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[IC – 348 – QUÍMICA GERAL PROF. ANTONIO GERSON BERNARDO DA CRUZ] 216 ELETROQUÍMICA DEFINIÇÃO DO FENÔMENO ELETROQUÍMICA O fenômeno da eletroquímica pode ser definido de diversas maneiras, dependendo do enfoque que se deseja dar ao seu estudo. Entretanto, todas as definições devem levar ao mesmo conceito. As definições mais usuais da eletroquímica são: I. DEFINIÇÃO TERMODINÂMICA: Eletroquímica é a ciência que estuda a transformação da energia elétrica em energia química e vice - versa. II. DEFINIÇÃO ELÉTRICA: Eletroquímica é a ciência que estuda a transferência de cargas elétricas em interfaces do tipo eletrodo/solução. III. DEFINIÇÃO QUÍMICA: Eletroquímica é a parte da química que estuda o transporte de cargas elétricas em soluções e líquidos provenientes da fusão de sólidos de compostos iônicos. IV. DEFINIÇÃO DE ENGENHARIA: Eletroquímica é a parte da engenharia que estuda as reações eletródicas, ou seja, as reações que ocorrem nas interfaces eletrodo / solução. TIPOS DE CÉLULAS ELETROQUÍMICAS • A corrente elétrica em uma reação eletroquímica pode fluir de duas maneiras. • De maneira direta; • De maneira indireta. A conversão entre energia química e energia elétrica é realizada em uma célula eletroquímica, estas podem ser classificadas em dois tipos: • CELULAS GALVÂNICAS OU VOLTÁICAS: São assim chamadas as células eletroquímicas em que, a movimentação de cargas é gerada espontaneamente pela diferença de potencial NATURAL, existente entre os dois eletrodos da célula. Nessas células o sentido de movimentação de cargas é ESPONTÂNEO. o Este tipo de célula é o existente nos processos corrosivos e caracteriza-se, principalmente por ser um fenômeno espontâneo. • CÉLULAS ELETROLÍTICAS: São assim chamadas as células eletroquímicas cuja movimentação de cargas na pilha é provocada por uma fonte externa à pilha, como um gerador de corrente, um transformador etc. Nesses casos, o sentido de movimentação de cargas na pilha é o IMPOSTO pela fonte externa. o Esse tipo de célula é utilizado para desenvolver o estudo dos conceitos básicos da eletroquímica, no estudo da eletrólise, da eletrodeposição e do eletro refino. [IC – 348 – QUÍMICA GERAL PROF. ANTONIO GERSON BERNARDO DA CRUZ] 217 CÉLULAS GALVÂNICAS • Reações redox envolvem a transferência de elétrons de uma substância (ou espécie) para outra e estas reações apresentam a capacidade de gerar um corrente elétrica; • Porém, para usar esta corrente devemos separar o local onde a oxidação está acontecendo do local onde a redução está ocorrendo; • Em uma célula galvânica as reações de oxidação e redução são mantidas separadas fisicamente em meia-células; • Os elétrons resultantes das semi-reação de oxidação fluem através de um circuito externo (fio) juntamente com o fluxo de íons que ocorre através de uma solução; • O transporte de íons entre as duas semi-células ocorre na solução de eletrólito. • É necessário um sólido condutor (metal ou grafite) como eletrodo para permitir a transferência de elétrons. • Anodo o O eletrodo onde ocorre a oxidação. o O eletrodo onde os elétrons são produzidos. o Os ânions migram para o anodo o Atribui-se o sinal negativo. • Catodo o O eletrodo onde ocorre a redução. o O eletrodo onde os elétrons são consumidos. o Os cátions migram para o catodo. o Atribui-se o sinal positivo. • Os elétrons não conseguem fluir do anodo para o catodo através da solução, e têm que ser transportados por um circuito externo. • Os ânions e os cátions da solução movimentam-se através de uma barreira porosa ou através de uma ponte salina. o Os cátions movimentam-se dentro do compartimento catódico para neutralizar o excesso de íons carregados negativamente; o Catodo (Redução): Cu2+ + 2e- → Cu o Os ânions movimentam-se dentro do compartimento anódico para neutralizar o excesso de íons de Zn2+ formados pela oxidação; o Anodo(oxidação): Zn → Zn2+ + 2e- • A reação global é dada por: Oxidação Zn(s) → Zn2+(aq) + 2e- Redução Cu2+(aq) + 2e- → Cu(s) Cu2+(aq) + Zn(s) → Zn2+(aq) + Cu(s) NOTAÇÃO PADRÃO DE UMA CÉLULA ELETROQUÍMICA • A descrição reduzida de uma célula voltaica consiste em uma forma simplificada de descrever a constituição de uma célula galvânica; • O eletrodo onde ocorre a oxidação (anodo) é colocado do lado esquerdo do diagrama; • O eletrodo onde ocorre a redução (catodo) é colocado do lado direito do diagrama; • A interface entre as duas fases (fronteira) é representado por uma linha vertical (|). • A interface entre as duas semicélulas, ponte salina, é representado por duas linhas verticais (||) as espécies aquosas (eletrólitos) são colocados em ambos os lados das linhas verticais; o Quando há mais de uma espécie dissolvida, estas são separadas por vírgula; Anodo (oxidação) | eletrólito || eletrólito | catodo (redução) • Seja, por exemplo, a pilha cobre-prata representada a seguir: Cobre (catodo) Zinco (anodo)ponte salina [IC – 348 – QUÍMICA GERAL PROF. ANTONIO GERSON BERNARDO DA CRUZ] 218 • A barra vertical simples, |, representa as interfaces das interfases; o entre o eletrodo metálico (sólido) e a solução de eletrólito (liquido) que o circunda. § Se múltiplos eletrólitos ou eletrodos encontram-se na mesma fase, usa-se vírgula (,) ao invés da barra (|) • A barra vertical dupla, ||, representa a ponte salina que conecta as duas semi-células; • Quando fornecidas, as concentrações são colocados entre parênteses ( ). • Os eletrodos, catodo e anodo, são especificados em extremidades opostas da descrição da célula. o Semi-célula de oxidação do lado esquerdo, semi-célula de redução do lado direito. POTENCIAL DE CÉLULA • Toda substância tem o potencial para ganhar ou perder elétrons, ou seja, ser reduzida ou oxidada; • Pode-se entender o fluxo de corrente elétrica da mesma maneira que a água fluindo em um rio. A corrente de água é guiada pela diferença de energia potencial gravitacional do ponto mais alto para o mais baixo; • O fluxo de elétrons do anodo para o catodo é espontâneo. • A corrente elétrica também é guiada por uma diferença de energia potencial chamada de diferença de potencial causada por um campo elétrico que resulta da diferença de cargas entre os dois eletrodos. o Os elétrons fluem do anodo para o catodo porque o catodo tem energia potencial elétrica mais baixa do que o anodo pois estes são mais reativos do que os catodos; • A diferença de potencial é uma medida da diferença em energia potencial (joules) por unidade de carga (coulombs); • A unidade SI para a diferença de potencial é o volt (V): 1 V = 1J/C • Quando se fala de fluxo de líquido em um córrego, discutimos a quantidade de água que passa em ponto em um dado intervalo de tempo. • Quando se discute corrente elétrica, discutimos a quantidade de carga elétrica que passa em ponto em um dado intervalo de tempo • O fluxo de corrente elétrica é medido em unidades de ampéres (A) que representa o fluxo de um coulomb por segundo: 1 A = 1 C/s • Um ampere representa o fluxo de 6,242 x 1018 elétrons por segundo. • Um grande valor de diferença de potencial corresponde a uma grande diferença de cargas entre os dois eletrodos. • A diferença de potencial, uma vez que origina a força que resulta no movimento de elétrons, também é conhecida como força eletromotriz (FEM). o Ou potencial da célula, Ecel. • O potencial da célula depende da relativa facilidadecom que o agente oxidante é reduzido no catodo e o agente redutor é oxidado no anodo. • O potencial da célula sob condições padrão é chamado de potencial padrão, E°cel. • T = 25°C, P = 1 atm para gases, C = 1 mol/L para soluções; Cu(s ) Eletrodo do anodo |Cu 2+ (aq) Eletólito do anodo Anodo || ↓ ponte salina Ag+(aq) Eletrólito do catodo | Ag(s ) Eletrodo do catodo Catodo Alta energia potencial Baixa energia potencial anodo catodo [IC – 348 – QUÍMICA GERAL PROF. ANTONIO GERSON BERNARDO DA CRUZ] 219 POTENCIAL PADRÃO DE REDUÇÃO • Uma semi-reação com uma forte tendência a ocorrer apresenta um potencial de célula altamente positivo (anódica) • Quando duas semi-células estão conectadas, os elétrons irão fluir de modo a ocorrer a semi-reação com maior tendência. • A facilidade em que uma substância ganha elétrons é denominado de potencial de redução, simbolizado por Ered; o Quando a substância encontra-se em estado padrão, o então E é denominado de potencial padrão de redução, simbolizado por Eored • Os potenciais de eletrodos individuais não podem ser estabelecidos com precisão. Se pudéssemos fazer tais medidas, as voltagens de célula poderiam ser obtidas simplesmente subtraindo um potencial de eletrodo do outro. • O mesmo resultado pode ser alcançado mediante a escolha arbitrária de uma determinada semi-célula a qual se atribui um valor de potencial de eletrodo zero. o Outras semi-células podem ser comparadas com esta referencia. • Selecionou-se como semi-reação padrão a redução do H+ a H2 sob condições padrão, a qual se atribui uma diferença de potencial, Eored = 0 V • O eletrodo padrão de hidrogênio (EPH) envolve o equilíbrio estabelecido na superfície de um metal inerte (Pt) entre íons H3O+ da solução na qual a atividade dos íons é unitária e moléculas de H2 gasoso a uma pressão de 1 bar; • o diagrama para esta semi-célula é: Pt | H2(g, 1 bar) | H+ (a = 1) • As três linhas verticais indicam a separação de três fases: sólida (Pt), líquida (íons H+) e gasosa (H2); • Por questões de simplicidade, consideramos que atividade igual a molaridade de modo que [H+] = 1 mol/L a uma pressão de 1 atm. • É um entendimento internacional de que o potencial padrão de eletrodo, Eo, mede a tendência que um processo de redução tem de ocorrer. • O potencial padrão da célula Eocel que é a diferença de potencial, ou voltagem, de uma célula formada a partir de dois eletrodos padrão. A diferença é sempre tomada da seguinte maneira: E°cel = E°red(catodo) - E°red(anodo) => 0,34 V = E°red(Cu) – 0 V=> E°red(Cu) = + 0,34 V 2H +(a = 1) + 2e − Pt H2(g,1 bar ) Ecel o = Eo(direita) catodo − Eo(esquerda) Anodo catodo catodo anodoanodo 2H1+(aq) + Cu(s)H2(g) + Cu2+(aq) Cu(s)Cu2+(aq) + 2e- 2H1+(aq) + 2e-H2(g) reação global semi-reação anódica: semireação catódica [IC – 348 – QUÍMICA GERAL PROF. ANTONIO GERSON BERNARDO DA CRUZ] 220 E°cel = E°red(catodo) - E°red(anodo) => 0,76 V = 0 V - E°red(Zn) => E°red(Zn) = - 0,76 V • O potencial para o eletrodo Zn/Zn2+ é negativo significando que a energia potencial deste eletrodo é maior do que a energia potencial do eletrodo de hidrogênio; o Quanto mais negativo o potencial do eletrodo, maior a sua energia potencial e maior a sua tendência a sofrer oxidação; 2 Zn2+(aq) + 4e- → 2 Zn(s), E°red = -0,76 V. o O E°red = -0,76 V, a redução do Zn2+ na presença do EPH não é espontânea. • O potencial para o eletrodo Cu/Cu2+ é mais positivo significando que este tem menor energia potencial do que o catodo (EPH). Com isto, os elétrons não irão fluir espontaneamente do anodo para o catodo; • O eletrodo Cu/Cu2+ não deve funcionar como um anodo e sim como um catodo de modo que o potencial será positivo: • Por convenção, os potenciais padrão de eletrodo são escritos na forma de semi- reações de redução • Em uma célula voltaica (espontânea) o valor de E°red (catodo), é mais positivo do que o E°red(anodo). o Eocatodo > Eoanodo; • A fem de uma célula pode ser calculada a partir de potenciais padrão de redução: • Quanto maior a diferença entre os valores de E°red (catodo, anodo), maior será o E°cel. • Os dados eletroquímicos obtidos para praticamente todas as substâncias foram convenientemente colocados em uma tabela de potenciais padrão de redução. • Em resumo, tem-se: 1. O potencial do eletrodo padrão de hidrogênio é exatamente zero; 2. O eletrodo em qualquer semi-célula com maior tendência a sofrer redução está carregado positivamente com relação ao eletrodo padrão de hidrogênio e portanto tem um potencial padrão positivo; 3. O eletrodo em qualquer semi-célula com maior tendência a sofrer oxidação está carregado negativamente com relação ao eletrodo padrão de hidrogênio e portanto tem um potencial padrão negativo; 4. A oxidação ocorre espontaneamente no anodo, eletrodo com potencial padrão menos positivo (ou negativo); 5. O potencial padrão de qualquer célula eletroquímica (Eocel) é dado pela diferença entre o potencial do catodo e do anodo; 6. O potencial da célula é positivo para uma reação espontânea e negativo para uma reação não espontânea; H2(g) + Zn2+(aq)2H1+(aq) + Zn(s) Zn2+(aq) + 2e-Zn(s) H2(g)2H1+(aq) + 2e- reação global semi-reação anódica: semi-reação catódica: Ecelo = Eredo (catodo) − Eredo (anodo) [IC – 348 – QUÍMICA GERAL PROF. ANTONIO GERSON BERNARDO DA CRUZ] 221 • A tabela abaixo lista os potenciais padrão de redução em ordem decrescente de potencial de eletrodo; SEMI-REAÇÃO Eocel • As semi-reações no topo da lista, com potencial padrão altamente positivos, atraem elétrons e portanto tem uma forte tendência de ocorrer no sentido direto; o Estas substâncias tem uma forte tendência a se reduzir e são excelentes agentes oxidantes; [IC – 348 – QUÍMICA GERAL PROF. ANTONIO GERSON BERNARDO DA CRUZ] 222 • Por outro lado, as semi-reações próximas à base da lista, com potenciais negativos, repelem os elétrons e tem uma forte tendência de ocorrer no sentido inverso; o Estas substâncias tem uma forte tendência a se oxidar e são excelentes agentes redutores; • A posição relativa de duas semi-reações na tabela pode ser usada para prever a espontaneidade da reação redox global; USANDO OS POTENCIAIS PADRÃO DE REDUÇÃO • Quando invertemos uma reação redox, invertemos o sinal do potencial; • Seja a reação redox: Zn(s) → Zn2+(aq) + 2e- Eo = -0,76 V Cu2+(aq) + 2e- → Cu(s) Eo = +0,34 V Zn(s) Cu2+(aq) → Zn2+(aq) + Cu(s) Eocel = +1,10 V • Não multiplicamos os valores E°, mesmo que seja necessário multiplicar as semi- reações para balancear a equação. o Potenciais padrão de semi-reações E° são propriedades intensivas. Cu(s) → Cu2+(aq) + 2e- Eo = -0,34 V Ag+(aq) + e- → Ag(s) x2 Eo = +0,80 V 2Ag+(aq) + Cu(s) → Cu2+(aq) + 2Ag(s) Eocel = +0,46 V POTENCIAL DE CÉLULA, ENERGIA LIVRE E CONSTANTE DE EQUILIBRIO Relação entre ΔGo e Eocel • Para reações espontâneas: o ΔGo < 0 o Eocel > 0 o Kc > 1 • Para reações não espontâneas o ΔGo > 0 o Eocel < 0 o Kc < 1 • Por definição, a diferença de energia potencial representa a máxima quantidade de trabalho que pode ser realizado pelo sistema sob as vizinhanças;Wmax = -qEocel • Pode-se quantificar a carga (q) que flui em uma reação eletroquímica usando a constante de Faraday que representa a carga, em coulombs, de 1 mol de elétrons (1F = 96485 C/mol) onde a carga total será dada por q = nF, sendo n o número de mols de elétrons; • Substituindo q = nF na equação acima tem-se: Wmax = -nFEocel • Sabendo que ΔG é uma medida da quantidade máxima de trabalho útil que pode ser obtida de uma reação, pode se relacionar com a energia livre de Gibbs de um sistema, ΔG com o Eocel através da expressão: ΔGo = -nFEocel • onde, ΔG é a variação da energia livre padrão para uma reação eletroquímica e representa o máximo trabalho elétrico que pode ser realizado, n é a quantidade de matéria de elétrons transferidos, F é a constante de Faraday e Eocel é o potencial padrão da célula. • Para uma reação espontânea ΔGo < 0, isto só ocorre se Eo > 0; o uma vez que n e F são valores positivos; • Se o wmax < 0, então o trabalho é realizado pelo sistema e o potencial é positivo. • A fem pode ser pensada como uma medida da força motriz para um processo redox. • Em uma célula eletrolítica, uma fonte externa de energia é necessária para fazer com que a reação ocorra. o Para a reação não-espontânea, a fem externa deve ser maior que a Ecel. • Trabalho elétrico tem como unidades Watts: 1 W = 1 J/s ou C.V/s [IC – 348 – QUÍMICA GERAL PROF. ANTONIO GERSON BERNARDO DA CRUZ] 223 Relação entre Eocel e KC • Pode-se derivar uma relação entre o potencial padrão da célula e a constante de equilíbrio, KC, a partir da relação entre ΔGo e K. ΔG = ΔGo + RT ln(K) • De acordo com a termodinâmica, um sistema está em equilíbrio quando ΔG = 0 de modo que ΔGo = -RT ln(K) • Substituindo ΔGo por –nFEocel tem-se: –nFEocel = - RT ln(K) Ecel o = RT nF ln(K) • Se T = 25 oC e sabendo que ln(K) = 2,303log(K) tem-se: Ecel o = 0,0592V n log(K) • A constante de equilíbrio será dada por: K =10 nEcelo 0,0592V ! " ## $ % && EFEITO DA CONCENTRAÇÃO: EQUAÇÃO DE NERNST • Aprendemos como calcular o Eocel em condições padrão. Quando [Cu2+] = 1,0 M e [Zn2+] = 1,0 M, o potencial da célula será dado por: Zn(s) + Cu2+(aq, 1,0 M) → Zn2+(aq, 1,0 M) + Cu(s) Eocel = 1,10 V • No entanto, se Cu2+] > 1,0 M e [Zn2+] < 1,0 M, o valor de Ecel será diferente do potencial da célula em condições padrão. Zn(s) + Cu2+(aq, 2,0 M) → Zn2+(aq, 0,010 M) + Cu(s) Ecel = ? • Como a concentração dos reagentes é maior do que a concentração dos produtos, pode-se usar o princípio de Le Châtelier para prever a tendência da reação em prosseguir no sentido direto resultando em um potencial de célula maior do que 1,10 V. • É possível derivar uma expressão que relacione Eocel (em condições não padrão) e Eocel (em condições padrão) considerando a relação existente entre a energia livre (ΔG) e a energia livre padrão (ΔGo): • onde R é a constante dos gases (8,314 J/mol K), T é a temperatura em kelvins e Q é o quociente reacional em condições não padrão. • Sabendo-se da relação entre ΔGo e Eocel podemos substituir uma equação na outra: ΔG = ΔGo +RT lnQ • mas ΔGo = - nFE -nFEcel = -nFEocel + RTlnQ • dividindo os dois lados por –nF • Ecel = Ecel o − RT nF lnQ sabendo que Q = [Ox ] [R] ΔG = ΔGo +RT lnQ [IC – 348 – QUÍMICA GERAL PROF. ANTONIO GERSON BERNARDO DA CRUZ] 224 Ecel = Ecel o − RT nF ln [Ox ] [R] • ln Q = 2,303 logQ e sabendo que para 25 oC RT nF lnQ = 0,0592V n logQ Chega-se à Equação de Nernst: Ecel = Ecel o − 0,0592V n log [Ox ] [R] • onde n é quantidade de matéria de elétrons envolvidos na reação. • Quando uma reação redox dentro de uma célula voltaica ocorre sob condições em que Q = 1 então Ecel = Eocel. • Quando uma reação redox em uma célula voltaica ocorre sob condições em que Q < 1. Tem-se uma maior concentração de reagentes e menor concentração de produtos que levam a reação a ocorrer no sentido direto de modo que Ecel > Eocel. • Quando uma reação redox em uma célula voltaica ocorre sob condições em que Q > 1. Tem-se uma maior concentração de produtos e menor concentração de reagentes que levam a reação a ocorrer no sentido inverso de modo que Ecel < Eocel. • Quando uma reação redox atinge o equilíbrio, Q = K e a reação não tem tend6encia a ocorrer nenhuma das direções e Ecel = 0. o Isto explica por que as pilhas não duram pra sempre. Aplicações da equação de Nernst: Pilhas de concentração • Podemos aplicar a equação de Nernst para produzir uma célula que tem uma fem baseada apenas na diferença de concentração (pilhas de concentração). • É possível ter reações espontâneas quando as reações de oxidação e redução são as mesmas, contanto que as concentrações do eletrólito sejam diferentes • A diferença de energia é devido a diferença entrópica (desordem) entre as duas soluções. A mais concentrada tem menor entropia do que a menos concentrada • Elétrons fluíram de um eletrodo na solução menos concentrada para o eletrodo na solução mais concentrada • A oxidação do eletrodo na solução menos concentrada aumentará a concentração de íons na solução; o a solução menos concentrada será o anodo • A redução dos íons na solução mais concentrada reduzirá a concentração de íons na solução; o a solução mais concentrada será o catodo; Ex: Qual o valor de Ecel para a célula voltaica descrita abaixo? Pt|Fe2+(0.10 M),Fe3+(0.20 M)||Ag+(1.0 M)|Ag(s) De acordo com a tabela de potenciais, para a célula em condições padrão Eocel é dado por: Fe2+(aq) → Fe3+(aq) + e- Eo = -0,77 V Ag+(aq) + e- → Ag(s) Eo = 0,80 V Fe2+(aq) + Ag+(aq) → Fe3+(aq) + Ag(s) Eocel = 0,80 V –(-0,77 V) = 1,57 V O potencial para célula nas condições acima será dado pela a equação de Nernst: Ecel = Ecel o − 0,0592V n log [Fe 3+ ] [Fe2+ ][Ag+ ] = 1,57V − 0,0592V log 0,20M 0,10Mx0,10M Ecel = 1,49V ponte salina [IC – 348 – QUÍMICA GERAL PROF. ANTONIO GERSON BERNARDO DA CRUZ] 225 BATERIAIS • Uma bateria é um recipiente contendo uma fonte de força eletroquímica com uma ou mais células voltaicas. Pilha seca • Baterias comuns, como as que usamos em c6ameras fotográficas são chamadas de pilhas secas pois estas tem uma quantidade muito pequena de água líquida. • As pilhas secas mais comuns são as usam uma carcaça de zinco como anodo e carbono com catodo imerso em uma pasta de MnO2 contendo NH4Cl. Oxidação (anodo): Zn(s) → Zn2+(aq) + 2e- Redução (catodo): 2 MnO2(s) + 2 NH4+(aq) + 2 e- → Mn2O3(s) + 2 NH3(g) + H2O(l) • Estas duas semi-reações produzem uma voltagem de cerca de 1,5 V; • As pilhas alcalinas diferem ligeiramente pois a reação ocorre em meio básico (alcalino): Oxidação (anodo): Zn(s) + 2 OH-(aq) → Zn(OH)2(s) + 2e- Redução (catodo): 2 MnO2(s) + 2 H2O(l) + 2 e- → MnO(OH)(s) + 2OH-(aq) Bateria de chumbo-ácido • A bateria que equipa a maioria dos automóveis são bateria de chumbo-ácido. Estas baterias consistem de seis células eletroquímicas ligadas em série, cada uma produzindo uma voltagem de 2,02 V totalizando 12,12 V. • Cada célula tem um anodo de chumbo poroso onde ocorre a oxidação e um catodo de PbO2 onde ocorre a redução. Oxidação (anodo): Pb(s) + HSO4-(aq) → PbSO4(s) + H+(aq) + 2e- Redução (catodo): PbO2(s) + HSO4-(aq) + 3H+(aq) + 2e- → 2 PbSO4(s) + 2 H2O(l) • Tanto ao catodo quanto o anodo estão imersos em ácido sulfúrico. • À medida que a corrente flui da bateria, forma-sePbSO4(s) na superfície do catodo. • Se a bateria fica sem recarregar por muito tempo, forma-se uma grande quantidade de PbSO4(s) sobre o eletrodo e a bateria morre. • A recarga da bateria força a reação a ocorrer no sentido contrário convertendo PbSO4(s) a Pb(s) e PbO2(s). Bateria de níquel-hidreto metálico (Ni-MH) • A bateria Ni-MH tem no anodo átomos de hidrogênio mantidos em uma liga metálica que são oxidados. O catodo é composto de NiO(OH)(s) o eletrólito é normalmente KOH(aq). • Oxidação (anodo): M-H(s) + OH-(aq) → M(s) + H2O(l) + e- • Redução (catodo): NiO(OH)(s) + H2O(l) + e- → Ni(OH)2(s) + OH-(aq) • As baterias de Ni-MH apresentam uma densidade de energia maior do que as similares Ni-Cd além de serem menos tóxicas e ecologicamente correta. Células combustível • A células combustível serão os substitutos naturais da maioria das fontes de energia. • As células combustível são como baterias, mas os reagentes devem ser constantemente reabastecidos. As baterias normais perdem a sua capacidade de gerar tensão com utilização porque os reagentes se esgotam à medida que a corrente elétrica flui da bateria. Numa célula combustível, os reagentes (combustível) fluem constantemente através da bateria, gerando corrente elétrica à medida que sofrem uma reação redox. terminal(+) terminal(-) barra de grafite (catodo) mistura de pasta de MnO2 e NH4Cl carcaça de Zn (anodo) [IC – 348 – QUÍMICA GERAL PROF. ANTONIO GERSON BERNARDO DA CRUZ] 226 • A célula combustível mais comum é a célula de hidrogênio-oxigênio. Nesta célula, o hidrogênio gasoso flui através do ânodo (a tela revestida com um catalisador de platina), e sofre oxidação. • As reações em células a combustível têm velocidades muito mais baixas do que aquelas em outras baterias, por isso exigem o uso de um eletrocatalisador para diminuir a energia de ativação. • Os eletrodos compósitos de células tipo PEM (catodo e anodo) são constituídas por uma tela contendo nanopartículas de um catalisador de Pt depositado em grafite. Estes são sanduichados em uma membrana de eletrólito sólido polimérico composto de perfluoroetileno (-[F2C-CF2]n-) com grupos sulfônicos terminais (RSO3-) que desempenham um papel fundamental no transporte prótons do ânodo para o cátodo. • Duas moléculas de H2 adsorvem sobre o catalisador e são divididas e oxidado. Cada molécula H2, dois e- viajam através do circuito externo para o cátodo, enquanto que dois H+ tornam-se hidratados e migram através do eletrólito na forma de H3O+. Oxidação (anodo): 2H2(g) + 4OH-(aq) → 4H2O(l) + 4e- • No cátodo, uma molécula de O2 adsorve sobre o catalisador, o que proporciona um e- para formar O2-. Um H3O+ doa o H+ ao O2-, formando HO2 (HO-O). A ligação O – O se tensiona e se quebra gerando outro H3O+ fornecendo o H+ e o catalisador fornece um outro e-: Forma-se a primeira molécula de H2O. De modo semelhante, um terceiro H+ e e se liga ao átomo de O formando OH e um quarto H+ e e- são transferidas para formar a segunda molécula de H2O. As duas moléculas de água dessorvem e são liberadas pela a célula. Redução (catodo): 2H2O(l) + O2(g) + 4e- → 4OH-(aq) • A reação global é dada por: • Oxidação (anodo): 2H2(g) + 4OH - (aq) → 4H2O(l) + 4e- Eo = -0,828 V Redução (catodo): 2H2O(l) + O2(g) + 4e- → 4OH-(aq) Eo = +0,401 V 2 H2(g) + O2(g) → 2H2O(l) Eocel= +1,229 V • Observe que o único produto da reação é água. • Nos voos à lua da Apollo a célula de combustível H2-O2 foi a fonte primária de eletricidade: CORROSÃO • Até agora, você pode estar pensando que os processos eletroquímicos espontâneos são sempre benéficos, mas considere o problema da corrosão, o processo redox natural de que oxida metais ao seus óxidos e sulfetos. o Em termos químicos, a corrosão é o inverso do isolamento de um metal a partir do seu óxido ou sulfureto mineral. o Em termos eletroquímicos o processo compartilha muitas semelhanças com o funcionamento de uma célula voltaica. • A forma mais comum e economicamente destrutiva de corrosão é a oxidação do ferro. Cerca de 25% do aço produzido é feito apenas para substituir o aço já em uso que foi corroído. • Ao contrário do a equação simplificada apresentada anteriormente, a ferrugem não é um produto direto da reação entre o ferro e o oxigênio, mas surge através de um processo eletroquímico complexo. • Vamos olhar para os fatos da corrosão do ferro e, em seguida, usar os recursos de uma célula voltaica para explicá-los. 1) Ferro não enferruja no ar seco: a umidade deve estar presente. 2) Ferro não oxida em água livre de oxigênio: oxigênio deve estar presente. 3) A perda de ferro e o depósito de ferrugem, muitas vezes ocorrem em locais diferentes no mesmo objeto. 4) O ferro enferruja mais rapidamente em pH baixo (alta [H+]). 5) Ferro enferruja mais rapidamente em contato com soluções iônicas. 6) O ferro enferruja mais rapidamente em contato com um metal menos ativo (como Cu) e mais lentamente em contato com um metal mais ativo (como Zn). • Regiões em contato com a água são normalmente os locais de perda de ferro (fato 1). Estes sítios são chamados de regiões anódicas ocorrendo a seguinte semi-reação: Fe(s) → Fe2+(aq) + 2e- [IC – 348 – QUÍMICA GERAL PROF. ANTONIO GERSON BERNARDO DA CRUZ] 227 • Uma vez que os átomos de ferro perde elétrons, o dano ao objeto foi feito, e se forma um pequeno buraco onde o ferro foi perdido. • Os elétrons liberados se movem através do circuito externo, o próprio pedaço de ferro, até alcançarem uma região com concentração relativamente elevada de O2 (fato 2), na superfície em torno de uma gota de água, por exemplo. Nesta região catódica, os elétrons liberados a partir dos átomos de ferro reduzem as moléculas de O2: • O2(g) + 4H+(aq) + 4e- → 2H2O(l) • Observe que este processo está completo havendo a perda de ferro mas sem a formação da ferrugem: 2Fe(s) + O2(g) + 4H+(aq) → 2Fe2+(aq) + 2H2O(l) • Ferrugem se forma através de outra reação redox em que os reagentes entram diretamente em contato. Os íons Fe2+ formados originalmente na região anódica se dispersam através da água circundante e reagem com O2, geralmente a uma certa distância do buraco (fato 3). A reação global para esta etapa é: 2Fe2+(aq) + ½ O2(g) + (2+n)H2O(l) → Fe2O3.nH2O(s) + 4H+(aq) • O coeficiente n é inexato pois o Fe2O3.nH2O é uma forma do óxido de ferro(III) com um número variável de moléculas de água de hidratação. • Somando as duas reações, tem-se a reação global para a formação da ferrugem: 2Fe2+(aq) + 3/2 O2(g) + nH2O(l) + 4H+(aq) → Fe2O3.nH2O(s) + 4H+(aq) • Nesta reação, o H+ atua como catalisador e é restaurado no final do processo acelerando a formação. isto é, o H+ é consumido em uma etapa da reação global e criado em outra etapa. Por isso a ferrugem se forma mais rápida em pH baixo (alta [H+]) (fato 4). • Soluções iônicas aceleram a formação da ferrugem pois aumentam a condutividade do meio aquoso próximo da regiões catódica e anódica (fato 5). o O efeito de íons é especialmente evidente em estruturas metálicas expostas à maresia. • Como foi dito anteriormente, os componentes do processo de corrosão se assemelham, em muitos aspectos, aos de uma célula voltaica: 1) Regiões anódicas e catódicas são separados uma da outra. 2) As regiões são conectados por um circuito externo através do qual os elétrons 3) viajam. 4) Na região anódica, o ferro se comporta como um eletrodo ativo, enquanto que no 5) região catódica, ele é inativo. 6) A umidade em torno dos buracos funciona como uma ponte salina,transportando os íons de modo a manter a solução neutra. • Uma abordagem comum para impedir ou limitar a corrosão é o de eliminar contato com os elementos corrosivos. o A lavagem do sal remove a solução iônica de objetos expostos à água do mar. o Objetos de ferro são frequentemente revestidos para impedir a entrada de O2 e umidade. Dentre estes revestimentos estão as tintas e revestimentos mais permanentes que incluem a deposição de metais como o cromo e zinco. • O ferro galvanizado é revestido com uma fina camada de zinco. O zinco (anodo), ferro (catodo) e a gota de água (eletrólito) constituem uma minúscula célula galvânica. Ar Gota de água O oxigênio é reduzido no catodo e o zinco é oxidado no anodo, protegendo o ferro da oxidação Ruptura da camada de zinco [IC – 348 – QUÍMICA GERAL PROF. ANTONIO GERSON BERNARDO DA CRUZ] 228 • O zinco protege o ferro uma vez que o Zn é mais reativo atuando como anodo e Fe é o catodo (fato 6): o Anodo: Zn2+(aq) + 2e- → Zn(s), E°red = -0,76 V o Catodo: Fe2+(aq) + 2e- → Fe(s), E°red = -0,44 V • Com os potenciais padrão de redução acima, o Zn é mais facilmente oxidável do que o Fe. • Proteção catódica: Ao invés de se revestir toda a superfície do metal com um segundo metal, o segundo metal é colocado em contato elétrico com o primeiro metal. • O tubo é transformado no catodo e o metal ativo é usado como o anodo. • Frequentemente, o Mg é usado como o anodo de sacrifício: o Anodo: Mg2+(aq) +2e- → Mg(s), E°red = -2,37 V o Catodo: Fe2+(aq) + 2e- → Fe(s), E°red = -0,44 V CÉLULAS ELETROLÍTICAS E ELETRÓLISE • Em uma célula voltaica, usa-se uma reação redox espontânea para produzir corrente elétrica; • Em uma célula eletrolítica, utiliza corrente elétrica para superar a barreira energética e causar uma reação não-espontânea em um processo chamado de eletrolise. • A voltagem necessária para causar a eletrolise depende das semi-reações específicas. Se uma fonte produzindo uma voltagem superior à Eocel de uma célula voltaica, os elétrons serão forçados a fluir no sentido oposto causando a redução do agente redutor e a oxidação do agente oxidante. • Em uma célula eletrolítica, o anodo torna-se o catodo e o catodo torna-se o anodo. • O terminal (+) da bateria, que é a fonte de elétrons, é conectado ao anodo para que este puxe elétrons do anodo; • O anodo tem sinal positivo; • O terminal (-) da bateria é conectado ao catodo empurrando os elétrons em sua direção. • O catodo tem sinal negativo; • Os cátions são atraídos para o catodo, os ânions são atraídos para o anodo • Os cátions recebem elétrons do catodo e são reduzidos enquanto os ânions liberam elétrons para o anodo e são oxidados. • Assim como as células voltaicas, os elétrons são forçados a fluir do anodo para o catodo. • As células eletrolíticas podem ser usadas para separar elementos de seus compostos o gerar H2 a partir da água para células a combustível • recuperar metais dos seus minérios • Para a eletrolise de compostos puros o Estes devem se encontrar no estado líquido (fundidos) o Normalmente utiliza-se eletrodos de grafite (eletrodos inertes) o Os cátions são reduzidos no catodo na forma de metal elementar o Os ânions são oxidados no anodo na forma de não metal elementar A bateria puxa elétrons do anodo e os empurra para o catodo eletrodos inertes catodoanodo bateria [IC – 348 – QUÍMICA GERAL PROF. ANTONIO GERSON BERNARDO DA CRUZ] 229 ASPECTOS QUANTITATIVOS DOS PROCESSOS ELETROLÍTICOS • Assim como nas reações químicas em uma reação eletroquímica os elétrons os elétrons agem como produtos e guardam uma relação entre os outros reagentes e os produtos da reação; • Enquanto que para os reagentes e produtos medimos as quantidades de massa, para os elétrons medimos a quantidade de carga. • É possível medir o número de mols de elétrons que fluíram em uma dada eletrólise medindo a carga total que fluiu através da célula, que por outro lado depende da magnitude da magnitude da corrente e do tempo que essa corrente circulou. • 1A = 1 C/s logo 1C = 1A x s que é igual à carga portanto: • A relação entre a carga e o número de mols de elétrons é dado pela lei de Faraday diz que, se um mol de elétrons flui através de uma interface, um mol da espécie envolvida deverá se oxidar ou se reduzir. • Ou seja: A quantidade de transformação química que ocorre durante uma eletrolise é diretamente proporcional à quantidade de carga elétrica que passa pela célula eletrolítica. • Observou-se que 1 mol de elétrons tem uma carga de 9,65x104 C, correspondendo a 1 Faraday: F = 96485C mol e- ou seja: q = i x t = nF • onde q é a carga em coulombs, C; i é a corrente que circula na célula em amperes, A, ou C/s; t é o tempo em segundos, s; n é o numero de elétrons transferidos no processo e F é a constante de Faraday, 96485 C/mol. • Calcule a massa de Au que pode ser depositada em 25 min usando 5,5 A para a semi- reação: Au3+(aq) + 3 e− → Au(s) 3 mol e− : 1 mol Au, corrente = 5,5 A, tempo = 25 min; massa Au = ?g A estratégia é: ELETRODEPOSIÇÃO • Na eletrodeposição o objeto é o catodo. • Cátions são reduzidos no catodo e a depositam-se na superfície da peça • Uma placa de metal constitui o anodo (eletrodo ativo). • O anodo se oxida e repõe os cátions metálicos na solução. • A eletrodeposição pode ser: • Eletrodos ativos: os eletrodos que fazem parte da eletrólise, fornecem íons para a reação. • Eletrodos passivos: os eletrodos não fazem parte da reação eletrolítica. t(s), amp carga (C) mol e− mol Au g Au Eletrodo de prata objeto a ser depositado
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