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Escrituração Contábil 
O que é?
É uma técnica contábil que consiste no registro cronológico e específico, nos livros próprios todos os fatos que ocorrem na empresa. Sem Contabilidade a empresa é uma entidade sem memória, sem identidade e sem as mínimas condições de sobreviver ou de planejar seu crescimento, qualquer tipo de empresa, independentemente de seu porte ou natureza jurídica, necessita manter escrituração contábil completa, para controlar o seu patrimônio e gerenciar adequadamente os seus negócios, com exceção do “pequeno empresário”, na forma definida no “Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte”. 
A escrituração contábil completa está contida como exigência expressa em diversas legislações vigentes, (Código Comercial, Lei das Sociedades por ações, Legislação Tributária, Normas Brasileiras de Contabilidade).
2. DESENVOLVIMENTO 
Para Franco (1997) a classificação dos componentes patrimoniais e suas variações são feitas de acordo com a natureza de cada um dos fatos registrados, reunindo-os em grupos de fenômenos patrimoniais.
O registro de um fato contábil chama-se de lançamento, o conjunto dos mesmos chama-se de escrituração contábil. Esse registro poderá ser feito de várias maneiras, de acordo com o método e o processo de escrituração adotado.
           O método pelo qual se procede à classificação dos documentos a serem registrados na contabilidade é de grande importância, são a partir da classificação que se desenvolvem todas as demais tarefas pertinentes ao setor. Para agilizar a informação a ser registrada, a classificação deve ser feita com absoluta clareza, de modo que traduza de fato as contas envolvidas, os históricos a serem utilizados e os valores correspondentes.
 1.1 PARTIDAS DOBRADAS
A essência deste método, é que o registro de qualquer operação implica que um débito em uma ou mais contas deve corresponder um crédito equivalente, em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual a soma dos valores creditados, ou simplificando: Para todo debito há um credito.
1.2 CONTAS
Representam os registros de débito e crédito da mesma natureza ou espécie identificadas por um título que qualifica os elementos do patrimônio (bem, direito, obrigação ou situação líquida) ou uma variação patrimonial (receitas e despesas).
1.2.1 Elementos da Conta
São seis os elementos de uma conta:
Título – é o nome da conta.
Data – marcação do tempo do fato (dia, mês e ano).
Histórico – é a narração do fato ocorrido.
Débito – estado de dívida da conta
Crédito – estado haver da conta
Saldo – é a diferença entre o débito e o crédito. Pode ser:
Devedor – quando débito maior que crédito.
Credor – quando débito menor que crédito.
Nulo – quando débito igual a crédito.
1.2.2 Função das Contas
Representar graficamente o Patrimônio e suas variações. A representação é feita através dos Razonetes ou Contas em forma de T, conforme abaixo demonstrado.
NOME DA CONTA
Valores Escriturados a Debito e valores escriturados a Credito.
Saldo Devedor e Saldo Credor.
1.2.3 Termos das Contas
São diversos os termos utilizados no uso das contas, entre os quais podemos citar:
Título da conta - é a denominação da conta. É o nome da conta.
 Abrir uma conta - significa iniciar a sua escrituração.
 Debitar uma conta - significa registrar determinado valor em seu débito.
 Creditar uma conta - significa registrar determinado valor em seu crédito.
 Conferir ou verificar uma conta - significa examinar a sua exatidão.
Tirar o saldo de uma conta ou balancear - é a diferença entre a soma do débito e a do crédito; se o débito for maior, o saldo será devedor. Se o crédito for maior, o saldo será credor.
 Reabrir uma conta - significa reiniciar a sua escrituração quando ela se acha encerrada, por não apresentar saldo.
Transferir uma conta - significa levar o seu saldo a débito ou a crédito de outra conta.
1.5 LANÇAMENTO CONTÁBIL – MECANISMO DO DÉBITO E DO CRÉDITO
Lançamento é o registro dos fatos contábeis os quais provocam mudanças na composição do patrimônio da entidade, efetuados de acordo com o método das partidas dobradas. O lançamento é feito nas contas Patrimoniais, pertencentes ao grupo do ATIVO, PASSIVO EXIGÍVEL e PATRIMÔNIO LÍQUIDO, e nas contas de Resultado, representadas pelas RECEITAS, e DESPESAS. 
As contas de ATIVO: Por terem saldo devedor, são aumentadas de valor por DÉBITO e diminuídas por CRÉDITO.
 As contas de PASSIVO EXIGÍVEL e de PATRIMÔNIO LÍQUIDO, por apresentarem saldo credor, são aumentadas de valor por CRÉDITO e diminuídas por DÉBITO. 
As contas relativas às RECEITAS e DESPESAS, por afetarem diretamente o PL, são, respectivamente, CREDITADAS (porque aumentam o PL) e DEBITADAS (porque diminuem o PL). 
	Natureza
	Para o Saldo
	Das Contas
	Do Saldo
	Aumentar
	Diminuir
	Ativo = Bens e Direitos
	D
	D
	V
	Passivo = Obrigações
	C
	C
	D
	Patrimônio Líquido
	C
	C
	D
	Receitas
	C
	C
	D
	Despesas e Custos
	D
	D
	C
	Contas Retificadoras do Ativo
	C
	C
	D
	Contas Retificadoras do Passivo
	D
	D
	C
1.5.1 Passos para se Efetuar um Lançamento.
Dado um fato contábil, devemos seguir alguns passos para efetuar seu devido lançamento. 
Exemplo: Compra de um veículo à vista em dinheiro no valor total de $ 1.000,00
1º passo – identificar as contas envolvidas no fato; 
Caixa (valor em dinheiro)
Veículo (bem) 
2º passo – identificar a natureza das contas, ou seja, a que grupos pertencem: Ativo (A); Passivo
(PE); Patrimônio Líquido (PL); Receitas (R); ou Despesas (D). 
Caixa – conta do Ativo (A)
Veículo – conta do Ativo (A) 
3º passo – identificar o que o fato provoca sobre o saldo das contas, ou seja, se o saldo aumentará ou diminuirá; no caso: 
Caixa (A) o saldo diminuirá (-);
Veículos (A) o saldo aumentará (+); 
4º passo – efetuar o lançamento contábil segundo o método das partidas dobradas, com a utilização do quadro-resumo do mecanismo do débito e crédito, da seguinte forma: 
DÉBITO = APLICAÇÃO DE RECURSO; CRÉDITO = ORIGEM DO RECURSO 
O Plano de contas 
é elaborado conforme a necessidade da empresa e sob o regimento da Lei 6.404 de 15.12.1976, Lei das sociedades por ações, a escrituração é obrigatória quando o registro é feito em livros exigidos pela legislação fiscal ou comercial, sendo de ordem cronológica, separando-se por contas. 
Sendo sintética quando considera os registros de forma resumida, reunindo fatos homogêneos em contas ou grupo de contas, e analítica quando registra os fatos com particularidade e desdobramento.
2.6 Modelo do plano de contas
1     ATIVO
1.1 ATIVO CIRCULANTE
1.1.1 Disponível
1.1.1.01 Caixa         
1.1.1.02 Bancos Conta Movimento
1.1.103 Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata
1.1.2 Clientes
            1.1.2.01 Duplicatas a Receber
            1.1.2.02 (-) Duplicatas Descontadas
            1.1.2.03 (-) Créditos Vencidos e Não Liquidados *
* "A conta ‘créditos Vencidos e Não Liquidados" está em conformidade com o que  dispõe a Lei n.º 9.430/96, art. 10, II. Esse diploma legal tornou indedutível, a partir de 1º.01.97, a antiga "Provisão para Créditos de liquidação duvidosa", tanto para fins de Imposto de Renda quanto da contribuição social sobre o lucro. Se a empresa optar por constituir a provisão indedutível, importa observar que esta será, também, conta redutora de "Clientes".
1.1.3  Outros Créditos
            1.1.3.01  Bancos conta Vinculadas
            1.1.3.02  Títulos a Receber
            1.1.3.03  Cheques em Cobrança
            1.1.3.04  Dividendos a Receber
            1.1.3.05  Importações em Andamento
            1.1.3.06  Adiantamento a Fornecedores
1.1.3.07 Adiantamento a Empregados
1.1.3.08  Empréstimo  a Empregados
1.1.4  Tributos a Recuperar/Compensar
            1.1.4.01  IPI a Recuperar
            1.1.4.02  ICMS a Recuperar
            1.1.4.03  Imposto de Renda Retido na Fonte
            1.1.4.04  Imposto de Renda Pago por Estimativa
            1.1.4.05  Contribuição Social sobre o LucroPaga por Estimativa
            1.1.4.06  tributos Pagos a Maior ou indevidamente
1.1.5  Aplicações Financeiras
            1.1.5.01  Aplicações Financeiras com Rendimento Pós - fixados
            1.1.5.02  Aplicações Financeiras com rendimento Prefixados
            1.1.5.03  Ações
            1.1.5.04  Debêntures
1.1.6  Estoques
            1.1.6.01  Mercadorias para Revenda
            1.1.6.02  Matérias - Primas
            1.1.6.03  Material de Embalagem e Acondicionamento
1.1.6.04 Outros Materiais de Consumo Industrial
1.1.6.05 Produtos Acabados
            1.1.6.06  Produtos  em Elaboração
            1.1.6.07  Almoxarifado de Manutenção
1.1.6.08  Almoxarifado Administrativo
1.1.6.09  (-) Provisão para Ajuste do Estoque ao Valor de Mercado
1.1.7  Despesas Pagas Antecipadamente
            1.1.7.01  Prêmios de Seguros a Apropriar
            1.1.7.02  Assinaturas e Anuidades
1.2  ATIVO NÃO CIRCULANTE 
1.2.1     Clientes
1.2.1.01  Duplicatas a Receber
1.2.1.02  (-) Duplicatas descontadas
1.2.1.03 (-) Créditos Vencidos e Não Liquidados (Lei N.º 9.430/96, art. 10, II)
1.2.2  Outros Créditos
            1.2.2.01  Títulos a Receber
            1.2.2.02  Bancos Conta Vinculada
            1.2.2.03  Empréstimos a controladora, Controladas e Coligadas
            1.2.2.04  Empréstimos a Sócios, Administradores e Pessoas Ligadas
            1.2.2.05  Aplicações Financeiras
            1.2.2.06  Depósitos Jurídicos 
1.3  ATIVO PERMANENTE
1.3.1  Investimentos
            1.3.1.01  Participaçõesem Empresa Controladase Coligadas – Equivalência Patrimonial
            1.3.1.02  Participaçõesem Empresas Controladase coligadas – Custo Corrigido
            1.3.1.03  Outras Participações Societárias
            1.3.1.04  Participações por Incentivos Fiscais
            1.3.1.05  imóveis Não Destinados ao Uso
            1.3.1.06  Objetos de Arte
            1.3.1.07  (-) Provisão para Perdas Permanentes
1.3.2  Imobilizado
            1.3.2.01  Terrenos
            1.3.2.02  Edifícios
            1.3.2.03  construções
            1.3.2.04  Móveis e Utensílios
1.3.2.05 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas
1.3.2.06  Veículos
            1.3.2.07  Recursos Naturais
            1.3.2.08  Marcas, Direitos e Patentes
            1.3.2.09  Benfeitorias em  Propriedade de Terceiros
            1.3.2.10  Imobilizado em Andamento
1.3.2.11 (-) Depreciações, Amortizações e Exaustões Acumuladas
2  PASSIVO
2.1  PASSIVO  CIRCULANTE
2.1.1  Empréstimos e Financiamentos
            2.1.1.01  Empréstimos Bancários
            2.1.1.02  Empréstimos do Exterior
2.1.1.03 Financiamentos Bancários
2.1.1.04  Financiamentos estrangeiros
            2.1.1.05  Títulos a Pagar
            2.1.1.06  Adiantamento sobre Contratos de Câmbio
2.1.2  Debêntures
            2.1.2.01  Debêntures Conversíveis em ações
2.1.2.02 Debêntures Não Conversíveis
2.1.2.03  (-) Deságios a apropriar
2.1.3  Fornecedores
            2.1.3.01  Fornecedores Nacionais
2.1.3.02 Fornecedores Estrangeiros
2.1.4  Obrigações Tributárias
            2.1.4.01  IPI a Recolher
            2.1.4.02  ICMS A Recolher
            2.1.4.03  ISS a Recolher
            2.1.4.04  Provisão para Imposto de Renda
            2.1.4.05  Provisão para Contribuição Sobre o Lucro
            2.1.4.06  Imposto de Renda por Estimativa a Recolher
2.1.4.07 Contribuição Social Sobre o Lucro por Estimativa a Recolher
2.1.4.08  Imposto de Renda na Fonte a Recolher
            2.1.4.09  PIS a Recolher
            2.1.4.10  Cofins a Recolher
            2.1.4.11  Provisão para IOF
2.1.5  Obrigações Trabalhistas e Previdenciárias
            2.1.5.01  Salários e Ordenados a Pagar
            2.1.5.02  Pró Labore a Pagar
            2.1.5.03  Gratificação a Pagar
            2.1.5.04  INSS a Recolher
            2.1.5.05  FGTS a Recolher
            2.1.5.06  Provisão para Férias
            2.1.5.07  Provisão para 13º Salário
            2.1.5.08  INSS Sobre Provisão para Férias
2.1.5.09 FGTS Sobre Provisão para 13º Salário
2.1.6  Outras Obrigações
            2.1.6.01  Adiantamentos de Clientes
            2.1.6.02  Contas a Pagar
            2.1.6.03  Energia Elétrica, Água e Telefone A Pagar
            2.1.6.04  Contas Correntes
            2.1.6.05  Seguros a Pagar
            2.1.6.06  Outros Obrigações a Pagar
            2.1.6.07  Juros Sobre Capital Próprio a Pagar
2.1.7  Dividendos e Participações
            2.1.7.01  Dividendos a pagar       
            2.1.7.02  Participações a Pagar
2.2  PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
2.2.1  Empréstimos e Financiamentos
            2.2.1.01  Empréstimos Bancários
            2.2.1.02  Empréstimos Estrangeiros
            2.2.1.03  Financiamentos Bancários
            2.2.1.04  Financiamentos Estrangeiros
            2.2.1.05  Títulos a Pagar
2.2.1.06 Débitos com  Controladora, Controladas e Coligadas
2.2.1.07 Outros Débitos com Sócios, Administradores e Pessoas Ligadas
2.2.2  Fornecedores
            2.2.2.01  Fornecedores Nacionais
            2.2.2.02  Fornecedores Estrangeiros
2.2.3  Outras Obrigações
2.2.3.01 Contas a Pagar
2.3  RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS
2.3.1  Resultados Operacionais
            2.3.1.01  Receitas de Exercícios Futuros
            2.3.1.02  Custos e Despesas Vinculadas às Receitas 
2.4  PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2.4.1  Capital Social          
2.4.1.01  Capital  Subscrito
            2.4.1.02  (-) Capital a Integralizar
2.4.2  Reservas de Capital
            2.4.2.01  Correção Monetária do Capital Integralizado  *
            2.4.2.02  Ágio na Emissão de Ações
            2.4.2.03  Doações e Subvenções para Investimentos
            2.4.2.04  (-) Ações/Quotas em Tesouraria
*  A correção monetária das demonstrações financeiras foi revogada, inclusive para fins societários, a partir de 1º.01.96, por força do art. 4º da Lei n.º 9.249/95. Portanto, a Conta "Correção Monetária do Capital Integralizado" somente apresentará saldo se a empresa não houver incorporações e reserva ao Capital Social.
2.4.3  Reservas de Reavaliação
            2.4.3.01  Reavaliação de Ativos Próprios
            2.4.3.02  Reavaliação de Ativos de Coligadas
2.4.4  Reserva de Lucros
2.4.4.01 Reserva Legal
2.4.4.02 Reserva Estatutária
2.4.4.03 Reserva para Contingências
2.4.4.04 Reserva de Lucros a Realizar
2.4.4.05 Reserva Espacial
2.4.4.06 (-) Ações/Quotas em tesouraria
2.4.5  Lucros ou Prejuízos Acumulados
            2.4.5.01  Lucros Acumulados
            2.4.5.02  (-) Prejuízos Acumulados 
3  CONTAS DE RESULTADO – CUSTOS E DESPESAS
3.1 CUSTOS DE PRODUÇÃO
3.1.1  Custos Diretos de Produção
3.1.1.01 Material Aplicado
3.1.1.02 Mão-de-Obra Direta
3.1.1.03 Gastos Gerais
3.1.2  Custos Indiretos de Produção  *
3.1.2.01 Mão-de-Obra Indireta
3.1.2.02 Materiais de Consumo Indireto
3.1.2.03 Materiais de Manutenção e Reparo
3.1.2.04 Utilidades e Serviços
3.1.2.05 Aluguéis e Arrendamentos
3.1.2.06 Depreciações, Amortizações e Exaustões
3.1.2.07 Combustíveis e Energia Elétrica
3.1.3  Custos Diretos da Produção de Serviços  *
3.1.3.01 Mão-de-Obra Direta
3.1.3.02 Gastos Gerais
3.1.4  Custos Indiretos de Produção de Serviços  *
3.1.4.01 Mão-de-Obra Indireta
3.1.4.02 Materiais de Consumo Indireto
*  Os custos estão aqui apresentados de forma sintética. Portanto, as respectivas contas devem ser desdobradas em subcontas específicas de acordo com as peculiaridades de cada empresa. 
3.2  DESPESAS OPERACIONAIS
3.2.1  Despesas com Vendas
3.2.1.01 Salários e Ordenados
3.2.1.02 Pró Labore
3.2.1.03 Prêmios e Gratificações
3.2.1.04 13º Salário
3.2.1.05 Férias
3.2.1.06 INSS
3.2.1.07 FGTS
3.2.1.08 Indenizações e Aviso Prévio
3.2.1.09 Assistência Médica e social
3.2.1.10 Comissões Sobre vendas
3.2.1.11 Propaganda e Publicidade
3.2.1.12 Amostras Grátis
3.2.1.13 Fretes e Carretos
3.2.1.14 Manutenção de Veículos
3.2.1.15 Despesas com Viagens e Representações
3.2.1.16 Despesas com Hospedagem
3.2.1.17 Despesas comRefeições
3.2.1.18 Aluguéis
3.2.1.19 Manutenção e Reparos
3.2.1.20 Telefone
3.2.1.21 Despesas Postais e Telegráficas
3.2.1.22 Depreciações e Amortizações
3.2.1.23 Serviços Prestados Por terceiros
3.2.1.24 Seguros
3.2.1.25 Créditos Vencidos e Não Liquidados  *
* A conta ‘créditos Vencidos e Não Liquidados" está em conformidade com a disciplina instituída pela Lei n.º 9.430/96, que tornou indedutível, a partir de 1º.01.97, a antiga "Provisão para Créditos de liquidação duvidosa", tanto para fins de Imposto de Renda quanto da contribuição social sobre o lucro. Se a empresa optar por constituir a provisão indedutível, importa observar que a contrapartida da provisão (despesa) será, também, classificada no subgrupo "Despesas com Vendas".
3.2.2  Despesas Administrativas
3.2.2.01 Salários e Ordenados
3.2.2.02 Pró Labore
3.2.2.03 Prêmios e Gratificações
3.2.2.04 13º Salário
3.2.2.05 Férias
3.2.2.06 INSS
3.2.2.07 FGTS
3.2.2.08 Indenizações e Aviso Prévio
3.2.2.09 Assistência Médica e Social
3.2.2.10 Aluguéis e Arrendamentos
3.2.2.11 Aluguéis de Imóveis
3.2.2.12 Aluguéis de Máquinas e Equipamentos
3.2.2.13 Arrendamento de Imóveis
3.2.2.14 Arrendamento Mercantil (Leasing)
3.2.2.15 PIS/Pasep *
3.2.2.16 Cofins *
3.2.2.17 IPTU
3.2.2.18 IPVA
3.2.2.19 Taxas Diversas
3.2.2.20 Energia Elétrica
3.2.2.21 Água e Esgoto
3.2.2.22 Telefone
3.2.2.23 Despesas Postais e Telegráficas
3.2.2.24 Seguros
3.2.2.25 Material de Escritório
3.2.2.26 Material de Higiene e Limpeza
3.2.2.27 Assistência Contábil
3.2.2.28 Serviços Prestados por Terceiros
3.2.2.29 Depreciações e Amortizações
3.2.2.30 Reproduções
3.2.2.31 Despesas Legais e Judiciais
3.2.2.32 Livros, jornais e revistas
3.2.2.33 Juros Passivos
3.2.2.34 Variações Monetárias Passivas
3.2.2.35 Variações Cambiais Passivas
3.2.2.36 Descontos Concedidos
3.2.2.37 Provisão para Perdas e Ajustes de Ativos
3.2.2.38 Equivalência Patrimonial
3.2.2.39 Amortização de Ágio
* Exceto a parcela das contribuições ao PIS e Cofins Incidente sobre a receita bruta de vendas e serviços, que deve ser lançada no subgrupo 4.1.2 (Deduções da Receita Bruta). 
3.3  DESPESAS NÃO-OPERACIONAL
3.3.1  Despesas Não-Operacional
3.3.1.01 Perdas na Alienação de Participações em Coligadas
3.3.1.02 Perdas na Alienação de Imóveis
3.3.1.03 Perdas na Alienação de Móveis e Utensílios
3.3.1.04 Perdas na Alienação de Máquinas, Equipamentos e ferramentas
3.3.1.05 Perdas na Alienação de Veículos
3.3.1.06 Perdas em Sinistros com imobilizado
3.3.1.07 Outras Baixas do Ativo Permanente *
3.3.1.08 Provisões para Perdas permanentes
* Utilizável para registro de baixas de bens do Ativo Permanente por obsolescência, deterioração, desaparecimento, sinistros não ressarcidos etc., ou seja, baixas em relação às quais não tenha havido o correspondente recebimento de receita.
4  CONTAS DE RESULTADO - RECEITAS
4.1  RECEITAS OPERACIONAIS
4.1.1 Receita Bruta de vendas e Serviços
4.1.1.01  Receita de Vendas de Produtos
4.1.1.02 Receitas de Vendas de Mercadorias
4.1.1.03 Receitas da Prestação de Serviços
4.1.2  (-) Deduções da Receita Bruta
4.1.2.01 (-) Cancelamento e Devoluções
4.1.2.02 (-) Descontos Incondicionais
4.1.2.03 (-) IPI *
4.1.2.04 (-) ICMS
4.1.2.05 (-) ISS
4.1.2.06 (-) Cofins **
4.1.2.07 (-) PIS **
*  A conta IPI somente figurará entre os impostos incidentes sobre Vendas se a empresa adotar o critério de contabilizar as vendas pelo valor total da nota fiscal (inclusive IPI).
**  Somente a parcela da contribuição ao PIS e Cofins incidente sobre a receita bruta de vendas e serviços. O valor relativo às demais será lançado como Despesa Tributária.
4.1.3  Receitas Financeiras
4.1.3.01 Juros de Aplicações Financeiras
4.1.3.02 Juros Ativos [outros]
4.1.3.03 Descontos Obtidos
4.1.3.04 Variações Monetárias Ativas
4.1.3.05 Variações Cambiais Ativas
4.1.4  Recuperação de Despesas
            4.1.4.01  Recuperação de Créditos Considerados Incobráveis
            4.1.4.02  Reversão de Provisões
4.1.5  Outras Receitas Operacionais
4.1.5.01 Aluguéis e Arrendamentos
4.1.5.02 Vendas Acessórios
4.1.5.03 Receitas de Equivalência Patrimonial
4.1.5.04 Dividendos e Lucros Recebidos
4.2  RECEITAS NÃO-OPERACIONAIS
4.2.1  Resultados Não-Operacionais
4.2.1.01 Resultados Positivos na Alienação de Investimentos
4.2.1.02 Lucros na Alienação de Imóveis
4.2.1.03 Lucros na Alienação de Móveis e Utensílios
4.2.1.04 Lucros na Alienação de Máquinas, Equipamentos e Ferramentas
4.2.1.05 Lucros na Alienação de veículos
4.2.1.06 Resultado de Sinistros com Imobilizado 
5  CONTAS DE APURAÇÃO
5.1  CUSTOS DOS PRODUTOS E DOS SERVIÇOS VENDIDOS
5.1.1 Custo dos Produtos vendidos
            5.1.1.01  Custo dos Produtos vendidos
5.1.2  Custo dos Serviços Prestados
            5.1.2.01  custo dos Serviços Prestados
5.1.3  Custo das Mercadorias Vendidas
            5.1.3.01  Custo das Mercadorias vendidas
5.1.4  Apuração do Resultado do Exercício
5.1.4.01 Apuração do resultado do Exercício
LIVROS CONTÁBEIS - ESCRITURAÇÃO DO CONTRIBUINTE
A pessoa jurídica sujeita a tributação com base no Lucro Real deve manter escrituração com observância das leis comerciais e fiscais (Decreto-lei 1.598/1977, artigo 7°).
A escrituração deverá abranger todas as operações do contribuinte, os resultados apurados em suas atividades no território nacional, bem como os lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior (Lei 2.354/1954, artigo 2°, e Lei 9.249/1995, artigo 25).
CONTABILIDADE NÃO CENTRALIZADA
É facultado às pessoas jurídicas que possuírem filiais, sucursais ou agências manter contabilidade não centralizada, devendo incorporar ao final de cada mês, na escrituração da matriz, os resultados de cada uma delas (Lei 2.354/1954, artigo 2°).
PESSOAS JURÍDICAS COM SEDE NO EXTERIOR
As disposições do item anterior aplicam-se também às filiais, sucursais, agências ou representações, no Brasil, das pessoas jurídicas com sede no exterior, devendo o agente ou representante do comitente com domicilio fora do País escriturar os seus livros comerciais, de modo que demonstrem, além dos próprios rendimentos, os lucros reais apurados nas operações de conta alheia, em cada período de apuração (Lei 2.354/1954, artigo 2°, e Lei 3.470/1958, artigo 76 e § 1°).
Para apuração do resultado das operações referidas, o intermediário no País que for o importador ou consignatário da mercadoria deverá escriturar e apurar o lucro de sua atividade separadamente do lucro do comitente residente ou domiciliado no exterior (Lei  3.470/1958, artigo 76 e §§ 1º e 2°).
PROCESSAMENTO ELETRÔNICO DE DADOS
Os livros comerciais e fiscais poderão ser escriturados por sistema de processamento eletrônico de dados, em formulários contínuos, cujas folhas deverão ser numeradas, em ordem sequencial, mecânica ou tipograficamente.
Veja, a seguir, as disposições sobre a obrigatoriedade da Escrituração Contábil Digital - ECD.
LIVROS COMERCIAIS
A pessoa jurídica é obrigada a seguir ordem uniforme de escrituração, mecanizada ou não, utilizando os livros e papéis adequados, cujo número e espécie ficam a seu critério (Decreto-lei 486/1969, artigo 1°).
LIVRO DIÁRIO
Sem prejuízo de exigências especiais da lei, é obrigatório o uso de Livro Diário, encadernado com folhas numeradas seguidamente, em que serão lançados, dia a dia, diretamente ou por reprodução, os atos ou operações da atividade, ou que modifiquem ou possam vir a modificar a situação patrimonial da pessoa jurídica (Decreto-lei 486/1969, artigo 5°).
Admite-se a escrituração resumida no Diário, por totais que não excedam ao período de um mês, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares para registro individualizado e conservados os documentos que permitam sua perfeita verificação (Decreto-lei 486/1969, artigo 5°, § 3°).
No transporte dos totais mensais dos livros auxiliares, para o Diário, deve ser feita referência às páginas em que as operações se encontramlançadas nos livros auxiliares devidamente registrados.
A pessoa jurídica que empregar escrituração mecanizada poderá substituir o Diário e os livros facultativos ou auxiliares por fichas seguidamente numeradas, mecânica ou tipograficamente (Decreto-lei 486/1969, artigo 5°, § 1°).
Os livros ou fichas do Diário, bem como os livros auxiliares referidos, deverão conter termos de abertura e de encerramento, e ser submetidos à autenticação no órgão competente do Registro do Comércio, e, quando se tratar de sociedade civil, no Registro Civil de Pessoas Jurídicas ou no Cartório de Registro de Títulos e Documentos (Lei 3.470/1958, artigo 71, e Decreto-lei 486/1969, artigo 5°, § 2°).
Os livros auxiliares, tais como Caixa e Contas Correntes, que também poderão ser escriturados em fichas, terão dispensada sua autenticação, quando as operações a que se reportarem tiverem sido lançadas, pormenorizadamente, em livros devidamente registrados.
No caso de substituição do Livro Diário por fichas, a pessoa jurídica adotará livro próprio para inscrição do balanço e demais demonstrações financeiras, o qual será autenticado no órgão de registro competente.
Para fins de apuração do lucro real, poderá ser aceita, pelos Órgãos da Secretaria da Receita Federal, a escrituração do livro "Diário" autenticado em data posterior ao movimento das operações nele lançadas, desde que o registro e a autenticação tenham sido promovidos até a data prevista para a entrega tempestiva da declaração de rendimentos do correspondente exercício financeiro (IN SRF 16/1984).
Obrigatoriedade da DHP
O Conselho Federal de Contabilidade, através da Resolução CFC 1.363/2011, instituiu a Declaração de Habilitação Profissional - DHP Eletrônica, a qual tem por finalidade comprovar a regularidade profissional do contador perante o Conselho Regional.
A DHP irá compor o Livro Diário e deverá ser incluída após o Termo de Encerramento, a partir de 2012.
LIVRO RAZÃO
A pessoa jurídica tributada com base no lucro real deverá manter, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizados para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário, mantidas as demais exigências e condições previstas na legislação (Lei 8.218/1991, artigo 14, e Lei 8.383/1991, artigo 62).
A escrituração deverá ser individualizada, obedecendo a ordem cronológica das operações.
A não manutenção do livro razão, nas condições determinadas, implicará o arbitramento do lucro da pessoa jurídica (Lei 8.218/1991, artigo 14, parágrafo único, e Lei 8.383/1991, artigo 62).
Estão dispensados de registro ou autenticação o Livro Razão ou fichas de que trata este item.
LIVROS FISCAIS
A pessoa jurídica, além dos livros de contabilidade previstos em leis e regulamentos, deverá possuir os seguintes livros (Lei 154/47, artigo 2°, e Lei 8.383/1991, artigo 48, e Decreto-lei 1.598/1977, artigo 8° e 27):
I – para registro de inventário;
II – para registro de entradas (compras);
III – de Apuração do Lucro Real – LALUR;
IV – para registro permanente de estoque, para as pessoas jurídicas que exercerem atividades de compra, venda, incorporação e construção de imóveis, loteamento ou desmembramento de terrenos para venda;
V – de Movimentação de Combustíveis, a ser escriturado diariamente pelo posto revendedor.
Relativamente aos livros a que se referem os itens I, II e IV, as pessoas jurídicas poderão criar modelos próprios que satisfaçam às necessidades de seu negócio, ou utilizar os livros porventura exigidos por outras leis fiscais, ou, ainda, substituí-los por séries de fichas numeradas (Lei 154/1947, artigo 2°, §§ 1° e 7°).
Os livros de que tratam os incisos I e II ou as fichas que os substituírem, serão registrados e autenticados pelo Departamento Nacional de Registro do Comércio, ou pelas Juntas Comerciais ou repartições encarregadas do registro de comércio e, quando se tratar de sociedade civil, pelo Registro Civil de Pessoas Jurídicas ou pelo Cartório de Registro de Títulos e Documentos (Lei 154/1947, artigo 2, § 7°, e 3°, e Lei 3.470/1958, artigo 71).
No caso de pessoa física equiparada à pessoa jurídica pela prática das operações imobiliárias, a autenticação do livro para registro permanente de estoque será efetuada pelo órgão da Secretaria da Receita Federal.
LIVRO INVENTÁRIO
No Livro de Inventário deverão ser arrolados, com especificações que facilitem sua identificação, as mercadorias, os produtos manufaturados, as matérias-primas, os produtos em fabricação e os bens em almoxarifado existentes na data do balanço patrimonial levantado ao fim da cada período de apuração (Lei 154/47, artigo 2°, § 2°, e Lei 6.404/1976, artigo 183, inciso II, e 8.541/1992, artigo 3°).
LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL (LALUR)
No Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR, a pessoa jurídica deverá (Decreto-lei 1.598/1977, artigo 8°, inciso I):
I – lançar os ajustes do lucro líquido do período de apuração;
II – transcrever a demonstração do lucro real;
III – manter os registros de controle de prejuízos fiscais a compensar em períodos de apuração subsequentes, do lucro inflacionário a realizar, da depreciação acelerada incentivada, da exaustão mineral, com base na receita bruta, bem como dos demais valores que devam influenciar a determinação do lucro real de períodos de apuração futuros e não constem da escrituração comercial;
IV – manter os registros de controle dos valores excedentes a serem utilizados no cálculo das deduções nos períodos de apuração subsequentes, Aos dispêndios com programa de alimentação ao trabalhador, vale – transporte e outros previstos neste Regulamento.
O Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR poderá ser escriturado mediante a utilização de sistema eletrônico de processamento de dados, observadas as normas baixadas pela Secretaria da Receita Federal (Lei 8.218/1991, artigo 18).
Observe os detalhes e especificações deste livro no tópico AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO NO LUCRO REAL.
CONSERVAÇÃO DE LIVROS E COMPROVANTES
A pessoa jurídica é obrigada a conservar em ordem, enquanto não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, os livros, documentos e papéis relativos a sua atividade, ou que se refiram a atos ou operações que modifiquem ou possam vir a modificar sua situação patrimonial (Decreto-lei 486/1969, artigo 4°).
Ocorrendo extravio, deterioração ou destruição de livros, fichas, documentos ou papéis de interesse da escrituração, a pessoa jurídica fará publicar, em jornal de grande circulação do local de seu estabelecimento, aviso concernente ao fato e deste dará minuciosa informação, dentro de 48 horas, ao órgão competente do Registro do Comércio, remetendo cópia da comunicação ao órgão da Secretaria da Receita Federal de sua jurisdição (Decreto-lei 486/1969, artigo 10).
Os comprovantes da escrituração da pessoa jurídica, relativos a fatos que repercutam em lançamentos contábeis de exercícios futuros, serão conservados até que se opere a decadência do direito de a Fazenda Pública constituir os créditos tributários relativos a esses exercícios (Lei 9.430/1996, artigo 37).
DOCUMENTAÇÃO GERADA EM COMPUTADOR
O sujeito passivo usuário de sistema de processamento de dados deverá manter documentação técnica completa e atualizada do sistema, suficiente para possibilitar a sua auditoria, facultada a manutenção em meio magnético, sem prejuízo da sua emissão gráfica, quando solicitada (Lei 9.430/1996, artigo 38).
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL - ECD
A IN SRF 787/2007 instituiu a Escrituração Contábil Digital (ECD) que passa a ser obrigatória a determinadas pessoas jurídicas com relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2008.
A ECD foi instituída para fins fiscais e previdenciários e deverá ser transmitida pelas pessoas jurídicas a ela obrigadas, ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), e será considerada válida após a confirmação de recebimento do arquivo que a contém e, quando for o caso, após a autenticação pelos órgãos de registro.
A Resolução CFC 1.299/2010, do ConselhoFederal de Contabilidade, aprovou o Comunicado Técnico CT 04 definindo as formalidades da escrituração contábil em forma digital para fins de atendimento ao Sistema Público de Escrituração Digital - SPED.
Para maiores detalhamentos sobre a sistemática da Escrituração Contábil Digital, acesse o tópico Escrituração Contábil Digital, no Guia Tributário Online.
RESPONSÁVEIS PELA ESCRITURAÇÃO
A escrituração ficará sob a responsabilidade de profissional qualificado, nos termos da legislação específica, exceto nas localidades em que não haja elemento habilitado, quando, então, ficará a cargo do contribuinte ou de pessoa pelo mesmo designada (Decreto-lei  486/1969, artigo 3°).
A designação de pessoa não habilitada profissionalmente não eximirá o contribuinte da responsabilidade pela escrituração.
Desde que legalmente habilitado para o exercício profissional referido neste item, o titular da empresa individual, o sócio, acionista ou diretor da sociedade pode assinar as demonstrações financeiras da empresa e assumir a responsabilidade pela escrituração.
PRINCÍPIOS, MÉTODOS E CRITÉRIOS
A escrituração será completa, em idioma e moeda corrente nacionais, em forma mercantil, com individuação e clareza, por ordem cronológica de dia. mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borraduras, rasuras, emendas e transportes para as margens (Decreto-lei 486/1969 artigo 2°).
É permitido o uso de código de números ou de abreviaturas, desde que estes constem de livro próprio, revestido das formalidades estabelecidas em lei (Decreto-lei 486/1969, artigo 2°, § 1°).
Os erros cometidos serão corrigidos por meio de lançamento de estorno, transferência ou complementação (Decreto-lei 486/1969, artigo 2°, § 2°).
Os registros contábeis que forem necessários para a observância de preceitos da lei tributária relativos à determinação do lucro real, quando não devam, por sua natureza exclusivamente fiscal, constar da escrituração comercial, ou forem diferentes dos lançamentos dessa escrituração, serão feitos no LALUR ou em livros auxiliares (Decreto-lei 1.598/1977, artigo 8°, § 2°).
Devem ser registrados na escrituração comercial a apuração do resultado de contratos de longo prazo, a avaliação de investimentos em sociedades coligadas ou controladas pelo valor do patrimônio líquido inclusive de filiais, sucursais, agências e representações no exterior, a apuração de resultados de empreendimentos imobiliários e a reavaliação de bens do ativo.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Ao fim de cada período de incidência do imposto, o contribuinte deverá apurar o lucro líquido mediante a elaboração, com observância das disposições da lei comercial, do balanço patrimonial, da demonstração do resultado do período de apuração e da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados (Decreto-lei 1.598/1977, artigo 7°, § 4°, e Lei  7.450/1985, artigo 18).
O lucro líquido do período deverá ser apurado com observância das disposições da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Decreto-lei 1.598/1977, artigo 67, inciso XI, e Lei 7.450/1985, artigo 18, e Lei 9.249/1995, artigo 5°).
O balanço ou balancete deverá ser transcrito no Livro Diário (Lei 8.383/1991, artigo 51, e Lei 9.430/1996, artigo 1° e 2°, § 3°).
Obrigatoriedade da DHP
Nos casos de registros na Junta Comercial de demonstrações contábeis em separado do Livro Diário, a Declaração de Habilitação Profissional - DHP Eletrônica - deverá ser incluída após a folha com a assinatura do Profissional de Contabilidade.
 DEMONSTRAÇÃO DO LUCRO REAL
O contribuinte deverá elaborar demonstração do lucro real, discriminando (Decreto-lei  1.598/1977, artigo 8°, § 1°, e Lei 9.430/1996, artigo 1° e 2°):
I – o lucro líquido do período de apuração;
II – os lançamentos de ajuste do lucro líquido, com a indicação, quando for o caso, dos registros correspondentes na escrituração comercial ou fiscal;
III – o lucro real.
A demonstração do lucro real deverá ser transcrita no Livro de Apuração do Lucro Real (Decreto-lei 1.598/1977, artigo 8°, inciso I, alínea b).
A determinação do lucro real pelo contribuinte está sujeita à verificação pela autoridade tributária, com base no exame de livros e documentos de sua escrituração, na escrituração de outros contribuintes, em informação ou esclarecimentos do contribuinte ou de terceiros, ou em qualquer outro elemento de prova (Decreto-lei 1.598/1977, artigo 9°).

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