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RESUMO Hidráulica Fluvial é a combinação dos conceitos de Hidrologia, Hidráulica Geral, geomorfologia e transporte de sedimentos. É os estudos do comportamento hidráulico dos rios no tocante aos fluxos e meios e níveis extremos, as taxas de fluxo, alterações no fundo áreas e sedimentares, a capacidade de transporte de sedimentos e ataques às margens e são cursos de água estabilizados, de circulação permanente, em que se realizam três processos geológicos principais: erosão, transporte e sedimentação. Que contempla basicamente os mecanismos do escoamento em rios sendo necessário a incorporação dos processos morfológicos associados a estes escoamentos. HIDRÁULICA FLUVIAL Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 1 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial SEMINÁRIO DISCILPLINA: PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS PROFESSOR: MARCUS ALEXANDRE Bloco D – Sala 6 – Engenharia Civil – EC0P30 / EC0Q30 TEMA: HIDRÁULICA FLUVIAL EDUILSON PEREIRA DOS SANTOS RA: C642CA8 GLAUCO CEDRAZ COSTA RA: A607GI5 MATEUS FERREISA DA SILVA RA: B478543 WEZER CUSTODIA SEVERINO RA: B418176 Brasília / DF – 23/09/2016 Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 2 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial Sumário 1. Introdução. .........................................................................................................................................3 2. Objetivos .............................................................................................................................................5 2.1 Objetivos Gerais. ......................................................................................................................5 2.2 Objetivos Específicos: ............................................................................................................5 3. Revisão Bibliográfico ......................................................................................................................5 3.1 Propriedades Básicas dos Cursos D’agua. .......................................................................5 3.2 Escoamento em Rios ...............................................................................................................6 3.3 Rio ou rios Hidráulico .............................................................................................................6 3.3.1 Rios de alto curso ............................................................................................................7 3.3.2 Rios de médio curso (rios de planalto): .....................................................................7 3.3.4 Velocidade da Corrente ............................................................................................... 10 3.3.5 Propriedade Físicas do Sedimentos ........................................................................ 10 3.3.6 Variação da Vazão do Rio ........................................................................................... 11 3.3.7 Existência de Acidentes no Curso do Rio .............................................................. 11 3.4 Parâmetros Hidráulicos de Rios para Navegabilidade Estado da Arte da Hidráulica Fluvial. .............................................................................................................................. 12 3.5 As equações Fundamentais da Hidráulica Fluvial ....................................................... 16 3.5.1 Equação de Bernoulli ................................................................................................... 16 3.5.2 Equação da Continuidade ........................................................................................... 16 3.5.3 Equação Dinâmica ........................................................................................................ 16 3.5.4 Equação Dinâmica e Equação de Conservação de Energia .............................. 17 3.5.5 Equação de Sant-Venant e Regime de Escoamentos .......................................... 17 3.5.6 Equação de Saint-Venant e Equação de Navier Stokes ...................................... 17 3.6 Dissipação de Energia e Energia Específica ................................................................. 17 3.7 Escoamento Através de Curvas ........................................................................................ 18 3.8 Análise Matemático das Equações ................................................................................... 18 3.9 Diferencias entre vias navegáveis interiores ................................................................. 18 3.10 Avenidas hidráulicas ............................................................................................................ 19 3.11 Sistema de um rio.................................................................................................................. 19 3.11.1 Cauces em regime torrencial. .................................................................................... 20 3.11.2 Cauces em regime tranquila. ...................................................................................... 22 3.12 Estudos Fluvial Hidráulica e Engenharia rio. ................................................................. 22 3.12.1 Transporte de sedimentos nos rios. ........................................................................ 23 3.12.2 Corrente naturais e Estudos hidráulicos. ............................................................... 23 3.13 Morfologia dos Rios .............................................................................................................. 28 Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 3 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial 3.13.1 Características Fundamentais Dos Rios ..................................................................... 28 3.13.2 Erosão e Depositação ...................................................................................................... 28 3.13.3 Considerações Para o Estudo Da Morfologia De Rios. ........................................... 29 3.13.4 Clasificação Dos Rios De Acordo Com Sua Geometria. ......................................... 30 4. Conclusão ....................................................................................................................................... 36 5. Referencial Bibliográfico ............................................................................................................. 37 1. Introdução. As civilizações mais importantes se estabeleceram nas margens de grandes rios: Mesopotâmia em uma região muito fértil alimentado pelos rios Tigre e Eufrates; Egito deve sua vida ao Nilo; China, o Yangtze; Índia, o Indo eo Ganges, e da civilização asteca no México foi dentro do complexo lago em Tenochtitlan, entre outras grandes culturas. Dentro deste benefício dos danos binomial, dada a sua forma particular de vida, os benefícios eram muito mais elevados em relação ao dano. Eles também tinham conhecimento da variação espacial e temporal do recurso, que, juntamente com a necessidade de água e protegê-lo, motivou a abordagem dos estaleiros de obras hidráulicas, cujos restos surpreso ao notar sua oncepción e funcionalidade. Quatro mil anos antes de Cristo, esses povos antigos construíram barragens, canais e aquedutos para irrigação agrícola, que fez chegar a água da fonte para a cidade para o uso do mercado interno. O controle dos rios tem sido estudado desde os tempos antigos e foi de tal importância que um engenheiro hidráulicotornou-se imperador da China. Yau imperador ordenou a regulamentação dos rios da China. O homem responsável por este, depois de construir diferentes trabalhos por 12 anos, foi incapaz de fornecer a proteção esperada e humilhados, mas seu filho, Yu, continuar este esforço. A história diz Yu sucedido após oito anos de trabalho no controle não só em Ho Hwang, mas também o Yangtse Kiang. Yu tornou-se imperador em 2278 aC A grande Yu falou de si mesmo como o homem que levou nove rios para o mar. historiadores chineses escreveu "o regulamento de cada rio de acordo com Yu foi para que cada tratamento rio de acordo com suas propriedades. Estes rios permaneceram em suas camas por quase 1.700 anos. " A engenharia civil, especialidade rio hidráulico, tem feito esforços significativos nos últimos cinco décadas para compreender os mecanismos da dinâmica de Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 4 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial sedimentos em rios, a fim de que o conhecimento é aplicado na realização de obras hidráulicas canais de proteção e controle. O sistema hidráulico do rio foi identificado como um tema central ou origem do problema rio, a morfologia dos rios, os sedimentos e as suas propriedades, transporte de sedimentos, estabilidade e vasculhar canais. Ao longo do tempo, o desenvolvimento natural e contínuo das populações e suas economias têm levado a cidades para o crescimento de tal forma que um evento extremo rio envolve maiores riscos para os residentes, bem como para a habitação, estradas, infra-estrutura industrial, telecomunicações e agricultura. Os problemas causados pelas chuvas torrenciais complicado quando por causa das características dos solos ao longo do qual os rios e, por vezes, problemas de características de desmatamento, estes transportam grandes quantidades de sedimentos no plano de fundo ou suspensos afetar o funcionamento das turbinas e sistemas de bombagem. Também ações não estruturais são necessárias, como previsão, planejamento de estratégias e sistemas que permitem a antecipação de medidas para evitar ou reduzir os efeitos destrutivos do rio fenómenos extremos de prevenção. Os problemas de engenharia rio colocados pela situação anterior quando coincide com as atividades humanas são cada vez mais complexo, uma vez que dependem da demanda da população para usar os rios para diversos fins, de acordo com o seu desenvolvimento. É o mais importante de abastecimento de água, geração de energia, irrigação agrícola e de navegação. Outro caso singular ocorre na cultura asteca-astecas, onde o rei Nezahualcoyotl, que era um verdadeiro mestre da hidráulica, uma grande barragem construída para proteger de inundações em seu reino, e construir aquedutos importantes. Estudos matemáticos começou com canais hidráulicos Guglielmini (1655-1710), que às vezes é chamado o pai de hidráulica fluvial. Entre suas contribuições mais importantes destaca a publicação em 1690 de aquarum fluentiummensura Methodo nova inquisita, refere-se a um método para medir o fluxo de água com uma bola suspensa, eo tratado Della natura dei fiumi, publicado em 1697 contribuições Guglielmini para hidráulica drios e obteve mais de observações de campo por experimentação laboratorial. De 1800 os primeiros modelos de fundo móvel em rios foram construídos, o pioneiro foi Fargue (1827-1910), que reduziu a um trecho do rio um laboratório natural, reduzindo escalas quase arbitrariamente grande, apertado e tempo. Uma nova era na hidráulica fluvial começou no século XIX, com a construção de laboratórios especialmente concebidos para resolver problemas de rios e canais, através Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 5 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial da experimentação, o campo do transporte de sedimentos melhorou consideravelmente. O primeiro laboratório foi construído por Engels (1854-1945). Engels começou a fazer pesquisa experimental com Dresden desde 1891, mas o laboratório Flussbau estava disponível desde 1898; fundo móvel muitos experimentos, incluindo estudos sobre pilhas areas de pontes, foram feitas trechos de reprodução de rios, configurações de fundo, etc. Em um país privilegiado em termos de rede hidrográfica como o Brasil, a necessidade de aproveitamento racional e sustentado dos rios torna-se uma tarefa fundamental e a comunidade técnica e científica ligada ao tema é mais do que nunca chamada a fornecer as ferramentas básicas. Hidráulica Fluvial contempla basicamente os mecanismos do escoamento em rios sendo necessário a incorporação dos processos morfológicos associados a estes escoamentos. Embora a agua se distribua na natureza sob diferentes meios de armazenamento e circulação, é através dos cursos d’agua que ela oferece até o presente as formas mais racionais e viáveis para seu aproveitamento. O conhecimento da Hidráulica fluvial passa a ser uma das ferramentas fundamentais para os processos de decisão sobre a exploração racional dos benefícios potenciais dos rios, como aproveitamento energético, irrigação, navegação e zoneamento. O processo de conhecimento sobre os fenômenos hidráulicos desenvolvem-se acompanhando a evolução do conhecimento cientifico, notadamente na mecânica dos fluidos e na física. 2. Objetivos 2.1 Objetivos Gerais. Apresentar os principais conceitos e discussões sobre hidráulica fluvial. 2.2 Objetivos Específicos: Discutir os conceitos apresentados e Identificar os principais métodos de medição e classificação de um rio 3. Revisão Bibliográfico 3.1 Propriedades Básicas dos Cursos D’agua. Do ponto de vista da hidráulica fluvial, os rios e canais podem ser definidos como cursos d’agua que transportam escoamentos concentrados com superfície livre. Nos rios Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 6 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial estes escoamentos são advindos de precipitações pluviais ou da contribuição de aguas subterrâneas. As calhas dos rios servem como canais naturais para drenagem de uma bacia hidrográfica e recebem ao mesmo tempo a contribuição da vazão solida proveniente da bacia e do próprio leito. Os canais artificiais destinam-se a substituir trechos de rios de forma a melhor organizar o escoamento, retirar ou fixar margens, possibilitam a navegação, ou aumentar a capacidade de vazão. Os rios e canais possuem o mesmo comportamento hidráulico, eles se diferenciam principalmente quanto à forma geométrica. A forma dos rios apresenta-se bastante irregulares, adaptando-se a topográfica da bacia hidrográfica, curvando e contornando obstáculos numa busca continua pelo trajeto ótimo no sentido da conversão ou dispêndio mínimo de energia. 3.2 Escoamento em Rios A característica hidráulica fundamental dos escoamentos em rios e canais é que eles se apresentam sempre como escoamentos com superfície livre. Mesmo quando canalizadas através de galerias, eles mantem esta característica, exato quando para vazões superiores à vazão de projeto, o escoamento nestas galerias se coloquem sob pressão. Escoamento com superfície livres e escoamento sob pressão são dois tipos básicos de escoamentos na mecânica dos fluidos e física. 3.3 Rio ou rios Hidráulico O sistema hidráulico é rio intervenção humana nos rios para a sua adequação para a utilização dos recursos ou reduzindo o risco de danos. O rio não é um objeto de engenharia civil como uma estrada ou uma estrada de ferro, o rio é um elemento natural que recolhe a água de uma bacia e transportados em qualquer regime para a sua boca. O antecedente ou ponto de referência mais direta em estudos de engenhariacivil para entender um rio é o sistema hidráulico do regime laminar e obras hidráulicas, transporte no mesmo regime, em outras palavras, são os "canais" hidráulico proporciona uma base da análise de certos problemas, mas acho que o rio hidráulica fluvial é apenas uma extensão do canal hidráulico é um erro grave. O rio, por outro lado não há determinações anteriores, as respostas são, em qualquer caso sob hidrologia estudo, geomorfologia, hidráulica marinho e outro estudo Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 7 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial apoio, o fluxo de um rio é sempre variável, dependendo do regime hidrológico da bacia , numa escala de tempo ou sazonal bem restrito a um evento de tempo são eles: 3.3.1 Rios de alto curso: São aqueles que percorrem regiões altas e/ou acidentadas. Nestes rios são comuns as quedas rápidas e corredeiras; o gradiente de nível é, em geral, elevado e, conseqüentemente, é grande a velocidade de escoamento. As margens altas predominam e os rios raramente são largos e profundos. As condições de navegabilidade são precárias para embarcações de grande porte. Como vias de comunicação, estes rios são deficientes, embora possam admitir a realização de transportes modestos em volume e curtos em distância, mediante o emprego de embarcações menores, por exemplo, canoas. As terras que os circundam são, geralmente, pouco sujeitas a alagamentos extensos. No Brasil, correspondem às cachoeiras ou rios de regiões montanhosas como em serras. 3.3.2 Rios de médio curso (rios de planalto): Aqueles que apresentam obstáculos para a navegação, tais como rápidos, corredeiras e trechos com pedras e/ou pouca profundidade; porém estes obstáculos não são muito freqüentes e, entre eles, a navegação é possível, se bem que nem sempre fácil, para embarcações maiores, como navios. Assim, os rios de planalto apresentam, normalmente, uma sucessão de estirões mais ou menos extensos, com pouca declividade e boas condições naturais de navegação, interrompidos por desníveis que formam rápidos, corredeiras ou quedas, por vezes de elevada altura, que tornam difícil, se não impossível, a transposição por embarcações. Os rios de médio curso podem ser usados como vias de navegação de maneira bem mais eficiente que os de alto curso, ao menos entre os trechos críticos ou entre os grandes obstáculos, embora, em geral, os canais de navegação sejam mais ou menos estreitos (apesar de relativamente estáveis), o que exige dos condutores das embarcações muita prática. É preciso reconhecer, também, que nestes rios, nas épocas das enchentes, os trechos críticos tendem a oferecer menos dificuldades para a navegação. No Brasil, são rios de planalto o Paraná e seus afluentes; o São Francisco; o Tocantins, a montante de Tucuruí; o Negro, acima de Santa Isabel do Rio Negro e o Branco, acima de Caracaraí. 3.3.3 Rios de baixo curso (rios de planície): São os mais favoráveis à navegação, caracterizados por uma declividade suave e regular. Estes são, em geral, razoavelmente largos e apresentam pequeno gradiente de nível. A navegação é relativamente fácil, se bem que podem existir obstáculos, como os bancos que costumam formar-se nas bocas dos tributários (afluentes) e nas partes convexas das curvas. É Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 8 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial comum haver bifurcações (paranás, igarapés), que formam ilhas fluviais e criam alternativas para a navegação. As margens baixas, facilmente alagáveis, são a regra geral. Os baixos cursos abrangem os deltas e os estuários. A maior parte dos rios da Amazônia brasileira é constituída por rios de baixo curso (rios de planície). A calha principal do Solimões–Amazonas acha-se incluída nesta classificação. Muitos de seus tributários também, alguns deles ao longo de grandes extensões, principalmente na Amazônia Ocidental (Juruá, Purus, Madeira, Içá e Japurá), outros, ao menos nas proximidades do rio principal (como ocorre na Amazônia Oriental). O rio Paraguai também se enquadra nesta classificação. As condições de navegabilidade dos rios de médio curso e, principalmente, dos rios de baixo curso (rios de planície) também dependem do tipo de fundo do seu leito, normalmente têm um canal estreito, embora estável. Por outro lado, rios de fundo de lama, barro ou argila são, em geral, de formação mais recente, sendo caracterizados por instabilidade do leito e por apresentarem um canal sinuoso, apesar de razoavelmente profundo. Rios de fundo de areia apresentam, quase sempre, um canal altamente variável entre o inverno (estação chuvosa) e o verão (estio); à medida que as águas baixam, com o conseqüente aumento da corrente, o rio vai cavando no leito arenoso um canal, conhecido na Amazônia como canal de verão. No começo do inverno, este canal continua sendo o canal principal, pois é o de maior profundidade do leito. Conforme a cheia avança, o rio tende a nivelar-se, ficando profundo quase que de margem a margem, até que um novo ciclo recomece e surja um outro canal, de configuração diferente do anterior. Para compreender o funcionamento de um curso fluvial, é necessário estudar o seu perfil longitudinal, que evidencia um declive bastante acentuado nos rios de alto curso, diminuindo à medida que se afasta da nascente, podem-se deduzir importantes informações sobre as características morfológicas das bacias hidrográficas e o grau de evolução em que o sistema fluvial se encontra, permitindo numa visão clássica, considerar três grandes fases de evolução: • Fase de juventude – caracterizada pelos rios de perfil longitudinal irregular e declivoso, com cascatas e rápidos, onde predominam as ações de erosão. • Fase de maturidade – caracterizada pelos rios de perfil longitudinal com declive menos acentuado e vales abertos e profundos com grande capacidade de transporte, ocorrendo sedimentação de só alguns materiais mais pesados. • Fase de senilidade – caracterizada por um perfil longitudinal de fraco declive e conseqüentemente, fraca capacidade de transporte, predominando o trabalho de Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 9 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial sedimentação. Apresenta vales de grande largura e vertentes muito desgastadas e cobertas por depósitos aluvionares freqüentemente espessos. Dentre as fases descritas acima, aquela em que ocorre a melhor navegabilidade é a de maturidade, onde não há acúmulo de sedimentos e por ser mais plana, apresenta maior profundidade. Para o estudo da navegabilidade fluvial, se faz necessário analisar os parâmetros geomorfológicos e hidráulicos que o influencia, pois são essenciais para se descobrir as causas e conseqüências de um trecho de rio ser ou não navegável. 71 Com este intuito, serão discriminados a seguir os principais parâmetros geomorfológicos e hidráulicos, assim como sua influência nos rios. Os principais parâmetros da Geomorfologia Fluvial que interferem na navegabilidade são: Transporte de sedimentos: composto pelas cargas detríticas transportadas em três formas: dissolvidas (constituintes intemperizados das rochas transportados em solução química), em suspensão (devido ao fluxo turbulento do rio, correspondendo à fração mais fina do material do leito) e no leito do rio (partículas maiores de areia, transportadas através de saltação, deslizamento ou rolamento na superfície do leito). Processos de erosão fluvial: resultam na retirada de detritos do fundo do leito e das margens, fazendo com que passem a integrar a camada sedimentar, atuando em todo o curso de água. Também acontecem de três formas: corrosão oureação entre a água e as rochas superficiais que com ela estão em contato, abrasão ou desgaste pelo atrito mecânico e cavitação, quando se apresentam condições de velocidade elevada da água, causando pressão e fragmentação das rochas. Freqüência das cheias: relacionada com as vazões mais elevadas que anualmente acontecem em determinada seção transversal, independente de causar ou não inundação. Formação de meandros: se refere ao canal fluvial em que os rios descrevem curvas sinuosas, largas, harmoniosas e semelhantes entre si. Deve-se notar que na margem côncava dos rios ocorre erosão, devido à alta velocidade do fluxo e na margem convexa acontece a deposição dos sedimentos, devido à menor velocidade. O índice de sinuosidade das curvas permite classificar os rios como mais ou menos meândricos. De acordo com FRANCO (1999), os principais fatores que condicionam os processos de erosão, transporte e sedimentação nos rios, são: a velocidade da corrente, as características físicas dos sedimentos (tamanho, densidade e forma), a existência de "acidentes" ou "obstáculos" no leito e as variações da vazão do rio, que por sua vez, está Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 10 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial diretamente relacionado com as variações climáticas. Tais fatores são descritos detalhadamente a seguir. 3.3.4 Velocidade da Corrente A velocidade da corrente é o fator chave na capacidade de um curso de água para erodir, transportar e depositar. Uma elevada velocidade geralmente resulta em erosão e transporte, ao passo que uma baixa velocidade provoca sedimentação. Bastam ligeiras modificações na velocidade para se verificarem grandes mudanças na carga sólida transportada pelo rio. De um modo geral, a velocidade de escoamento dos cursos d’água não se efetua de maneira homogênea já que ela depende essencialmente da declividade, da forma e da existência ou não de irregularidades no canal. Quanto maior for a declividade do canal, maior será a velocidade da corrente. Junto do leito e das margens, a velocidade do fluxo é reduzida devido ao atrito da água com as rochas ou sedimentos, atingindo um máximo no interior do canal. O grau de irregularidade de um leito também controla a velocidade. Uma corrente pode fluir rapidamente sobre um canal de fundo liso e regular, no entanto, num meio irregular, cria-se mais atrito entre a água e o fundo, diminuindo a velocidade da corrente. Um canal estreito e profundo, com seção "semicircular", permite à corrente fluir livremente e, portanto rapidamente, enquanto que um canal largo e plano proporciona uma maior superfície de contato entre a água e o leito, aumentando o atrito, que irá por sua vez, diminuir a velocidade do fluxo. 3.3.5 Propriedade Físicas do Sedimentos A carga sólida transportada por um curso d’água pode ser subdividida em: Dissolvida: compreende íons dissolvidos, tais como o sódio, cálcio, potássio, bicarbonato, cloro e outros, provenientes de processos de meteorização química ou de materiais que são despejados nos solos durante a atividade humana, principalmente a agricultura. Apesar de invisível, a carga de solução constitui grande parte dos materiais transportados pelos rios e quando a água evapora, apresentam a forma de cristais. Em suspensão: constitui os sedimentos mais finos, como as argilas, que são suficientemente leves para permanecerem em suspensão indefinidamente pela turbulência da água. Por exemplo, a aparência lodosa de um curso de água durante uma cheia ou após precipitação intensa é devida à elevada quantidade de carga em suspensão. No leito do rio: constitui os sedimentos grossos e densos que são transportados sobre ou próximos do leito do rio e inclui o transporte por tração(sobre o fundo do leito, pode ainda ser subdividido em dois tipos: rolamento ou arrastamento, dependendo da Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 11 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial forma do sedimento ser respectivamente, arredondada ou laminar) e saltação (tipo de transporte que envolve sedimentos arenosos e que se caracteriza por uma série de saltos sobre o leito do rio, constituindo assim um transporte intermediário entre a tração e a suspensão). Os processos de erosão, transporte e sedimentação nos diferentes setores dos cursos fluviais são condicionados pelo tamanho, densidade e forma dos sedimentos. 3.3.6 Variação da Vazão do Rio A vazão de um rio é um dado intervalo de volume de água que passa numa determinada seção transversal durante um dado intervalo de tempo. Esta medida não é constante, podendo-se verificar um aumento da vazão de 4 a 100 vezes maior que o fluxo normal no período de cheias e que leva a um aumento da velocidade da corrente. Estas variações têm conseqüências diretas nos processos de erosão e transporte, aumentando estes processos. 3.3.7 Existência de Acidentes no Curso do Rio Os "obstáculos" que um rio apresenta no seu curso dão lugar a determinados acidentes ou descontinuidades, modificando o processo sedimentar normal. Uma descontinuidade bastante comum são os meandros divagantes, que se formam nos cursos médio e inferior de um rio, onde a menor declividade e, por conseguinte, menor velocidade da corrente, leva a que esta "procure" traçar um caminho mais fácil, adquirindo muitas vezes um aspecto sinuoso. Os meandros se comportam como exceção quanto aos processos de erosão, transporte e sedimentação, pois, na margem côncava deles, a velocidade da corrente é máxima e, portanto, está marcada por uma intensa ação erosiva, enquanto que ocorre sedimentação na margem convexa, onde a velocidade é mínima. Este fato provoca o deslocamento lateral do meandro, o que origina um traçado instável do mesmo, dando origem ao chamado “meandro divagante”, que por sua vez provoca a assimetria progressiva do vale fluvial. Isto, por sua vez pode levar a um estrangulamento do meandro, que acaba sendo "abandonado" pelo rio, dando origem a um "braço morto", como ilustrado na figura. Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 12 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial Meandro abandonado ou "braço morto" Fonte: CHRISTOFOLETTI, 1981 3.4 Parâmetros Hidráulicos de Rios para Navegabilidade Estado da Arte da Hidráulica Fluvial. De acordo com SILVA et al. (2003), o conceito de Hidráulica Fluvial contempla basicamente os mecanismos do escoamento em rios sendo, portanto, necessário, no seu sentido mais abrangente, a incorporação dos processos morfológicos associados a estes escoamentos. Embora a água se distribua na natureza sob diferentes meios de armazenamento e circulação, é através dos cursos d’água que ela oferece as formas mais racionais e viáveis para seu aproveitamento. Dentro deste contexto, o conhecimento da Hidráulica Fluvial passa a ser uma das ferramentas fundamentais para os processos de decisão sobre a exploração racional dos benefícios potenciais dos rios, como aproveitamento energético, irrigação, navegação e, no caso das inundações, promover o zoneamento adequado da bacia de modo a garantir a segurança e os bens das populações ribeirinhas. Como outras áreas do conhecimento humano, a Hidráulica Fluvial tem uma história que remonta às origens da humanidade. Para a civilização, a expressão “O 83 Egito é uma dádiva do Nilo” é provavelmente uma das referências mais antigas e marcantes sobre esta importância. O processo de conhecimento sobre os fenômenos hidráulicos desenvolveu-se acompanhando a evolução do conhecimento científico, notadamente na Mecânica dos Fluidos e na Física. Na era moderna, os marcos mais importantesda Hidráulica Fluvial seguem uma cronologia, destacando-se aqui apenas os estudos e descobertas mais importantes ligadas aos aspectos quantitativos. Presente em quase todas as áreas do conhecimento científico nos primórdios da era moderna, Leonardo da Vinci também se interessou pelos rios, como atesta o seguinte texto de sua autoria sobre a continuidade e a velocidade do escoamento: Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 13 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial “Dados dois rios com igual volume de água em suas entradas, as suas saídas também terão volumes iguais; ... o fato de existirem nestes dois rios infinitas variações de correntes em largura, comprimento, declividade e profundidades, não impedirá que as entradas e saídas de ambos sejam as mesmas”. Um grande salto de conhecimento sobre a hidráulica dos rios ocorreu no século XVI, quando o arquiteto Giovan Fontana pesquisou o comportamento do rio Tibre em Roma durante a cheia ocorrida em 1598. Esta pesquisa, uma das pioneiras na História envolvendo conhecimentos básicos de hidráulica e gerenciamento do espaço urbano, resultou na publicação de um tratado em 1599. Segundo Fontana, os efeitos da cheia foram agravados pelo fato das populações terem se estabelecido junto à confluência de diferentes rios com o Tibre. Contribuiu também para os prejuízos o desconhecimento dos efeitos das fortes chuvas e ventos, que se fizeram presentes por longo tempo durante a ocorrência da cheia. Fontana efetuou um levantamento dos rios que contribuíam para o Tibre, determinando suas profundidades e larguras em condições normais e de cheia, de forma a determinar a área molhada da seção transversal. A partir daí, Fontana cometeu um equívoco fundamental ao determinar a vazão pela fórmula “Q = A”, ou seja, igualando a vazão do rio à área molhada da seção transversal, sem levar em conta a velocidade do mesmo. Apesar do erro básico, a principal conclusão de Fontana foi pela 84 necessidade de ampliação do leito do rio, eliminando-se assim os efeitos da cheia na cidade de Roma. IDENTIFICAÇÃO E DESCRIÇÃO DOS PARÂMETROS HIDRÁULICOS Os engenheiros que desenvolvem atividade no domínio dos recursos hídricos são chamados a resolver vários tipos de problemas no âmbito da Hidráulica Fluvial. Seguidamente discutem-se, de forma resumida, alguns desses problemas, tendo em vista dar uma perspectiva geral deste ramo da engenharia. Esses problemas podem ser agrupados do seguinte modo: • Erosão hídrica e conservação do solo: Segundo CARDOSO (1998), quando a precipitação excede a capacidade de infiltração do solo, há lugar à ocorrência de escoamento superficial que exerce forças de arraste. O mesmo acontece em conseqüência da fusão das neves, no caso dos países europeus. Quando a força de arraste é suficientemente elevada, as partículas do solo são desagregadas e transportadas com o escoamento. Este fenômeno – a erosão hídrica – é potencializado pelo impacto das gostas da chuva e pode ser acelerado ou mitigado Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 14 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial pela ação do homem. O estudo e análise da erosão hídrica e das técnicas e medidas de conservação do solo exigem conhecimentos avançados do fenômeno do transporte sólido. • Cheias e seu controle: As redes hidrográficas drenam para o mar o escoamento superficial e a parte do escoamento subterrâneo que ressurge nos leitos fluviais. Quando as vazões são elevadas, os níveis da superfície livre do escoamento podem exceder os das margens dos rios, invadindo as zonas adjacentes de menor cota. Nestas circunstâncias ocorrem cheias. Freqüentemente, estas zonas baixas adjacentes aos rios são muito férteis e populosas, pelo que as cheias podem causar danos elevados 89 em termos de vidas humanas e de bens materiais. Muitos dos rios que atravessam zonas aluvionares fazem-no em ziguezague. Este fenômeno é conhecido por meandrização; por vezes, os meandros deslocam-se para jusante, podendo mudar consideravelmente de curso. Em geral, os engenheiros hidráulicos são chamados a estabilizar esses cursos d’água e a conceber esquemas que garantam o escoamento das cheias – e da respectiva carga sólida – em condições de segurança para os vales adjacentes e respectivas populações. Existem vários métodos que permitem lidar com este problema e que exigem conhecimentos avançados, sob pena de, quando indevidamente aplicados, poderem ser ineficazes. • Cálculo da vazão sólida: Associado ao escoamento da água em rios e canais de fundo móvel ocorre, geralmente, o transporte dos sedimentos, em parte junto ao fundo, por arrastamento e/ou rolamento (transporte sólido por arrastamento), e em parte em suspensão no seio do escoamento (transporte sólido em suspensão). A quantidade de material sólido transportado – a vazão sólida – é uma das variáveis determinantes na maioria dos problemas da Hidráulica Fluvial. É bem conhecida a grande variabilidade da vazão sólida de rio para rio, o que é uma indicação do elevado número de variáveis hidrológicas e hidráulicas de que depende. Enquanto não for possível quantificar com rigor as variáveis de ambos os tipos e ter devidamente em consideração as do primeiro, não é também possível quantificar satisfatoriamente a vazão sólida. Contudo, existem muitos métodos de cálculo, obtidos por via analítica ou experimental, que integram essencialmente a influência de variáveis hidráulicas. • Erosão, transporte e deposição de sedimentos: O armazenamento da água para múltiplos fins, designadamente para irrigação, abastecimento público, produção de energia ou para amortecimento de cheias, pode 90 ser conseguido pela construção de barragens nos vales dos rios. As barragens induzem a redução da velocidade dos Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 15 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial escoamentos a montante e, em conseqüência, boa parte do material sólido transportado por arraste e parte do transportado em suspensão se deposita no reservatório criado, o que reduz progressivamente a sua capacidade de armazenamento. A sedimentação em reservatórios depende, obviamente, das vazões líquidas e sólidas afluentes e das que transpõem a barragem para jusante. O tema da sedimentação em reservatórios precisa de investigação sobre correntes de densidade e sobre a eficiência de retenção em função dos padrões de deposição e das características e modo de operação dos reservatórios. Um trecho relativamente curto de um rio aluvionar diz-se em equilíbrio ou em regime quando as vazões sólidas que a ele afluem e que dele saem são iguais entre si e iguais à capacidade de transporte do rio, definida para as características dos sedimentos, do fluido (água) e do próprio escoamento. • Erosões localizadas: Quando se introduz um obstáculo num trecho de rio em equilíbrio, as forças de arraste no fundo aumentam nas imediações do obstáculo. Deste aumento pode resultar uma remoção preferencial de material do fundo nas proximidades do obstáculo, gerando-se uma cavidade de erosão. Este fenômeno pode ocorrer, por exemplo, junto de esporões fluviais e de pilares e encontros de pontes. A análise das variações de cota dos leitos aluvionares, generalizadas ou localizadas, é muito importante para a concepção, projeto e construção de quaisquer obras nesses leitos. • Dimensionamento de canais estáveis: O vasto conhecimento que se tem hoje da hidráulica dos escoamentos em canais de leito fixo permite dimensioná-los de forma adequada. Em contrapartida, o dimensionamento de canais com leito móvel em equilíbrio (ou em regime) é ainda muito difícil pelo fatode depender da vazão líquida, da vazão sólida e da granulometria do material do fundo. Os trabalhos de cientistas como Lacey, Blench e outros forneceram um conjunto de equações empíricas que permitem determinar as dimensões de canais estáveis. Este conjunto de equações, muito aplicado na Índia, Paquistão, Egito e Rússia, é conhecido sob a designação de teorias de regime. Em alternativa a estes, outros métodos, conhecidos sob a designação de métodos racionais, têm vindo a ser desenvolvidos; envolvem uma condição de equilíbrio dinâmico, uma equação de transporte sólido e uma equação de resistência ao escoamento. • Canais de navegação: Sabe-se, desde o início da civilização, que em muitos casos o transporte fluvial pode ser mais econômico que o transporte terrestre. Para esse efeito, a maioria dos rios é sujeita a variados tipos de obras (canalização, proteção de margens, dragagem, construção de eclusas, construção de barragens, açudes e soleiras – ou travessões – para garantia de profundidades mínimas, etc.), como aconteceu, aliás, Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 16 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial em muitos rios da Europa, dos Estados Unidos e da China. A concepção e construção de tais obras requerem conhecimentos especializados de Hidráulica Fluvial. Além dos aspectos referidos anteriormente, há várias áreas em que o conhecimento do transporte sólido pode ser útil aos engenheiros. A utilização de desarenadores para os mais variados fins e o transporte bifásico em condutas sob pressão, que encontra aplicações na dragagem de rios, canais ou portos e no transporte de carvão e metais pulverizados, são exemplos dessas áreas de aplicação de conhecimentos do âmbito da Hidráulica Fluvial. 3.5 As equações Fundamentais da Hidráulica Fluvial As equações fundamentais que governam os escoamentos são deduzidas a partir da aplicação dos princípios básicos de conservação de três grandezas fundamentais na mecânica do continuo: Energia, Massa e Quantidade de Movimentos. 3.5.1 Equação de Bernoulli O primeiro principio fundamental de conservação aplicado aos escoamentos em hidráulica e na mecânica dos fluidos é conhecido como principio de conservação de energia. Ele traduz o fato de que a variação de energia de um sistema é igual ao trabalho efetuado pelas forças que atuam sobre o mesmo. Para estabelecer a equação de Bernoulli, consideramos uma partícula de agua do escoamento com peso específico, massa especifica, massa e situada a uma cota em relação a um plano de referência. 3.5.2 Equação da Continuidade A segunda equação fundamental dos escoamentos em rios e canais é a equação da continuidade. Ela é deduzida a partir do principio de conservação de massa aplicada ao elemento de controle definido pelo trecho do rio. A aplicação deste principio equivale a estabelecer que não ocorra “geração” nem “desaparecimento” de agua durante o escoamento. 3.5.3 Equação Dinâmica È a terceira equação fundamental dos escoamentos em rios. Representa o principio da conservação da quantidade de movimentos aplicado ao elemento de Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 17 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial controle considerado. Quantidade de movimento aplicado é uma das muitas formas de descrição do estado de movimento de um corpo, este princípio é definido pela segunda lei de Newton. 3.5.4 Equação Dinâmica e Equação de Conservação de Energia Energia e quantidade de movimento são descrições do estado de movimento de um corpo. A equação de conservação desta grandeza são completas e quando uma delas não puder ser usada, a outra equação pode suprir informações sobre o estado do escoamento. 3.5.5 Equação de Sant-Venant e Regime de Escoamentos As equações de Saint-Venant permitem descrever quaisquer regimes de escoamento tornando-se o espaço ou o tempo como referência. 3.5.6 Equação de Saint-Venant e Equação de Navier Stokes A equação de Navier-Stokes para fluídos viscosos é considerada uma das equações fundamentais da mecânica dos fluidos. Ela deriva do mesmo principio de conservação de quantidade de movimentos usados para a equação dinâmica de Saint_Venant, e torna importante a análise comparativa desta equação. Sua dedução resulta da aplicação de forma generalizada da segunda lei de Newton a um volume unitário de fluido. 3.6 Dissipação de Energia e Energia Específica Para fluidos reais, o valor da energia total não deve permanecer constante. A energia total é dissipada ao longo do escoamento pela atuação de fatores como o atrito com o leito, as perdas devidas á turbulência do escoamento e as variações temporais de velocidades. O atrito com o leito é produzido por um conjunto de fatores que são funções das características geométricas e físicas da calha fluvial. Energia específica é definida como a parcela da energia do escoamento referenciada ao leito do rio, ou seja, a soma da energia cinética com a energia pizometrica nesta seção, excluindo-se portanto a energia potencia. Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 18 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial 3.7 Escoamento Através de Curvas Embora o escoamento retilíneo não conste explicitamente nas hipóteses básicos para dedução das equações fundamentais, os elementos de controle apresentados enquadram-se neste hipótese, o que condiciona a forma dos diagramas das forças atuantes. Os trechos retilíneos da calha fluvial são raros, geralmente curto e não sustentáveis, e o padrão mais comum das plantas dos rios consiste numa sucessão de meados alterados por trechos retilíneos curtos. 3.8 Análise Matemático das Equações As equações diferenciais parciais se classificam em parabólicas, hiperbólicas e elípticas e cada um destes tipos possui exemplos de aplicações em muitos problemas ligados à hidráulica fluvial. Os problemas de difusão de poluentes são sempre representados por equação parabólicas enquanto as equações elípticas como a de Laplace regem os problemas de circulação errotacional em corpos d’agua rasos. 3.9 Diferencias entre vias navegáveis interiores Rios e canais têm na água de transporte comum em laminar, mas suas diferenças começar com o básico: Quanta água transportada? Quando os transportes? Onde é que os transportes? Em que materiais? Quais são as características hidráulicas? O que mais carrega? O que são suportados para realizar? O apoio de um trabalho para a utilização dessa água é necessária? O canal é uma engenharia civil e outras infra-estruturas no canal as perguntas acima são respondidas por um projeto em que a vazão de projeto (quanto), que pode ser constante, a taxa de varredura (quando) é escolhido , o caminho (onde), o revestimento (Em que e como ele é suportado), o tipo de seção (cálculo hidráulico) e medidas talvez projetadas para evitar a entrada de sedimento ou decantação em uma armadilha de areia Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 19 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial (suporte de uma obra). A rugosidade de um canal é um parâmetro determinante bem definida da sua capacidade. Em um rio, canal actual eo nível da água estão relacionados de forma mais complexa, pois há uma resistência de fluxo pelo tamanho do grão do material de fundo e outro adicionados pelas formas de fundo granular. 3.10 Avenidas hidráulicas Rivers experimentar um fenômeno extraordinário a que são subtraídos os canais: Avenues. Durante o curso da noção de Avenue muitas vezes, como uma situação quecria as maiores solicitações é usado: para testar a estabilidade de uma pista, causando erosão grande faz com que o desbordamiento ou inundações, etc. Em grandes rios são vias de fluxo aumenta e aumenta o nível de água, mesmo grave, mas não um fenômeno independente. Para muitos conceitos e cálculos deve salvar esta noção Avenue. Nestes eventos fatores hidrológicos (PBH), hidráulico (alta inclinação das causas) e de transporte de sedimentos (em larga escala) são combinados. A avenida pode ser apresentado como uma parede rugido de água e material sólido. Estes fenómenos são ainda desconhecidos. A diversidade de rios é tão grande quanto a diversidade geográfica do mundo: clima, topografia, geologia, ecologia ascensão dar muito diferentes uns dos outros rios. Os desenhos das obras que são construídas sobre rios para abastecimento de água, despejo de excesso, canalização, como um fundo de proteção e as margens estão dentro do campo da engenharia rio. O sistema hidráulico do rio combina conceitos relacionados assuntos em áreas gerais e outras de engenharia hidráulica, tais como hidráulica básica clássicos, hidrologia, hidráulica marinhos, estudos geotécnicos, topografia, fotogrametría, transportes e engenharia de tráfego, geomorfologia e transportesedimentos, biologia, etc. 3.11 Sistema de um rio A água que flui sobre a superfície das massas de terra são muito importantes para os seres vivos, mas que representam uma fracção do total de água no planeta. A sua importância reside na proporção de sais dissolvidos que transportam, muito pequena em comparação com a água do mar. Assim, dizemos que este é água doce. Geralmente eles vêm diretamente da precipitação que cai das nuvens ou depósitos que eles formam. Seguindo a força da gravidade, os rios correm para o mar ou zonas para finais chamamos lagos. Nos canais de regime pacífica, também chamado de planície, as águas transbordam fluxos quando exceder a capacidade crescente para Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 20 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial o canal completo. Por sua parte no esquema ou seções de fenômenos fundo da montanha torrencial areas e erosão das margens são principalmente apresentados. Os rios têm origem em fontes de águas subterrâneas que vêm à superfície ou em locais onde as geleiras derretem. Desde o nascimento eles seguem a inclinação para chegar ao mar. Um rio com seus afluentes drena uma área chamada "divisor de águas". Desde o seu nascimento em uma zona montanhosa e de alta até a sua foz no mar, o rio é geralmente diminuindo sua inclinação. Normalmente a inclinação é muito íngreme no primeiro trecho do rio (curso alto) e muito suave quando se aproxima a boca (em curso). Entre os dois há geralmente uma inclinação moderada (curso médio). Rios sofrem variações de vazão, o que aumenta na chuva ou degelo temporadas e diminui em seco. As inundações podem ser gradual ou muito abrupta, levando a inundações catastróficas. Variações temporais ocorrem durante ou após tempestades. Em casos extremos, pode causar a inundação quando o abastecimento de água é maior do que a capacidade do rio para evacuar, transbordando e cobrindo as zonas de nível próximos. A água que flui no subsolo (fluxo basal) leva muito mais tempo para alimentar o fluxo do rio e pode alcançá-lo por dias, semanas ou meses após a chuva escoamento gerado. Se não chover em todos ou a precipitação média está abaixo do normal por longos períodos de tempo, o rio pode tornar-se seca quando o fornecimento de água da chuva acumulada no solo e subsolo reduzir a taxa basal para zero. Isto pode ter consequências desastrosas para a vida do rio e suas margens e as pessoas que dependem dele para seu abastecimento de água. A variação espacial é porque os aumentos do fluxo do rio a jusante como a que está a recolher as águas da bacia de drenagem e as contribuições das bacias de outros rios se juntar a ele como tributários. Devido a isso, o rio é geralmente pequena nas montanhas, perto de seu nascimento, e muito maior nas terras baixas, perto da sua boca. A exceção são os desertos, onde a quantidade de água perdida por evaporação ou infiltração na atmosfera ultrapassa o montante pago pelas correntes de superfície. Por exemplo, o fluxo do Nilo, que é o maior rio do mundo, cai significativamente enquanto descendo as montanhas do Sudão e Etiópia, através do deserto de Nubian e Sahara ao Mar Mediterrâneo. 3.11.1 Cauces em regime torrencial. Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 21 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial O regime torrencial é caracterizada em que o fluxo tem uma velocidade elevada, o número de Froude Fr = v / √ GL é maior do que 1 e a linha de água é afectada pela formação de saliências que são causados por irregularidades no fundo e seções transversais. Rios de montanha têm regime torrencial. Por causa de suas encostas íngremes têm capacidade de transporte elevada de sedimentos, que é alimentado por processos erosivos que ocorrem no fundo e contra as encostas. Quando deslizamentos de terra ocorrem encostas existe o perigo de que as barragens naturais de formação na pista. Valanchas quebrando barragens são gerados. Eles são os canais com abundância de assoreamento. A quantidade de material que realizam efectivamente estes canais depende da forma do fundo e o potencial de produzir os sedimentos de origem. O leito do rio pode ser rochoso, aluvial ou material coeso.No auger Se a seção transversal é estável; na segunda carruagem de material de aluvião que é apresentada dentro da camada de material solto, e o terceiro o grau de coesão é um factor que reduz a possibilidade de movimento do material de fundo, em comparação com o material de aluvião do mesmo tamanho. Subcotação é classificado como um scour geral e vasculhar local. A geral é produzido em camas de aluvião ou efeito coesivo da dinâmica da corrente e está relacionado com a formação do nível do solo. É um fenómeno de longo prazo, mesmo se os eventos podem acelerar catastróficas. scour local ocorre em locais particulares de corrente e é causada pela passagem de crescer e pela ação de obras civis, como a canalização de obras, carneiros, baterias pontes ou estribos dentro do canal, obras de controle transversais, etc. Undercutting em um trecho de uma corrente natural é a soma dos dois componentes, erosões geral e erosões local. Antes de conceber obras para o tratamento de canais é necessário conhecer a magnitude do rebaixo. Para determinar a magnitude da geomorfología geral socavación ser realizada entre pontos de controlo, ou entre secções estáveis. Estas análises foram baseados no estudo de fotografias aéreas e mapas de diferentes épocas, e apreciar as mudanças nas observações de campo e levantamentos topográficos. A disenteria local tem dois componentes, produzidos pelo passo de aumentar e que para a construção de obras de construção civil. Para o cálculo da primeira, há uma série de fórmulas, que são continuamente modificados pelos seus autores, como avanços no campo da experimentação. Eles baseiam-se principalmente no efeito da força de tracção no fundo carregamento. Para calcular o efeito de piers locais vasculhar Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 22 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial e pilares de pontes, paredes longitudinais, obras transversais, etc., não Necesidade de analisar as experiências que existem em cada caso particular e fórmulas empíricas têm sido desenvolvidos. 3.11.2 Cauces em regime tranquila. Quando a inclinação do canal é pequeno ou quando o fluxo nasecção que é considerado no estudo é regulada por um remanso curva, o regime é silencioso, geralmente subcrítico. Neste caso, a capacidade de transporte de sedimentos é baixo, eo rio pode começar a depositar de suspensão de sedimentos e de fundo que traz a partir de áreas de maior capacidade de transporte. A metodologia utilizada para determinar as taxas de transporte utilizados as mesmas fórmulas, como descrito para seções de regime torrencial, correntes simples são caracterizados em que a inclinação é pequena, o que afeta baixa capacidade de transporte de sedimentos e uma tendência para inundar áreas adjacentes. O principal fenômeno que ocorre nas seções de baixa inclinação e regime pacífica é assoreamento (o fenômeno chamado de assoreamento, consistindo de um afluxo maciço de sedimentação de partículas grossas e uplifting l nível de canal). A magnitude deste fenómeno pode ser calculado através de controlos regulares das mudanças que ocorrem na geometria do canal, ou realizando saldos em determinadas seções. Para saldos volumes de sedimentos que entram e saem da secção a ser medido. Os fenômenos combinados de erosão e assoreamento gerar alterações nas definições de fundo e formação de armas e ilhas. Estas mudanças será maior entre os mais elevados das taxas de transporte, e pode produzir grandes mudanças no regime de fluxo durante períodos críticos de seca e crescente. Quando o rio atravessa um trecho plano da planície, há uma grande possibilidade de que transborda ocorrer, que ocupam a dyacente área plana, ou planície de inundação. Os níveis máximos de água em condições de crescimento são calculadas usando fórmulas fluxo variada em canais abertos compostos. dimensões calculadas, além da borda livre, permitem definir de forma zona bre mapear a extensão da zona de inundação para diferentes níveis de probabilidade em condições de estouro descontrolados. 3.12 Estudos Fluvial Hidráulica e Engenharia rio. Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 23 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial • Corrientes naturais • Transporte de sedimentos em rios • Estudos para projetar pontes e travessias de rios subterrâneos. • O controle de enchentes • Avalanches • canais dinâmicos • Obras Fluviais Fluvial Hidráulica combina os conceitos de Hidrologia, Hidráulica Geral, geomorfologia e transporte de sedimentos. Estudos do comportamento hidráulico dos rios no tocante aos fluxos e meios e níveis extremos, as taxas de fluxo, alterações no fundo areas e capacidade de transporte de sedimentos e ataques ao márgenes. Os desenhos das obras que são construídas sobre rios para abastecimento de água, despejo de excesso, canalização, a protecção do fundo e as margens estão dentro da área de Engenharia. 3.12.1 Transporte de sedimentos nos rios. As bacias sedimentares processo de produção e transporte de fluxos naturais é muito complexa. Quantificação dos sedimentos para projetos de engenharia baseia-se actualmente medidas e a aplicação de métodos empíricos. 3.12.2 Corrente naturais e Estudos hidráulicos. Os córregos da montanha tem encostas íngremes e transporte de sedimentos de alta capacidade; também geram fenômenos significativos que minam fundo e ataques às margens. Em correntes processos de transporte lanura também são sólidos areas e ataques margens de magnitudes relativamente moderados; no entanto, depósitos de sedimentos provenientes das terras altas e aumenta nível a baixa velocidade de água afecta estouro e áreas de inundação circundante. Estudos hidráulicos fluviais para o projeto de pontes e passagens de informação subfluvial uso e procedimentos semelhantes, mas os resultados pretendidos são específicos para cada caso. Bridges são usados para salvar depressões naturais ou correntes cruzadas em sistemas rodoviários, peaton ales, ferroviário, tubulações de água e dutos. Os objectivos dos Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 24 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial estudos são dimensionamento hidráulico da ponte em relação à altura e luzes, canalização e proteção atual contra estribos areas e baterias e ataques atuais. As travessias de rios subterrâneos têm muito uso no transporte de água e condutas que são, por vezes, menos dispendioso e mais seguro do que pontes. Neste caso, os alvos são os estudos hidráulicos derescisão de profundidade, que deve ser a conduta abaixo do leito e segurança das instalações que conectam o passo subfluvial com as secções transversais de chegada e partida. Para determinar a profundidade deve ser a conduta abaixo da cama estudos hidráulicos necessários de profundidades atuais e estimativa de scour. Para a segurança das instalações de conexão devem analisar os níveis máximos atuais e protecção das margens. Através da hidrologia da bacia hidrográfica analisa e regimes de escoamento, níveis e sedimentos fluviais são quantificados na seção de influência da obra. Ele combina o conhecimento de Hidrologia Geral, Transporte de sedimentos e Corrientes natural, entre outros. Estudos hidráulico contêm aspectos da Hidráulica Fluvial que têm a ver com as características de ponteadero ou local da travessia, a relação palco- descarga no canal, velocidades e caminhos de fluxo, geomorfologia do canal e as magnitudes as forças que afectam a parte inferior do leito do rio, os bancos e a estrutura da obra. Hidráulica variáveis determinantes baseia-se na análise de informações hidrológicas nos registros do levantamientos topográficos na análise granulométrica e classificação de amostras do material que forma o leito e margens do canal, e os estudos geotécnicos e Geomorfologia a ser desenvolvido em paralelo com o estudo de Hidráulica Fluvial. Finalmente, o estudo da Scour uma previsão de mudanças que podem ocorrer no futuro na geometria da secção transversal do canal no sector ou a ponteadero cruzamento feito; Estas variações dependem da forma do leito e os bancos, a inclinação do canal, o passo de crescimento extraordinário e cruzando localização no interior do canal. O controle de enchentes: As inundações são eventos que ocorrem estouro no curso inferior dos fluxos naturais onde o declive do canal é pequeno e a capacidade de transporte de sedimentos é reduzida. A definição de áreas propensas a inundações está relacionada com o conceito de "rum da ". Esta é uma faixa na qual estão incluídos o floodway e uma zona de segurança. Fora da" round "são as planícies que são potencialmente inundadas durante as cheias extraordinárias. Na maioria dos casos as inundações são causadas pelo crescimento extraordinário não pode ser evitado e, em Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 25 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial seguida, avançar para atenuar os seus efeitos pelos métodos de Controle de Inundações. Avalanches: Embora as Avalanches prazo refere-se a avalanches de neve, seu nome é comumente usado para descrever o fluxo de água com lama e detritos que ocorrem em leitos de rios como eventos extraordinários por causa de terremotos, erupções vulcânicas ou chuva pesada. Quando avalanches são gerados por erupções vulcânicas em picos nevados são chamados lahars. Canais dinâmicos: A dinâmica dos canais depende da sua caracterização hidráulico, que é baseada nos seguintes aspectos: • geometria do canal. • regime de fluxo. • viscosidade da água. • capacidade de transporte de sedimentos. • Possibilidade de estouros. A geometria do canal é representada pela inclinação longitudinal e pelas características da secção transversal. Inclinação longitudinal. Em canaisnaturais medido inclinação longitudinal ao longo da linha de água porque o fundo não é uma boa referência, tanto pela sua instabilidade, as suas irregularidades. O declive da linha varia de acordo com o fluxo de água de magnitude, e que a variação é importante quando grandes alterações de fluxo são apresentados em curtos intervalos de tempo, por exemplo, o passo de crescimento. Períodos que têm um fluxo mais ou menos estável é possível relacionar as encostas com os fluxos usando registros de medição. Seção transversal. Em canais naturais secções transversais são irregulares e medição de características geométricas é feito com levantamentos batimétricos. A taxa de fluxo numa secção particular de um fluxo natural é classificada com base no número de Froude, NF, o qual é uma razão de adimensional de forças de inércia e da gravidade. No regime supercrítico (NF> 1) é o fluxo de alta velocidade, típico de canais ou rios de montanha íngremes. O fluxo subcritical (NF <1) corresponde a uma planície regime com baixa velocidade. O fluxo crítico (NF = 1) é um estado teórico em fluxos naturais e representa o ponto de transição entre os regimes subcríticas e supercríticos. A viscosidade da água é um factor importante no estudo de canais naturais. Esta viscosidade depende principalmente da concentração de carga de sedimentos suspensos, e a temperatura menor escala. Em limpo, ou seja, aquelas em que a Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 26 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial concentração de sedimento for inferior a 10%, em fluxos de volume, a água pode ser considerada de baixa viscosidade. Uma temperatura de 20 ° C representa a viscosidade absoluta de cerca de 1 centipoise (0.1Pa.S). No caso extremo, quando fluxos de lama, em que a proporção em volume entre o sedimento e o líquido é superior a 80% formam- se, a viscosidade aumenta significativamente e pode chegar a 4000 poises. Considerando-se que as correntes de fluxo natural fórmulas empíricas têm sido desenvolvidos para fluxos de água limpa, é evidente que as velocidades são calculados com estas fórmulas são mais elevadas do que as velocidades reais quando aplicados aos fluxos viscosos. Em um transporte fluxo natural de sedimentos que inclui carga de fundo, carga suspensa e saltação de carga; o último componente é uma combinação dos dois primeiros. A soma dos três é chamado de carga total. A inclinação do canal é um dos factores importantes que afectam a capacidade do fluxo para o transporte de sedimentos, porque está directamente relacionado com a velocidade da água. Em canais Secções íngremes que têm inclinações maiores do que 3%, e as taxas de fluxo são tão elevadas que podem mover-se como sedimento bedload diâmetros maiores do que 5 cm, mais os sólidos de rolamento desequilíbrio devido ao efeito de lubrificação produzido por água. Desdobramentos: Quando o canal passa por um trecho de alta inclinação para outro inclinação baixa, a sua capacidade de transporte é reduzido e começa a depositar materiais recebidos da parcela anterior. Neste processo, faz ilhas e braços e pode tomar uma conformação torcida, com sinuoso canal. Além disso, o material é depositado levanta a parte inferior do canal e diminui a sua capacidade de bankfull. Obras de controle. Desenho apropriado a cada trabalho do caso deve ser feito após os resultados dos estudos hidráulicos e geomorfológicos da seção que é influenciada pela construção destas obras são conhecidas. Os resultados dos estudos hidráulicos e geomorfológicos fornecer previsões sobre evolution futuro e estimativas atuais de magnitudes dos meios de comunicação, e aumentando os fluxos mínimos, níveis mínimos, máximos e médios, zonas de inundação potencial, fluxo, capacidade de transporte de sedimentos, vasculhar e agradação. Os trabalhos mais comuns em fluxos naturais são: Obras Transversal para Controle torrencial. Eles funcionam como pequenas barragens de aterro.O seu principal objectivo é reduzir a taxa de fluxo em uma seção específica, a montante da obra. Eles agem como estrutura de controle. Eles podem falhar devido à má fundação, ou vasculhar gerado imediatamente a jusante. Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 27 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial Explosões para desvio de linhas de fluxo. Estruturas que são agressivos, se possível, ser evitados porque podem causar problemas de erosão nas margens da secção a jusante. Explosões para favorecer processos de sedimentação. Eles são eficazes quando colocados em uma área de alto volume de transporte de sedimentos suspensos. São estruturas permeáveis, que visa induzir sedimentação numa secção adjacente a montante das obras. Eles podem falhar erosão na ponta do espigão ou o estiramento imediatamente a jusante. Obras de Canalização marginal. São obras que são construídos para aproveitar um fluxo natural para uma estrutura de passagem. Devem ser considerados na elaboração dessas obras de canalização produzir um aumento na velocidade da água com o consequente aumento do scour cama. Obras longitudinais de protecção das margens contra escavações. As paredes ou revestimentos são suficientemente resistentes às forças geradas pela água. Em alguns casos, eles também devem ser concebidos como muros de contenção. Eles podem falhar devido à má fundação, capotamento e deslizante. Escoreamento do fundo. Consistem de material de reforço, de tamanho adequado, adequadamente seguro, o que não pode ser transportado como bedload. Às vezes, a dinâmica das secções do rio produz navios de guerra naturalmente. O fundo navio de guerra é uma geometria do canal de controle. Protecção contra inundações. São obras que controlam o nível esperado no máximo dentro da planície de inundação. Reguladores podem ser reservatórios, canais adicionais, ragados e canais de limpeza ou diques. Estas obras podem ser eficazes para a área específica que vai defender, mas eles alterar o regime de escoamento natural e tem efeitos sobre as áreas circundantes, que devem ser analisados antesde construção de obras. Os materiais frequentemente utilizados neste tipo de trabalho são as seguintes: Concreto: Ciclopico, simples ou reforçado. Gabiões, colchonetas. Pedra solta, pedra presa. estacas-pranchas de metal ou madeira. Pilares metalicos, concreto ou madeira. Bolsacretos, sacos de solo-cimento, sacos de areia bichas de bambu. Pré-fabricados de concreto: blocos, hexapodes, etc. Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 28 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial O design dos trabalhos combina várias disciplinas, Fluvial Hidráulica, geotécnicos e Estruturas. A primeira, como já foi explicado, fornece as informações básicas que determina as condições de fundação e a magnitude das forças que agem sobre as obras que estão previstas. 3.13 Morfologia dos Rios 3.13.1 Características Fundamentais Dos Rios Todos os rios constam de uma corrente tanto de água como de sedimentos – materiais procedentes de rochas e produtos orgânicos cujo tamho varia desde finas partículas argilosas até seixos rolados-. Desse modo, o relevo que gera um rio não depende só das características da corrente, em especial de seu caudal de distribuição no tempo e da energia, sendo também da quantidade de tamanhos de sedimentos que se arrasta. Outro elemento que contribui no modelo é a geologia da bacia, que determina o tipo e a quantidade de sedimentos, que afetam a ação erosiva do rio, já que algumas rochas são mais duras que outras. Os principais fatores responsáveis da formação e evolução dos rios e seumodelo são a erosão, o transporte de sedimentos e a depositarão, os rios podem modificar a paisagem, de modo que a energia potencial da água se transforma, em seu caminho descendente, em energia cinética responsável da erosão, transporte e a depositarão, a quantidade de energia potencial que dispõe um rio é proporcional a sua altitude inicial em relação ao mar. 3.13.2 Erosão e Depositação Erosão: O processo de mover e remover o sedimento de uma fonte inicial do lugar de repouso se chama erosão. Nos rios se leva a cabo continuamente um processo cíclico. Erosão do solo--transporte de sedimentos--depositação (sedimentacão). A erosão do solo e o sedimento resultante na bacia (comumente expressado em toneladas por Km² por ano) dependem em grande medida do clima local, da chuva, o tipo de solo e das características da vegetacão, as quantidades de materiais erosionados pode variar de 50 a 500 toneladas por Km² por ano. Não existem fórmulas Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 29 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial universais para estimar a erosão. Com base a dados de uma região podem desenrola- se fórmulas empíricas. Depositação. A depositação pode ocorrer com base em processos geológicos (com escala de tempo de cem anos); deslocamento de márges em rios (escala de tempo de décadas), e pela reducão do transporte local (efeito de curta duração). O processo de sedimentação é dominante nos trechos de fluxo desacelerado. Os processos mais relevantes nas regiões de erosão e depositação é a conveção das partículas de sedimento horizontal e vertical pela velocidade do fluxo, a mistura pela turbulência, a sedimentação das partículas devido a gravidade e o levantamento das partículas do fundo por correntes ou ondas que induzem a produção de esforços cortantes no fundo. Correntes: O fator mais importante no processo de depositação são as correntes locais. A influência do rio nas correntes locais está relacionada com as dimensões do rio, o ângulo entre o eixo do rio e a direção principal do fluxo de aproximação, a foça local da corrente e a batimetría. Ondas: As ondas são muito importantes nos processos morfológicos, a agitação produzida pelo fluxo das ondas da como resultado movimentos orbitais na região em volta da parede. A propagação de ondas e sua deformação nas márgens do rio são governadas por fenômenos de refração, difração disposição de energia, pelo movimento das ondas e pela fricção do fundo. 3.13.3 Considerações Para o Estudo Da Morfologia De Rios. Registro dos dados históricos. Elevacões da superfície da água. Projetos do iío em planta e em perfil em sequência de tempo. Perfis de seções transversais. Fotografias aéreas que permitam detectar zonas de erosão e deposito de sedimentos. Registros históricos de sedimentos transportados pelo rio. Amostra de material do fundo e das márges. Software (programas). Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 30 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial As características medidas no modelo são as seguintes: perfis de velocidade a partir dos quais se obitem os esforços cortantes no fundo ou medições diretas de esforços cortantes no fundo e nas márges; e determinação da existência dos vórtices, para assim definir as zonas de erosão e depósito de sedimentos que produziram a nova morfologia do leito. 3.13.4 Clasificação Dos Rios De Acordo Com Sua Geometria. Os rios na natureza apresentam três formas: retos, trançados e meandrantes. Os fatores que influenciam na corrente são: parámetros hidráulicos, propiedades do fluido e características do fluxo, características do fundo e das bordas, características biológicas, fatores humanos como a agricultura, urbanização, drenagem, inundação, e bordas de proteção. Rios retos: Existem em planicies que são inadequadas para permitir velocidades erosivas, ou em caimentos pronunciados onde se podem alcançar altas velocidades. Rios trançados. Estes rios raramente se encontran em caimentos relativamente fortes, S = 0.10 Q^1/4 ou maiores que, S = 0.06 ^- 0.44. Criam depósitos que frequentemente formam barras onde florece a vegetação. Dinâmica: Baixa capacidade de transporte X Sedimentos disponíveis Déficit de energia Formação de faixas de sedimentos e ilhas Alargamento do canal Acresenta na frente o transporte de sedimentos Aumenta a capacidade de transporte pela corrente Equilíbrio entre a capacidade de transportes e sedimentos disponíveis Rio trançado em equilíbrio dinâmico relativo Rios meândricos Um rio com meandreos é aquele em que a configuração se apresenta em forma de uma série de curvas consecutivas, estão relacionados com as características das márgens. Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 31 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial Dinâmica: Alta capacidade de transporte X Sedimentos disponíveis Superávit de energia Deformação das mágens Aparição de meandros Diminuição do caimento longitudinal Diminuição da capacidade de tranporte Equilíbrio entre a capacidade de transporte e o sedimento disponível Meandros em equilíbrio dinâmico relativo Geometría De Meandros. De modo geral o rio se divide em meandros individuais considerados a partir do ponto de inflexão de suas características. As características se definem na siguinte figura. Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 32 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial A sinuosidade é relação entre a longitude do rio e a longitude do vale, em condições de equilíbrio também se pode definir como a relação da inclinação do vale e a inclinação do rio. Os rios com meandro têm uma sinuosidade maior que 1.2. Em geral os meandros são de diferentes formas e tamanhos. TÉCNICAS DE MEDIÇÃO E AMOSTRAS Aqui se presentam os métodos vigentes para medir a quantidade de sedimentos suspensos e de fundo que pasam por uma secção transversal de um escoamento, os quais são método direto e método indireto. Universidade Paulista – UNIP – Campus Brasília 33 SEMINÁRIO – Portos e Vias Navegáveis / Hidráulica Fluvial Outra informação necessária para os estudos de sedimentos é a distribuição granulométrica do material de fundo. Generalidades O movimento dos sedimentos nas correntes e rios apresentam duas formas. Os sedimentos em suspensão estão constituídos pelas partículas mais finas mantidas em suspensão pelo revolvimento da corrente e só se assentam quando a velocidade da corrente diminuem, ou quando o leito se faz mais liso corrente descarrega em um poço ou lago. As partículas sólidas de maior tamanho são arrastradas ao longo do leito da corrente e se designam com o nome de arrastre de fundo. Existe um tipo intermediário de movimento em que as partículas se movem abaixo das aguas dando rebotes ou saltos, as vezes tocando o fundo e as vezes avançando em suspensão até que voltem a cair no fundo. A medição do transporte total de sedimentos e a caracterização do material de fundo dos rios compreendem a obtenção de amostras em campo, sua transportação a um laboratório e seu processamento para obter os parámetros necessários de cálculo de transporte e de caracterização. Granulometría. Os leitos dos rios podem ser granulares ou coesivos. No primeiro caso, o leito está constituido por partículas soltas de tamanhos distintos. Os rios aluvionares são aqueles que discorrem sobre materiais transportados pelo próprio rio no passado geológico e por isso seus leitos podem
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