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* * UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS Curso de Medicina Farmacologia Clínica Drogas Antidispépticas Profa. Maria Cristina da Silva Pranchevicius * * Dispepsia é definida como dor ou desconforto na região epigástrica, o que inclui: Pirose Plenitude gástrica Saciedade precoce Distensão abdominal Náuseas * * Lesão mucosa relacionada ao estresse Ácido, pepsina e bile: erosões ou ulcerações * * Síndrome dispéptica doenças determinadas pela disfunção cloridropéptica: doença de refluxo gastro-esofágico (DRGE) úlcera péptica gastroduodenal dispepsia funcional * * Avaliação do paciente Definir Patologia orgânica Distúrbio funcional Conduta diagnóstica e terapêutica adotada maioria +1/2 sem causa = dispepsia funcional alteração na função digestiva, sem alteração estrutural Patogenia não esclarecida: anormalidades da motilidade GI hipersensibilidade visceral alterações psicoemocionais * * Estômago 2,5 l suco gástrico/dia Secreções exócrinas: pró-renina e pepsinogênio HCl Fator intríseco Muco bicarbonato Céls pépticas/principais Céls parietais/oxínticas prostaglandinas Mucosa Fatores agressivos: ácido, pepsina e bile Fatores protetores: muco, bicarbonato, prostaglandina, fluxo sang, +99% úlcera péptica: H. pylori ou AINE Céls endócrinas intestinais * * Secreção do HCl pela Célula Parietal Gástrica Bomba de Próton H+/K+-ATPase Transportador K+ Transportador Cl- * * Ach/gastrina Aumento de Ca++ Secreção ácido Superf canicular Céls endócrinas intestinais * * http://www.stanford.edu/group/parasites/ParaSites2006/Helicobacter/Images/Ulcer%20diagram.png gastrite crônica, úlcera péptica, carcinoma gástrico Helicobacter pylori * * Estratégia para abordagem de Dispesias Endoscopia inicial: precoce, alto custo 2. Teste e trate: erradicar H. pylori em jovens Teste Respiratório com Uréia (TRU): VO uréia, marcada C13 ou C14. CO2-C14 sorologia e a detecção de antígenos nas fezes detecção de anticorpos na urina ou na saliva, PCR, imunofluorescência 3. Tratamento empírico (prova terapêurica): jovens Usa-se supressores ácidos Se não responde: Endoscopia 2 e 3 se não tiver sinais de gravidade de doença orgânica * * Dispepsia funcional Tratamento sintomático sem tratar as causas Agonista receptor serotonina) * * Fármacos Procinéticos Procinéticos - Metoclopramida ( Metoclan, Primperan, Reglan ) - Domperidona ( Mogasinte, Cinet, Motilium, Nordolil, Remotil ) Metoclopramida Mecanismo ação: não compreendido Estimula SNC e periférico Piloro e o duodeno relaxam-se Esvaziamento gástrico Efeitos adversos: inquietação motora e agitação, constipação, diarréia Doses: 10 mg VO, 3 a 4Xd, antes das refeições. Máxima 0,5 mg/Kg/dia IM 6/6 h Domperidona Mecanismo ação: antagonista da dopamina (não empregado) Efeitos adversos: cólicas leves, raras falta de ar e reações alergicas Doses: 10 mg, 3Xd, 15-30 min antes das refeições e, se necessário, 10 mg ao deitar, respeitando a dose diária máxima de 80 mg. * * Doença de refluxo gastro-esofágico: pirose (retorno aliment. e suco gástrico) fisiopatologia ainda não bem determinada Tratamento: IBP 2) ARH2 + procinéticos (apressam o trânsito intestinal) 3) modificações do estilo de vida: elevação da cabeceira da cama, redução do peso corpóreo, Abstenção: do álcool,tabaco, anti-inflamatórios, dieta sem irritantes * * Doença Ulcerosa Péptica (DUP) Mucosa expostas secreção gástrica Úlceras gástricas e duodenais ou tbm esôfago 2 fatores de risco: Infecção pelo Helicobacter pylori Uso frequente de Ac. Acetilsalicílico ou AINEs Mecanismos não compreendidos: Redução das defesas da mucosa gástrica e duodenal Estímulo secreção HCl (tabagismo, etilismo, estresse, dieta inadeq.) * * Doença Ulcerosa Péptica (DUP) Fatores agressivos HCL Isquemia da mucosa Helicobacter pylori Drogas Aspirina Corticosteróides Sais de ferro KCl Eritromicina Quimioterápicos AINEs Fatores protetores Muco Rápido turnover do epit. gastr. Fluxo sang gástrico e duodenal Motilidade normal Secreção de bicarbonato desequilíbrio Tratamento: Redução secreção gástrica (antigo) Erradicação do H. pylori (atual) * * Abordagem Terapêutica Doença péptica Redução do desconforto e dor = cicatrização da mucosa Neutralização da secreção ácida (antiácidos) Proteção mucosa (sucralfato e misoprostol) Redução da secreção ácida (antagonista H2 e IBP) Erradicação H. pylori Evitar uso de álcool, café, chocolate, frituras, refrigerantes Orientação para a diminuição do estresse * * Objetivos do tratamento Controle dos sintomas epigástricos Impedir a progressão do quadro e complicações Prevenir reincidivas * * Fármacos Utilizados Antiácidos Antagonistas dos receptores H2 Inibidores da Bomba de Prótons Análogos de Prostaglandinas Sucralfato Composto de Bismuto Erradicação do Helicobacter Pylori * * * ANTIÁCIDOS • Introdução no século XIX • Mecanismo de ação: Neutralizar o ácido gástrico ↓ Elevar o pH (>5.0) ↓ Inibir a atividade péptica * * Antiácidos alívio sintomático transitório Uso: quadros ocasionais (dispepsia ou refluxo gastroesofágico) Alterações isoladas na alimentação Doses = +/- cicatrização e recidiva (semelhantes ARH2) Uso prolongado + altas doses = contra-indicado Úlceras gastricas não eficaz!!! * * Antiácidos Hidróxido de magnésio Hidróxido de alúminio Carbonato de cálcio Bicarbonato de sódio Vantagem: alívio rápido dos sintomas • Desvantagens: Alterações intestinais Alcalose (↑ pH no sangue) Múltiplas dosagens * * Hidróxido de magnésio Hidróxido de Alumínio Reação HCl Efeito (duração) Esvaziam. gástr. Motilidade GI moderada Curto Acelerado Aumentada (diarréia) lenta Duradouro Retardado reduzido Efeito antagônico = associações Alívio rápido, prolongado e sem alteração na motilidade Antiácidos * * Antiácidos Bicarbonato de sódio Carbonato de Cálcio Neutralização de HCl + rápida do que os Hidróxidos Alívio instantâneo Liberação de gás carbônico Desconforto gástrico Distensão abdominal Refluxo gastroesofágico ácido Efeitos adversos carbonato de magnésio, carbonato de bismuto, carbonato de cálcio e bicarbonato de sódio * * Antiácidos Carbonato de cálcio: hipercalemia, calcinose renal até insuf. renal Hidróxido de Al: encelafopatia, osteoporose, constipação Mg: diarréia Bicarbonato de Na: evitar em pacientes c/ insuficiência cardíaca e hipertensão Efeitos colaterias Afetam dissolução e absorção dos fármacos devido pH * * Antiácidos Interações medicamentosas: aumento do pH, prejudica a absorção e a biodisponibilidade Utilizar intervalos de 2 horas Antiácidos: diminuem metabolismo hepático da ranitidina cetoconazol, digoxina, tetraciclinas, captopril, propanolol, cimetidina, ranitidina * * Bloqueadores da secreção gástrica Antagonistas seletivos do receptor H2 Bloqueadores da Bomba de Prótons * * Antagonistas seletivos do receptor H2 Bloqueio competitivo dose-dependente Homólogos da histamina Inibe a secreção ácida induzida pela histamina, Gastrina e acetilcolina Reduz o volume gástrico Cicatrização de úlceras Potência varíavel: usar IBP e erradicar H. pylori Metabolismo de 1° passagem (cimetidina, ranitidina, famotidina (-nizatidina) * * Crianças: 2 a 4 mg/kg 2Xdia máx: 300mg/dia cimetidina ranitidina famotidina Comp. 200 ou 400mg Adulto: 800mg (VO) 2X: 400 mg Máx. 2.4 g/dia Ampola: 150 ou 200 mg/ml IM: 200mg, (4/4h ou 6/6h) infusão contínua: 50mg a 100mg/hora, (30 a 60 min), durante as 24 horas. Comp. 150 ou 300mg Adulto: 300-400mg (VO) 2X: 150 mg Ampola: 50mg/2ml Intravenosa lenta: (2 min), 50mg cada 6-8h Infusão intravenosa: 25 mg (1-2h), intervalo 6-8h IM: 50 mg (6-8h) Comp. 20 ou 40mg 1X: 40mg Manutenção: 20mg/dia Adulto: 40mg Cim, Evicer, Tagamet, Ulceridine Gastridina, Gastrolav, Pep-Rani, Peptab, Peptifar, Stacer, Ulcecur, Zantac Dipsin, Fatidin, Gastopride, Gastrifam, Mensoma, Nulceran, Pepcidin 90% eficaz na secreção Noturna (histamina) * * Usos : Úlcera Duodenal Cicatrização 60-85% (4 semanas), 70-85% (8 semanas) Pode ocorrer colonização microbiana (pH básico) Recidiva Úlcera gástrica Cicatrização 50-75% (8 semanas) Cicatriza úlceras associadas as AINE, menos efetivos do que IBP ou misoprostol Úlceras e gastrites por estresse coma hepático, cirurgia prolongada Síndrome de Zollinger-Ellison Hipersecreção gástrica (tumor) Cimetina (efeito incompleto e colaterias), IBP + eficaz Tratamento definitivo: cirúrgico * * Usos : Doença por refluxo gastroesofágico (DRGE) Indicação em casos leves Alívio sintomático Cicatrização das erosões esofágicas Menos eficazes do que IBP Profilaxia da pneumonia por aspiração administrados no pré-operatório Evita aspiração do conteúdo gástrico ácido durante a anestesia * * Administração: 4 – 8 semanas Após ciatrização: ½ dose (manutenção) Cimetidina 1X 2-3h + + + + Potência ½ vida Ação Antiandrógena Inib. metab. Hepát. Efeitos colaterais Ranitidina 5X Cim. 2-3h Prolong. - - - Famotidina 8X Rani. (Sindr. ZE) 2,5-3,5h Prolong + Mínima - * * Efeitos colaterais: raros e reversíveis (suspensão): diarréia, tontura, cefaléia, erupção cutânea OBS: Cimetidina ginecomastia e dim. libido em homens (moderada afinidade por receptores de andrógenos) atividade do citocromo P450, atrasa biotransf. de fármacos ½ vida: varfarina, fenitoína, teofilina, fenobarbital; muitos benzodiazepínicos, propranolol, digitoxina, quinidina, mexiletina e os antidepressivos tricíclicos (imipramina) Aumento transitório das transaminases: FA e Creatinina Ranitidina semelhante a cimetidina com menos efeitos adversos Custo elevado, substituídos por inibidores da bomba de prótons * * Inibidores da Bomba de Prótons (H+/K+/ATPase) (IBP) * * Inibidores da Bomba de Prótons (H+/K+/ATPase) (IBP) Bomba Enzima do pólo apical das céls acidificação da secreção das céls parietais Inibida por compostos benzoimidazólicos OMEPRAZOL: (Gasec, Losec, Mepraz, Omezolan, Proclor, Proton) RABEPRAZOL: (Apton, Panctoc, Zurcal ) PANTOPRAZOL: ( Alexin, Gastroliber, Ogasto, Ulcertec) ESOMEPRAZOL: (Nexium) LANZOPRAZOL * * Inibidores da Bomba de Prótons (H+/K+/ATPase) (IBP) Omeprazol Supressão HCl (basal ou estimulado) Terapia anti-H pylori associação com antibióticos Fármaco de escolha: úlceras gástricas/duodenais ind. por AINE Absorção oral: 50% (instabilidade pH ácido) Efeito: 1h persite 3 dias (após suspensão) Mais eficazes do que bloqueadores H2 * * Omeprazol Usos: Úlcera péptica: 20 mg/dia, 1X/dia Cicatrização: 2 semanas (40mg) Inibição reincidiva: 20mg/dia, 3X/semana 2. Doença por refluxo gastroesofágico (DRGE): 20-60 mg, 1X/dia Farmaco de escolha: pacientes crônicos e ou esofagite/erosões 3. Sindrome de Zollinger-Ellinson Omeprazol: + utilizado Dose: 60-120 mg/dia ou + Casos inoperáveis: tratados > 6 anos Efeitos adversos: Mínimos: 3-5% (náuseas, diarréia, cefaléia, dor abdominal) Interações: Inibe oxidação de certos fárm: níveis de diazepam, varfarina, fenitoína * * Inibidores da Bomba de Prótons (H+/K+/ATPase) (IBP) Lansoprazol Levemente + potente que o Omeprazol Inibição H+K+ATPase: parcialmente reversível H. pylori : maior efeito do que Omeprazol Redução metabolismo diazepam e fenitoína Pantoprazol Recente Potencia e eficácia: semelhante omeprazol Único disponível p/ IV Tratamento: úlcera péptica com sangr. e úlceras agudas de estresse Menos interação com cP450 * * Inibidores da Bomba de Prótons (H+/K+/ATPase) (IBP) Rabeprazol Supressão + rápida da secreção Potência e eficácia: semelhante ao omeprazol Esomeprazol Melhor em pacientes DRGE Eficácia como omeprazol: cicatrização úlceras gástricas/duodenais e inibição H. pylori Efeitos colaterias e interações: semelhantes omeprazol * * Cicatrização temporária das úlceras * * Drogas que protegem a mucosa (citoprotetoras) Misoprostol Quelatos de bismuto Sucralfato * * Misoprostol (éster de metil-PGE1) Análogo estável da Prostaglandina E1 Inibição HCl dose dependente 200 mg (redução: basal 90% e estimulada 80%) menos eficaz no alívio da dor menos eficaz nas recindivas Efeitos colaterias: diarréias, cólicas abdominais, sangramento uterino, aborto Cicatrização em úlceras em pacientes com artrite que usam AINE * * BISMUTO • Mecanismo de ação: Hidrossolúvel/precipita pH<5 Capacidade de revestir a base da úlcera, Adsorve pepsina Estimula a produção local de prostaglandinas e bicarbonato Tóxico para o Helicobacter pylori Cicatrização 60% (4 semanas) 80-90% (8 semanas) Dose: 120 mg (Bi2O3), 1/2h antes das refeições (4-8 semanas) Efeitos colaterias: diarréia, cefaléia, tontura encefalopatia (toxicidade ao bismuto) * * Agentes protetores contra a úlcera Sucralfato Polimerização pH<4 (não utilizar assoc. antiácidos) Gel - Adere à ulcera -6h (duodenal/gástrica) Inibe a ação da pepsina Estimula a secreção de bicarbonato e prostaglandinas Pouco utilizado: grandes doses necessárias Dose: 1g, 1h antes das refeições e ao deitar (4-8 semanas) Prevenção recindivas: 1g 2X/dia por 6 meses ou + Efeitos colaterais: Poucos: constipação Desvantagem: interação com outros fármacos * * Qual o melhor fármaco??????? * * Erradicação H. pylore 1) Antimicrobianos: Amoxicilina Claritromicina Tetraciclina Metronidazol/tinidazol 2) Terapia ulcera péptica (H2/IBP) 1+2 = cicatrização mais rápida e menor reincidiva * * Esquemas-Associação 1 2 3 4 1 semana * 2 semanas * menos recidiva * * Esquema FDA Lanzoprazol (30) + Amoxicilina (1000) + Claritromicina (500) 2X/d 2 semanas 86-92% erradicação Todos esquemas: complexo, alto custo, aderência precária Nitroimidazol: resistência (paises tropicais) Vacina em fase de desenvolvimento Kits (2 doses/dia), exceto 3 (1dose): 2 SEMANAS Omeprazol(20)+amoxicilina(750)+tinidazol(500: HO-KIT, OMXITIN Lanzoprozol(15)+amoxicilina(750)+tinidazol(500): PYLOMOX Lanzoprazol(30)+amoxicilina(750)+tinidazol(500) (2kits/d): LANSI KIT Lanzoprazol(30)+claritromicina(250)+tinidazol(500): PYLOKIT, HELIGO Lanzoprazol(30)+claritromicina(250)+amoxicilina(750): LANPRO AC * * * * Penildon Silva. Farmacologia 7 ed. Bertram G. Katzung. Farmacologia Básica e Clínica. 9 ed. Tripathi KD. Farmacologia Médica. 5 ed. Rang & Dale. Farmacologia. 6 ed. Referências Bibliografias *
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