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Teoria Geral da Prova NCPC

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Teoria Geral da Prova
- Direito de produzir provas (assentado na CF)
ART 369: As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. – Todos os tipos de prova que possam ser admitidos em direito 
Podem ser de ordem típica (previstas expressamente na lei) e atípica (a lei não prevê).
Princípio do contraditório – a prova serve para que o juiz se convença de quem tem razão e as partes a partir da produção de provas tem o direito de influir na decisão (demonstrar o que alegaram).
O direito a prova não é de caráter absoluto, podendo sofrer limitações baseadas em outros direitos fundamentais.
Características do tema probando:
Controversa – o autor afirmou de uma maneira a afirmação e o réu afirmou de maneira contrária ou negou o que o autor alegou.
Relevância – o tema precisa ser relevante para o processo, para resolver a demanda, caso não seja relevante não será objeto de prova.
Determinação – determinação de tempo e espaço do fato (quando ocorreu o fato e onde).
Art. 374 Não dependem de prova os fatos:
I – notórios; (Fatos Notórios: é de conhecimento geral, de conhecimento do homem médio)
II – afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; (CONFISSÃO- dispensa a produção de outras provas)
III – admitidos no processo como incontroversos; (se não há discussão sobre aquele fato alegado não há necessidade de produção de prova) 
IV – em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade. (PRESUNÇÕES DE VERACIDADE: PRESUNÇÃO LEGAL ABSOLUTA – quando a lei disciplinar, não admite prova em contrário / PRESUNÇÃO RELATIVA – admite prova em contrário, quando não surgir prova contrária , presumir-se-á verdadeira a alegação de fato feita pela parte (previstos na lei).
OBS: Distinção entre afirmação de fato e notoriedade de um fato 
Afirmação de fato: afirma-se o fato que ocorreu no processo.
Notoriedade do fato: o juiz que decide se o fato é notório ou não, deve ouvir as partes sempre antes de decretar de ofício sobre a notoriedade do fato. (ART. 10 NCPC)
Art. 375 O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o exame pericial.
Regras de experiências comuns: “formulações gerais fundadas na observação daquilo que normalmente acontece em dada sociedade historicamente considerada. As regras de experiência comum ensartam-se na cultura do homem médio” 
Regras de experiências técnicas: “derivam diretamente do pensamento técnico- científico sobre determinada situação. Todavia, não constituem conhecimento especializado e profundo. São generalizações técnicas passíveis de apropriação pela cultura social.”
Normas de direito probatório 
Art.370 Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.
Parágrafo único.  O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
Pode o juiz determinar produção de provas de ofício para se convencer. (Respeitando o contraditório)
Pode o juiz indeferir a produção de provas, desde que fundamente a decisão. 
Abaixo os Enunciados do Fórum Permanente de Processualistas Civis (FPPC) que se referem a este artigo:
– Enunciado n. 50 do FPPC: Os destinatários da prova são aqueles que dela poderão fazer uso, sejam juízes, partes ou demais interessados, não sendo a única função influir eficazmente na convicção do juiz.
– Enunciado n. 301 do FPPC: Aplicam-se ao processo civil, por analogia, as exceções previstas nos §§1º e 2º do art. 157 do Código de Processo Penal, afastando a ilicitude da prova.
Proibição da prova ilícita: Prevê a proibição de uma prova que tem conteúdo ilícito ou obtido por meios ilícitos. 
Sistemas de valoração das provas: O sistema adotado pelo legislador brasileiro é o Sistema da Persuasão Racional do juiz. Sendo o convencimento do magistrado livre. Porém, ainda que livre, deve ser racional conforme as provas descritas nos autos processuais.
O material de valoração da prova deve encontrar-se, necessariamente, contido nos autos do processo, onde o juiz tem o dever de justificá-los e motivar sua decisão. Isso permite às partes conferirem que a convicção foi extraída dos autos e que os motivos que o levaram a determinada sentença chegam racionalmente à conclusão exposta pelo magistrado.
É importante lembrar que as provas não possuem valor determinado, sendo apreciadas no contexto e conjuntamente com as demais provas, ou seja, seu peso é considerado única e exclusivamente pelo juiz.
Concluímos que, ao examinar a prova, o juiz busca, através de atividade intelectual, nos elementos probatórios, conclusões sobre os fatos relevantes ao julgamento do processo.
Prova emprestada 
Art. 372 O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.
– Enunciado n. 52 do FPPC: Para a utilização da prova emprestada, faz-se necessária a observância do contraditório no processo de origem, assim como no processo de destino, considerando-se que, neste último, a prova mantenha a sua natureza originária.

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