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Rafaela Pamplona Neuroanatomia Principais Questionamentos: 1 - Quais estruturas formam o SNC e SNP? Divisão por neuroanatomia funcional (somático e autonômico), por isso não é segmentado por regiões especificas e as partes estão intimamente relacionadas do ponto de vista morfofisiológico. O sistema nervoso central se localiza dentro do esqueleto axial, o sistema nervoso periférico se encontra fora deste esqueleto. 2 - Quais as funções: (as funções estão muito ligadas a anatomia) a. Membrana: o SNC é completamente envolvido por membranas conjuntivas que o isolam e protegem denominadas meninges que são classificadas em: dura-máter (paquimeninge, espessa e resistente), aracnoide e pia=máter (as duas últimas são chamadas de leptomeninges, delicadas). b. Nervo: são cordões esbranquiçados constituídos por feixes de fibras nervosas, reforçadas por tecido conjuntivo, que unem o SNC aos órgãos periféricos. Podem ser espinhais ou cranianos, conforme esta união se faça com a medula espinhal ou com o encéfalo. A função dos nervos é conduzir, através de suas fibras, impulsos nervosos do SNC para a periferia (impulsos eferentes) e da periferia para o SNC (impulsos aferentes). c. Medula: parte do SNC localizado no canal medular que transmite as informações entre o cérebro e a periferia. 3 - SNA controlador das atividades involuntárias, é dividido em duas partes, com ações antagônicas. O SNA é o componente involuntário do SNP, responsável por fornecer inervação sensitiva e motora para as células musculares cardíacas, glandulares e musculatura lisa e órgãos internos. a. Como são denominadas estas duas partes do SNA? SNA simpático e SNA parassimpático b. Dê um exemplo que ilustre o antagonismo apresentado pelas duas partes em discussão. SNA simpático: prepara o corpo para lidar com períodos de aumento do esforço físico através de ações como regulação dos vasos sanguíneos (geralmente vasoconstrição), dilatação de pupilas, aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial e diminuição do peristaltismo. SNA parassimpático: ajuda o corpo a conservar energia, com as funções de "descanso e digestão", alimentação e reprodução. Isto é realizado através de ações que retardam o sistema cardiovascular, estimulam a secreção das glândulas e aumentam o peristaltismo. O sistema parassimpático também está envolvido na excitação sexual e no lacrimejamento (choro). 4 - Qual a finalidade do Sistema Nervoso? O sistema nervoso coordena e regula todas as atividades corporais. Ele é formado por vários órgãos, cuja função é captar estímulos do ambiente, interpretá-los e elaborar respostas específicas, voluntárias ou involuntárias. https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-circulatorio Rafaela Pamplona 5 - O que são neurônios? São células altamente excitáveis, que se comunicam entre si ou com outras células efetoras (células musculares e secretoras) por meio de estímulos elétricos (potencial de ação). 6 - O que é medula espinhal, onde se localiza e qual suas funções? A medula espinhal é uma massa cilindroide de tecido nervoso situada dentro do canal vertebral. Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a forma de uma borboleta ou de um H. Ela é o maior condutor de informações que sai e entra no encéfalo através dos nervos espinhais. Origem Embrionária do SN Por volta da 4º semana de gestação, o ectoderma dará origem ao SN. Com o espessamento desse folheto acima da notocorda, formando a placa neural e subsequentemente o tubo neural. Esse processo é denominado de neurulação. - Tubo Neural: origina os elementos do SNC. - Crista Neural: origina os elementos do SNP. - Notocorda: núcleo pulposo das vertebras. Nas transformações sofridas pelas vesículas primordiais, a luz do tubo neural primitivo permanece e apresenta-se dilatada em algumas subdivisões daquelas vesículas, formando os chamados ventrículos encefálicos, que se comunicam entre si: • Ventrículos laterais – vesículas telencefálicas laterais Forames interventriculares – uni os ventrículos laterais ao III ventrículo. • III Ventrículo – diencéfalo e parte mediana do telencéfalo Aqueduto cerebral – luz do mesencéfalo, liga o III ao IV ventrículo • IV ventrículo – rombencéfalo O canal central da medula é a continuação do quarto ventrículo e este se comunica com a aracnoide. O líquor é formado no interior dos ventrículos e nos plexos corioides (dobras da pia-máter) circulando no sentido da região exterior para ser absorvida pela meninge aracnoidea. Planos anatômicos Importante para compreender a distribuição das estruturas. → : crânio-caudal → ântero-posterior → perpendicular ao plano sagital, ou seja, látero-lateral Rafaela Pamplona Divisão Funcional → : sistema nervoso da vida de relação = voluntário. Relaciona o organismo com o meio ambiente. Obs.: Arco reflexo: o sistema motor permite o movimento voluntário reflexo causado por contração dos músculos esqueléticos, como ocorre quando uma pessoa toca um ferro quente. → sistema nervoso da vida vegetativa = involuntário. Relacionado com a inervação e controle das estruturas viscerais, terminando em glândulas, músculos lisos ou cardíacos. O componente eferente do SN Visceral é denominado SN Autônomo e é dividido em simpático e parassimpático. • SNA simpático: prepara o corpo para lidar com períodos de aumento do esforço físico através de ações como regulação dos vasos sanguíneos (geralmente vasoconstrição), dilatação de pupilas, aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial e diminuição do peristaltismo. • SNA parassimpático: ajuda o corpo a conservar energia, com as funções de "descanso e digestão", alimentação e reprodução. Isto é realizado através de ações que retardam o sistema cardiovascular, estimulam a secreção das glândulas e aumentam o peristaltismo. O sistema parassimpático também está envolvido na excitação sexual e no lacrimejamento (choro). Divisão Anatômica A divisão do sistema nervoso é puramente didática, visto que as partes estão intimamente relacionadas do ponto de vista morfofisiológico. → : encontra-se dentro do arcabouço ósseo. • Encéfalo: cérebro, cerebelo e troco encefálico – calota craniana - Cérebro: telencéfalo e diencéfalo - Tronco encefálico: mesencéfalo, ponte e bulbo • Medula espinhal – coluna vertebral → : liga os órgãos ao SNC. • Nervos: - Nervos cranianos – ligados ao encéfalo - Nervos espinhal – ligados a medula espinhal • Gânglios - Motores – autônomos - Sensitivos – nervos espinhais • Terminações nervosas - Motoras – placa motora - Sensitivas – exteroceptivas, visceroceptivas e proprioceptivas Divisões do Encéfalo Telencéfalo Mesencéfalo Córtex Diencéfalo Ponte Núcleos cerebelares Bulbo (=medula oblonga) https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-circulatorio Rafaela Pamplona Meninges e Líquor As meninges são membranas conjuntivas que envolvem e protegem as superfícies do cérebro e da medula espinhal. A sua função é proteger o sistema nervoso central, sustentar os vasos sanguíneos e formar uma cavidade preenchida por líquido cefalorraquidiano (LCR – líquor). É também o acesso cirúrgico ao SNC. Espaço epidural (extradural)–tec adiposo e plexo venoso vertebral interno → (paquimeninge): mais superficial, espessa e resistente. Tecido conjuntivo muito rico em fibras colágenas, contendo nervos e vasos. Está aderida aos ossos do crânio. Possui dois folhetos, interno e externo, sendo que apenas o interno continua na medula espinhal. Espaço subdural – pequena quantidade de líquido → (leptomeninge): possui as trabéculas aracnóideas que atravessam o espaço para se ligar a pia-máter. Cisternassubaracnóideas: áreas de dilatação do espaço liquórico Granulações aracnóideas: digitações da aracnoide para o interior dos seios durais, local de absorção do líquor para o sangue Espaço subaracnóideo – contém líquor → (leptomeninge): adere intimamente a superfície do encéfalo e da medula, cujo relevos e depressões acompanha, descendo até o fundo dos sulcos cerebrais. Sua parte mais profunda recebe inúmeros prolongamentos dos astrócitos, constituindo a membrana pio-glial. Dá resistência aos órgãos nervosos O líquor é um fluido aquoso, incolor e asséptico que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares. Sua principal função é a proteção mecânica do SNC, além de manter a homeostase, auxiliar na excreção de produtos tóxicos e ser veículo de comunicação entre áreas diferentes do SNC É formado nos plexos corioides nos ventrículos laterais (parte inferior e central) e no teto do III e IV ventrículos. E por meio de aberturas mediana e laterais ganha o espaço subaracnóideo, sendo reabsorvido nas granulações aracnóideas que se projetam no interior dos seios da dura-máter, pela qual chega à circulação sistêmica (resumo: de dentro para fora). Ventrículos É um sistema de espaços interligados no cérebro atrás do qual o liquido cefalorraquidiano circula. • Dois ventrículos laterais dentro dos lobos do cérebro, possui os plexos corioides na parte central. • Terceiro ventrículo encontrado entre os tálamos • Quarto ventrículo localizado sobre a ponte e a medula e abaixo do cerebelo O LCR é produzido pelas células do plexo coroide encontradas dentro das paredes ventriculares. Em seguida, circula pelos ventrículos através dos forames localizados entre eles. A partir do quarto ventrículo, o LCR acessa um sistema de cisternas subaracnóideas, fluindo através do espaço subaracnóideo do cérebro e da medula espinal até que finalmente seja absorvido para o sistema venoso do SNC. Rafaela Pamplona Medula Espinhal É uma massa cilindroide de tecido nervoso situada dentro do canal vertebral. Seu limite superior é o bulbo e o limite caudal entre L1 e L2, ela termina afilando-se para formar o cone medular e continua em filamento terminal. Como consequência da diferença no ritmo de crescimento entre a medula e a coluna, há um afastamento dos segmentos medulares das vertebras correspondentes, estando situado dois níveis acima (ex.: vertebra T10 segmento T12). Possui intumescências devido à grande quantidade de neurônios que formam os plexos braquial e lombossacral. A medula é o maior condutor de informações que sai e entra no encéfalo através dos nervos espinhais. Para a formação dos nervos espinhais as raízes dorsal e ventral surgem no lado medial como radículas e se unem lateralmente, formando o nervo espinhal. As raízes anteriores e posteriores formam os nervos espinais, que estão organizados de maneira segmentar em 31 pares. 8 pares de nervos cervicais 12 pares de nervos torácicos 5 pares de nervos lombares 1 pares de nervos coccígeo As raízes anteriores levam as fibras motoras e autonômicas para o nervo periférico; elas se unem à raiz posterior e formam o nervo espinal misto. A substância branca aumenta de caudal para rostral (nº maior de axônios ascendentes e descendentes). Intumescências (nº aumentado de neurônios para sensibilidade e inervação motora dos membros = formação dos plexos nervosos) Plexo cervical: C5-T1 Plexo lombossacro: L1-S2 → : localiza-se por dentro da branca com formado de borboleta ou da letra H. É possível distinguir três cornos ou colunas, além do canal central (ou canal do epêndima), resquício do tubo neural. → : é formada por fibras mielínicas que podem ser agrupadas em funículos ou cordões, cada funículo contém vários tratos (feixes de fibras com mesma origem, função e destino) ou fascículos (trato mais compacto). • Tratos Ascendentes: relacionam-se direta ou indiretamente com as fibras que penetram pela raiz dorsal (sensitiva) do nervo espinhal, trazendo impulsos aferentes de várias partes do corpo. - Fascículo Grácil: (medial) inicia-se no limite caudal de medula e é formado por firas que penetram na medula pelas raízes coccígea, sacrais, lombares e torácicas baixas, terminando no núcleo grácil do bulbo. Conduz impulsos dos membros inferiores e metade inferior do tronco. Rafaela Pamplona - Fascículo Cuneiforme: (lateral) a partir da medula torácica alta, é formado pelas raízes cervicais e torácicas superiores, terminando no núcleo cuneiforme do bulbo. Conduz impulsos dos membros superiores e metade superior do tronco. Tanto o fascículo grácil como o cuneiforme tem origem no gânglio espinhal, com trajeto direto na medula. Estão localizados no funículo posterior com função proprioceptiva, tato discriminativo (ou epicrítico), sensibilidade vibratória e estereognosia (perceber forma e tamanho de um objeto) - Trato Espinotalâmico Lateral: situados na coluna posterior, emitem axônios que cruzam (decussação) o plano mediano na comissura branca, ganham o funículo lateral, onde se fletem cranialmente e terminam no tálamo. Seu tamanho aumenta a medida que sobe na medula, sendo a principal via para os impulsos de dor (aguda e localizada) e temperatura que chegam ao cérebro. • Tratos Descendentes: formadas por fibras que se originam no córtex cerebral ou em várias áreas do tronco encefálico e terminam fazendo sinapse com os neurônios medulares. - Trato Corticoespinhal lateral: se origina no córtex motor, no nível da decussação das pirâmides no bulbo, os tratos corticoespinhais se cruzam, o que significa que o córtex de um hemisfério comanda os neurônios motores do lago oposto. Sua função está relacionada a motricidade voluntária da musculatura distal. Alterações da Motricidade Tônus: é o estado de relativa contração em que se encontra permanentemente um músculo normal em repouso, pode apresentar alterações: - Hipertonia: aumento do tônus - Hipotonia: diminuição do tônus - Atonia: ausência completa do tônus Alterações da motricidade devido a lesões no SN → : paralisia flácida, apresenta hipotonia e hiporreflexia. Resulta de lesão dos neurônios motores da coluna anterior a medula ou dos núcleos motores dos nervos cranianos. → : paralisia espástica, apresenta hiperreflexia e hipertonia (discreta atrofia muscular). Resulta de lesões nas áreas motoras do córtex cerebral ou nas vias motoras descendes, em especial o trato corticoespinhal. Hemissecção da Medula – Síndrome de Brown-Séquard Sintomas mais característicos resultam da interrupção dos principais tratos que percorrem a metade da medula. Os sintomas resultantes da secção dos tratos que não se cruzam a medula aparecem do mesmo lado da lesão. Já os sintomas resultantes de tratos que se cruzam na medula manifestam-se no lado oposto ao lesado. Todos os sintomas aparecem somente abaixo do nível da lesão. → • Síndrome do neurônio motos superior (paralisia espástica), com Babinski positivo - trato corticoespinhal lateral. • Perda da propriocepção consciente e do tato epicrítico – fascículos grácil e cuneiforme → • Perda da sensibilidade térmica e dolorosa – trato espinotalâmico lateral Rafaela Pamplona Suprimento Arterial da Medula Espinhal As artérias e veias estão por fora do saco dural., dentro do saco os vasos andam juntos da medula, coladas a pia-máter. A medula espinhal é vascularizada por ramos das artérias vertebrais e segmentares. A artéria vertebral dá origem às artérias espinhais uma anterior e duas posterior. Artérias segmentares, tais como as artérias cervical profunda, cervical ascendente e intercostal posterior, dão origem a 31 pares de ramos arteriais radiculares que suprem as raízes dos nervos espinhais. Veias com nomes semelhantes acompanham as artérias. As veias espinhaisanterior e posterior drenam para as veias radiculares, que então desembocam na rede venosa epidural. Esta rede acaba drenando para os seios venosos durais. Lesões na Medula Sistema Nervoso Periférico Sistema nervoso fora do esqueleto axial, que é responsável pela conexão entre os órgãos ao SNC. • Nervos: - Nervos cranianos – ligados ao encéfalo - Nervos espinhal – ligados a medula espinhal • Gânglios - Motores viscerais – autônomos - Sensitivos – nervos espinhais • Terminações nervosas - Motoras ou eferentes – somáticas (placa motora) ou viscerais - Sensitivas ou aferentes (receptores) – são capazes de transformar estímulos físicos ou químicos em atividade bioelétrica para ser interpretada no SNC. Classificadas em: exteroceptivas, visceroceptivas e proprioceptivas → é um conjunto de neurônios situados na medula espinhal e no tronco encefálico, cujos axônios se comunicam com quase todos os órgãos e tecidos do corpo. É a parte do SN que se encarrega das funções vegetativas, controlando as atividades viscerais, vasos sanguíneos e glândulas. Sua divisão age antagonicamente e sinergicamente no controle harmônico da atividade visceral: • Simpático: ocupa a medula toracolombar (T1 – L2). O gânglio está longe da medula. • Parassimpático: ocupa parte do tronco encefálico (III, VII, IX e X) e a medula sacra (S2-S4). O gânglio está paralelo a medula. Nervos Espinhais São aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela inervação do tronco, dos membros e partes da cabeça. São formados pela união das raízes dorsal e ventral, formam o tronco, saem pelo forame intervertebral e logo em seguida formam os ramos anteriores e posteriores. Rafaela Pamplona → : axônios dos neurônios dos cornos ventral e lateral da medula. Transporta os impulsos a partir da medula espinhal até os músculos para estimular o movimento. → ): gânglio espinhal (corpos de neurônios sensitivos pseudounipolares, cujos prolongamentos central e periférico formam a raiz). Conduz informação sensitiva (relativa ao tato, à posição, à dor e à temperatura) do organismo para a medula espinhal. Componentes Funcionais dos Nervos Espinhais → Fibras Aferentes Somáticas - Exteroceptivas: superficiais. temperatura, tato, pressão, luz e som. - Proprioceptivas: profundos, nos músculos, tendões, ligamentos e cápsulas articulares. • Conscientes: responsáveis pelos sentidos de posição e movimento mesmo de olhos fechados. • Inconscientes: regulação reflexa da atividade do cerebelo, reflexo miotático. Fibras Aferentes Viscerais – impulsos sensitivos das vísceras - Interoceptores ou visceroceptores: sensação de sede, fome e dor visceral → Fibras Eferentes Somáticas: para músculo estriado esquelético Fibras Eferentes Viscerais: fibras autônomas para músculo cardíaco, liso e glândulas. Tronco Encefálico É a parte mais caudal do encéfalo, que conecta as estruturas subcorticais (diencéfalo) a medula espinhal, situado ventralmente ao cerebelo. Consiste em três estruturas: mesencéfalo, ponte e bulbo (=medula oblonga). O limite inferior entre o bulbo e a medula é o forame magno, acima do primeiro nervo cervical. Na estrutura interna entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas, que se agrupam em tratos, fascículos ou lemniscos. Muitos desses núcleos entram na constituição dos nervos cranianos. Dos 12 pares de nervos cranianos 10 fazem conexão no TE, as exceções são o nervo olfatório (I par) que tem origem no telencéfalo e do óptico (II par) que tem origem no diencéfalo. Rafaela Pamplona Vista Anterior – Estruturas e Funções Sulco bulbo-pontino: limite superior do bulbo, lateralmente emergem filamentos do Nervo Abducente (VI), Facial (VII) e o Vestibulococlear (VIII par) Sulco basilar: aloja a artéria basilar Fissura mediana anterior: divide as pirâmides Sulco lateral anterior: emergem os filamentos do Nervo Hipoglosso (XII par) Pedúnculo cerebelar médio: emergem filamentos do Nervo Trigêmeo (V par) A substância branca forma protuberâncias na face anterior do bulbo, chamadas de pirâmides, que são formadas pelos tratos corticoespinhais (liga cérebro a medula) responsáveis pelos movimentos voluntários dos membros e do tronco. A decussação das pirâmides é o cruzamento dos tratos, fenômeno que explica por que um lado do encéfalo controla o lado oposto. Ao lado de cada pirâmide há um tumefação, chamada oliva, onde está o núcleo olivar inferior, que estendem seus axônios até o cerebelo para fazer os ajustes na atividade muscular. Vista Posterior – Estruturas e Funções Porção fechada: comunicação com o canal central da medula espinhal Porção aberta: abertura para o IV ventrículo Sulco mediano posterior: divide o funículo posterior Sulco intermédio posterior: divide o fascículo grácil do cuneiforme (tubérculos) Sulco lateral posterior: emergem os filamentos do Nervo Glossofaríngeo (IX par), do Nervo Vago (X par) e da raiz cranial do Nervo Acessório (XI par) Pedúnculo cerebelar superior: liga o mesencéfalo ao cerebelo Pedúnculo cerebelar inferior: liga o bulbo ao cerebelo Colículo superior: relacionados a visão Colículo inferior: relacionados a audição O assoalho do IV ventrículo é percorrido pelo sulco mediano, que separa as eminências com seu limite no sulco limitante. Este sulco separa os núcleos motores (derivados da lâmina basal) dos núcleos sensitivos (derivados da lâmina alar). Colículo facial: dilatação da eminência medial formada por fibras do nervo facial Área vestibular: núcleos do nervo vestibulococlear Recessos laterais: prolongamento da cavidade do IV ventrículo que formam aberturas para a comunicação com o espaço subaracnóideo. Abertura lateral ou Luschka Abertura mediana ou Magendie Mesencéfalo É a parte mais cranial do TE é atravessado pelo aqueduto cerebral, que une o III ao IV ventrículo. A parte dorsal ao aqueduto é chamado de teto, na parte ventral há dois pedúnculos cerebrais que se dividem em: - Tegmento: dorsal, núcleos motores e sensoriais dos nervos cranianos. Separadas pela substância negra, formada por neurônio que contém neuromelanina, subproduto da síntese de dopamina – doença de Parkinson. - Base: ventral, fibras longitudinais – cortioespinais e corticonucleares do bulbo. III par Oculomotor Motor Motricidade ocular – exceto obliquo superior e reto lateral IV par Troclear Motor Motricidade ocular – mov pra baixo e pra dentro Ponte O limite superior é o e o limite inferior é o sulco bulbo pontino. Na parte ventral apresenta estriação transversal devido aos feixes transversais, que convergem lateralmente, formando o pedúnculo cerebelar médio (braço da ponte) Rafaela Pamplona V Par Trigêmeo n. oftálmico n. maxilar n. mandibular Misto (+sensitivo) Tato, dor e temperatura Motricidade dos músculos da mastigação VI par Abducente Motor Motricidade ocular extrínseca Abdução – m. reto lateral VII par Facial Misto Mímica facial VIII par Vestibulococlear Sensitivo Equilíbrio e audição Bulbo Começa acima do 1º filamento radicular cervical ao nível do forame magno e termina no sulco bulbo pontino. Apresenta pirâmides e sua decussação, além das olivas. Contém núcleos associados aos nervos cranianos: IX par Glossofaríngeo Misto Deglutição Sensibilidade 1/3 post da língua e da faringe X par Vago Misto Centro cardiorrespiratório XI par Acessório (raiz craniana) Motor Trapézio e esternocleidomastóideo XII par Hipoglosso Motor Motricidade da língua A metade caudal ou porção fechada forma um canal de ligação com a medula. Esse canal se abre para formar o IV ventrículo, cujo assoalho constituído pela metade rostral ou porção aberta do bulbo. O sulco mediano posterior terminano meio do bulbo Nervos Cranianos Nervos cranianos são os 12 pares de nervos do sistema nervoso periférico que emergem de forames e fissuras cranianas. Eles são ordenados numericamente de acordo com seu local de saída no crânio (de rostral para caudal). Todos os pares de nervos cranianos originam-se de núcleos no cérebro. Dois deles originam-se do prosencéfalo (olfatório do telencéfalo e óptico do diencéfalo), um tem o núcleo na medula espinhal (acessório), enquanto os restantes se originam do tronco cerebral. Os pares cranianos fazem o suprimento sensitivo e motor da cabeça e do pescoço, controlando a atividade desta região. Somente o nervo vago se estende além do pescoço, para inervar as vísceras torácicas e abdominais. Núcleos aferentes somáticos - Sensibilidade geral (tato, pressão, dor, temperatura) da cabeça - Sensibilidade especial Núcleos aferentes viscerais – Gustação = nervos facial, glossofaríngeo e vago / núcleo do trato solitário* Núcleo eferentes somático – Somíticos = nervos oculomotor, troclear, abducente e hipoglosso – Branquioméricos = nervos trigêmeo (núcleo motor do trigêmeo), facial (núcleo do nervo facial), glossofaríngeo, vago e raiz craniana do acessório (núcleo ambíguo) – Autonômicos parassimpáticos = nervos oculomotor (núcleo visceral do oculomotor), facial e glossofaríngeo (núcleos salivatórios superior e inferior) e vago (núcleo dorsal do vago) Cerebelo Situado posteriormente ao tronco encefálico, contribuindo para o teto do IV ventrículo. É responsável pela aprendizagem motora, coordenação e precisão das funções motoras. Vascularização do SNC A irrigação arterial do encéfalo é realizada pelas artérias carótidas internas e vertebrais, cujos ramos terminais estão situados no espaço subaracnóideo. A drenagem venosa ocorre pelas veias cerebrais e cerebelares que drenam para os seios venosos durais adjacentes. https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-nervoso-periferico https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-nervoso-periferico https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cranio https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cerebro https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-da-medula-espinhal https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-da-cabeca https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-do-pescoco Rafaela Pamplona → (= circulação posterior do encéfalo): irrigam metade caudal do encéfalo, inclui o tronco encefálico, lobo occipital, parte inferior do lobo temporal e a maior parte do tálamo. Originam-se na raiz do pescoço, como ramos das artérias subclávias. Ascendem através dos forames transversários (C6) e pelo forame magno, unem-se na margem caudal da ponte para formar a artéria basilar (= base do crânio). Termina dividindo-se em duas artérias cerebrais posteriores. → (= circulação anterior do encéfalo): irrigam os núcleos da base, lobo frontal e parietal, parte lateral do lobo temporal e a maior parte da cápsula interna. Originam-se no pescoço a partir das artérias carótidas comuns. Entra na cavidade craniana através do canal carótico na parte petrosa do osso temporal. Segue anteriormente através do seios cavernosos, passando pelo sulco carótico na lateral do corpo do esfenoide. Seus ramos terminais são as artérias cerebrais anterior e média. As artérias cerebrais anteriores são unidas pela artéria comunicante anterior. Perto do termino, as artérias carótidas internar são unidas pelas artérias comunicantes posteriores. ► Artérias Cerebrais – território de irrigação - Artéria cerebral anterior: face medial e lateral do encéfalo e o polo frontal - Artéria cerebral média: face lateral e polo temporal - Artéria cerebral posterior: face inferior do encéfalo e polo occipital. ♥ Polígono de Willis – círculo arterial do cérebro É um arranjo quase pentagonal na face anterior do encéfalo. É uma anastomose na base do encéfalo, entorno da hipófise (circundando o quiasma óptico e o túber cinério) entre as quatro artérias (duas artérias vertebrais e duas artérias carótidas internas). A importância desse polígono é refletida no que foi chamado de redundância da circulação cerebral. Este fenômeno é importante porque, à medida que alguma obstrução ou estenose ocorra em qualquer uma dessas artérias pertencentes ao polígono, a circulação cerebral de maneira geral não é prejudicada de maneira significativa, pois as outras artérias conseguem suprir a deficiência de qualquer uma delas. Esse fato é extremamente importante no caso de embolias cerebrais ou condições que promovam estenose das artérias cerebrais, diminuindo a extensão do dano sofrido por esses pacientes. Os vários componentes do círculo arterial do cérebro dão origem aos pequenos ramos para o encéfalo. É formado sequencialmente no sentido anteroposterior pelas: • Artéria comunicante anterior - ramo da artéria cerebral anterior • Artérias cerebrais anteriores - ramo da artéria carótida interna • Artérias carótidas internas • Artérias comunicantes posteriores - ramo da artéria carótida interna • Artérias cerebrais posteriores - ramo da artéria basilar Rafaela Pamplona Divisões Anatômicas do Telencéfalo Compreende os dois hemisférios cerebrais e a lâmina terminal situada na porção anterior do III ventrículo. Os hemisférios são unidos pelo corpo caloso e possui cavidades (ventrículos). → • Substância cinzenta: está localizada externamente. Formado por corpos de neurônios, células da neuroglia e fibras nervosas amielínicas. - Sulcos: reentrâncias mais profundas - Giros: estruturas mais elevadas entre os sulcos → • Substância branca: composta por vias e tratos - Tratos descentes: que vão de cima para baixo - Tratos ascendentes: de baixo para cima • Núcleos da base: são grupos de corpos neuronais (substância cinzenta) bem delimitados inseridos na substância branca. Responsáveis pelo automatismo e postura corporal. - Núcleo caudado, Putâmen, Globo pálido, tálamo etc. Os núcleos da base são um grupo de estruturas diversas encontradas no interior do cérebro. Responsáveis pelo automatismo e postura corporal. Anatomia Cortical do Telencéfalo O córtex cerebral tem faces que se caracterizam por elevações ou dobras chamadas giros (circunvoluções) e depressões chamadas sulcos. Por girar sobre si mesmo essa estrutura consegue acumular muito mais neurônio e menor espaço. Os sulcos definem cada giro (circunvolução), enquanto os grandes sulcos chamados fissuras limitam e dividem o córtex cerebral em Rafaela Pamplona quatro subdivisões principais, chamadas lobos, que são nomeados de acordo com a relação com os ossos do crânio: • : é a parte que fica imediatamente profundamente ao osso frontal • : junto ao osso parietal • : está próximo do osso temporal • : encontra-se em relação com o osso occipital do crânio • : é o único que não se relaciona com os ossos do crânio, está sob os lobos frontal, parietal e temporal, pois está situado profundamente no sulco lateral. Este lobo está envolvido com a memória recente e emoções (sistema límbico). O sulco central da ínsula divide sua superfície em giros curtos e longos. Este lobo é suprido por ramos da artéria cerebral média. Outras características externas importantes do córtex cerebral são os polos. Na vista lateral, é possível reconhecer três extremidades pontiagudas em cada hemisfério cerebral, são os polos do córtex cerebral. Esses polos, que também são nomeados de acordo com a sua relação com os ossos cranianos, são: • Polo frontal – anteriormente • Polo occipital – posteriormente • Polo temporal – entre os polos frontal e occipital, e aponta em sentido anterior e ligeiramente inferior. Principais Sulcos e Giros → : separa o lobo parietal do frontal. O sulco central é ladeado por doisgiros paralelos, um anterior, giro pré-central, e outro posterior, giro pós-central. As áreas situadas adiante do sulco central relacionam-se com a MOTRICIDADE, enquanto as situadas atrás deste sulco relacionam-se com a SENSIBILIDADE. → : separa o lobo frontal do lobo temporal. Ele é subdividido em ascendente, anterior e posterior. → : separa o lobo parietal do occipital. Lobo Frontal Lobo Temporal https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/osso-frontal https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/osso-parietal https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/osso-temporal https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/o-osso-occipital Rafaela Pamplona Lobo Parietal Lobo Insular Diencéfalo É a parte posterior do prosencéfalo encontrada profundamente no cérebro. Compreende o tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo, todas essas estruturas estão ao redor do III ventrículo. Tálamo Centro integrador e retransmissor de informações sensoriais e motoras Hipotálamo Homeostase e regulação de comportamento Hipófise Secreção de hormônios Glândula pineal Secreção de melatonina
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