria Ozanira da Silva e ; COUTO, Berenice Rojas . 
Avaliando a implantação do Sistema Único de Assistência Social no Brasil. In: IV JOINP, 2009, 
São Luis. IV Jornada Internacional de Políticas Públicas - São Luis UFMA/Programa de Pós 
Graduação em Políticas. São Luis: Editora da Universidade Federal do Maranhão- EDUFAMA, 
2010.
Referências
70/258
Assista a suas aulas
Aula 2 - Tema: Dinâmica de Funcionamento do 
SUAS e o Significado Sócio-Institucional das 
Instâncias de Deliberação e de Pactuação - 
Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
0f414a42529bce2944f0e5c83e1dab02>.
Aula 2 - Tema: Dinâmica de Funcionamento do 
SUAS e o Significado Sócio-Institucional das 
Instâncias de Deliberação e de Pactuação - 
Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/3b19cd9391a5dbd1569929ccfac56039>.
71/258
1. Identifique entre as questões a seguir, a que melhor define os objetivos 
do Sistema Único de Assistência Social (SUAS)?
a) Sistema Único de Assistência Social, SUAS, é um sistema misto que tem como principal 
objetivo organizar, de forma centralizada, entre os três níveis de governo (municipal, 
estadual e federal) os serviços que compõem a rede de serviços sócio assistenciais em todo 
território brasileiro.
b) Sistema Único de Assistência Social, SUAS, é um sistema público que tem como principal 
objetivo organizar, de forma centralizada, os serviços que compõem a rede de serviços 
sócio assistenciais em todo território brasileiro.
c) Sistema Único de Assistência Social, SUAS, é um sistema público que tem como principal 
objetivo organizar, de forma centralizada, os serviços que compõem a rede de serviços 
sócio assistenciais em todo território brasileiro.
d) Sistema Único de Assistência Social, SUAS, é um sistema privado que tem como principal 
objetivo organizar os serviços que compõem a rede de serviços sócio assistenciais em todo 
território brasileiro.
e) Sistema Único de Assistência Social, SUAS, é um sistema público que tem como principal 
Questão 1
72/258
objetivo organizar, de forma descentralizada, entre os três níveis de governo (municipal, 
estadual e federal) os serviços que compõem a rede de serviços sócio assistenciais em todo 
território brasileiro.
Questão 1
73/258
2. O SUAS, cujo modelo de gestão é descentralizado e participativo, cons-
titui-se na regulação e organização em todo território nacional das ações 
sócio assistenciais e possui um foco prioritário importante de atenção. Ob-
serve entre as alternativas a seguir, a que melhor define o foco prioritário 
de atenção do SUAS no contexto da PNAS:
a) O foco prioritário do SUAS se assenta na proposta de uma atuação inter setorial entre 
diferentes políticas públicas com o objetivo central de fortalecimento de grupos sociais 
para o enfrentamento à pobreza e aos diferentes modos de exclusão social.
b) O foco prioritário do SUAS se assenta na proposta de uma atuação inter setorial entre 
diferentes políticas públicas com o objetivo central de fortalecimento de grupos sociais 
(unicamente) para o enfrentamento à pobreza e aos diferentes modos de exclusão social.
c) Os serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social têm como foco 
prioritário a interlocução entre diferentes políticas setoriaisque possam ser definidos pelas 
funções que desempenham, pelo número de pessoas que delas necessitam e pela sua 
complexidade.
Questão 2
74/258
d) Os serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social têm como foco 
prioritário a atenção às famílias, seus membros e indivíduos e o território como base de 
organização, que possam a ser definidos pelas funções que desempenham, pelo número de 
pessoas que delas necessitam e pela sua complexidade.
e) Os serviços, programas, projetos e benefícios da saúde tem como foco prioritário a atenção 
aos indivíduos, e ao território como base de organização, que possam a ser definidos pelas 
funções que desempenham, pelo número de pessoas que delas necessitam e pela sua 
complexidade.
Questão 2
75/258
3. Na Política de Assistência Social, os Conselhos possuem importante pa-
pel. Observe entre as alternativas a seguir, a que apresenta o papel dos 
Conselhos na Política de Assistência Social:
a) Os Conselhos têm o papel de patrocinar as ações estatais no campo da assistência social.
b) Os Conselhos têm o papel de promover ações intersetoriais no campo da assistência, 
garantindo a consecução dos objetivos do SUAS.
c) Os Conselhos são instrumentos de efetivação da participação popular, com caráter 
democrático e participativo. No SUAS, os conselhos têm como principal papel a fiscalização 
da política e seu financiamento.
d) Os Conselhos são instrumentos de efetivação da participação político-partidária da 
população, com caráter democrático e participativo. No SUAS, os conselhos têm como 
principal papel a fiscalização da política e seu financiamento
e) Não há previsão de Conselhos na Política Social de Assistência.
Questão 3
76/258
4. Identifique entre as alternativas a seguir, a que melhor expuser o perfil 
do público alvo/usuário da política pública de assistência social no Brasil:
a) Constitui-se como público usuário da referida política, grupos que se encontram em 
situações de vulnerabilidade e riscos sociais, tais como: fragilidade de vínculos, identidades 
estigmatizadas, deficiências, drogadição ou demais violências advindas do núcleo familiar.
b) Constitui-se como público usuário da referida política, cidadãos e grupos que se 
encontram em situações de vulnerabilidade e riscos sociais, tais como: fragilidade de 
vínculos, identidades estigmatizadas, deficiências, drogadição ou demais violências 
advindas do núcleo familiar.
c) Constitui-se como público usuário da referida política, indivíduos que se encontram em 
situações de vulnerabilidade e riscos sociais, tais como: fragilidade de vínculos, identidades 
estigmatizadas, deficiências, drogadição ou demais violências advindas do núcleo familiar.
d) Constitui-se como público usuário da referida política, cidadãos e grupos que se 
encontram em situações de vulnerabilidade e riscos de saúde, tais como: fragilidade 
de vínculos, identidades estigmatizadas, deficiências, drogadição ou demais violências 
advindas do núcleo familiar.
e) Qualquer cidadão tem direito de acesso à política pública de assistência social.
Questão 4
77/258
5. A proteção social básica tem como principal objetivo consolidar o as-
pecto preventivo da política de assistência, atuando com centralidade em 
atividades que promovam a aquisição e desenvolvimento de potencialida-
des. Neste sentido, identifique entre as alternativas a seguir, a que descreva 
o público alvo da proteção social básica:
a) Destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da 
pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, dentre 
outros) e, ou, fragilização de vínculos afetivos - relacionais ou de pertencimento social 
(discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre outras).
b) Destina-se aos indivíduos que vivem em situação de vulnerabilidade social decorrente da 
pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, dentre 
outros) e, ou, fragilização de vínculos afetivos - relacionais ou de pertencimento social 
(discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre outras).
c) Destina-se aos segurados que vivem em situação de vulnerabilidade social decorrente da 
pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, dentre 
outros) e, ou, fragilização de vínculos afetivos - relacionais ou de pertencimento social 
Questão 5
78/258
(discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre outras).
d) Destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente 
de doença física ou mental e, ou, fragilização de vínculos afetivos - relacionais ou de 
pertencimento social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre 
outras).
e) Destina-se à população em geral, que julgue a necessidade de recorrer a um serviço de 
assistência social.
Questão 5
79/258
Gabarito
1. Resposta: E.
O Sistema Único de Assistência 
Social, SUAS, é público e tem como 
principal objetivo organizar, de forma 
descentralizada entre os três níveis de 
governo (municipal, estadual e federal) os 
serviços que compõem a rede de serviços 
sócio assistenciais em todo território 
brasileiro. O referido sistema se dá por 
consequência da PNAS, que ao desenhar 
a política pública de assistência, demanda 
a criação de um sistema que, de maneira 
planejada e organizada, deverá atribuir 
materialidade às ações da assistência 
social. O SUAS materializa, portanto, o 
conteúdo da Lei Orgânica de Assistência 
Social - LOAS.
2. Resposta: D.
O SUAS, cujo modelo de gestão é 
descentralizado e participativo, constitui-
se na regulação e organização em todo 
território nacional das ações sócio 
assistenciais. Os serviços, programas, 
projetos e benefícios têm como foco 
prioritário a atenção às famílias, seus 
membros e indivíduos e o território como 
base de organização, que possam a ser 
definidos pelas funções que desempenham, 
pelo número de pessoas que delas 
necessitam e pela sua complexidade. 
Pressupõe, ainda, gestão compartilhada, 
co-financiamento da política pelas três 
esferas de governo e definição clara das 
competências técnico-políticas da União, 
80/258
Gabarito
Estados, Distrito Federal e Municípios, com 
a participação e mobilização da sociedade 
civil, e estes têm o papel efetivo da sua 
implantação e implementação.
3. Resposta: C.
O controle social, assim como o 
financiamento da seguridade social, possui 
assento na CF-88, como instrumento de 
efetivação da participação popular, com 
caráter democrático e participativo. No 
SUAS, os conselhos têm como principal 
papel a fiscalização da política e seu 
financiamento.
4. Resposta: B.
Constitui-se como público usuário da 
referida política, cidadãos e grupos 
que se encontram em situações de 
vulnerabilidade e riscos, tais como: famílias 
e indivíduos com perda ou fragilidade de 
vínculos de afetividade, pertencimento e 
sociabilidade; ciclos de vida; identidades 
estigmatizadas em termos étnicos, cultural 
e sexual; desvantagem pessoal resultante 
de deficiências; exclusão pela pobreza e, 
ou, no acesso às demais políticas públicas; 
uso de substâncias psicoativas; diferentes 
formas de violências advindas do núcleo 
familiar, grupos e indivíduos, inserção 
precária ou não inserção no mercado de 
trabalho formal ou informal; estratégias e 
alternativas diferenciadas de sobrevivência 
que podem representar risco pessoal e 
social. (PNAS 2005, p. 33)
81/258
5. Resposta: A.
Constitui-se como público usuário da 
referida política, cidadãos e grupos 
que se encontram em situações de 
vulnerabilidade e riscos, tais como: famílias 
e indivíduos com perda ou fragilidade de 
vínculos de afetividade, pertencimento e 
sociabilidade;

Outros materiais