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Sistema Nervoso

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1 SISTEMA NERVOSO 
O sistema nervoso é quem comanda a maioria das funções de controle do 
nosso organismo. É ele quem recebe estímulos, interpreta-os e elabora respostas 
para o corpo humano por meio de movimentos, sensações, pensamentos e atividades 
vitais. Possui dois tipos de células principais, nas quais são chamadas de neurônios 
(células nervosas), que é a unidade funcional do sistema nervoso, e neuróglia (células 
gliais ou glia), que sustentam os neurônios. 
O sistema nervoso é dividido, estruturalmente, em duas partes: sistema 
nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP). Funcionalmente ele é 
dividido em sistema nervoso somático (SNS) e sistema nervoso autônomo (SNA). 
 
1.1 Neurônios 
Os neurônios são células nervosas que conduzem os impulsos nervosos pelo 
corpo humano, portanto, essas células é quem são responsáveis por processar 
informações e estímulos. É formado por duas extensões chamadas de dendritos, que 
são prolongamentos mais curtos e bastante ramificados onde entram impulsos 
nervosos, e axônios, que são únicos e ramificados apenas na sua ponta e é por ele 
que saem os impulsos. O axônio é envolvido por uma bainha de mielina, que é 
formada por camadas de lipídios e substâncias proteicas chamadas de mielina, e 
ajuda a aumentar a velocidade para conduzir o impulso nervoso. Entre o final do 
axônio e a próxima célula, encontramos a sinapse, que vai ajudar na comunicação de 
um neurônio para o outro, por meio de neurotransmissores. 
Os neurônios podem ser divididos em aferentes (sensitivos), eferentes 
(motores) e interneurônios. Os aferentes recebem os estímulos, os eferentes levam 
impulsos nervosos para as glândulas e músculos e os interneurônios conectam um 
neurônio ao outro (encontrado apenas no SNC). 
 
1.2 Neuróglia 
A neuróglia, que também pode ser chamada de células gliais ou glia, são 
menores e mais numerosos que os neurônios. São essas células que sustentam, 
isolam e nutrem os neurônios. Existem seis tipos de neuróglia que podem ser 
classificadas como oligodendróglia, astrócitos, células ependimárias, micróglia, 
células-satélite e neurolema (células de Schwann). 
1.2.1 Oligodendróglia 
As células oligodendróglias estão localizadas no SNC e quando seus 
prolongamentos se enrolam no axônio, elas se tornam responsáveis pela produção 
da bainha de mielina. 
1.2.2 Astrócitos 
Os astrócitos tem como sua forma uma estrela e também são encontrados no 
SNC. Podem ser classificados em dois tipos: protoplasmáticos, que são encontrados 
na substância cinzenta, e os fibrosos, que permanecem na substância branca do 
cérebro. São eles que reforçam a estrutura celular, ligam os neurônios aos capilares 
sanguíneos e pia-máter, regulam variadas atividades neuronais e podem intervir nas 
atividades e sobrevivência dos neurônios. 
1.2.3 Ependimárias 
As células ependimárias são reconhecidas em formato de cubo ou colunar e 
são encontradas no SNC. Elas revestem os ventrículos do cérebro e o canal central 
da medula espinal. São responsáveis pela produção de líquor. 
1.2.4 Micróglia 
As micróglias são pequenas células gliais que se encontram no SNC, 
participando da sua inflamação e reparação. Elas são fagocitárias (processo de 
ingestão e destruição de partículas sólidas). 
1.2.5 Células-satélite 
Elas são responsáveis pelo crescimento muscular e pela regeneração de 
lesões ou doenças. Essas células são encontradas ao redor dos neurônios, nos 
gânglios sensitivos espinais e autônomos. 
1.2.6 Neurolema 
Também chamadas de células de Schwann, elas são responsáveis pela 
produção da bainha de mielina, mas diferente das oligodendróglias, elas trabalham no 
SNP. As células de Schwann também isolam eletricamente os nervos para que a 
propagação de impulsos nervosos seja mais rápida. 
1.3 Sistema Nervoso Central 
O sistema nervoso central (SNC) pode ser considerado como uma rede de 
comunicações do corpo humano, pois é ele quem recebe os estímulos do meio 
externo do sistema nervoso, interpreta-os e envia respostas por meio de movimentos, 
sensações ou pensamentos. Ele é formado pelo encéfalo e pela medula espinal, que 
além de serem protegidos pelo crânio e a coluna vertebral, respectivamente, são 
fortificados por três camadas membranosas que formam as meninges, chamadas de 
pia-máter, aracnoide-máter e dura-máter. Também possui um líquido, chamado de 
líquido cerebrospinal (LCE), semelhante ao sangue, porém transparente, que nutre e 
protege o encéfalo. 
1.3.1 Encéfalo 
O encéfalo faz parte do sistema nervoso central e está protegido por completo 
pela caixa craniana e as meninges. Ele é formado pelo cérebro, cerebelo e tronco 
encefálico. 
1.3.1.1 Cérebro 
O cérebro é considerado o centro de toda a inteligência e informação do ser 
humano, podendo comandar atividades motoras, neurológicas e estímulos sensoriais 
do nosso corpo. 
Ele é protegido tanto pela caixa craniana, quando pelas meninges, que se 
encontram dentro do crânio. As meninges são formadas três camadas membranosas: 
dura-máter, aracnoide-máter e pia-máter. 
A dura-máter é formada por tecido conjuntivo denso (oferece resistência e 
proteção aos tecidos) e possui duas camadas chamadas de periosteal externa, que é 
constituída pelo periósteo craniano, e a meníngea interna, que é uma membrana com 
tecido conjuntivo fibroso que parte da camada periosteal externa até a medula espinal, 
cobrindo-a. 
A aracnoide-máter, também chamada apenas de aracnoide, não possui 
vascularização e inclui em si fibroblastos, fibras de colágeno e algumas fibras 
elásticas. Ela é dividida em duas partes, uma que toma forma de membrana e entra 
em contato com a dura-máter, e a outra é formada por traves, conectando a aracnoide 
com a pia-máter. Entre essas traves possui alguns espaços cheios de LCE. 
A pia-máter, diferentemente da aracnoide, possui vascularização e é altamente 
fina. Apesar de ter um aspecto brilhante, é difícil de vê-la. A pia junta-se a superfície 
do encéfalo e segue todos os seus contornos. 
1.3.1.1.1 Telencéfalo 
O telencéfalo, juntamente com o diencéfalo, forma o cérebro, sendo sua parte 
mais predominante. É formado por uma superfície cheia de sulcos (depressões) e 
giros (circunvoluções nervosas). Possui um hemisfério esquerdo e um hemisfério 
direito, sendo unidos pelo corpo caloso, que é formado por milhões de fibras nervosas. 
A sua parte externa é chamada de córtex cerebral, possuindo inúmeros neurônios e 
uma coloração escura (massa cinzenta). O córtex se torna responsável por receber e 
analisar todas as informações que os órgãos dos sentidos enviam. 
Cada um dos hemisférios é dividido em cinco lobos: o lobo frontal está 
localizado por trás da testa e é responsável pelos movimentos físicos, pensamentos, 
aprendizados e fala; o lobo parietal está situado nas laterais superiores da cabeça e 
é responsável pelas informações sensoriais do corpo; o lobo temporal é encontrado 
nas laterais inferiores da cabeça, até a altura dos ouvidos e está encarregado dos 
estímulos auditivos; o lobo occipital é o menor entre os lobos e está localizado na 
parte posterior da cabeça, recebendo e processando imagens visuais. A ínsula cresce 
menos que os demais lobos, tem forma cônica e funciona como uma interprete do 
cérebro, traduzindo sentimentos, cheiros, sons e sabores. 
O sulco central separa os lobos frontais dos lobos parietais, e quem separa 
ambos do lobo temporal é o sulco lateral. Os lobos occipitais são separados dos lobos 
parietais e temporais pelo sulco parietoccipital. A ínsula está situada no suco lateral. 
Na superfície do lobo frontal podemos encontrar três sulcos principais: o sulco 
pré-central, o sulco frontal superior e o sulco frontalinferior. Entre o sulco central está 
o giro pré-central e o giro pós-central, que é a principal área motora do cérebro. Acima 
do sulco frontal superior se encontra o giro frontal superior, entre os sulcos frontal 
superior está o giro frontal médio e abaixo do sulco frontal inferior está localizado o 
giro frontal inferior. No hemisfério cerebral esquerdo encontramos o giro de Broca (giro 
frontal inferior), localizando o centro cortical das palavras faladas. 
No lobo temporal são localizados dois sulcos principais: o sulco temporal 
superior e o sulco temporal inferior. Entre os sulcos lateral e temporal superior se 
encontra o giro temporal superior; o giro temporal médio está entre os sulcos temporal 
superior e temporal inferior; o giro temporal inferior se localiza abaixo do sulco 
temporal inferior e se limita com o sulco occípito-temporal. Em parte do giro temporal 
superior, o assoalho, são encontrados os giros temporais transversos. 
O lobo parietal apresenta dois sulcos principais: os sulcos pós-central e os 
sulcos intraparietal. Entre os sulcos central e pós-central se encontra o giro pós-
central, onde está a área somestésica, área sensitiva do córtex. O sulco intraparietal 
divide o lobo parietal em dois lóbulos: parietal superior e parietal inferior. O giro 
supramarginal se encontra no lóbulo parietal inferior e se curva na extremidade do 
ramo superior do sulco lateral. O giro angular é encontrado no lóbulo parietal inferior 
e se curva sobre a porção terminar e ascendente do sulco temporal superior. 
O lobo occipital possui sulcos e giros inconstantes e irregulares, onde o mais 
importante é o sulco semilunar (lunatus), que é váriavel. 
A ínsula está localizada no sulco central e cresce menos que os demais lobos. 
Apresenta os sulcos circular e central da ínsula e os giros curtos e longos da ínsulina. 
Também existem sulcos e giros face medial dos hemisférios cerebrais. No lobo 
occipital encontramos os sulcos calcarino e parieto-occipital, e os giros cúneus, pré-
cúneus, occípito-temporal medial que continua anteriormente com o giro para-
hipocampal. Nos lobos frontal e parietal são localizados os sulcos do corpo caloso, 
hipocampo, cíngulo, subparietal, paracentral e o giro do cíngulo. 
A face inferior dos hemisférios cerebrais é dividida em duas partes: o lobo 
frontal, que está na fossa anterior do crânio, e o lobo temporal, localizado na face 
média do crânio e a tenda do cerebelo. O lobo frontal apresenta os sulcos olfatório e 
orbitário, e os giros reto, frontal superior e orbitário. Já no lobo temporal se encontra 
os sulcos occípito-temporal, temporal infeior, colateral, hipocamo, úncus e rinal, e os 
giros temporal inferior, occípito-temporal lateral (fusiforme), occípito-temporal medial, 
para-hipocampal e o istmo do cíngulo (união entre os giros para-hipocampal e do 
cíngulo). 
1.3.1.1.2 Diencéfalo 
O diencéfalo é formado pelo tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo que 
são ligados ao córtex, estão situados na base do cérebro. Tem a forma de um funil e 
está preso entre os hemisférios cerebrais e pedúnculos cerebrais. Todas as 
formações do diencéfalo estão relacionadas ao III ventrículo. 
O tálamo possui duas massas volumosas em forma ovóide de massa cinzenta. 
Existem duas extremidades no tálamo, a posterior (pulvinar), que repousa sobre os 
corpos geniculados lateral (relacionado a via auditiva) e medial (relacionado a via 
visual), e a anterior. Está centralizado ao III ventrículo, lateralmente a cápsula interna, 
superior aos ventrículos laterais e inferior ao hipotálamo e subtálamo. É ele quem 
recebe impulsos sensoriais, exceto do olfato, e se envolve com o estado de 
consciência e atenção, para que então transmita as informações recebidas pelo 
córtex. 
O hipotálamo está localizado abaixo do sulco hipotalâmico, separando-o do 
tálamo. Possui corpos mamilares (duas eminências de massa cinzenta), quiasma 
óptico (ponto de cruzamento dos nervos ópticos), túber cinéreo (prende a hipófise por 
meio do infundíbulo) e infundíbulo (formação nervosa em forma de funil que se prende 
ao túber cinéreo). Tem grande importância sobre o controle das emoções e a 
homeostase do organismo. 
O epitálamo está localizado posteriormente ao III ventrículo, acima do sulco 
hipotalâmico. Possui um elemento principal denominado glândula pineal, uma 
glândula endócrina quem tem forma piriforme, ímpar e mediana. Essa glândula é 
responsável por secretar melatonina, regulando o metabolismo diário do corpo 
humano. O epitálamo também possui a comissura anterior e a comissura das 
habênulas, e entre elas, o recesso pineal. A comissura das habênulas está no meio 
dos trígonos da habênula, localizados entre o tálamo e o corpo pineal. A principal 
função do epitálamo 
O subtálamo é ume pequena área localizada entre o diencéfalo e o 
mesencéfalo, abaixo do tálamo, lateralmente a cápsula interna e medialmente com o 
hipotálamo. Sua principal formação é o núcleo subtalâmico, que controla a motricidade 
somática. 
1.3.1.2 Sistema Ventricular 
As estruturas do sistema nervoso exigem de seu metabolismo um suprimento 
de glicose e oxigênio. Em função do consumo de oxigênio e glicose do encéfalo ser 
bastante elevado, o fluxo sanguíneo deve ser, geralmente, intenso, onde é 
diretamente proporcional à pressão arterial e inversamente proporcional à resistência 
cerebrovascular. As variações da pressão arterial sistemática se refletem no fluxo 
sanguíneo cerebral e a resistência cerebrovascular depende da pressão intracraniana, 
condição da parede vascular, viscosidade do sangue e calibre dos vasos cerebrais. 
O encéfalo possui artérias carótidas internas e vertebrais, originadas no 
pescoço e na base do crânio formam o polígono de Willis. A vascularização do 
encéfalo não possui hilo, penetrando em vários pontos da superfície de sua superfície, 
e as artérias possuem paredes finas. 
1.3.1.2.1 Artéria Carótida Interna 
A artéria carótida interna entra na cavidade craniana pelo canal carotídeo do 
osso temporal, atravessando o seio cavernoso, formando um S, chamado de sifão 
carotídeo. Depois perfura a dura-máter e a aracnoide e, no início do sulco lateral, se 
divide em artérias cerebrais média e anterior. Além desses dois ramos terminais, a 
artéria carótida possui a artéria oftálmica, que irriga o bulbo ocular e outras formações 
juntas ao mesmo, a artéria comunicante posterior, que contribui para a formação do 
polígono de Willis, e a artéria corióidea anterior, que irriga os plexos corióides e parte 
da cápsula interna. 
1.3.1.2.2 Artérias Vertebral e Basilar 
As artérias vertebrais dão origem às artérias espinhais posteriores e à artéria 
espinhal anterior. Também originam as artérias cerebelares inferiores posteriores que 
passam pela parte inferior e posterior do cerebelo, na área lateral do bulbo. A artéria 
basilar, que percorre o sulco basilar da ponte, se divide, formando as artérias cerebrais 
posteriores direita e esquerda. A artéria basilar possui a artéria cerebelar superior, 
artéria cerebelar inferior anterior e a artéria do labirinto, que vasculariza estruturas do 
ouvido interno. 
1.3.1.2.3 Polígono de Willis 
O polígono de Willis, também chamado de círculo arterial do cérebro, contorna 
o quiasma óptico e o túber cinéreo, se conecta com a fossa interpeduncular e a 
substância perfurada anterior. Ele é formado por partes próximas às artérias cerebrais 
anterior, média e posterior, pela artéria comunicante anterior, e pelas artérias 
comunicantes posteriores, direita e esquerda. A artéria comunicante anterior é 
pequena e se junta as duas artérias cerebrais anteriores. As artérias comunicantes 
posteriores unem de cada lado as carótidas internas com as cerebraisposteriores 
correspondentes, juntando o sistema carotídeo interno com o sistema vertebral 
(teoricamente). As artérias cerebrais anterior, média e posterior possui ramos 
corticais, que vascularizam o córtex e substância branca adjacente, e ramos centrais, 
que se manifestam no círculo arterial do cérebro, vascularizando o diencéfalo, núcleos 
da base e a cápsula interna. As artérias estriadas vascularizam a maior parte do corpo 
estriado e da cápsula interna. 
1.3.1.2.4 Três Artérias Cerebrais 
A artéria cerebral anterior é um dos ramos de divisão da carótida interna e está 
relacionada às áreas corticais motora e sensitiva correspondentes à perna. A artéria 
cerebral média é o ramo principal da carótida interna, compreendendo áreas corticais 
motoras, somestésica, o centro da palavra falada e outras. E, por fim, a artéria cerebral 
posterior faz parte dos ramos de divisão da artéria basilar eestá relacionada a área 
visual situada no lobo occipital. 
1.3.1.2.5 Sistema Venoso Superficial 
É formado por veias que drenam o córtex e a substância branca subjacente. 
Elas se juntam na superfície do cérebro e formam as veias cerebrais superficiais, que 
terminam no seio da dura-máter. Se separam em veias cerebrais superficiais 
superiores e inferiores. 
1.3.1.2.6 Sistema Venoso Profundo 
As veias desse sistema drenam o sangue no corpo estriado, na cápsula interna, 
no diencéfalo e grande parte do centro branco medular do cérebro. A principal veia é 
a veia cerebral magna (veia de Galeno), na qual reuni quase todo o sangue do sistema 
venoso profundo do cérebro. Suas paredes são muito finas e facilmente rompidas. 
1.3.1.3 Tronco Encefálico 
O tronco encefálico se encontra entre a medula e o diencéfalo. Na sua estrutura 
podemos encontrar os corpos de neurônios, que se agrupam em núcleos e fibras 
nervosas e, então, se agrupam novamente em feixes chamados tractos, fascículos ou 
lemniscos. O tronco encefálico pode ser dividido em: bulbo, mesencéfalo e ponte. 
1.3.1.3.1 Mesencéfalo 
O mesencéfalo está situado entra a ponte e o cérebro, limitando-se 
superiormente ao diencéfalo, inferiormente ao forame magno e posteriormente ao 
cerebelo. É perfurado por um canal estreito, chamado de aqueduto cerebral, que une 
o III ao IV ventrículo. A parte do mesencéfalo situada posteriormente ao aqueduto é 
chamada de tecto do mesencéfalo, onde encontramos suas massas nucleares: os 
colículos superiores, responsáveis pelos reflexos visuais, e os colicúlos inferiores, 
responsáveis pela audição. 
Ventralmente, podemos encontrar os pedúnculos cerebrais, que organizam a 
conexão motora principal entre o encéfalo anterior e o rombencéfalo. Em sua parte 
interna média, chamado de tegmento, está localizado o núcleo rubro, que está 
conectado ao cerebelo e tem grande importância na atividade motora e situações 
posturais reflexas. A base do pedúnculo pode ser encontrada na parte ventral do 
mesencéfalo e é composta por fibras longitudinais. A substância negra é quem separa 
o tegmento do pedúnculo, formada por neurônios que possuem melanina. 
O mesencéfalo tem como função levar informações musculares e controlar a 
postura do corpo. 
1.3.1.3.2 Ponte 
A ponte se encontra entre o mesencéfalo e o bulbo, é quase totalmente 
constituído de substância branca e serve como ponto de ligação entre o bulbo com os 
corticais superiores. Está situada ventralmente ao cerebelo, e repousa sobre o dorso 
da sela túrcica. Na base da ponte percorrem inúmeros feixes de fibras transversais, 
formando o pedúnculo cerebelar médio, que se dirige a cada hemisfério cerebelar. O 
corpo trapezoide da ponte é formado por fibras originárias dos núcleos cocleares que 
cruzam o plano mediano e formam o lemnisco lateral, pertencente à via auditiva. 
Suas funções são auxiliar o tônus muscular, postura, equilíbrio, controlar a 
respiração e gerenciar os movimentos do corpo. 
1.3.1.3.3 Bulbo 
O bulbo raquídeo tem como sua forma um cone e está localizado entre a 
medula espinal e a ponte. Na face ventral do bulbo encontramos a pirâmide, um feixe 
de fibras que forma o tracto piramidal, responsável pelos movimentos coordenados 
dos músculos esqueléticos. Na decussação das pirâmides (motora), encontrada na 
parte caudal o bulbo, os feixes que formam o tracto piramidal se encontram. Também 
podemos encontrar no bulbo a decussação dos lemniscos (sensitiva), contendo fibras 
originadas nos núcleos grácil e cuneiforme, conduzem impulsos nervosos 
relacionados a propriocepção consciente, tato epicrítico e sensibilidade vibratória. Em 
sua face lateral podemos encontrar uma elevação de massa cinzenta, chamada de 
oliva bulbar. Os núcleos grácil e cuneiforme, ambos posteriores, estabelecem 
comunicação entre a medula, tálamo e cerebelo. Estes núcleos apresentam 
tubérculos que se unem para criar os pedúnculos cerebelares inferiores, que se 
comunicam com o cerebelo. 
O bulbo auxilia nos centros vitais, como respiração e batimentos cardíacos. 
1.3.1.4 Cerebelo 
O cerebelo se encontra dentro da caixa craniana, entre o cérebro e a ponte. 
Uma prega da dura-máter o separa do cérebro, chamada de tenda do cerebelo. Ele é 
dividido em hemisférios direito e esquerdo, e uma parte central chamada de vérmis, 
na qual é responsável pelos movimentos axiais. A superfície do cerebelo apresenta 
pequenos sulcos transversais que delimitam lâminas finas, chamadas de folhas do 
cerebelo. A reunião de várias dessas folhas vai gerar os lóbulos, que são: 
quadrangular, semilunar superior, semilunar inferior e simples. As principais fissuras, 
que dividem os lóbulos, são a primária (prima), horizontal e pós-clival. Porém a divisão 
de lóbulos e fissuras varia entre autores. 
O cerebelo é constituído, internamente, por massa branca, formando um miolo 
central que é constituído por fibras próprias, fibras de projeção e axônios mielínicos 
das células de Purkinje (neurônios presentes apenas no cerebelo). Externamente é 
revestido por uma fina camada de massa cinzenta (córtex cerebelar). 
O cerebelo possui núcleos centrais chamados de núcleo denteado, 
emboliforme, globoso e fastigial. 
As funções principais do cerebelo são as coordenações dos movimentos, 
manutenção da postura, regulação do tônus muscular, motricidade fina, controle do 
equilíbrio, atividades rápidas. 
1.3.1.5 Nervos Cranianos 
Os nervos cranianos são aqueles que fazem conexão com o encéfalo, com 
exceção apenas dos nervos olfatório e óptico, ligados, respectivamente, ao telencéfalo 
e diencéfalo. Existem 12 pares de nervos cranianos. 
1.3.1.5.1 I Par Craniano 
Chamado de nervo olfatório e é representado por inúmeros pequenos feixes 
nervosos. É um nervo sensitivo, onde suas fibras conduzem impulsos olfatório. 
1.3.1.5.2 II Par Craniano 
Chamado de nervo óptico, é constituído por feixes de fibras nervosas 
originadas na retina. Também é um nervoso sensitivo, onde suas fibras estão 
relacionadas aos impulsos visuais. 
1.3.1.5.3 III, IV e VI Par Craniano 
Os nervos oculomotor, troclear e abducente são nervos motores. Responsáveis 
por informações relacionadas aos movimentos dos olhos, incluindo também o 
ajustamento do foco e de luz. Algumas fibras sensitivas atuam no que se diz respeito 
a informações relativas às condições musculares do indivíduo. 
1.3.1.5.4 V Par Craniano 
O nervo trigêmeo é um nervo misto. Suas fibras motoras estão relacionadas a 
mastigação e suas fibras sensitivas enviam mensagens dos olhos, glândulas 
lacrimais, pálpebras, dentes, gengiva, lábios, palato, pele da face e couro cabeludo. 
1.3.1.5.5 VII Par Craniano 
O nervo facial também um nervo misto. As fibras do tipo motoras fornecem 
impulsos à expressão facial e liberação de lágrimas e saliva, e as fibrassensitivas são 
responsáveis pela gustação. 
1.3.1.5.6 VIII Par Craniano 
O nervo vestíbulo-coclear é um nervo sensitivo. Ele é responsável pelo 
equilíbrio corporal e audição. 
1.3.1.5.7 IX Par Craniano 
O nervo glossofaríngeo é um nervo misto. Suas fibras sensitivas são 
responsáveis pelos impulsos da faringe, tonsilas, língua e carótidas, já suas fibras 
motoras levam impulsos para as glândulas salivares e músculos faríngeos. 
1.3.1.5.8 X Par Craniano 
O nervo vago também é um verno misto. Está relacionado aos batimentos 
cardíacos, funcionamento dos pulmões e sistema digestório, fala e deglutição. 
1.3.1.5.9 XI Par Craniano 
O nervo acessório é um nervo motor. Ele envia mensagens aos ombros, 
pescoço, faringe, laringe e palato mole. 
1.3.1.5.10 XII Par Craniano 
O nervo hipoglosso também é um nervo motor. É responsável pelo movimento 
dos músculos da língua, faringe e laringe. 
1.3.1.6 Núcleos da Base 
Os núcleos da base existentes são: claustrum, corpo amigdaloide, núcleo 
caudado, putâmen e globo pálido. 
O claustrum, que está situado entre o putâmen e o córtex da ínsula, tem função 
desconhecida. Já o corpo amigdaloide tem grande importância no sistema límbico 
(unidade responsável pelas emoções e comportamentos sociais). 
O núcleo caudado, putâmen e globo pálido formam o corpo estriado, que é 
responsável pelas funções motoras simáticas. 
1.3.2 Medula Espinal 
A medula espinal possui uma forma cilíndrica, seu comprimento é de no 
máximo 45 cm e é protegida pela coluna vertebral. Ela está localizada entre o bulbo e 
termina ao formar o cone medular, que continua até o filamento terminal. 
Apresenta duas dilatações chamas intumescência cervical e intumescência 
lombar, localizadas, respectivamente, em nível cervical e lombar. Essas 
intumescências são áreas que fazem conexão da medula com as raízes grossas 
nervosas, formando os plexos braquial (membros superiores) e lombossacral 
(membros inferiores). 
A medula espinal faz com que impulsos sensitivos subam e impulsos motores 
desçam. 
Sulcos longitudinais percorrem toda a extensão da medula espinal, são 
chamados de sulco mediano posterior, fissura mediana anterior, sulco lateral anterior 
e sulco lateral posterior. 
A medula espinal também é protegida pelas meninges, assim como o encéfalo. 
A dura-máter é externa a mais espessa, a pia-máter é interna e mais delicada, e a 
aracnoide se encontra entre a dura-máter e a pia-máter. Essas meninges criam três 
cavidades, chamadas de: epidural, que se encontra entre a dura-máter e o periósteo 
de canal vertebral, contendo tecido adiposo e inúmeras veias; subdural, situado entre 
a dura-máter e a aracnoide, que contém uma pequena quantidade de líquido; e 
subaracnoide, localizado entre a aracnoide e a pia-máter, contendo uma quantidade 
razoavelmente grande de LCE. 
Na medula, a massa cinzenta se localiza por dentro da massa branca, 
apresenta um formato de borboleta ou da letra “H” e é dividida em cornos anterior, 
posterior e lateral. Na massa cinzenta encontramos uma concentração de corpos 
neuronais multipolares (motores). Já a massa branca, que é externa, podemos 
encontrar fibras axoniais, na maioria mielínicas (microscópicas). 
As fibras da massa branca podem ser agrupadas de cada lado em três 
funículos: funículo anterior, localizado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral 
anterior; funículo lateral, encontrado entre o sulco lateral anterior e lateral posterior; e 
o funículo posterior, situado entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior. 
No funículo posterior existem dois fascículos: o fascículo grácil, localizado entre 
o limite caudal e o núcleo grácil, conduz impulsos dos membros inferiores e da metade 
inferior do tronco; e o fascículo cuneiforme, localizado entre a medula torácica alta e 
núcleo cuneiforme, conduz impulsos dos membros superiores e da metade superior 
do tronco. 
Nas vias piramidais da medula existem dois tractos, o córtico-espinhal anterior 
e o córtico-espinhal lateral, originados no córtex cerebral e conduzem impulsos 
nervosos aos neurônios da coluna anterior da medula. 
Nas vias extrapiramidais existem os seguintes tractos: o tecto-espinhal, 
localizado no tecto mesencefálico, responsável por reflexos em que os movimentos 
dependem de estímulos visuais; o vestíbulo-espinhal, situado nos núcleos 
vestibulares, responsável pela manutenção do equilíbrio e postura básica; o rubro-
espinhal, encontrado no núcleo rubro, controla os músculos intrínsecos e extrínsecos 
da mão e do pé; e o retículo-espinhal, localizado formação reticular, estrutura do 
tronco encefálico, responsável pelo equilíbrio, postura básica e motricidade voluntária 
da musculatura axial e proximal. 
1.3.2.1 Propriocepção Consciente 
Também chamado de sentido de posição e de movimento (cinestesia), permite, 
sem o auxílio da visão, situar uma parte do corpo ou perceber o seu movimento. A 
lesão do funículo posterior causa a perda da propriocepção consciente, fazendo com 
que a pessoa não consiga localizar seu braço ou sua perna sem ver. 
1.4 Sistema Nervoso Periférico 
O sistema nervoso periférico é formado por fibras nervosas e nervos e é 
responsável pela transmissão de informações dos órgãos para o sistema nervoso 
central e trazê-los de volta. 
1.4.1 Fibras Nervosas Periféricas 
Uma fibra nervosa periférica pode ser formada por um axônio, seu neurolema 
e o tecido conjuntivo endoneural. O neurolema no SCN pode assumir duas formas: 
mielínica, onde é formado pelas células do neurolema específicas de um axônio; ou 
amielínicas, que é formado por células que não criam uma série aparente. 
1.4.2 Nervos Periféricos 
O nervo periférico contém um feixe de fibras nervosas periféricas, revestimento 
de tecido conjuntivo que circunda e une as fibras e os fascículos, e os vasos 
sanguíneos que nutrem as fibras nervosas e seus revestimentos. 
Os nervos periféricos podem ser nervos cranianos ou espinais. Os nervos 
cranianos saem da caixa craniana através de aberturas no crânio. Os nervos espinais 
saem da coluna vertebral através de forames intravertebrais. 
1.4.3 Sistema Nervoso Somático 
O sistema nervoso somático é aquele que relaciona o organismo com o meio. 
Ele é constituído por fibras motoras que transmitem sensações de tato, dor, 
temperatura e posição segundo receptores sensoriais. A parte aferente (sensitiva) do 
sistema nervoso simpático conduz aos centros nervosos impulsos originais em 
receptores periféricos. Já a parte eferente (motora) do SNS leva impulsos aos 
músculos esqueléticos, estimulando o movimento voluntário e reflexo. 
1.4.4 Sistema Nervoso Autônomo 
O sistema nervoso autônomo, também chamado de sistema nervoso visceral, 
possui fibras motoras que estimulam o músculo involuntário, o músculo cardíaco 
modificado e as células glandulares. 
Esse sistema se divide em sistema nervoso autônomo simpático e 
parassimpático. 
1.4.4.1 Diferenças Entre SNS e SNP 
No sistema nervoso simpático, os neurônios pré-ganglionares estão localizados 
na medula torácica e lombar, e são fibras mais curtas. Os neurônios pós-ganglionares 
são encontrados próximo da coluna vertebral, são fibras mais longas, e contém 
vesículas pós-ganglionares pequenas. O SNS, geralmente, estimula ações que 
precisam de mais energia. 
No sistema nervoso parassimpático, os neurônios pré-ganglionares localizam-
se no tronco encefálico e na medula sacral, sendo uma fibra longa. Os neurônios pós-
ganglionares estão situados próximos ou dentro das vísceras, são fibras curtas, e sua 
estrutura possui vesículas agranulares. O SNP estimula atividades mais relaxantes. 
 
 
Fonte: Só Biologia
 
REFERÊNCIAS 
MACHADO, A. NeuroanatomiaFuncional. 2ª Ed. São Paulo: Editora Atheneu, 
2000. 
MOORE, Keith. L.; DALLEY, Arthur F. Anatomia orientada para clínica. 
Tradução Cláudia Lúcia. Caetano de Araújo. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2007. 
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. Neurônios. Disponível em: 
http://brasilescola.uol.com.br/biologia/neuronios.htm. Acesso em 13 de março 
de 2017. 
MORAES, Paula Louredo. Sistema Nervoso Central. Disponível em: 
http://alunosonline.uol.com.br/biologia/sistema-nervoso-central.html. Acesso em 13 
de março de 2017. 
ARAGUAIA, Mariana. Sistema Nervoso Central. Disponível em: 
http://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-nervoso-central.htm. Acesso em 13 de 
março de 2017. 
GONÇALVES, Fabiana Santos. Sistema Nervoso. Disponível em: 
http://www.infoescola.com/biologia/sistema-nervoso/. Acesso em 13 de março de 
2017. 
Ferreira, Fabrício Alves. Os 12 Pares de Nervos Cranianos. Disponível em: 
http://brasilescola.uol.com.br/biologia/doze-pares-de-nervos.htm. Acesso em 15 de 
março de 2017. 
SÓ BIOLOGIA. Sistema Nervoso. Disponível em: 
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/FisiologiaAnimal/nervoso.php. Acesso em 15 
de março de 2017 
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. Sistema Nervoso Periférico. Disponível em: 
http://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-nervoso-periferico.htm. Acesso em 15 
de março de 2017.

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