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Terapia Racional Emotiva Comportamental na Terapia para Casais

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Terapia Racional Emotiva Comportamental na Terapia para Casais
Marcelo da Rocha Carvalho
Psicólogo
Universidade de São Paulo
AMBAN
Características
É uma das primeiras abordagens cognitivas para a intervenção em psicoterapia: de fácil manejo clínico e aproxima rapidamente terapeuta e paciente para o trabalho colaborativo.
Podemos vê-la como uma “ferramenta” clínica que em curto espaço de tempo pode promover melhora ao paciente em psicoterapia, motivando para mudança cognitiva e a resolução de seus problemas.
Foco do início do trabalho
Mudar, inicialmente, significa aceitar sua condição.
Existe uma pessoa perfeita? “Não, você é simplesmente uma pessoa, que ora acerta, ora erra; é uma pessoa que tem pensamentos, sentimentos e atitudes que são positivos, negativos e neutros”.(pág. 12)
A TREC ensina as pessoas “a classificar cada ação individualmente e não a si mesmo como um todo”. (pág. 12) – como também seu parceiro.
Diferenças entre métodos
Terapia Cognitiva: Beck e os pensamentos disfuncionais.
Maior complexidade, ligado aos transtornos psiquiátricos e menos embativa.
Terapia Racional Emotiva Comportamental: Ellis e as crenças irracionais.
Menor complexidade, mais embativo e ligado a questões de neuroticismo.
“Quando compreendemos os outros, portanto, abrimos o caminho para nossa própria compreensão. E a compreensão das perturbações dos outros nos ajuda na batalha que travamos para compreendermos nossas próprias tendências neuróticas.”
(pg.19, “Como viver com um neurótico: em casa e no trabalho”)
“Compreender e ajudar os outros depende consideravelmente da maneira como vemos as coisas. As maiorias das pessoas ficam tão envolvidas com seus problemas e preocupações que quase não tem tempo para compreender o ponto de vista alheio. Se conseguirmos ver as coisas sob o prisma de outro, podemos muitas vezes prestar uma inestimável ajuda.”
(pg.23, “Como viver com um neurótico: em casa e no trabalho”)
“A própria essência de sua perturbação emocional, como a essência de todas as pessoas, consiste na sua imensa necessidade de amor, na sua crença irracional de que simplesmente precisa conseguir o amor, e de quase todos aqueles que conhece.(...) E enquanto pensar desse modo, você se sentirá perturbada.” (pg.59, “Como viver com um neurótico: em casa e no trabalho”)
Durante a prática clínica
Estimular os pacientes(verbalmente, em princípio) a praticar descrições sobre nossos comportamentos que os transforme de incorrigíveis a corrigíveis – o que foi aprendido pode ser desaprendido, ou melhor, substituído.
Neurose e Desenvolvimento Humano: o tratamento guia da neurose de Horney
A conquista de glória
Exigências neuróticas
A tirania do dever
Orgulho neurótico
Ódio e desprezo por si mesmo
Alheamento do eu
Medidas gerais para aliviar a tensão
Soluções expansivas: a sedução do domínio
A solução auto-anuladora: a sedução do amor
Dependência mórbida
Resignação: a sedução da liberdade
Tipos de caráter
Os três principais tipos de caráter de Horney são embasados no modo predominante de relacionar-se com outros.
O tipo self-apagado, anuente resulta da operação defensiva de agarrar-se a outros. Tais pessoas tentam obter o favor dos outros através de lisonja, subordinam-se aos outros e são relutantes em discordar por medo de perder favor.
O tipo expansivo, agressivo resulta de manobrar contra outros e colocar forte confiança em poder e domínio como um meio de obter segurança.
O tipo desapegado, resignado resulta de afastar-se de outros para evitar tanto dependência como conflito. Eles são pessoas muito privadas que, embora se recusando a competir abertamente, vêem-se como se elevando acima dos outros.
Paradigma de Ellis
A
C
B


Evento ativador
Crenças
Conseqüências
Ativanting event
Beliefs
Consequences
O princípio do Tratamento
(...) “esqueça o conceito de cura. A condição humana não tem cura. Você sempre, sempre será falível, passível de erros e sujeito a pensamentos e atitudes derrotistas.” (Como conquistar sua própria felicidade, página 70)
E lembre-se...
“Não espere muito das pessoas – pois elas também têm seus próprios problemas e estão mais preocupadas com eles do que os seus.” (Como conquistar sua própria felicidade, página 69)
Valores da TREC
Proporcionar a compreensão de que perturbações emocionais comportamentais provêm, em grande parte, de crenças irracionais, dogmáticas e absolutistas.
Encontro de “neuroses”: da educação ao casamento
“Nós nascemos exigentes? Provavelmente, sim. Quando éramos crianças, precisávamos de cuidados, alimento e proteção. Se não tivéssemos tido tudo isso, não estaríamos vivos hoje, exigindo, cobrando, reclamando.” (Como conquistar sua própria felicidade, página 28)
“Além disso, geralmente as crianças pequenas são mimadas – conseguem tudo o que querem sem muito esforço.” (Como conquistar sua própria felicidade, página 28)
18
Continuando...
(...)“que ela deve ter todos aqueles brinquedos maravilhosos e caros, tomar todos os sorvetes que tiver vontade, ser a mais bonita, a mais esperta, a mais talentosa, da rua, ou do edifício, ou da escola, e que ela pode ter tudo o que quiser.” (Como conquistar sua própria felicidade, página 28)
“As tendências para a grandiosidade, portanto, nascem e são cultivadas.” (Como conquistar sua própria felicidade, página 28)
(...)“elas estão mais preocupadas em agradar a si mesmas”(...) (Como conquistar sua própria felicidade, página 28)
Mas...
“Sinceramente, o universo não liga a mínima para os seus anseios e aspirações, não tem o menor interesse em você, nem em ninguém. O cosmos não ama nem odeia ninguém – ele simplesmente segue o seu curso, com seus altos e baixos, às vezes bom, às vezes mau, às vezes calmo, às vezes turbulento.” (Como conquistar sua própria felicidade, página 29)
Não“aguentite”
“A “não-aguentite” tende a deturpar o seu modo de pensar, o seu bom senso e discernimento, levando-o a agir inadequadamente diante de pessoas ou eventos que o desagradam. Se você “não aguenta” pessoas críticas, você ficará com raiva delas, verá a “parte ruim” delas exageradamente magnificada, bloqueará sua própria capacidade de ser assertivo e se queixará delas exageradamente.” (Como conquistar sua própria felicidade, página 93)
CONFRONTO RACIONAL
Transformar crenças em afirmações:
“Tenho medo de pessoas”, para “As pessoas são temíveis.”
Definir as crenças
Aqui materiais como inventários ou bibliografia podem ajudar.
Atitudes de distanciamento.
Ação
Separar por característica da crença central de funcionemento.
Uso de inventários: Crenças de Ellis, IHS, assertividade e esquemas de Young.
Uso de material informativo sobre o conteúdo.
Treino de Habilidades Sociais e TREC focada na mudança verbal do casal.
Leituras individualizadas: demonstrar na sessão o que estas informações podem colaborar com o processo e a relação com o outro.
Proposta de Qaulidade de Vida Pessoal, do Casal e da Família.
Metas: no curto, médio e longo prazo.
Avaliação do Trabalho.
Atitudes de distanciamento
Lidar com os fatos no lugar das opiniões.
Aceitar os fatos que foram comprovados mesmo contradizendo os sentimentos.
Evitar conclusões dogmáticas baseadas em evidências limitadas.
Reconhecer a diferenças entre hipóteses e fatos.
Atitudes de distanciamento
Permanecer sem reposta até que seja encontrada uma.
Não aceitar a priori ou de modo permanente qualquer teoria.
Não rejeitar a priori ou de forma permanente qualquer teoria.
Atitudes de distanciamento
Procurar com igual esforço, evidência e contra-evidência para as teorias pessoais.
Abandonar as teorias que não possam vir a ser formuladas em termos de hipóteses testáveis.
Análise das evidências
Qual a racionalidade que apoia esta crença?
Existe evidência do contrário?
Existe como verificar esta evidência?
De forma realista e objetiva, qual é a probabilidade de que isto aconteça?
O que pode acontecer se você continuar a pensar assim?
Livros sobre a Trec em português
Indicações técnicas em inglês
Indicações
técnicas em espanhol
Indicações em português para os pacientes
Bibliografia
Caballo, V. – MANUAL DE TÉCNICAS DE TERAPIA E MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO. Ed. Santos, 1996.
Ellis, Albert – COMO VIVER COM UM NEURÓTICO: em casa e no trabalho. Artenova, 1976.
Ellis, A. & Lange, A. – FIQUE FRIO! Ed. Best Seller, 1997.
Ellis, A. – OVERCOMING DESTRUTIVE BELIEFS, FEELINGS AND BEHAVIORS. Prometheus Books, 2001.
Everly, G. & Rosenfeld, R. (1979) THE NATURE AND TREATMENT OF THE STRESS RESPONSE, New York: Plenum Press.
Gonçalves, O. – TERAPIAS COGNITVAS: teorias e práticas. Biblioteca das Ciências do Homem, 2000.
Hawton, K. e col – “TERAPIA COGNITIVA-COMPORTAMENTAL DOS TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICO – UM GUIA PRÁTICO”, Martins Fontes, 1997;
marcelodarocha@globo.com
Material para Download:
https://www.dropbox.com/sh/l6kp95vj7x3aqd7/AACSAwXJolPaXjubIBZtZC9Ha?dl=0

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