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PROCESSO DE TRATAMENTO DE ESGOTO VIA SISTEMA ANAERÓBIO E ANÁLISE DOS ÍNDICES DE EFICÊNCIA

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COLÉGIO ESTADUAL PAULO LEMINSKI 
CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE 
SUBSEQÜENTE AO ENSINO MÉDIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCESSO DE TRATAMENTO DE ESGOTO VIA SISTEMA ANAERÓBIO E 
ANÁLISE DOS ÍNDICES DE EFICÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2007 
 
 
 
 
01 – ADRIANO MACUCO 
03 – ANDERSON DOS SANTOS 
04 – ANTÔNIO SERAFIM 
06 - BRUNO HENRIQUE BELÉM 
12 – EDSSANDERSON FERREIRA 
 
 
 
 
PROCESSO DE TRATAMENTO DE ESGOTO VIA SISTEMA ANAERÓBIO E 
ANÁLISE DOS ÍNDICES DE EFICÊNCIA 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão do 
Curso Técnico em Meio 
Ambiente, do Colégio 
Estadual Paulo Leminski, 3ª 
período; Turma: D, sob 
orientação do Profº. Diogo 
Labiak Neves. 
 
 
 
 
CURITIBA 
2007 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Dedicamos este trabalho de conclusão 
de curso aos nossos familiares que 
tiveram paciência e que nos 
encorajaram a chegar aonde 
chegamos... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradecemos aos nossos Gestores, 
Coordenadores, Recursos Humanos e a 
Diretoria de Meio Ambiente a Ação 
Social da SANEPAR em nos propiciar a 
vivência de parte das atividades de um 
técnico em meio ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Após cerca de um ano e meio de brava 
luta estamos chegando ao fim deste 
curso. Curso este que nos deixarão 
saudades e amigos... Amigos estes que 
esperamos sempre podermos encontrar.
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................2 
2. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO....................................3 
3. INDICADORES DE EFICIÊNCIA........................................................4 
3.1 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS ESGOTOS 
SANITÁRIOS........................................................................................................4 
3.2 PRINCIPAIS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DOS ESGOTOS 
SANITÁRIOS........................................................................................................8 
3.3 PRINCIPAIS MICROORGANISMOS PRESENTES NOS 
ESGOTOS.............................................................................................................13 
4. ANÁLISE DE DESEMPENHO...............................................................15 
5. LEGISLAÇÃO EM VIGOR....................................................................17 
6. CONCLUSÃO...........................................................................................19 
7. REFERÊNCIA..........................................................................................20 
8. ANEXO 1...................................................................................................21 
9. ANEXO 2...................................................................................................29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A escolha da temática do esgotamento sanitário devido à falta de 
conhecimento da população, das tecnologias empregadas neste processo e do grau de 
eficiência do tratamento do esgoto doméstico. A Cia de Saneamento do Paraná 
(Sanepar) faz uso do tratamento anaeróbio, assim como as demais companhias de 
saneamento do Brasil. Cabe ressaltar que a Sanepar também utiliza outra modalidade de 
tratamento, que é aeróbica (com presença de oxigênio), porém não será nosso foco. 
No que diz respeito aos Impactos Ambientais de uma Estação de Tratamento 
de Esgoto (ETE), um dos fatores determinantes será a eficiência do reator. A eficiência 
deste reator está condicionada a diversos fatores tais como: altura do manto de lodo, 
arraste de sólidos devido a excesso de vazão, desnível do próprio reator e até mesmo 
dos vertedouros, associada de um pós-tratamento que pode ser por uma lagoa, flotação, 
desinfecção com gás cloro e até radiação ultravioleta. Desta forma, quanto maior a 
eficiência do reator, maior será a eficiência do tratamento e menor será o consumo de 
produtos químicos utilizados no pós-tratamento e também o impacto gerado deste 
efluente no Rio Barigüi, que neste caso é o corpo receptor, será pequeno e este será o 
foco de nosso trabalho. 
Assim sendo, iremos apresentar o processo de esgotamento sanitário, desde a 
coleta no domicílio através da rede coletora até ao tratamento propriamente dito em 
uma ETE. Os dados aqui apresentados são da ETE CIC/XISTO que é uma estação 
considerada de porte médio, segundo a Resolução no CONAMA (Conselho Nacional 
do Meio Ambiente) nº 375, localizada na Rua Paulina Kavinski Pontarolla, S/Nº, Bairro 
Tatuquara, Região Sudoeste do Município de Curitiba, cuja capacidade máxima de 
tratamento é de 600l/s (litros por segundo) e abrangência de cerca de 360 mil habitantes 
de Curitiba. Ressaltamos que os dados utilizados podem ser consultados nos órgãos 
ambientais responsáveis pelo licenciamento e controle da eficiência do tratamento, tais 
como: Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Curitiba (SMMA), Instituto 
Ambiental do Paraná
1
 (IAP), Agência Nacional de Águas (ANA – Agência vinculada 
ao Ministério do Meio Ambiente), nais quais, qualquer cidadão poderá fazer consulta. 
 
1
 O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) é vinculado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos 
Hídricos (SEMA). 
3 
 
2. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) 
Para a instalação de uma ETE, é necessário um conjunto de estruturas, 
dispositivos e instalações para tratamento de águas residuárias e do lodo resultante 
deste tratamento e compõe-se, geralmente, das seguintes instalações: 
1. Gradeamento 
2. Cesto 
3. Elevatória 
4. Desarenador 
5. Calha Parshall 
6. By-Pass 
7. Distribuidor de vazão 
8. Reator 
9. Adensador de lodo 
10. Lagoa 
11. Centrífuga 
12. Pátio de Lodo 
No anexo 1, pode-se visualizar toda a estrutura acima mencionada na 
seqüencia onde o fluxo do afluente
2
 irá percorrer até sua destinação final, o rio Barigüi. 
A conceituação dos dispositivos e instalações estão baseados no capítulo 7, item 6 deste 
trabalho. 
1. GRADEAMENTO 
São barras metálicas paralelas igualmente espaçadas instalada logo no início 
do tratamento. Sua função é reter sólidos grosseiros presentes no esgoto assim como o 
cesto. Dois tipos são os mais usados: o de limpeza mecânica e o de limpeza manual. 
2. CESTO 
Recipiente feito de chapas metálicas perfuradas ou grades espaçadas, presas 
com correntes para facilitar sua retirada de dentro do poço. 
 
2 AFLUENTE: água ou outro líquido, parcial ou completamente tratado ou em seu estado natural, que 
flui para tubulação, reservatório, corpo de água, instalações de tratamento, etc. Não confundir com 
Efluente. 
4 
 
Esse equipamento é instalado no início do processo com função de reter 
sólidos grosseiros presentes no esgoto, tais como: papel, estopa, plástico, pedaço de 
madeira, latas, pedras, etc., para que não venham a causar danos ao funcionamento das 
bombas. 
3. ELEVATÓRIA (BOMBAS) 
Tem a função de elevar o esgoto afluente a uma cota tal que após a entrada do 
mesmo nas unidades de tratamento, venha a fluir naturalmente por diferença de cota nas 
várias unidades de tratamento até o efluente final. As elevatórias podem ser compostas 
de bombas parafuso ou bombas submersas.4. DESARENADOR 
São unidades destinadas a reter materiais inertes (areia, seixo, pedriscos, 
sólidos pesados, etc.) afim de evitar o entupimento e obstrução da canalização da ETE e 
ainda impedir a formação de depósitos de areia dentro do reator. 
5. CALHA PARSHALL 
Para que se tenha uma velocidade regular do fluxo de esgoto, e com isso um 
controle do nível do esgoto no desarenador, adapta-se um vertedor após as câmaras do 
desarenador. O mais utilizado é a calha Parshall. Devido à estabilização do fluxo, 
possibilita a medição da vazão do esgoto afluente. A medição de vazão pode ser manual 
(régua) ou com sensor eletrônico. 
6. BY-PASS 
Este dispositivo permite desviar o fluxo de esgoto quando a ETE estiver sob 
serviço de limpeza ou manutenção. É controlada por uma comporta (de alumínio ou 
fibra de vidro) e se localiza antes ou depois do gradeamento. Estas comportas devem 
estar sempre em ótimo estado de conservação para facilitar seu manuseio. 
7. DISTRIBUIDOR DE VAZÃO 
Situado na parte superior da unidade, afluindo descendentemente, são 
adaptados diversos tubos de PVC ou PAD, variando os diâmetros de acordo com a 
vazão, cuja finalidade é uniformizar a distribuição do esgoto na base da unidade onde o 
fluxo é ascendente. 
 
5 
 
8. REATOR/ BIODIGESTOR 
É uma unidade construída em concreto no formato circular cônico ou 
retangular, localizado após o gradeamento e o desarenador. No biodigestor a 
decomposição da matéria orgânica, pelo processo anaeróbio, tem duas fases: na 
primeira, os compostos complexos da matéria orgânica provenientes das fezes são 
transformados em ácidos, álcoois, etc., pela ação de bactérias acidófitas; na segunda 
fase, as bactérias metanogênicas transformam o produto da primeira fase em gases, tais 
como: metano, gás carbônico e pequena quantidade de gás sulfídrico e mercaptanas. 
As bactérias acidófitas são em maior quantidade que as metanogênicas, daí a 
tendência no início do processo da redução do pH. Á medida que os ácidos são 
produzidos, já são consumidos pelas bactérias metanogênicas, as quais transformam 
esses ácidos em gases. Tudo isso ocorre dentro do reator dimensionado para um tempo 
de detenção do esgoto que varia de 6 a 8 horas. 
Se introduz o esgoto no reator a uma velocidade adequada. Os sólidos 
decantáveis formam um manto de lodo no qual as bactérias se desenvolvem. O esgoto 
fluindo através desse manto cria condições altamente favoráveis para que ocorra um 
contato entre as bactérias (microorganismos) e o alimento (matéria orgânica). Essas 
bactérias só se desenvolvem em colônias quando na superfície exista condições para 
que se possa formar um biofilme. Essa relação bactéria/alimento é muito importante na 
eficiência do processo, porque os microorganismos envolvidos no processo não 
possuem mobilidade, isto é, não são capazes de se locomover em busca de alimento. 
Como resultado dessas reações bioquímicas além da formação de gases 
voláteis, resulta também matéria inorgânica que se mistura ao lodo ativo (biofilme). 
Este lodo deve ser retirado periodicamente através de um dispositivo de sucção, quando 
no efluente final se observar perda de sólido sedimentável na ordem de 1 mg/L.h, ou de 
1,5 mg/L.h em horário de maior vazão. A velocidade de ascensão dentro do reator varia 
de 1,0 a 1,5 metros por hora. 
9. LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO 
São sistemas simples de pós-tratamento, desenvolvidos para reter sólidos 
sedimentáveis provenientes de um tratamento primário de um biodigestor anaeróbio, 
6 
 
filtro biológico, etc. Nestes sistemas, a matéria orgânica é estabilizada pela ação de 
bactérias, fungos e protozoários. 
10. ADENSADOR DE LODO 
Tanque onde se processa o adensamento do lodo; comumente conhecido 
também por espessador. 
Adensamento de lodo é o aumento da concentração de sólidos do lodo, nos 
tanques de sedimentação, de adensamento e de digestão. 
11. CENTRÍFUGA 
Equipamento com função de separar a água do lodo digerido, com auxílio de 
um coagulante (geralmente polímeros). 
12. PÁTIO DE LODO 
É o lugar na ETE onde fica depositado o lodo centrifugado e higienizado (com 
calcítico ou dolomítico) aguardando o tempo de cura (cerca de 90 dias), resultados 
laboratoriais (de sanidade, metais pesados e agronômico) e recomendação agronômica 
para utilização no meio agrícola. 
 
3. INDICADORES DE EFICIÊNCIA 
Para termos base técnica para iniciarmos uma avaliação dos indicadores, 
necessita-se primeiramente sabermos quais características físicas, quais são os 
principais parâmetros físico-químicos e quais os principais microorganismos presentes nos 
esgotos sanitários. A partir daí, através de gráficos (anexo 2) pode-se efetuar uma análise crítica 
do desempenho de uma ETE. 
3.1 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS ESGOTOS 
SANITÁRIOS 
3.1.1 TEMPERATURA 
Na ETE, a temperatura é ligeiramente superior à água de abastecimento. 
Variação conforme as estações do ano (mais estável que a temperatura do ar). 
Não usar a temperatura do ar. 
7 
 
 Influência na atividade microbiana. A temperatura ideal para o 
tratamento anaeróbio é de 35
o
C, sendo que abaixo de 12
o
C a atividade 
bacteriana cessa, enquanto que no tratamento aeróbio a temperatura 
ideal varia entre 30 a 35
o
C, sendo que a atividade bacteriana cessa 
somente abaixo de 0
o
C. 
 Influência na solubilidade dos gases. 
 Influência na viscosidade do líquido. 
 Influência elevada na eficiência do tratamento. 
 Influência elevada na formação de crostas de escuma. 
3.1.2 COR 
Causada por substâncias dissolvidas na amostra (partículas muito pequenas). 
Esgoto fresco: ligeiramente cinza claro (sem gás sulfídrico e sulfetos). 
Oxigênio dissolvido maior que 1,0 mg/L. 
Esgoto séptico: cinza escuro ou preto (exala odores de gás sulfídrico e/ou 
ácidos orgânicos; o pH abaixa). 
3.1.3 ODOR 
Esgoto fresco: quase sem odor, tolerável. 
Esgoto séptico: odor fétido (desagradável), devido ao gás sulfídrico e a outros 
produtos da decomposição, como ácidos orgânicos voláteis (cheiro de chiqueiro). 
Despejos industriais: odores característicos (podem ser intoleráveis). 
3.1.4 TURBIDEZ 
Causada por uma grande variedade de sólidos minúsculos (coloidais) em 
suspensão. Esgotos frescos ou mais concentrados: geralmente maior turbidez. 
 
 
8 
 
3.2 PRINCIPAIS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DOS ESGOTOS 
SANITÁRIOS 
Os parâmetros a seguir, são utilizados pela SANEPAR para definir os índices 
de qualidade do tratamento, atendendo a legislação em vigor. A conceituação destes 
parâmetros estão baseados no capítulo 7, item 5 deste trabalho. 
3.2.1 MATÉRIA ORGÂNICA 
Mistura heterogênea de diversos compostos orgânicos predominantemente 
biodegradáveis e, também, não-biodegradáveis (plástico, borracha). Principais 
componentes: proteínas, carboidratos e lipídios. Normalmente fornece uma estimativa 
da carga poluidora expressa em DBO e DQO. 
3.2.2 DBO5 (DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO) 
Expressa a quantidade de matéria orgânica biodegradável contida em uma 
amostra. Ex.: a digestão da maior parte dos compostos orgânicos do esgoto como 
lipídios, carboidratos, proteínas, etc. A DBO5 pode incluir a demanda carbonácea e não-
carbonácea (via inibição) e mede o oxigênio que foi consumido biologicamente pelos 
microorganismos aeróbios durante 5 dias a uma temperatura de 20
o
C. 
3.2.3 DQO (DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO) 
Expressa a quantidade de oxigênio (oxidante quimicamente energético) 
consumido a quente, para oxidar quimicamente a matéria orgânica (biodegradável ou 
não) e certas substâncias não-orgânicas (como sulfetos). 
Permite estimar a quantidade de matéria orgânica existente em uma amostra. 
Em termos operacionaisé preferível o uso da DQO, pois esta pode ser correlacionada 
com algumas amostras de DBO5 para se obter uma estimativa rápida e barata da DBO. 
3.2.4 NITROGÊNIO TOTAL 
O nitrogênio total inclui o nitrogênio orgânico, nitrogênio amoniacal (ou 
amônia), nitrito e nitrato. É um nutriente indispensável para o desenvolvimento dos 
microorganismos no tratamento biológico. O nitrogênio orgânico e a amônia 
compreendem o denominado Nitrogênio Total Kjeldahl (NTK). 
Normalmente a análise de nitrogênio (NTK) é utilizada para avaliar o 
progresso e eficiência do tratamento biológico (mineralização da matéria orgânica). É 
9 
 
necessário manter uma relação de DBO:N no mínimo em 100:5, isto é, para cada 100 
mg/L de DBO, deve haver no mínimo 5 mg/L de nitrogênio total para que se possa 
assegurar a presença de microorganismos em quantidade suficiente para que ocorra a 
degradação da matéria orgânica (oxidação bacteriana da DBO). 
3.2.5 NITROGÊNIO ORGÂNICO 
Nitrogênio na forma de proteínas, aminoácidos e uréia. Não é muito utilizado 
no saneamento. A quantidade de nitrogênio presente ainda na forma de nitrogênio 
orgânico permite avaliar a idade do efluente, e indica o efeito poluidor seqüencial, pois 
a estabilização desta forma de nitrogênio, dependendo da concentração existente, 
implicará em grande consumo de oxigênio (para oxidar da forma de nitrogênio orgânico 
para nitrogênio amoniacal, posteriormente para nitrito e ainda para nitrato). Em 
processos anaeróbios é de se esperar uma redução do teor de nitrogênio orgânico com 
conseqüente elevação do teor de nitrogênio amoniacal. 
3.2.6 NITROGÊNIO AMONIACAL (AMÔNIA) 
É produzido no último estágio da decomposição do Nitrogênio Orgânico. Pode 
ser oxidado a nitritos e nitratos. Em processos anaeróbios espera-se que o nitrogênio 
orgânico tenha sido convertido a nitrogênio amoniacal e, portanto, o efluente tratado 
possua maiores concentrações de nitrogênio amoniacal. 
3.2.7 NITRITO 
Estágio intermediário da oxidação do nitrogênio amoniacal. Praticamente 
ausente no esgoto bruto e tratado. 
3.2.8 NITRATO 
Produto final da oxidação biológica do nitrogênio amoniacal. Praticamente 
ausente no esgoto bruto. Mais freqüente em efluentes de processos aeróbios. 
3.2.9 NITRIFICAÇÃO 
Fase da putrefação, também apelidado de aeróbia. Neste ponto do fenômeno 
agem as bactérias ditas nitrificantes. A amônia é oxidada a nitrito pelo grupo de 
bactérias Nitrosomas, seguindo-se à oxidação dos nitritos a nitrato pelas Nitrobactérias. 
 
10 
 
3.2.10 FÓSFORO 
O fósforo total existe na forma orgânica e inorgânica. É um nutriente 
indispensável no tratamento biológico para a formação de lodo e permite estimar a 
quantidade de matéria orgânica. 
É necessária a manutenção de uma relação mínima DBO:N:P de 100:5:1 para 
assegurar nutrientes (nitrogênio e fósforo) suficientes para o crescimento microbiano, 
cujas bactérias atuarão na degradação da matéria orgânica (DBO). 
3.2.11 FÓSFORO ORGÂNICO 
Fornece uma melhor estimativa da matéria orgânica presente. 
3.2.12 FÓSFORO INORGÂNICO 
Ortofosfatos e polifosfatos. São importantes para o crescimento de vegetação 
aquática especialmente algas. 
3.2.13 pH 
Indicador das características ácidas ou básicas do esgoto. Considera-se de 
caráter ácido a substância com pH entre 0,0 e 6,9 e de caráter básico com pH entre 7,1 e 
14,0. Uma solução é neutra em pH 7,0. Os processos de redução biológica anaeróbia 
tendem a aumentar ou manter o pH. É indicador do mau funcionamento operacional 
(maus odores indicam pH baixo). 
3.2.14 ALCALINIDADE 
Indicador da capacidade tampão do meio (resistência às variações do pH). Esta 
capacidade tampão é devida à presença de bicarbonatos, carbonatos e íons hidroxila 
(OH
-
) e amônia. Nos processos anaeróbios, a alcalinidade deve aumentar durante o 
tratamento (a saída deve ser maior ou igual ao afluente). 
O esgoto, principalmente no tratamento anaeróbio, deve ter uma alcalinidade 
tal que possa neutralizar os ácidos formados durante o processo de decomposição da 
matéria orgânica, para manter um bom pH para que as bactérias possam sobreviver. 
Quando existe nitrificação, deve haver uma proporção de 7:1 de alcalinidade para 
nitrogênio, nitritos e nitratos. 
 
11 
 
3.2.15 CLORETOS 
Provenientes da água de abastecimento e dos dejetos humanos. Uma vez que 
os cloretos não são removidos no processo de tratamento de esgotos, a massa de 
cloretos que entra na ETE deve resultar igual à massa de cloretos no esgoto tratado. É 
um indicador e serve para avaliar o resultado das análises do laboratório. 
Em termos operacionais do esgoto doméstico, a análise de cloretos nada 
indica. Uma quantidade muito elevada de cloretos no esgoto pode indicar um despejo 
industrial. Esta quantidade elevada de cloretos irá interferir em diversas análises de 
outros parâmetros, tais como DQO e nitratos. 
3.2.16 ÓLEOS E GRAXAS 
Fração da matéria orgânica solúvel em hexanos. Nos esgotos domésticos, as 
principais fontes são óleos, sabões e gorduras utilizadas nas comidas. Prejudicial ao 
tratamento, principalmente devido à formação de crostas de gordura. Óleos e graxas, 
minerais e sintéticos (não biodegradáveis), não podem ser lançados no esgoto. 
3.2.17 OXIGÊNIO DISSOLVIDO (OD) 
É a quantidade de oxigênio que se encontra dissolvido em uma amostra de 
água ou esgoto. Esse teste é especialmente necessário no processo de lodos ativados em 
que o tratamento depende da conservação do oxigênio dissolvido no esgoto. Fornece, 
além disso, dados necessários a respeito da qualidade do curso d’água no qual o 
efluente da ETE é descarregado. 
3.2.18 SÓLIDOS TOTAIS 
Compreende os sólidos orgânicos e inorgânicos; suspensos e dissolvidos; 
sedimentáveis. É uma estimativa concreta da matéria orgânica e da matéria inorgânica 
que apresenta uma amostra que normalmente é de lodo. 
3.2.19 SÓLIDOS TOTAIS FIXOS 
 Componentes minerais dos sólidos totais. 
3.2.20 SÓLIDOS TOTAIS VOLÁTEIS 
Componentes orgânicos dos sólidos totais. 
 
12 
 
3.2.21 SÓLIDOS SUSPENSOS (TOTAIS) 
Fração dos sólidos orgânicos e inorgânicos que são filtráveis (não-dissolvidos). 
Normalmente são aqueles retidos no papel-filtro. É o parâmetro mais importante para a 
operação da estação, dentre os parâmetros de sólidos e fornece uma idéia da quantidade 
de lodo (bactérias) presente em um tanque de tratamento. 
3.2.22 SÓLIDOS SUSPENSOS FIXOS 
Componentes minerais, não incineráveis, inertes, dos sólidos suspensos totais. 
Mede a quantidade de matéria inorgânica e é a porção dos sólidos suspensos 
totais que permanece no papel de filtro, após a ignição em forno-mufla a uma 
temperatura de 550ºC. 
3.2.23 SÓLIDOS SUSPENSOS VOLÁTEIS 
Componentes orgânicos dos sólidos suspensos totais. Refere-se à matéria 
orgânica volátil e eventualmente alguns compostos inorgânicos voláteis como sulfetos. 
É a porção dos sólidos suspensos totais que volatiliza após a ignição em forno-
mufla a uma temperatura de 550ºC. É obtido calculando-se a diferença entre os sólidos 
suspensos totais e os sólidos suspensos fixos. 
3.2.24 SÓLIDOS DISSOLVIDOS (TOTAIS) 
Fração dos sólidos orgânicos e inorgânicos que não são filtráveis. 
Normalmente são aqueles que passam através de um filtro de porosidade média de 0,03 
mm de Coeficiente de Uniformidade. 
Fornece a idéia da quantidade de matéria orgânica e inorgânica presente em 
uma amostra como matéria coloidal e dissolvida. Correlacionada com a DBO e DQO 
filtrada. É obtido calculando-se a diferença entre os sólidos totais e os sólidos suspensos 
(totais). 
3.2.25 SÓLIDOS DISSOLVIDOS FIXOS 
Componentes minerais dos sólidos dissolvidos totais. É a diferença entre o teor 
desólidos totais fixos e sólidos suspensos fixos. 
 
13 
 
3.2.26 SÓLIDOS DISSOLVIDOS VOLÁTEIS 
Componentes orgânicos dos sólidos dissolvidos totais. É a diferença entre o 
teor de sólidos totais voláteis e o teor de sólidos suspensos voláteis. É uma melhor 
correlação entre DBO e DQO dissolvida de uma amostra de esgoto. 
3.2.27 SÓLIDOS SEDIMENTÁVEIS 
Fração dos sólidos orgânicos e inorgânicos que sedimenta no cone Imhoff. 
Indicação aproximada da sedimentação em um tanque de decantação. 
Serve para estimar as características de velocidade de sedimentação de sólidos 
em suspensão de uma amostra, e também serve como indicação visual da compactação 
do lodo e da turbidez do sobrenadante. 
Normalmente só se utiliza para amostras de esgoto bruto e tratado. Para 
amostras contendo bastante lodo, usa-se uma proveta graduada para determinar a 
velocidade de sedimentação do lodo e do retorno de lodos ativados. 
3.3 PRINCIPAIS MICROORGANISMOS PRESENTES NOS 
ESGOTOS 
3.3.1 BACTÉRIAS 
 Organismos protistas unicelulares. 
 Apresentam-se em várias formas e tamanhos. 
 São os principais responsáveis pela estabilização da matéria orgânica. 
 Algumas bactérias são patogênicas, causando principalmente doenças 
gastrointestinais. 
 Podem ser aeróbias, anaeróbias e facultativas. 
 Um grupo muito importante de bactérias é o grupo dos coliformes. 
 Os coliformes são bactérias utilizadas como indicadores de poluição 
fecal, pois ocorrem em grande número na flora intestinal humana e de animais de 
sangue quente. 
14 
 
A presença de coliformes na água indica poluição com o risco potencial de 
presença de organismos patogênicos e sua ausência é evidência de uma água 
bacteriologicamente potável, uma vez que são mais resistentes na água que as bactérias 
patogênicas de origem intestinal. 
Os coliformes são classificados em 2 grupos: 
- Coliformes totais: incluem todos os coliformes. 
- Coliformes fecais: um grupo de bactérias dentro dos coliformes totais, 
cuja origem é comprovadamente fecal. Estas bactérias conseguem se multiplicar e 
produzir gás a partir da lactose, quando incubadas em temperaturas entre 43 e 46
o
 C, 
diferentemente dos outros coliformes, que não possuem esta capacidade. 
3.3.2 FUNGOS 
Organismos aeróbios, multicelulares, não fotossintéticos. Alimentam-se de 
matéria orgânica. São também de grande importância na decomposição aeróbia da 
matéria orgânica. Podem crescer em condições de baixo pH. 
3.3.3 PROTOZOÁRIOS 
Organismos unicelulares com parede celular. A maioria é aeróbia ou 
facultativa. Alimentam-se de bactérias, algas e outros microorganismos. São essenciais 
no tratamento biológico aeróbio para a manutenção de um equilíbrio entre os diversos 
grupos e alguns são patogênicos. 
3.3.4 VÍRUS 
Organismos parasitas, formados pela associação de material genético (DNA ou 
RNA) e uma carapaça protéica. Causam doenças e podem ser de difícil remoção no 
tratamento da água ou do esgoto com muita matéria em suspensão. Podem ser 
removidos com ozonização, cloração e ultra-violeta. 
3.3.5 HELMINTOS 
Animais parasitas multicelulares de grandes dimensões, visíveis a olho nu ou 
com pequena ampliação. Ovos de helmintos estão presentes nos esgotos, lodos, areia e 
material gradeado. Podem causar doenças. 
 
15 
 
4 ANÁLISE DE DESEMPENHO 
Após conhecermos a estruturação de uma ETE e os indicadores de eficiência, 
ressaltamos a importância do estreitamento de informações entre a operação e o 
laboratório, pois desta forma as intervenções por parte do operador no fluxo do 
tratamento será mais eficiente, não prejudicando ou comprometendo a qualidade do 
efluente
3
 tratado a ser lançado no corpo receptor. Tendo em vista que o resultado do 
desempenho de uma ETE irá refletir no trabalho de toda a equipe. 
Cada etapa do tratamento é interdependente do anterior, desde a coleta até o 
tratamento. As principais causas de desconformidade no tratamento devem-se as 
ligações irregulares de esgoto (águas pluviais ligadas na rede de esgoto), descarte 
irregular de efluentes industriais na rede coletora de efluentes domésticos, descarte de 
efluentes domésticos com pH fora de padrão (entre 6,8 e 7,5), dentre outros. 
A legislação em vigor é bem criteriosa e rigorosa. Os parâmetros adotados pela 
SANEPAR como índices de desempenho tem por base as determinações vigentes do 
IAP que determinam os limites máximos de DBO5, DQO, pH, sanidade, dentre outros. 
Os gráficos disponíveis no anexo 2 demonstram alguns parâmetros que são 
debatidos constantemente nas ETE´s, contudo as condições ambientais (temperatura 
ambiente, umidade relativa do ar, direção e velocidade e pressão atmosférica), chuvas, 
estiagem e excesso de vazão de entrada influenciam significativamente no desempenho 
dos reatores. 
Todos os gráficos que apontem resultados referentes ao afluente no anexo 2, 
estão correlacionados ao tratamento preliminar (do gradeamento bruto até o 
desarenador) no anexo 1. Os que apresentam resultados referentes ao efluentes dos 
reatores, trata-se do tratamento propriamente dito (reatores) e do efluente tratado, trata-
se da lagoa. 
 
3 EFLUENTE: qualquer tipo de água, ou outro líquido, que flui de um sistema de coleta, de transporte, 
como tubulações, canais, reservatórios, elevatórias, ou de um sistema de tratamento ou disposição final, 
como estações de tratamento e corpos de água. Não confundir com Afluente. 
 
16 
 
Especificamente no caso das chuvas, estas aumentam a vazão de entrada, 
diluem o afluente a ser tratado, arrasta materiais estranhos (garrafas pet, troncos de 
árvore, fitas de vídeo VHS, pneus, etc.), eleva a quantidade de sólidos sedimentáveis do 
afluente e sobrecarregam o desarenador devido ao excesso de areia, causando sérios 
problemas nos reatores devido à cristalização e compactação desta no fundo dos 
reatores, arraste de sólidos dos reatores elevando a quantidade de sólidos suspensos e 
que acaba sobrecarregando a lagoa. 
Por outro lado, as chuvas ajudam no combate aos maus odores (S
-2
: gás 
sulfídrico) e na diminuição do consumo de gás cloro (Cl2) utilizado não só para este 
fim, mas também, na desinfecção. 
A estiagem provoca o aumento da concentração do afluente propiciando o 
aumento no consumo de produtos químicos, aumento de reclamações devido aos maus 
odores. 
A manutenção de reatores de outras estações também causa desequilíbrio na 
biota dos reatores. Por mais que “tudo seja esgoto”, cada região tem uma característica 
habitacional diferenciada (renda per capita, padrão de consumo e alimentação) e estas 
características irão contribuir para a construção de padrões diferentes de lodo. 
Quando estes tipos diferentes de lodo entram em choque, provocam o 
desequilíbrio biótico e até que o equilíbrio seja restabelecido, irá demandar tempo e até 
que isto aconteça, os reatores não terão a eficiência ideal e havendo a necessidade de 
descartes de lodo com menor intervalo de tempo. 
Além de alguns fatores que irão influenciar no desempenho geral da ETE, 
ainda tem as falhas operacionais e de projeto. Inicialmente os de projeto, pois o sub-
dimensionamento dos equipamentos (capacidade dos reatores, bombas da elevatória, 
desarenador, sistema de desinfecção, sistema de desidratação e higienização de lodo, 
etc.) irá ocasionar aumento dos gastos com manutenções corretivas e em adaptações 
não previstas. 
As falhas operacionais começam na não realização da limpeza do gradeamento 
bruto até o acompanhamento junto ao laboratório dos resultados da chamada análise 
operacional (pH, temperatura das amostras, alcalinidade e sólidos sedimentáveis) e de 
sulfetos.Porém, o laboratório tem a obrigação de informar a operação e vice-versa, caso 
17 
 
seja constatada alguma anormalidade nos resultados, sendo necessária uma nova coleta 
e uma nova seqüencia de análises para comparar com a anterior. Persistindo o 
problema, deverão ser comunicado de imediato, as pessoas de nível hierárquico mais 
elevado para a tomada das devidas providências. 
5 LEGISLAÇÃO EM VIGOR 
 
1. Âmbito Federal 
 
CONAMA 237/97: regulamenta os aspectos do licenciamento ambiental 
empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva 
ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar 
degradação ambiental; 
CONAMA 357/05: dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes 
ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de 
lançamento de efluentes; 
 CONAMA 375/06: define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de 
lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos 
derivados; 
CONAMA 377/06: dispõe sobre licenciamento ambiental simplificado de 
sistemas de esgotamento sanitário; 
CONAMA 380/06: retifica a res. 375/05 Seção 1, página 80 referente aos 
processos para redução da atratividade de vetores; 
DECRETO FEDERAL 4954/04: aprova o Regulamento da Lei n
o
 6.894, de 16 
de dezembro de 1980, que dispõe sobre a inspeção e fiscalização da produção e do 
comércio de fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes destinados à 
agricultura; 
2. Âmbito Estadual 
 
SEMA 31/98: dispõe sobre o licenciamento ambiental, autorização ambiental, 
autorização florestal e anuência prévia para desmembramento e parcelamento de gleba 
rural; 
18 
 
PORTARIA IAP 019/06: aprova e determina o cumprimento da Instrução 
Normativa DIRAM n° 002/2006, que estabelece o Sistema de Automonitoramento de 
Atividades Poluidoras no Paraná; 
PORTARIA SUDERSHA 019/07: estabelece as normas e procedimentos 
administrativos para a análise técnica de requerimentos de Outorga Prévia (OP) e de 
Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos (OD) para empreendimentos de 
saneamento básico; 
DECRETO 4646/01: dispõe sobre o regime de outorga de direitos de uso de 
recursos hídricos; 
SEMA 001/07: dispõe sobre licenciamento ambiental, estabelece condições e 
padrões ambientais e dá outras providências, para empreendimentos de saneamento; 
SEMA 002/07: dispõe sobre as metas progressivas para empreendimentos de 
saneamento; 
 
3. Âmbito do Município de Curitiba/PR 
 
DECRETO 1153/04: Regulamenta os Arts. 7º e 9º, da Lei nº 7.833/91, institui 
o Sistema de Licenciamento Ambiental no Município de Curitiba. 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
6 CONCLUSÃO 
 
Conhecemos a estrutura, os parâmetros físicos, indicadores físico-químicos e 
com brevidade uma análise dos gráficos de eficiência e as possíveis interferências no 
tratamento. 
As pesquisas sobre novas tecnologias de tratamento do esgoto doméstico ou 
sanitário continuam avançando. Cada vez mais artigos científicos estão sendo 
publicados sobre o assunto e em paralelo com o aumento da rede coletora e da 
preocupação com preservação e recuperação dos corpos hídricos propostos pelos 
Departamentos de Meio Ambiente das companhias de saneamento básico no país e da 
população em saber se realmente o esgoto coletado e pago está sendo devidamente 
tratado afim de garantir a sobrevivência das próximas gerações. 
Esperamos ter contribuído para o esclarecimento sobre o assunto e a 
desmistificação no tocante do tratamento de esgoto. É uma atividade que requer 
atenção, zelo, pró-atividade, investimento e divulgação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
7 REFERÊNCIA 
 
 
1. Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) 
<http://www.mma.gov.br/port/conama>, acessado em 04 de Nov de 2007. 
2. Instituto Ambiental do Paraná (IAP) <http://www.iap.pr.gov.br>, acessado em 
04 de Nov de 2007. 
3. Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento 
Ambiental <http://www.suderhsa.pr.gov.br>, acessado em 04 de Nov de 2007. 
4. Secretaria Municipal do Meio Ambiente da Cidade de Curitiba 
<http://www.curitiba.pr.gov.br/Secretaria.aspx?o=5>, acessado em 04 de Nov 
de 2007. 
5. CHERNICHARO, Carlos Augusto de Lemos. Pós-tratamentos de efluentes de 
reatores anaeróbios. Projeto PROSAB. Belo Horizonte, 2001. 
6. Companhia de Saneamento do Paraná (SANEPAR) – Unidade de Serviço de 
Esgoto da Região Metropolitana de Curitiba (USEG) – Unidade Industrial (U.I.) 
Barigüi - Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) CIC/XISTO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
8 ANEXO 1 
 
 
Foto 01. Comporta principal. Entrada na ETE do Efluente Doméstico. 
 
Foto 02. Gradeamento Grosseiro (início do tratamento e também chamado de 
tratamento primário). 
22 
 
 
Foto 03. Elevatória (ponto mais alto do tratamento). 
 
Foto 04. Desarenador (tem função de reter areia de baixa granulometria). 
 
Foto 05. Calha Parshall e Macromedidor (posicionado perpendicularmente à calha). 
23 
 
 
Foto 06. Caixa de Gordura ou Divisor de Vazão Primário. 
 
Foto 07. Distribuidor central de vazão ou secundário (distribui a vazão de 
igualmente entre os sete reatores). 
 
Foto 08. Reatores 
24 
 
 
Foto 09. Queimadores automáticos (tem a finalidade que queimar o gás metano 
(CH4) liberado pelas reações bioquímicas que ocorrem dentro do reator). 
 
Foto 10. Comportas de alimentação da Lagoa Anaeróbia 
 
Foto 11. Lagoa anaeróbia (fase final do tratamento e se localiza após os reatores). 
25 
 
 
 
Foto 12. Ponte de Verificação da caixa de saída de vazão da lagoa. 
 
Foto 13. Caixa de Saída de vazão da lagoa. 
 
Foto 14. Indicador Biológico (é o ponto mais visível de indicação de vazamento do 
efluente em tratamento na lagoa). 
26 
 
 
Foto 15. Sistema de desinfecção por meio de gás cloro e saída do efluente tratado. 
 
Foto 16.Calha Parshall de saída do efluente tratado. 
 
Foto 17. Comporta de liberação de vazão do efluente tratado para o corpo receptor 
(Rio Barigüi). 
27 
 
 
Foto 18. Adensador (local onde se deposita o lodo descartado dos reatores que será 
centrifugado, higienizado, analisado laboratorialmente e destinado para correção de 
solo no meio agrícola). 
 
Foto 19. Sistema de Centrifugação e Higienização (composta por um decanter-
centrifugo, misturador de lodo/cal, silo de 14ton para armazenagem da cal utilizado 
na higienização, 02 tanques de 2,4m³ de polieletrolítico diluído em água e 01 
compressor de ar para resfriamento do misturador e para diluir o lodo sedimentado 
no fundo do adensador). 
28 
 
 
Foto 20. Lodo centrifugado, higienizado, analisado e no aguardo de liberação 
através de recomendação agronômica. 
 
Foto 21. Imagem da ETE CIC/XISTO visualizada no Google Earth. 
 
 
 
 
 
9 ANEXO 2 
29 
 
1. DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio 
 
 
 
30 
 
 
 
2. DQO – Demanda Química de Oxigênio 
 
 
31 
 
 
 
 
 
 
32 
 
3. Sólidos Suspensos 
 
 
 
 
33 
 
 
4. Sólidos Sedimentáveis. 
 
 
 
 
34

Outros materiais