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ética da oab- Aula 5

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Aula 5 - Publicidade e Advocacia
As regras da publicidade profissional
As regras pertinentes à publicidade profissional são previstas nos Códigos de Ética de cada profissão.
Por quê?
Porque os códigos de ética estabelecem os limites éticos que devem ser respeitados pelos profissionais ao divulgar sua atividade. Não há direitos irrestritos, mas sempre liberdade sob leis.
É importante relembrar, nesta parte, que o advogado possui lugar especial conforme estabelece o caput do art. 2° do EOAB, segundo o qual é indispensável à administração da justiça, por isso, presta um serviço público e exerce função social. Henk Vrieselaar / Shutterstock
No Código de Ética, encontramos no art. 2°, caput, a mesma ideia do EOAB, com destaque no seu papel de defensor do Estado Democrático de Direito, dos direitos humanos e garantias fundamentais, da cidadania, da moralidade, da justiça e da paz social. Significa dizer que a atuação do advogado deve considerar, em primeiro lugar, o seu papel, a sua essencialidade (GONZAGA; NEVES; BEIJATO Jr., 2016).
Assim, a advocacia não se insere nas atividades consideradas atividades empresárias ou práticas mercantis. A vedação presente no art. 5° do CED de 2015 decorre de sua indispensabilidade e na relação que estabelece com clientes e colegas de profissão. Por isso, há a proibição expressa quanto à possibilidade de captação de clientela, sendo passível de punição ético disciplinar perante o Tribunal de Ética e Disciplina da OAB.
Dentre os exemplos que podemos elencar como atividades típicas de mercantilização, vedadas ao advogado, destacamos:
Contratação de um agenciador de causas mediante pagamento de comissão ou não;
Publicidade ostensiva com caráter mercantilista;
Divulgação da atividade advocatícia em conjunto com outras atividades — proibição expressa no art. 1º, § 3º do EOAB: “É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade”.
Publicidade informativa
No art. 39 do CED de 2015, encontramos a observação segundo a qual a publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve priorizar a discrição e sobriedade da profissão, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão. Este Capítulo VIII do Código de Ética que trata dos artigos 39 a 46 devem ser lidos em conjunto com o Provimento 94/2000. É neste documento que encontraremos a definição para a expressão “publicidade informativa”, a saber:
Publicidade informativa corresponde ao anúncio ou publicidade contendo a identificação pessoal e curricular do Advogado, número de inscrição e endereço do escritório. Poderá acrescentar as áreas ou matérias jurídicas de exercício preferencial. Se desejar, o diploma, títulos acadêmicos, relativos à profissão de advogado, a indicação das associações culturais e científicas de que faça parte, relativas à advocacia. Podendo conter, se for o caso, o nome dos advogados integrantes do escritório, horário de atendimento e idiomas falados ou escritos.
Desse modo, já percebemos que não há possibilidade de frases de efeito, menção a cargos públicos exercidos anteriormente e/ou o uso de expressões que possam seduzir ou enganar o leitor com promessas de resultado, valores, gratuidade ou forma de pagamento, por exemplo (Prov. 94/2000 – art. 4º).
Meios utilizados para a publicidade profissional
A publicidade profissional do advogado poderá ocorrer:
A telefonia e a internet podem ser utilizadas como veículo de publicidade, inclusive para o envio de mensagens a destinatários certos, desde que estas não impliquem o oferecimento de serviços ou representem forma de captação de clientela (art. 46 e parágrafo único, CED c/c Art. 5º, parágrafo único, do Prov. 94/2000).
O art. 40 do CED estabelece que os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser aqueles compatíveis com o que se entende por publicidade informativa. Nesse sentido, proíbe-se:
A publicidade em veículos como rádio, cinema e televisão (inciso I). Proíbem-se, também, o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade (incisos II c/c Art. 6º, a – d, do Prov. 94/2000).
As inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público são igualmente vedadas (inciso III), bem como, a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou, até mesmo, a indicação de vínculos entre uns e outras (inciso IV).
O oferecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail (inciso V).
O uso de recurso de mala direta. Merece destaque a observação do art. 40, inciso VI do CED que veda expressamente a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação de clientela. Ressalte-se que o artigo menciona a distribuição de tais documentos. No que se refere ao envio de mala direta é importante observar o art. 3º do Prov. 94/2000 que autoriza especificamente o envio de comunicação de mudança de endereço e de alteração de outros dados de identificação do escritório nos diversos meios de comunicação escrita, bem como correspondência aos clientes e colegas de profissão.
O art. 44 do CED observa, ainda, que na publicidade profissional que promover ou nos cartões de visita e material de escritório como papel e envelopes timbrados, o advogado deverá inserir seu nome ou o da sociedade de advogado sempre acompanhado do número ou os números de inscrição na OAB.
Informar o número de inscrição nos quadros da OAB é dever do advogado. Em tais documentos, poderá incluir, no que couber, os títulos acadêmicos do advogado e as distinções honoríficas relacionadas exclusivamente à vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça parte, e as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido (art. 44, § 1º do CED).
É proibida “a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas do advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário” (art. 44, § 2º, CED).

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