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artigo letramento e alfabeitzação

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ARTIGO CIENTÍFICO
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Curso Superior de
PEDAGOGIA
Equipe: Ana Carolina de Brito Oliveira – RA: 0027537575
Carla Moura Gonçalves – RA: 1587947319
Ellorrayne Pereira Basilio – RA: 1586963609
Imaiara Silva do Rosário – RA: 2485824322
Barbara Seitenfus Machado – RA: 2485819092
Keissy dos Santos Fonseca – RA: 1359484097
Maria do Socorro do Amorin Cavalcanti – RA: 0023525379
Jéssica Barbosa de Pádua Saldanha – RA: 1587923274
Marina Moreira dos Santos – RA: 1566242116
Maria Dalila Abrantes – RA: 1569216524
Heloisa Helena Costa da Silva – RA: 9927000370
Heloisa Ferreira Costa – RA: 1379274209
VALPARAISO DE GOIÁS – GO
MAIO – 2017
ARTIGO CIENTÍFICO
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Curso Superior de
PEDAGOGIA
Equipe: Ana Carolina de Brito Oliveira – RA: 0027537575
Carla Moura Gonçalves – RA: 1587947319
Ellorrayne Pereira Basilio – RA: 1586963609
Imaiara Silva do Rosário – RA: 2485824322
Barbara Seitenfus Machado – RA: 2485819092
Keissy dos Santos Fonseca – RA: 1359484097
Maria do Socorro do Amorin Cavalcanti – RA: 0023525379
Jéssica Barbosa de Pádua Saldanha – RA: 1587923274
Marina Moreira dos Santos – RA: 1566242116
Maria Dalila Abrantes – RA: 1569216524
Heloisa Helena Costa da Silva – RA: 9927000370
Heloisa Ferreira Costa – RA: 1379274209
Professora: Tania Ferreira
Disciplina: Alfabetização e Letramento 
ao Curso Superior de PEDAGOGIA
Polo presencial: VALPARAISO DE GOIÁS
VALPARAISO DE GOIÁS – GO
MAIO – 2017
SUMÁRIO
Relatório / Resumo...................................................................................................... 04
Introdução.................................................................................................................... 05
Alfabetização e Letramento......................................................................................... 06
Analise técnica do MEC.............................................................................................. 08
Visão dos Autores........................................................................................................ 09
Analise crítica do grupo............................................................................................... 11
Conclusão.................................................................................................................... 12
Referencias.................................................................................................................. 13
Relatório / Resumo
O analfabetismo em nosso País é um grande problema, por mascarar e obstruir a democracia de milhões de brasileiros, o governo tem investido, consideravelmente, no setor, sobretudo na alfabetização de jovens e adultos, mas os resultados não tem favorecido progressos visíveis, Os investimentos na educação básica, mais precisamente nos anos iniciais do ensino fundamental tem sido fato, mas talvez pela falta de conhecimento, cultura ou conscientização, parte da sociedade não tem levado a sério a importância da formação científica que deve começar pela alfabetização.
A alfabetização é um processo de imensurável valor sociocultural pelo qual o indivíduo passa a envolver-se nas práticas sociais da leitura, da escrita e do domínio da língua materna. 
É um processo contínuo que vai além do alfabeto e que não se limitará apenas na aprendizagem da leitura e da escrita, alfabetizar o indivíduo é, ao mesmo tempo, oferecer-lhe todas as condições necessárias à continuidade dos estudos sem riscos de tropeços, mas garantindo um prosseguimento bem sucedido, é preciso que além de saber ler e escrever saiba usar esses conhecimentos socialmente. O letramento é a extensão da alfabetização, alfabetizar e letrar são duas coisas inseparáveis mas que fazem parte do processo educacional.
Leitura e escrita é um conjunto de habilidades adquiridas ao longo do processo de alfabetização e que importam na necessidade cotidiana do indivíduo. O fenômeno alfabetização é questão cultural.
Aprender a ler e a escrever é, ao mesmo tempo, desmascarar-se de certas alienações e tornar-se plenamente emancipado a uma visão social, a alfabetização só terá sentido se for associada ao letramento, pois sem a junção dessas a sua dissociação seria o desmoronamento de um árduo e importante processo social. Enquanto a alfabetização é o aprendizado do processo da leitura e da escrita, o letramento é a prática cotidiana desse mesmo processo, isso porque grande parte dos educandos podem até aprender a ler e a escrever mas não consegue usar tais ferramentas no seu dia a dia.
Dados estatísticos, transparecem resultados insatisfatórios, onde revelam o atraso da alfabetização brasileira, sobretudo, a falta de preparo dos professores que traz, como consequências, a baixa qualidade da aprendizagem dos alunos. 
Existe então, uma grande diferença entre o processo de alfabetização do passado com a do momento. No passado, o principal objetivo à respeito da alfabetização era o de que a pessoa soubesse ler e escrever, simplesmente, para votar, mas hoje esse processo se evoluiu, com perspectivas que vão além dessa visão implícita.
Introdução
O tema desenvolvido nesse trabalho é uma reflexão sobre o papel do educador e do educando, a ligação entre a alfabetização e o letramento, É um relato através do olhar do educador Paulo Freire e de Magda Soares e a visão diferenciada deles no processo de alfabetizar, mostrar a eficácia da vinculação de alfabetizar com a vida cotidiana, onde educador não usa de uma superioridade e se propõe ao papel de facilitador, aprendiz, intermediário e, sobretudo um parceiro no ato de ensinar. Aprendiz que também é professor, que tem muito a mostrar e muito a ensinar e assim, aluno e professor se encontram na nova maneira de falar a educação. Pretendemos ainda aprofundar a discussão da importância do trabalho de aprender e ensinar no cotidiano de cada ser humano e o significado do ato de alfabetizar como um ato de vida. A educação de hoje envolve temas importantes na construção dos valores que o aluno tende a absorver as relações essenciais devem levar em conta os valores trazidos pelo aluno e modifica-los, amplia-los, qualifica-los tanto quanto possível, propor condições para que esse processo seja livre e organizado pelo próprio educando. Possibilita-o experimentar os sabores do desafio da leitura e da escrita direcionados a sua realidade.
Alfabetização e Letramento
O artigo científico a ser apresentado relata formas tradicionais de alfabetização escolar, no qual o professor transmite seus conhecimentos aos seus alunos, estudos sobre a concepção da criança a respeito da aprendizagem da leitura escrita. As formas tradicionais de alfabetização inicial consistem num método no qual o professor transmite seus conhecimentos aos seus alunos. Porém, muitos desses professores não está capacitado para compreender algumas dificuldades que a criança enfrenta antes de entender o verdadeiro sentido da leitura e escrita. Na aprendizagem inicial as práticas utilizadas são, muitas vezes, baseadas na junção de silabas simples, memorização de sons decifração e cópia. Tais maneiras fazem com que a criança se torne um espectador passivo ou receptor mecânico, pois não participa do processo de construção do conhecimento.
A criança não alfabetizada pode ser inserida em um processo de letramento, ou seja, pode fazer contato com o mundo letrado antes mesmo de conhecer as letras. Esse processo vai além da concepção do conhecimento, pois a leitura e a escrita exigem um período de preparação especial, e sem este a aprendizagem não se fará de maneira eficiente e proveitosa. Muitas vezes, os professores não têm ideia do quanto perdem e do quanto deixam de obter das crianças, inibindo sua vontade e não estimulando neles o trabalho da imaginação e do poder inventivo. Nossas escolas poderão ser verdadeiros campos deexperimentação e de criação, verdadeira máquina de futuros inventores e cientistas, se houver maior preocupação com o enriquecimento das experiências com as crianças. 
O estudo desse novo paradigma teórico-metodológico _ o alfabetizar letrando, contribuirá para um repensar na prática social. Assim como a alfabetização e o letramento são processos que caminham juntos, este trabalho, em específico, buscou um repensar da aquisição da língua escrita, baseado no alfabetizar letrando. 
Entretanto no processo de alfabetização inicial, nem sempre esses critérios são utilizados. Sabemos que os professores ensinam da mesma maneira como aprenderam quando eram alunos, e não aceitam os erros que seus alunos cometem.
Citamos alguns princípios que as crianças descobrem e aprendem a controlar à medida que desenvolvem um sistema de escrita:
- Os princípios funcionais desenvolvem-se a medida que a criança soluciona o problema de como escrever e para que escrever. A significação que a escrita tenha em seu dia a dia terá consequências no desenvolvimento desses princípio e as funções especificam dependerão da necessidade que a criança sentira da linguagem escrita. Nessas formas estão incluídas as regras ortográficas, grafo fônicas, sintáticas, semânticas e pragmáticas de linguagem escrita, assim, passa a compreender com a linguagem escrita representa as ideias e os conceitos que as pessoas, os objetos no mundo real e a linguagem oral possuem em uma determinada cultura.
Existem práticas que levam a criança às convicções de que o conhecimento é algo que os outros possuem e que só se pode adquirir da boca destes, deixando, assim, de ser participante da construção.
O professor não pode, então, se tornar um prisioneiro de suas próprias convicções; as de um adulto já alfabetizado. Para ser eficaz “deverá adaptar seu ponto de vista ao da criança. Uma tarefa que não é nada fácil” (Ferreiro, 2000, p.61).
A diferença essencial é a seguinte: no caso da codificação, tanto os elementos como as relações já estão predeterminados. No caso da criação de uma representação, nem todos os elementos, nem as relações estão determinados.
A invenção da escrita foi um processo histórico de construção de um sistema de representação, não um processo de codificação. 
dificuldades e fracassos nas séries iniciais na aprendizagem da leitura e escrita constituem um problema que nenhum método conseguiu solucionar. Em suas obras, porem, ela não apresenta nenhum método pedagógico que deveria ser seguido pelos professores para alfabetizarem seus alunos, mas revela os processos de aprendizagem das crianças.
Dessa forma, entendemos a aprendizagem da leitura e da escrita como um processo dinâmico, que se faz por duas vias de acesso, uma técnica (alfabetização) e outra que diz respeito ao uso social (letramento). Acreditamos que é possível, e necessário, alfabetizar com uma diversidade de textos que circulam socialmente para garantir tanto o domínio da técnica, como saber usá-la e dominá-la com competência, para que a linguagem escrita cumpra sua função social. Entendemos que esses dois caminhos, apesar de diferentes, devem ser traçados simultaneamente, pois essas aprendizagens não são pré-requisito uma da outra; essas aprendizagens acontecem ao mesmo tempo. Desde pequenas, as crianças pensam sobre a leitura e a escrita quando estão imersas em um mundo onde há, com frequência, a presença desse objeto cultural. Todo indivíduo tem uma forma de contato com a língua escrita, já que ele está inserido em um mundo letrado. 
Alfabetização e letramento se somam, e para atender à mudança ocorrida no processo de ensino e aprendizagem da língua escrita, Ao trabalhar esse eixo, educador, você está introduzindo seus educandos no mundo letrado. Trata-se do processo de letramento que não deve ser trabalhado separado do trabalho específico da alfabetização. É preciso investir nos dois ao mesmo tempo. Não é necessário esperar que seu educando já saiba ler e escrever para iniciar o trabalho com a leitura. Para atender a esse eixo, você poderá trabalhar, desde o início da escolaridade, com os textos que pertencem à tradição oral. São textos que as crianças normalmente conhecem, gostam de cantar ou recitar, e memorizam com muita facilidade. Eles possibilitam avanços em suas hipóteses a respeito da língua escrita, e propiciam problemas para diferentes níveis de conhecimento.
É importante propiciar aos educandos, principalmente às crianças oriundas de um meio social menos favorecido, a ter acesso a uma língua de prestígio, mas precisamos também respeitar a língua que ela adquiriu no meio familiar e social em que vive, sem discriminá-la. Lembre-se, educador, que ao trabalhar qualquer conteúdo, você deverá sempre iniciá-lo com atividades orais.
Definir o termo “alfabetização” parece ser algo desnecessário, visto que se trata de um conceito conhecido e familiar. Qualquer pessoa responderia que alfabetizar corresponde à ação de ensinar a ler e a escrever. 
Alfabetizar letrando, é ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, assim o educando deve ser alfabetizado e letrado. A linguagem é um fenômeno social, estruturada de forma ativa e grupal do ponto de vista cultural e social. A palavra letramento é utilizada no processo de inserção numa cultura letrada.
No entanto, o que significa ler e escrever? Ao longo da nossa história, essas ações foram tornando-se mais complexas, e suas definições se ampliaram, passando a envolver, a partir da década de 1990 principalmente, um novo termo: o letramento. Buscaremos discutir neste artigo como esses dois termos – alfabetização e letramento – se relacionam; para isso, haveremos de nos apoiar em depoimentos de professoras1 sobre sua memória de alfabetização. A alfabetização considerada como o ensino das habilidades de “codificação” e “decodificação” foi transposta para a sala de aula, Letramento é informar-se através da leitura, é buscar notícias e lazer nos jornais, é interagir selecionando o que desperta interesse, divertindo-se com as histórias em quadrinhos, seguir receita de bolo, a lista de compras de casa, fazer comunicação através do recado, do bilhete, do telegrama. Letramento é ler histórias com o livro nas mãos, é emocionar-se com as histórias lidas, e fazer, dos personagens, os melhores amigos. Letramento é descobrir a si mesmo pela leitura e pela escrita, é entender quem a gente é e descobrir quem podemos ser.
Analise técnica do MEC
No passado da Educação em nosso País, O “MOBRAL” era composto por outros subprogramas secundários com objetivos que se diversificavam: aprender a ler, escrever e contar, aperfeiçoar o próprio vocabulário, ganhar senso de responsabilidade, motivar a criatividade cognitiva e desenvolver o raciocínio lógico. Os recursos financeiros que lhe davam suporte eram extraídos da Loteria Esportiva e do Imposto de Renda, investimentos que, mais uma vez, não consolidaram as expectativas do governo, pois investia-se muito no aluno mas talvez sem um planejamento adequado.
Contudo, após um período de 18 anos, excluiu-se esse programa implantando, em seu lugar a Fundação Educar. Esse era de inteira competência do MEC – Ministério da Educação e Cultura, inclusive com apoio financeiro que, por sua vez, era repassado para as prefeituras e tinha como objetivo, viabilizar a alfabetização aos que não tiveram acesso à escola ou saíram dela prematuramente.
Hoje em dia foi criado pelo MEC a: Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão.
Com base no PPA 2012-2015 – o Plano Mais Brasil – a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) implementa políticas públicas integradas aos Programas e Ações da Educação Superior, Profissional e Tecnológica e Básica, contribuindo para o enfrentamento das desigualdades educacionais, considerando diferentes públicos e temáticas, a saber: Educação Especial, Educação para as Relações Étnico-Raciais, Educação do Campo, Educação Escolar Indígena, Educação Quilombola, Educação em Direitos Humanos,Educação Inclusiva, Gênero e Diversidade Sexual, Combate à Violência, Educação Ambiental, Educação de Jovens e Adultos. 
As ações, projetos e programas da SECADI são destinados à formação de gestores e educadores, à produção e distribuição de materiais didáticos e pedagógicos, à disponibilização de recursos tecnológicos e à melhoria da infraestrutura das escolas, buscando incidir sobre fatores que promovam o pleno acesso à escolarização e à participação de todos os estudantes, com redução das desigualdades educacionais, com equidade e respeito às diferenças prioriza o fortalecimento das políticas educacionais voltadas para a educação intercultural dos povos indígenas, o atendimento às especificidades das populações do campo, das comunidades remanescentes de quilombo e demais povos, para as relações étnico-raciais, a sustentabilidade socioambiental, a educação em direitos humanos, de gênero e diversidade sexual, a educação especial na perspectiva da educação inclusiva, a alfabetização, a elevação de escolaridade, qualificação profissional e a participação cidadã, bem como a implementação de estratégias específicas para a juventude e as pessoas em privação de liberdade. Essas políticas têm por objetivo reduzir as desigualdades, atendendo a públicos específicos e historicamente excluídos do processo educacional. Nessa perspectiva, destacam-se as atuais Resoluções do Conselho Nacional de Educação, que estabelecem as Diretrizes Curriculares Nacionais, orientando a construção de um sistema educacional inclusivo, que garanta o direito universal de acesso à escolarização e assegure, como parte integrante desse direito, o respeito e a valorização da diversidade humana, social, cultural, ambiental, regional e geracional.
 
VISÃO DE AUTORES
Magda Soares Doutora e livre-docente em Educação e professora titular emérita da Universidade Federal de Minas Gerais. Um olhar histórico sobre a alfabetização escolar no Brasil revela uma trajetória de sucessivas mudanças conceituais e, consequentemente, metodológicas. Atualmente, parece que de novo estamos enfrentando um desses momentos de mudança – é o que prenuncia o questionamento a que vêm sendo submetidos os quadros conceituais e as práticas deles decorrentes que prevaleceram na área da alfabetização nas últimas três décadas.
MAGDA SOARES - O analfabetismo no Brasil permanece um tema de dolorosa atualidade. Magda Soares, uma das maiores especialistas brasileiras em alfabetização, nos propõe algumas possibilidades de resposta para tais perguntas e nos impõe novas provocações, ela apresenta e discute concepções de alfabetização e letramento, mostrando a necessidade de que um problema tão complexo seja enfrentado por um esforço multidisciplinar. Em seguida, desvela a função politicamente distorcida dos programas de acesso à leitura e à escrita, constata o divórcio entre o processo de alfabetização e o de conquista da cidadania e, por fim, explicita o abismo entre o discurso oficial da escola e o das crianças pertencentes às camadas populares. Um momento como este é, sem dúvida, desafiador, porque estimula a revisão dos caminhos já trilhados e a busca de novos caminhos, mas é também ameaçador, porque pode conduzir a uma rejeição simplista dos caminhos trilhados e a propostas de solução que representem desvios para indesejáveis descaminhos. Alfabetização, letramento: conceitos Letramento é palavra e conceito recentes, introduzidos na linguagem da educação e das ciências linguísticas há pouco mais de duas décadas. 
Uma análise das mudanças conceituais e metodológicas ocorridas ao longo da história do ensino da língua escrita no início da escolarização revela que, até os anos 80, o objetivo maior era a alfabetização confirma-se fundamentalmente a aprendizagem do sistema convencional da escrita. Em torno desse objetivo principal, métodos de alfabetização alternaram-se em um movimento pendular: ora a opção pelo princípio da síntese, Essa mudança paradigmática permitiu identificar e explicar o processo através do qual a criança constrói o conceito de língua escrita como um sistema de representação dos sons da fala por sinais gráficos, revelando o papel fundamental de uma interação intensa e diversificada da criança com práticas e materiais reais de leitura e escrita a fim de que ocorra o processo de conceitualização da língua escrita.
Para essa autora: alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado (p. 47).
 [...] As crianças deveriam ir à escola para aprender a ler as orações que constituíam o ritual da missa e aprender o catecismo até a primeira comunhão (CHARTIER, 2002).
Paulo Reglus Neves Freire foi um educador, pedagogo e filósofo brasileiro. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da Pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. O mais célebre educador brasileiro, autor da pedagogia do oprimido, defendia como objetivo da escola ensinar o aluno a "ler o mundo" para poder transformá-lo.
“A educação tem por finalidade desenvolver o educando, assegura-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”.
PAULO FREIRE - Para o educador as cartilhas ensinam pelo método de repetição, e se aprende apenas palavras soltas e frases sem conteúdo lógico, portanto só se aprende o decorar de palavras. Freire acreditava na educação como meio libertador da consciência agente de mudanças no mundo. Há milhões de analfabetos carentes de uma oportunidade e confinados à um mundo menor, verdadeiro cárcere ao iletrado, Freire criticava o sistema tradicional, no qual a cartilha era a ferramenta central da didática para o ensino da escrita e da leitura. A posição do homem diante destes dois aspectos de sua moldura não é simplesmente passiva. Mas, em benefício do equilíbrio desta exposição, é conveniente inverter os termos do processo e começar pelo exame do aprendizado das técnicas da comunicação escrita, antes da análise da parte relativa às discussões.  Na experiência de Freire, partia-se, inicialmente, para a decomposição da situação e da palavra visualizada na ficha: ‘Projetada a situação com a primeira palavra geradora, representação gráfica de expressão verbal da percepção do objeto, inicia-se o debate em torno de suas implicações. Até porque o ser humano está em constante mudança, logo o conhecimento e verdades estão em constantes transformações, em constante aprimoramento. As convicções e dogmas acabam intitulados como esdrúxulos, pois permeia o exagero de quem as manipulam (Soares, 2003). Paulo Freire foi um educador revolucionário, ciente de seu papel no mundo, pronto a lutar por uma educação com autonomia, geradora de liberdade, de criticidade e de justiça social. Acreditava no conhecimento do aluno como fundamental no processo de aprender e no aprendizado como um processo de troca. Acreditava na educação com amor, com parceria, respeito e motivação. No método de Paulo Freire havia uma preocupação com o dialogo, com a contextualização, com a realidade de cada discente, com a troca, com a sabedoria popular e com a não hierarquização. Assim é o letramento, entendimento de mundo, uso social do aprendizado, contextualização, trocas permanentes e sabedoria popular respeitada. O método Paulo Freire trabalhou o letramento sem nomeá-lo, sem conceitua-lo, mas o aplicando na pratica do dia a dia. Cabe lembrar que falamos da educação formal, do comparecimento as instituições, aos diplomas, as letras, aos números, aos formalismos exigidos por nossa sociedade. Mas não podemos esquecer que dentro do conceito de Letramento e do que acreditava Paulo Freire, o ser humano é repleto de conhecimento e em sua essência, há saberes, vivencias, experiências que precisam ser ouvidas, aprendidas, discutidase valorizadas, para que a vida e o conhecimento tenham sentido. E para concluir cabe citar uma vez mais Paulo Freire que dizia: “O respeito à autonomia e a dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros”.
Analise crítica do grupo
ALFABETIZADO é aquele indivíduo que sabe ler e escrever e LETRADO é aquele que usa socialmente a leitura e a escrita, pratica a leitura e a escrita, responde adequadamente às demandas sociais de leitura e de escrita o processo do LETRAMENTO é o uso efetivo da leitura e da escrita no nosso cotidiano, o ambiente alfabetizador é aquele que favorece o contato com a língua escrita e os seus usos sociais, esse ambiente deve ser construído, planejado, organizado a partir das necessidades dos sujeitos que o ocupam a partir da participação conjunta dos alunos e do professor, podemos destacar: leitura e interpretação da regra de um jogo, escrita de uma carta ou bilhete, de um convite ou de uma receita.
A leitura e a escrita, assim como fala e escrita, não solicitam qualquer capacidade especial ou um desenvolvimento específico do cérebro humano, a leitura não pode ser separada do pensamento, pois é por meio das palavras que se constitui o ato do pensamento. Após os 6 anos de idade é que as relações entre pensamento e linguagem refinam-se e são expressados por meio de um discurso coerente e ainda onde as palavras e sua compreensão sempre se modificam conforme ocorre o desenvolvimento do cérebro. Além disso, isso nos leva a considerar que se a palavra modifica-se, modifica-se também o pensamento. O sentido da palavra sempre é algo mutável, para lidar com essa inconstância foram estabelecidos acordos e normas como a sintaxe, a gramática e a ortografia que permitem que os falantes do mesmo idioma.
A especialização da linguagem escrita e falada possui acordo diferentes cada qual com suas regras específicas. Isso indica que não falamos da forma que escrevemos e nem escrevemos tal qual o modo pelo qual falamos. Os olhos são os dispositivos pelos quais observamos, mas é o cérebro humano que realiza a leitura que constitui uma atividade de processamento das informações captadas do meio. 
O professor ou educador deve estar sempre atento e atualizado para inserir corretamente todos os seus educandos nesse processo, O aluno não vai a escola para aprender simplesmente, ele vai trocar conhecimentos, experiências e vivencias e é isso que faz a riqueza da escola, do professor e da educação.
Conclusão / Considerações Finais
Conclui-se, portanto, que muitos foram os programas de alfabetização, criados no Brasil entre os anos 60 aos dias atuais, que almejavam doutrinar a aprendizagem da leitura e da escrita, entre jovens e adultos. 
Admite-se, que antes a alfabetização consistia em, apenas, viabilizar ao aluno o acesso à leitura e a escrita, sendo considerado alfabetizado aquele que lesse um bilhete e assinasse o próprio nome. Oferecer cursos de aprimoramento para professores, melhores condições de ensino para os alunos e até mesmo cursinhos para pais de alunos, tendo em vista que muitos não reconhecem e nem valorizam a escolarização como deviam. A educação é um dos pilares de mudança e ela acontece gradualmente tal como tudo num país de terceiro mundo. 
De acordo o Fórum Mundial de Educação (2000), 164 países, inclusive o Brasil, comprometeram-se em viabilizar os recursos esforços necessários para melhorar a qualidade da educação até 2015, onde objetivavam, entre outros, reduzir o analfabetismo em 50%.
No trabalho do professor como um referencial político repleto de disponibilidade ao diálogo e pronto ao combate às diferenças sociais.
 “Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.” 
Rubem Alves
Referencias
BASTOS, Manoel de Jesus. Alfabetização e Letramento no Brasil: Aspectos Gerais. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 2, Vol. 14. pp 55-63 Janeiro de 2017. ISSN:2448-0959
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=5707-escola-ativa-alfabetizacao1-educador&Itemid=30192
Referências CHARTIER, Anne-Marie; HEBRARD, Jean. Discours sur la lecture (1880- 2000). Paris: BPI-Centre Pompidou/Librairie Arthème Fayard, 2000. UNESP;
CONPED, 2000 SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.
FERREIRO, Emilia. Com Todas as Letras. São Paulo: Cortez, 1999. 102p v.2.
FERREIRO, Emilia. Reflexões Sobre Alfabetização. São Paulo: Cortez, 2000. 104p.
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/o-metodo-paulo-freire-e-o-letramento-umareflexao/51207
FREIRE, PAULO. Pedagogia dos Sonhos Possíveis. São Paulo: Editora UNESP, 2001.
GADOTTI, MOACIR. Paulo Freire uma Bibliografia. São Paulo: Editora Cortez
LA TAILLE; Y. Prefácio. In, PIAGET, J. A construção do real na criança. 3.ed. São Paulo.
MIRANDA, José Vicente das Neves; Políticas Educacionais. IBPEX, 2008.
Piaget, J; GRECO. P. Aprendizagem e conhecimento. Rio de Janeiro: Freitas Bastos,
Rossi, Karla. Discentes da faculdade de ciências Humanas/FAHU.

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