Buscar

9 - Exercicio - Bioclimatismo_ESTRATEGIAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Bioclimatismo e Conforto Higrotérmico
Exercício 
Resumir, com suas palavras, e ilustrar o texto abaixo com exemplos de arquitetura que utilizam práticas sustentáveis. 
Metade (50%) das ilustrações devem ser fotografias retiradas no local. Em todas as fotos colocar a data, o local e uma pequena frase comentando sobre as imagens inserida.
O restante do resumo pode ser ilustrado com imagens de livros e de internet. Não esquecer de colocar a fonte em todas as imagens inseridas no texto.
Entregar o resumo ilustrado em 15 dias.
Grifar as palavras cujo significado não foi entendido para esclarecermos em sala de aula.
Na próxima semana, teremos orientação em sala de aula! Lembrar de já trazer o trabalho iniciado para que possam tirar as duvidas. 
Práticas Sustentáveis para Projetos Arquitetônicos em Brasília 
No projeto de arquitetura deve ser defendida a idéia de que o gesto arquitetônico e a postura do arquiteto são atitudes que devem ser regidas pela ética comprometida com a instituição / pessoa abrigada, com o significado do que cria, com a cultura na qual estão imersos e com a natureza local, pois o objetivo será a produção de uma arquitetura que expresse o “lugar” na qual está inserida. 
É importante esclarecer que ética não pode ser confundida com moral e deve ser basicamente entendida como o estudo das relações que se estabelecem a cada caso. A arquitetura por sua vez, é um jogo de relações: criação e natureza, cheios e vazios, figura e fundo, criador e criatura. Cada relação tem suas próprias regras e que o respeito a essas regras é o verdadeiro compromisso ético de cada um com os agentes envolvidos.
A postura de respeito abre caminho para o entendimento do que parece ser hoje diretriz para o conhecimento e intervenção o mundo: a postura sistêmica. Temos que entender que vivemos em sistemas inter-relacionados, e que cada ação resulta em uma reação positiva ou não para as futuras gerações. 
Se ética diz respeito ao estudo das relações, a arquitetura que enseja essas relações é tarefa ética por natureza. E se qualquer relação é baseada na existência de partes que interagem, certamente o arquiteto é uma delas e não pode se eximir de sua contribuição. 
O arquiteto funciona cotidianamente como ponte entre o desejo e a matéria. Pelo arquiteto passam as vontades de cada pessoa que lhe encomenda a materialização do seu sonho, da sua forma exclusiva de ser e estar no mundo. 
Assim, cada projeto deve ser o resultado da relação entre arquiteto e cliente. É importante salientar que este projeto será fruto da interpretação, de forma única, do desejo das partes envolvidas e que terá compromisso ético com o significado do que cria, em face do perigo de se povoar o mundo de formas vazias.
Historicamente a arquitetura tem sido a marca mais exposta e reveladora das visões particulares de mundo. Foi assim, por exemplo, no maneirismo, com sua incerteza e fragmentação, é assim no deconstrutivismo, com sua leveza, sua multiplicidade de eixos e sua desmaterialização, tão consoantes com o mundo contemporâneo. 
Aqui se defende a idéia de que o arquiteto cria a imagem da cultura: uma ambiência fisicamente presente que expressa os padrões funcionais, rítmicos característicos que constituem uma cultura. Arquitetura como concretização e materialização do espírito do homem no mundo físico. Sem esse fundamento, qualquer obra seria vazia, mera especulação, forma pela forma. 
Vale salientar que a ética do relacionamento da arquitetura com a sociedade se faz desde a forma de implantação do edifício até sua opção tecnológica, ou como diria Juan Mascaro: as decisões arquitetônicas têm um custo. 
Os impactos ambientais da prática arquitetural não são pequenos e interferem na nossa relação com a natureza e a posteridade. O que se vê atualmente são decisões arquitetônicas que implicam na utilização de tecnologias desperdiçadoras de recursos e em padrões de consumo preocupados apenas com o custo inicial ou altamente consumidores de bens não renováveis, e energia. 
A ética com a natureza pressupõe, além da harmonia com o lugar e da redução dos impactos ambientais, o equilíbrio entre o “habitat” natural e cultural. A arquitetura dita bioclimática coloca pontos importantes a respeito da integração com o meio cultural, natural e social; maximização do uso de trabalhadores e materiais locais, minimizando importações; apropriação do clima local como elemento de projeto, minimizando equipamentos mecânicos; adequação ao atendimento as necessidades sociais básicas da região em que se localiza.
É uma arquitetura que tem como objetivo o aumento da qualidade de vida do ser humano no ambiente construído e no seu entorno, integrando com as características da vida e do clima local, consumindo a menor quantidade de energia compatível com o conforto ambiental, para legar um mundo menos poluído para as futuras gerações.
Olhando para o panorama atual no Brasil, e particularmente em Brasília, poucos edifícios contemporâneos são capazes de prover conforto térmico, visual e acústico para seus usuários, sem uma forte dependência dos sistemas convencionais de energia. O desenvolvimento de uma arquitetura voltada ao meio ambiente que possa libertar-se dessa dependência é um dos nossos desafios.
É preciso entender que, embora por vezes assemelhados, cada projeto arquitetônico é único, sendo o resultado da legislação, necessidade programática, herança cultural, das características físicas e climáticas do sítio, da necessidade estrutural, dos recursos materiais e tecnologia disponível.
Na contemporaneidade pós-moderna, tempos de individualismo e relações virtuais, sem desprezar o belo e a plasticidade das formas, a arquitetura terá que forçosamente reencontrar o meio ambiente cujo equilíbrio é de fundamental importância para sobrevivência da espécie humana na terra. 
A arquitetura, independente se ser chamada de bioclimática ou não, tem compromisso com o lugar e com o espírito que o habita, não há mais o lote como entidade abstrata, unidade de operação fora de qualquer vizinhança. Cabe ao arquiteto a interpretação do lugar único, uma vez que não tem mais sentido o trabalho descontextualizado, como se o objeto arquitetônico pairasse desvinculado do sítio ou do entorno onde se insere.
Uma vez que as edificações a serem projetadas serão inseridas em Estações Ecológicas e servirão como infra-estrutura para a preservação e conservação do Bioma local, os aspectos ambientais desta construção devem ser tão relevantes quanto os aspectos técnicos e econômicos.
A concepção dos edifícios tem como objetivo buscar o equilíbrio entre a tecnologia e o ambiente, a partir da utilização de procedimentos adequados do ponto de vista da eficiência energética, adotando critérios coerentes com a política de gerenciamento ambiental, quer seja na escolha dos materiais construtivos, como nas técnicas de aproveitamento dos condicionantes naturais e na busca de racionalização e eficiência energética. Também podemos agregar aos estudos que norteiam o projeto arquitetônico, as práticas da permacultura, que estabelece a interligação entre as espécies, ou seja, todas as formas de vida que permeiam o planeta. 
A permacultura, contração das palavras permanentemente e agricultura, ou cultura permanente, visa à ética do uso da terra, e trata do cuidado com a terra, do cuidado com as pessoas e a distribuição dos excedentes. Para tanto, são adotadas estratégias que imitam o bioma, as características locais, mantendo a diversidade, a ligação entre os sistemas, mais de uma função agregada a um elemento, a fertilidade e estabilidade dos processos naturais. Nesse sistema não há lugar para o desperdício na produção e utilização dos recursos. 
Tendo em vista tal objetivo, os condicionantes de projeto considerados são:
Utilização de estratégias bioclimáticas: isolamento térmico, uso da reflexão, forma e orientação, sombreamento, aproveitamento da inércia térmica, uso de resfriamento evaporativo, ventilaçãoe iluminação natural.
Utilização de estratégias bioclimáticas para os espaços de transição externos: Sombreamento, vegetação e uso de pátio interno.
Coleta e aproveitamento de água pluvial.
Tratamento de efluentes. 
Reuso da água.
Uso racional da água.
Aquecimento solar de água e placas de energia fotovoltaica.
Materiais construtivos de baixo impacto ambiental.
Projeto luminotécnico eficiente energeticamente.
1. UTILIZAÇÃO DE ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS PARA EDIFICAÇÕES (MARCIEL 2002)
Para cada clima existem diferentes solicitações do meio externo em relação à edificação e por isso são requeridas estratégias de projeto específicas. No projeto bioclimático uma das exigências essenciais na tarefa de proporcionar conforto térmico é o controle da radiação térmica, que requer que as superfícies do edifício sejam suficientemente reguladas para assegurar conforto. Através da caracterização do clima de Brasília e análise bioclimática realizada, foram identificadas as seguintes estratégias de projeto:
Isolamento Térmico
Os sistemas de isolamento térmico são compostos por materiais de baixa condutividade e elevada resistência térmica, combinados para se atingir uma condutividade térmica global ainda menor do sistema. O efeito do isolamento térmico na temperatura interna está interrelacionado à localização do isolante, à espessura e à cor externa da superfície e depende das variações diurnas da temperatura externa do ar. 
Devido a grande quantidade de radiação solar característica de Brasília, principalmente no período de inverno e primavera, e as elevadas amplitudes térmicas que caracterizam temperaturas bastante reduzidas à noite, a aplicação do isolamento térmico é bastante recomendada, principalmente na cobertura. Em paredes ou coberturas de baixa resistência térmica, de edifícios não condicionados, o isolamento térmico adicional causa uma redução apreciável na temperatura interna diurna enquanto é elevada levemente à noite. É importante observar que em edifícios com elevada geração de calor interna, como edifícios comerciais ou escolares, o isolamento térmico pode não exercer a influência pretendida na temperatura máxima interna com o edifício ocupado. O calor gerado internamente ficará retido internamente se o edifício não for bem ventilado. Dessa forma este tipo de edifício deve apresentar um sistema eficiente de ventilação, ou de exaustão do ar quente, para alcançar os benefícios pretendidos. 
Uso da Reflexão
O coeficiente de reflexão das superfícies externas vai determinar a quantidade de radiação solar absorvida durante o dia e conseqüentemente o padrão da temperatura externa da superfície e a troca de calor interno com a parede ou cobertura. Com o uso de cores externas claras, que apresentam coeficientes de reflexão mais elevados, a média da temperatura da superfície é apreciavelmente mais baixa do que o nível da temperatura ambiente externa. 
Pode-se considerar que a cor externa do edifício, incluindo a cobertura, exerce grande influência na transferência de calor através dele e que a cor branca ou superfícies polidas metálicas que também apresentam alta refletividade, proporcionam melhor desempenho térmico em regiões onde existe elevado ganho de calor por radiação solar. Porém, se forem utilizadas superfícies metálicas é importante que seja previsto um espaço de ar entre a superfície externa do edifício, pois apesar da alta refletividade os metais são ótimos condutores. 
	
	Radiação Solar (onda curta)
	Radiação Terrestre (onda longa)
	
	absorção
	reflexão
	absorção
	reflexão
	Edifício branco
	0,20
	0,80
	0,90
	0,10
	Edifício Metálico
	0,05
	0,95
	0,05
	0,95
1.3. Orientação e Forma
A orientação das superfícies também determina a intensidade da radiação solar recebida e determina os respectivos tratamentos para proteção contra radiação, ventos e ruídos externos. Em latitudes maiores a parede voltada para o Norte recebe maior insolação no inverno (época em que o sol está mais baixo) e menor no verão. As orientações leste e oeste recebem grande intensidade de radiação solar. As paredes expostas a maior insolação podem minimizar os ganhos solares diretos através de cores reflexivas, isolamento ou sombreamento. É interessante utilizar ambientes não habitados, como banheiro e depósitos, voltados para as orientações desfavoráveis como oeste e Noroeste, funcionando dessa forma como barreiras térmicas.
Como já foi citado anteriormente, devido a sua orientação a cobertura é o componente mais exposto a influência dos elementos climáticos, principalmente da radiação solar direta, onde edifícios horizontais estão mais expostos à essa influência. 
Considerando a radiação solar as janelas devem preferencialmente ser localizadas nas fachadas sob menor impacto da radiação,como a orientação sul. Essa orientação é geralmente conflitante com a direção dos ventos. É necessário ponderar quais as melhores opções e prioridades. Deve-se destacar que é possível através de elementos de projeto redirecionar os ventos ou utilizar elementos de fachada que proporcionem sombreamento.
No hemisfério sul a orientação norte das janelas é boa para o inverno e verão, por permitir a entrada de radiação solar direta nos períodos mais frios e impedir a radiação direta nos períodos quentes de verão. No entanto, recebe radiação direta nos equinócios (primavera e outono), podendo proporcionar desconforto térmico principalmente na primavera, período de elevada temperatura e baixos índices de umidade relativa do ar.
 Em Brasília, nos períodos de frio, é possível garantir conforto através da admissão da radiação solar direta através das aberturas voltadas para norte proporcionando a armazenagem desta radiação em paredes internas ou piso com capacidade térmica mais elevada. 
Segundo PETRONE (1999) e KOENIGSBERGER (1980) a planta retangular não laminar, é a forma mais favorável do ponto de vista da radiação solar, se suas fachadas maiores forem orientadas norte-sul. Em regiões de elevadas amplitudes térmicas a forma compacta é mais adequada por restringir os elevados ganhos por radiação solar diurnos e as elevadas perdas noturnas. Porém esta forma também restringe a ventilação e por isso deve ser considerado o peso de sua utilização em relação ao conforto dos ocupantes, uma vez que para a situação de calor em Brasília a Ventilação é a principal estratégia recomendada.
1.4. Sombreamento
Para prevenção da radiação solar tanto nas janelas quanto nas paredes é necessário utilizar sombreamento através de proteções solares, como extensos beirais- varandas e quebra sóis. Para o projeto das proteções solares o ângulo de incidência solar deve ser conhecido, a posição solar no hemisfério é dada pelo ângulo de altitude solar e o ângulo do azimute. Esses ângulos podem ser identificados em cartas solares. 
É importante que os materiais utilizados nas proteções solares sejam de baixa capacidade térmica para assegurar que irão resfriar rapidamente com o pôr do sol, lembra KOENIGSBERGER (1980). Nas regiões caracterizadas por climas compostos ou com elevadas amplitudes térmicas o sombreamento das janelas é fundamental para prevenção da intensa radiação solar direta, porém o sombreamento das paredes apesar de ser desejável não é crítico. Varandas ou projeções externas são desejáveis. Como foi observado na análise citada anteriormente das simulações realizadas por DILONARDO e ROMERO para edifícios verticais o sombreamento é o elemento mais eficaz para redução dos ganhos térmicos internos. 
1.5. Aproveitamento da Inércia Térmica
A utilização da inércia térmica na edificação auxilia no controle dos ganhos térmicos, alterando as amplitudes térmicas internas em relação à externa. 
A diferença entre a temperatura máxima externa e a máxima interna torna-se um dos fatores principais a serem considerados para a edificação, principalmente em regiões de baixa umidade e altas amplitudes térmicas, como afirma GIVONI (1976), como é o caso do climaTropical de Altitude. Os detalhes de projeto e construção podem modificar a relação da temperatura interna com as variações da temperatura e radiação solar externas. Com o aumento da espessura e capacidade térmica da parede, diminui a condutividade térmica dos materiais e conseqüentemente aumenta a Inércia térmica.
No que diz respeito ao comportamento térmico de um edifício, está relacionada a dois fenômenos; o amortecimento e o atraso térmico, que dependem das características térmicas da envolvente e dos elementos construtivos internos. Quanto maior a capacidade térmica de uma parede, de acordo com sua massa (densidade) ou do calor específico, maior a inércia. Ocorre um certo amortecimento da onda de calor, provocando uma diminuição da amplitude de temperatura interna e um retardamento do pico da temperatura externa ou seja mais tempo o calor vai levar para penetrar ou sair da edificação. Por isso, segundo Koenigsberger et al (1980) a capacidade térmica tem um significado maior que o isolamento térmico em locais com grandes variações de temperatura diurnas. O atraso térmico deve ser considerado separadamente para cada superfície do prédio, que recebe quantidades de radiação diferentes. 
É possível tirar proveito da capacidade térmica do solo como fonte de resfriamento através de ambientes integrados ao solo. Em regiões quentes a temperatura da superfície da terra pode não ser apropriada para ser utilizada para resfriamento, segundo Givoni 1994. Porém segundo HOLLMULLER, P. e LACHAL B. (2001) é possível resfriá-la a uma temperatura abaixo da externa mínima utilizando a sombra do próprio edifício, erguido sobre palafitas, por exemplo. O ar resfriado pode ser introduzido dentro do ambiente através de tubos enterrados.
1.6. Uso do Resfriamento Evaporativo
Através da transferência de umidade existe transferência de calor. O processo físico do resfriamento evaporativo baseia-se no fato de que cada grama de água evaporada sem adição de calor externo retira do ar ambiente ou do material sobre o qual a evaporação acontece aproximadamente 2,5kJ. O grau de resfriamento é determinado pela velocidade da evaporação, quanto mais rápido o processo da evaporação maior a queda de temperatura. 
O resfriamento evaporativo pode ser direto ou indireto. 
No resfriamento direto o ar é umidificado enquanto sua temperatura é reduzida. O objetivo do sistema é fazer com que a água evapore controladamente dentro do ambiente, ou seja, adicionando a quantidade correta de água para atingir os resultados de resfriamento, umidificação ou melhoria da qualidade do ar no ambiente. A utilização deste sistema deve ser feita em concordância com os sistemas de ventilação (a renovação de ar natural através das janelas, ou mecânica através de exaustores), pois a velocidade do ar é responsável pelo aumento da velocidade de evaporação. 
Os períodos de maior aplicação do sistema se dão nos períodos mais quentes quando a refrigeração é mais necessária. Quanto mais seco for o clima maior será a aplicabilidade de tais sistemas. 
No resfriamento evaporativo direto a temperatura interna dependerá da taxa do fluxo de ar resfriado, da qualidade térmica do edifício e do seu ganho solar. Existem vários tipos de resfriamento evaporativo direto. Estes podem ser passivos ou ativos de baixo custo energético. 
O sistema de resfriamento evaporativo ativo é geralmente de baixo custo energético, como os sistemas por microaspersão acionados mecanicamente que apresentam custos de instalação, manutenção e consumo de energia muito menores que os aparelhos convencionais de ar condicionado, segundo Roriz (2000). 
É um sistema composto por um módulo de alta pressão, dutos flexíveis e micro-aspersores que atomizam a água, formando uma fina névoa que evapora rapidamente e baixa a temperatura sem molhar o ambiente. Para conseguir reduzir a temperatura do ar sem molhar o ambiente é necessário que a velocidade da evaporação seja adequada e dependerá do tamanho da gota, da umidade relativa e da circulação do ar. Quanto menor o tamanho da gota de água lançada pelo sistema maior a superfície de contato e maior a velocidade de evaporação. Assim como, quanto maior a umidade relativa do ar menor a velocidade da evaporação. 
Este sistema necessita de água limpa para o seu funcionamento, mas pode ser adaptado filtro na alimentação da bomba. Pode melhorar a qualidade do ar pelo assentamento de partículas de pó em suspensão e eliminação de odores. Pode ser utilizado juntamente com controladores automáticos ou informatizados. O controlador automático permite o monitoramento do sistema de climatização e de ventiladores e exaustores, através de sensores internos de temperatura e umidade relativa do ar. Estes sistemas podem ser acionados sempre que a umidade for muito baixa ou a temperatura alta, podem ser aplicados internamente em ambientes de grande área interna ou externamente nas fachadas voltadas para os ventos dominantes.
Também são encontrados vários sistemas caseiros que utilizam o princípio do resfriamento evaporativo para redução da temperatura interna de ambientes. Os sistemas mais comuns são passivos e utilizam uma superfície porosa umidificada tipo almofada voltada à passagem dos ventos dominantes. Em regiões desérticas esse sistema também é interessante para filtrar a passagem do ar, filtrando a poeira, mas podendo reduzir entre 10 a 20% a velocidade do ar. Segundo Givoni (1994) é esperada uma redução de temperatura de 40 a 50% da dTBU. 
No sistema de resfriamento evaporativo indireto o ar interno não é umidificado. No sistema indireto o ar pode ser resfriado evaporativamente e depois de passar por um trocador de calor resfriado ser introduzido mecanicamente no ambiente. Ou pode-se resfriar um elemento do edifício por evaporação, fazendo com que este elemento funcione como um captador (armazenador) de calor. O tanque de água sobre a cobertura e o teto jardim são os sistemas de resfriamento evaporativo indireto mais conhecidos. 
Givoni (1994). O tanque pode ser sombreado em cobertura não isolada onde a temperatura da superfície da cobertura acompanha a TBU ambiente. O único processo de resfriamento da água é por evaporação, porém ganha calor por condução do ambiente interno e por radiação do elemento utilizado para sombrear. O não isolamento da cobertura compromete sua aplicação no inverno. É importante considerar fatores como o crescimento de algas e outras formas de vida.
1.7 Ventilação
A ventilação pode exercer três diferentes funções em relação ao ambiente construído, a renovação do ar, o resfriamento psicofisiológico e o resfriamento convectivo.
O aproveitamento da ventilação depende das condições de vento e detalhes de projeto principalmente das aberturas. As condições de vento dependem do relevo da cidade e da vizinhança. Os edifícios podem funcionar como barreiras ou funis para o vento. Através da sua forma é possível criar efeitos sobre o movimento do ar como o efeito venturi, pilotis, esquina, retorno e corredor de vento. Devido à presença de obstruções a velocidade do vento na cidade pode ser reduzida em menos da metade em relação à velocidade do entorno, mas o efeito funil em ruas estreitas e edifícios altos pode duplicar a velocidade. Fortes turbulências podem acontecer no lado oposto às obstruções (edificações), KOENIGSBERGER (1980). 
Em relação à superfície do terreno, observa-se que acontece um aquecimento diurno do ar sobre terrenos estéreis o que geralmente aumenta a temperatura dos ventos locais. Com extensões de água sobre a superfície do terreno, as brisas que vão da água para a terra durante o dia podem reduzir a temperatura máxima em até 10ºC, elevando a umidade relativa do ar. Porém o alcance dessas brisas em regiões de lago não ultrapassa 400m de afastamento do lago.
Em Brasília a ventilação natural apresenta grande aplicabilidade uma vez que durante os períodos mais quentes do dia, esta se mantém moderada e constante. Os períodos em que a velocidade do ar apresenta-semuito baixa são os períodos noturnos e do início da manhã nos quais a temperatura do ar é geralmente reduzida. Porém se eventualmente houver necessidade de resfriamento interno da edificação nestes períodos ou o projeto da edificação não permitir a ventilação cruzada então seria necessário é necessário fazer uso de ventilação forçada, através de ventiladores e exaustores. 
O limite aceitável para velocidade do ar interno determinará a aplicabilidade da ventilação diurna ou noturna. Quando se proporciona fluxo do ar externo através do edifício se eleva o limite superior da zona de conforto acima do limite para condições de ar calmo. Assumindo uma velocidade do ar interna de 1,5 a 2 m/s, a ventilação diurna em Brasília é favorável quando a temperatura máxima externa é inferior à 32ºC no período quente e úmido e abaixo do 30ºC no período seco. 
A temperatura interna de um edifício ventilado naturalmente tende a aproximar-se da externa. Por isso a utilização de ventilação diurna é recomendável somente quando o conforto interno pode ser garantido pela temperatura externa, com velocidade do ar interna aceitável.
Segundo Lamberts et al (1997) os recursos mais apropriados para promoção da ventilação são a forma e orientação dos edifícios, permitindo a criação de espaços fluidos, o uso da ventilação vertical e o direcionamento do ar. As janelas devem direcionar o fluxo de ar através da área de trabalho. O posicionamento das aberturas deve permitir a ventilação cruzada, em que o vento entra pelas zonas de pressão de um dos lados do edifício e sai pelas aberturas na zona de sucção.
Deve haver uma preocupação com a distribuição das velocidades do ar através do espaço ventilado. Para avaliação das condições de ventilação dentro do espaço é necessário observar a velocidade do ar de entrada, a velocidade máxima em qualquer ponto do espaço, a velocidade média no espaço e a velocidade média no nível da ocupação.
Quando o prédio apresenta ventilação cruzada alargando as janelas aumenta-se o fluxo de ar e a velocidade interna. A criação de espaços fluidos permite a circulação de ar entre os ambientes internos e entre estes e o exterior, (venezianas, elementos vazados). Em regiões que apresentam estações ou períodos frios o uso de aberturas não controláveis, como os elementos vazados (cobogós), não é adequado, pois não permite seu fechamento. 
Segundo SZOKOLAY (1987) o fluxo de ar no interior do edifício pode encontrar resistência de acordo com o tamanho das aberturas internas (portas), mudanças na direção do fluxo e contração e expansão da corrente de ar através dos espaços, causando turbulência. Os edifícios de escritório em sua maioria, fazem emprego de divisórias na organização dos espaços de trabalho, característica que representa certo impedimento à circulação do ar, pela interrupção dos fluxos naturais no seu interior e da circulação cruzada. 
É possível tirar o ar quente através da ventilação vertical. Aberturas em diferentes níveis podem gerar um fluxo de ar ascendente retirando o ar mais quente através de lanternins, exaustores eólicos e aberturas zenitais. 
A ventilação natural diurna e a noturna são soluções excludentes. A ventilação noturna se refere aos casos em que uma edificação de elevada capacidade térmica é ventilada somente à noite e as aberturas são fechadas durante o dia. Dessa maneira o edifício é resfriado por convecção durante a noite e é capaz de absorver a penetração do calor no edifício durante o dia com somente uma pequena elevação da temperatura interna. 
O resfriamento através da convecção noturna é aplicável principalmente em regiões áridas e desérticas onde a temperatura máxima é abaixo de 36oC, segundo GIVONI (1992). Pois acima de 36oC, somente a ventilação noturna não seria suficiente, outro sistema de resfriamento passivo teria que ser aplicado. Segundo EVANS (2000) é requerida uma amplitude de 10ºC para obtenção de uma redução satisfatória da temperatura interna através da ventilação noturna da massa estrutural. 
A ventilação noturna pode ser utilizada de diferentes formas no edifício; através do resfriamento da massa estrutural do prédio, paredes, divisórias e pisos resfriados pela ventilação de todo o espaço ou de passagens de ar dentro da estrutura ou utilizando reservatórios de pedra ou tanque d´àgua resfriados à noite pelo ar externo com tubos para o interior dos ambientes. 
1.8. Iluminação natural
Também é fundamental que sejam utilizadas estratégias para o aproveitamento da luz natural visando uma diminuição da utilização de iluminação artificial sem prejuízo dos níveis de iluminação internos. Devem ser utilizadas aberturas projetadas para proporcionar bons níveis de iluminação, boa distribuição de luz e evitar ofuscamentos, traves do uso da carta solar. O projeto das aberturas tem com objetivo equilibrar a entrada de luz e calor nos ambientes internos, sendo este um dos principais conflitos no desenho de aberturas em climas quentes. 
2. ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS PARA OS ESPAÇOS DE TRANSIÇÃO EXTERNOS (MARCIEL 2002).
Em regiões de clima quente as áreas externas à edificação são espaços muito utilizados no desenvolvimento das mais diversas atividades. Através do planejamento apropriado dos espaços abertos é possível reduzir os efeitos negativos do clima, tornando possível, segundo ROMERO (2000), a admissão seletiva da luz do sol, o controle de fatores como a passagem dos ventos, do calor da umidade ou do ruído. 
Recursos como colunas de árvores podem ser utilizados para bloquear ventos fortes, ou indesejáveis. Áreas gramadas minimizam a absorção da radiação solar e aumentam a umidade. Fontes de água e pequenos lagos artificiais podem ser usados para aumentar a evaporação e, com isso, reduzir o efeito da temperatura. 
2.1. Sombreamento
Em ambientes externos não sombreados a temperatura do solo é superior a temperatura ambiente, expondo o usuário a um ganho extra de calor radiante de onda longa. Por isso uma das principais estratégias para o tratamento dos espaços externos é o sombreamento. 
Como o ambiente externo é vulnerável aos fluxos de ar ambientes, o grau de redução da temperatura do ambiente sombreado abaixo da temperatura externa é limitado. Segundo GIVONI (1991), para a redução da temperatura do ar nos espaços adjacentes ao edifício a área deve ser sombreada e protegida dos ventos laterais e deve envolver de alguma forma o uso de resfriamento evaporativo de preferência junto ao solo. Reduzindo a temperatura do ar dos espaços adjacentes ao edifício reduz-se o ganho de calor através das paredes.
2.2. Uso de Vegetação
A Vegetação exerce um papel importante para a minimização do ganho de calor radiante emitido e refletido pelas superfícies da área de transição externa ao edifício. Cantuaria (2000) observou o impacto da utilização de árvores para o microclima no subúrbio de Brasília. Foram feitas comparações de temperatura e umidade do quintal de três casas. Na primeira havia apenas a presença de uma mangueira adulta, na outra cerca de três pés e na última nenhuma vegetação com piso de cimento queimado cinza. Não houve diferença comprovada em relação ao número de árvores para a amenização do clima, porém a existência das árvores demonstrou efeito considerável sobre a área construída, resfriando o ambiente. Sua presença pode, portanto ser utilizada para interceptar a radiação solar e também reduzir a quantidade de radiação refletida pelas superfícies.
Árvores de grande copa e pérgulas podem sombrear as paredes sem grande obstrução da ventilação, reduzindo os ganhos térmicos solares. Podem ser ainda utilizadas densas trepadeiras nas paredes aumentando o isolamento térmico. Os espaços gramados no entorno reduzem as reflexões solares e os ganhos por radiação de onda longa emitida. A temperatura sobre uma superfície de grama em dias de céu claro fica reduzida entre 5ºC e 7ºC em relação à superfície construída, segundo Olgyay (1973). 
Quando se tem uma área descampada e pretende-seum reflorestamento, é necessário que se obtenha cobertura do solo por meio de matéria orgânica e forração do solo com plantas de rápido crescimento, para manter a umidade por mais tempo na terra. Outra técnica para armazenar água nos solos ou sedimentos a baixo, é a utilização de canais de infiltração ou swales, que são escavações longas e niveladas, e variam em largura e tratamento. Podem ser bancos de jardim, pedras empilhadas contra a inclinação do terreno ou valas escavadas. Esses canais podem produzir leguminosas forrageiras e árvores resistentes. Essas práticas melhoram as condições do solo para a formação da alta densidade vegetativa no local, com isso a água segue seu ciclo natural, alimentando o solo e se reciclando. (Introdução a Permacultura – Bill Mollison).
2.3. Uso de pátio interno
O uso de jardins e pátios internos é muito eficiente em regiões quentes e especialmente em regiões de clima seco. O pátio interno quando bem adequado pode proporcionar um microclima diferenciado afetando a massa edificada adjacente. 
A performance térmica em um pátio fechado ou semifechado depende principalmente da radiação e do vento. O grau em que dada superfície é resfriada a noite depende do seu grau de exposição ao céu. Quanto maior a razão da altura pela largura do pátio menor o albedo (coeficiente de refletância) e maior a proporção de radiação solar absorvida. 
MEIR (1999) também identifica que o pátio interno impede um superaquecimento ao meio dia e à tarde, mas também dificulta o resfriamento mais eficiente a noite e início da manhã pela presença das árvores.
	
3. COLETA E APROVEITAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL
O aproveitamento da água da chuva para consumo não potável é um procedimento já bastante difundido e adotado em larga escala em países como Estados Unidos, Alemanha, Japão, entre outros. No Brasil existem boas iniciativas no Paraná, Santa Catarina, São Paulo, nos estados do semi-árido e em outras regiões do país. 
No DF, até o momento esta alternativa ainda não foi considerada pelos planejadores públicos e privados, apesar do nosso precário e sistema de abastecimento de água e dificuldades na preservação dos mananciais para a universalização deste serviço básico. 
A coleta e armazenamento de água de chuva é um processo simples e de fácil aplicação: a água é coletada através de calhas nas áreas impermeáveis das construções, normalmente o telhado, sendo filtrada e depositada num reservatório comum (cisterna no térreo ou subsolo), onde é tratada e distribuída para uso não potável. Algumas vezes instala-se um sistema de recalque (bomba d'água + encanamento), para enviar a água para as torneiras. O uso da água potável é retomado quando acaba a água da chuva armazenada.
Como o telhado concentra grandes impurezas, principalmente quando há um longo período de escassez de chuva, pode-se instalar um sistema de filtragem mecânica no reservatório, onde deve acontecer manutenção periódica de limpeza e conservação. (http://www.sindiconet.com.br).
A viabilidade econômica desta tecnologia depende, basicamente, da qualidade e da quantidade da água da chuva. “A chuva no DF se dá no período de menor poluição atmosférica, pois as queimadas agropecuárias ocorrem na seca. E cada metro quadrado de superfície do DF recebe anualmente entre 1.500 e 1.750 litros de chuva; assim, o consumo anual de cada habitante corresponde ao volume de chuva que cai sobre 50 metros quadrados” (D’Alembert Jaccoud, em O dono da água da chuva no DF somos nós. http://www.noroestebrasilia.)
4. TRATAMENTO DE EFLUENTES 
Pode-se utilizar a bacia de evapotranspiração, que trata a água negra. O processo envolve a digestão da matéria orgânica por bactérias anaeróbicas, absorção da água e nutrientes por meio das raízes das plantas e a evapotranspiração da água para o meio através das folhas das plantas. Nesse sistema entra plantas de folhas largas que evapotranspiram grande quantidade de água por dia. Entre elas estão: a bananeira, bananinha, alguns tipos de palmeiras, taioba (Rede Permear). 
5. REUSO DA ÁGUA
As águas cinzentas (chuveiro e pias) também devem ser reaproveitadas para utilização nos jardins externos ou recanalizadas para o reservatório de descarga sanitária. As águas pluviais coletadas e os efluentes tratados podem ser um suprimento complementar ao sistema de água potável, com sistema independente destinado a diferentes pontos de utilização. Dessa forma, o sistema hidráulico pode apresentar três reservatórios, de água pluvial, de efluentes tratados e de água potável da rede de abastecimento.
6. USO RACIONAL DA ÁGUA
Também devem ser utilizadas instalações hidráulicas com peças e linhas econômicas, proporcionando a racionalização do uso da água. 
7. AQUECIMENTO SOLAR DE ÁGUA e PLACAS DE ENERGIA FOTOVOLTAICA
Na cobertura também deve ser prevista a colocação de placas de aquecimento solar. Dessa forma, o projeto da cobertura deve procurar uma integração estética com este sistema. A utilização de aquecimento solar de água possibilita a substituição do chuveiro elétrico convencional, um dos grandes responsáveis pelo consumo de energia elétrica na habitação. 
Dentro do conceito de sustentabilidade, procurando utilizar fontes de energia limpas e renováveis, poderá ser adotado sistema fotovoltaico para geração de energia elétrica. A cobertura também deverá prever a colocação das placas procurando fazer um projeto integrado destes sistemas. 
8. MATERIAIS CONSTRUTIVOS DE BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
A linguagem das edificações pode interagir com materiais locais ecologicamente corretos na construção civil, como é o caso do bambu, tijolo de terra batida, madeira de reflorestamento, etc. Prioridade no uso de materiais locais (renováveis ou de menos impacto ambiental) e reaproveitamento do entulho resultante e antigas construções. 
Quando não há mão de obra capacitada, deve-se promover a capacitação de pessoas da região, que faz parte da ética da permacultura que se trata da distribuição dos excedentes, que não é apenas material, fruto de produção, pode ser a transmissão de um conhecimento, com isso contribui-se também com o cuidado com as pessoas, garantindo as necessidades básicas dessas pessoas, que é a alimentação, educação, abrigo, trabalho satisfatório e contato humano saudável.
Deve-se buscar adotar materiais que permitem sua aplicação em seu estado natural de cor e características físicas, estabelecendo uma linguagem com a natureza, procurando empregar conceitos da Arquitetura Orgânica definidos por WRIGHT em seu artigo In Cause of Architecture publicado pela primeira vez na revista Architecture Record em 1908 e citado por Alofsin (1994). 
10. PROJETO LUMINOTÉCNICO EFICIENTE ENERGETICAMENTE
No projeto luminotécnico deve ser utilizado o conceito de iluminação de tarefa para racionalizar a utilização da iluminação artificial. Além disso, os circuitos para iluminação global dos ambientes devem ser projetados com acionamento independente de acordo com a proximidade das lâmpadas em relação à abertura. 
Referência Bibliográfica
MARCIEL, Alexandra. Projeto Bioclimático em Brasília: Estudo de Caso em Edifício de Escritórios. Dissertação apresentada ao curso de Pós 
	Graduação em Engenharia Civil da UFSC para a obtenção do Título de Mestre em fevereiro de 2002.
PETRONE, M. Conservação e utilização racional de energia em edificações: um pacto de responsabilidade. In: ENCAC, Florianópolis- SC, 1993.
KOENIGSBERGER, O H., INGERSOLL, T.G., MAYHEW, A e SZOKOLAY, S.V., Manual of Tropical Housing. 4a edição Nova York, 1980.
SZOKOLAY, S.V. Thermal Design of Buildings. Pub. RAIA Education Division. Australia, 1987.
SZOKOLOLAY, S.V. The CPZ (Control Potencial Zone) method and its use to develop climate zones. In: ISES”95, Congress at Harvey, USA. 1995.
GIVONI, B. Man, climate and architecture, Applied Science Publishers, London, 2nd. Ed. 1976.
GIVONI, B. e MILNE, M. Architectural design based on climate, Energy conservationtrough buildings design, edited by Donald Watson, MacGraw 
	Hill Book Company. 1979.
GIVONI, B. Comfort, climate analysis and building design guidelines. Energy and Building, vol.18, Amsterdan, 1992.
______. Passive and low energy cooling of buildings. Van Nostrand Reinhold publishing company, 1994.
______. Climatic aspects of urban design in Tropical regions. Atmosphere environment. Vol.26b. no.3. pp-397-406, 1991.
HOLLMULLER, P. e LACHAL B. Colling and preheating with buried pipe systems: monitoring, simulation and economic aspects. In: Energy and 
	Buildings Elsevier v. 33, p. 509-518, 2001.
RORIZ, M., Potencial do uso de refrigeração evaporativa no estado de São Paulo. In: Nutau-2000. Anais. 2000.
EVANS, J. M. Diseno arquitetônico y Confort. Curso ENTAC-SC, 1983.
_____. From meteorological data to bioclimatic design. 30 years of Mahoney´s Tables. Conferência. In: PLEA International Conference. Anais. p. 
	161-164. Brisbane, Austrália, 1999.
______. ‘Comfort Triangles’ Analysis of temperature variations and design strategies in passive architecture. In: PLEA Conference, Cambridge, UK, 
	p. 556-561, 2000.
LAMBERTS, R. PEREIRA, F. e DUTRA, L., Eficiência Energética na Arquitetura, PW ed., São Paulo, 1997.
ROMÉRO, Marcelo, O peso das decisões arquitetônicas no consumo de energia elétrica em edifícios de escritório. In: Nutau- 98. Anais. p. 1-9, 
	1998.
ROMERO, M. B. Bioclimatic performance of morphological parameters in the peripherical settlement in Brasilia – Brazil. In: PLEA International 
	Conference– Lisboa, 1988. Anais
___. O clima de Brasília, Cadernos Eletrônicos da UnB, 1999.
___. Princípios bioclimáticos para o desenho urbano. São Paulo, ProEditores, 2000.
CANTUARIA, G. A. C, Microclimatic impact of trees in suburban Brasília. In: PLEA International Conference, Anais. Inglaterra. p. 539-540, 2000.
OLGYAY, V. Design with climate bioclimatic approach to architecture regionalism. Universidade de Princeton, Nova Jersey. 3a. ed.,1973.
OLGYAY, V. Clima e arquitetura em Colômbia. Universidade del Valle. Faculdade de Arquitetura, Cali, Colômbia. 1968.

Outros materiais