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INTRODUÇÃO À NATAÇÃO Prof. Ms. Ronaldo Celso de Abreu MÉTODOS DE ENSINO Método Global Método Misto Método Parcial ou Analítico MÉTODO GLOBAL O método global consiste em ensinar uma destreza, apresentando todo o seu conjunto. Deve ser utilizado quando a habilidade for de baixa complexidade e alta organização. Em função da facilidade da aprendizagem dos estilos, o nadar é uma habilidade que, inicialmente, deve ser ensinada através do método global levando em conta as necessidades individuais de cada aluno. MÉTODO MISTO Consiste em ensinar uma destreza motora pelo método global, identificando as dificuldades do aluno para depois corrigí-las através do método parcial. Quando as dificuldades estiverem superadas, retorna-se ao método global. Este método baseia-se na decomposição e composição de atos de aprendizagem, ou seja, se inicia com exercícios parciais até conseguir dominá-los, para depois coordena-los e aprender a habilidade completa. Por exemplo, na natação, o estilo é separado em partes que serão treinadas para que futuramente esta possam ser unidas e formar o estilo completo. MÉTODO PARCIAL OU ANALÍTICO PROFESSOR Horário ( O professor deve esperar o aluno) Sol no rosto Lado oposto da piscina Movimento constante Apresentação pessoal Dentro da água Fala adequada (lenta e clara) Olhar todos os alunos PROFESSOR Evitar “previsibilidade de conteúdos” Não ser perfeccionista Quantidade de informações limitada Reforços positivos (sem exagero) Movimentos dos nados (praticar – crianças imitam) Filmes – slides – fotos – nadadores Jogos imaginativos: foguetinho / motor Volta à calma Uso da piscina após a aula Trabalhar em equipe (partilhar) e “crescer” com o grupo PLANEJAMENTO Número de alunos Faixa etária Turmas homogêneas (testes) Material Quadro negro/prancha/elástico/bolas variadas/materiais específicos (coloridos, pesados, leves, etc) / pullbuoy /touca/óculos(?) /cones /arcos /balões /espaguete /massas / colchonetes / circuitos, etc. Aquecimento atividades psicomotoras, curso básico, flexibilidade, gestos motores da natação, lúdica, tempo PLANEJAMENTO Inclusão Testes periódicos de avaliação de forma adequada – ansiedade Ser flexível (mudanças fora de época, cumprimento de etapas) Estabelecer quesitos básicos para mudanças de nível (forma mais objetiva possível) Exame médico Plano de aula RELAÇÃO PROFESSOR / ALUNO / PAIS Bom humor Alegria Afetividade Motivação Firmeza Administrar super ativos Administrar ansiedade dos pais, dirigentes, donos de academia, etc. Demonstrar segurança e firmeza frente às atitudes indevidas dos pais Educado (nunca perder a razão) Envolver pais quando necessário Inteirar seu superior das ocorrências graves PARADÍGMA DO USO DE BÓIAS Vantagens Todo grupo ocupado Sensação de segurança p/ o aluno Piscinas com profundidades variadas Esvaziamento lento (conforme etapas) Desvantagens Tempo gasto para colocar o material Perigo de furo ou rasgo Restrição de movimentos Gasto APRENDIZAGEM NATAÇÃO Prof. Ms. Ronaldo Celso de Abreu Adaptação ao meio liquido (descontração facial) Flutuação Propulsão Respiração Mergulho elementar Aprendizagem em natação ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO GENERALIDADES: O PRIMEIRO FUNDAMENTO É DAR AO ALUNO A AMBIENTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO. ASPECTOS A CONSIDERAR: REALIZAR SEGUINDO UM MÉTODO PEDAGÓGICO E NÃO DE FORMA ABRUPTA (TRAUMA) IMPORTANTE FAZER A CRIANÇA SE SENTIR RELAXADA – TEMOR – RESPEITO ELIMINAÇÃO DA RIGIDEZ MUSCULAR O PROFESSOR DEVE FAZER-SE ENTENDER , SEM TOCAR O ALUNO O MAIS QUE NECESSÁRIO; SEM NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO PRÁTICA ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO AMBIENTAÇÃO: COLETIVA /PEQUENOS GRUPOS / PEQUENOS JOGOS AMBIENTAÇÃO – CARÁTER DE DESCOMPROMETIMENTO. ASSISTÊNCIA ADEQUADA AOS MAIS TEMEROSOS FORMA LÚDICA NÃO TER CONFIANÇA DEMASIADA NO ALUNO DESCONTRAÇÃO FACIAL Ex: perna na borda / entrar e sair da piscina / submergir a cabeça / andar na piscina segurando a calha; sem segurar / andar p/ trás /passeio no rio / jogos com bola / jogar água no rosto / tambor indígena / números debaixo d’água / pedras coloridas / scull (palmateio) O ser humano necessita para sua sobrevivência, adaptar-se ao seu ambiente. Logo, a adaptação é uma tendência natural do organismo e envolve dois processos complementares: Acomodação e Assimilação. Adaptação ao meio liquido e descontração facial Além de interagir e ambientar-se com outros fatores como: Temperatura da água Socialização Confiar no professor Os materiais utilizados nas aulas As qualidades físicas da água e resistência Capacidade Cardio -respiratória Adaptação ao meio liquido e descontração facial Adaptação ao meio liquido e descontração facial Uma má adaptação poderá influir negativamente em uma aprendizagem futura!!! Nesta fase devemos dar confiança ao aluno, para que ele tenha domínio do seu corpo no meio líquido. Adaptação gradual. Dar confiança ao aluno para que ele aprenda a dominar o meio, deslocando-se e movimentando-se com facilidade. Motivar o aluno (no caso de crianças, de forma lúdica, com brincadeiras). Instruir o aluno (sempre com uma linguagem compatível) Desenvolver uma aula que desperte o interesse do aluno. Fazer com que o aluno sinta-se relaxado (com a musculatura descontraída) Adaptação ao meio liquido e descontração facial Adaptação ao meio liquido e descontração facial Adaptação ao meio liquido e descontração facial Adaptação ao meio liquido e descontração facial Adaptação ao meio liquido e descontração facial Adaptação ao meio liquido e descontração facial Capacidade que o aluno deverá alcançar de submergir o rosto na água e a mesma não lhe oferecer uma sensação desagradável de desconforto. (Exemplo: Contração excessiva dos músculos da face, entrada de água pelo nariz, ouvidos, boca e olhos fechados) Na descontração facial o aluno se comportara embaixo d’água como se estivesse fora dela. Descontração facial Descontração facial Descontração facial Descontração facial Com o auxílio do professor, o aluno sentará na borda da piscina com as pernas dentro d'água sem movimentá-las. Idem ao anterior, sendo que agora o aluno movimentará as pernas com o auxílio do professor. Será pedido ao aluno que repita o mesmo movimento sozinho, no qual ele terá que flexionar e estender as pernas. O professor deverá estar dentro d’água. Em decúbito ventral de frente para a piscina, o aluno colocará as mãos dentro d’água e fará movimentos circulares. Adaptação ao meio liquido Adaptação ao meio liquido Adaptação ao meio liquido Adaptação ao meio liquido Com o auxílio do professor, o aluno descerá a escada entrando na piscina. O aluno se deslocará pela piscina segurando as mãos do professor, a fim de conhecer o meio em que irá trabalhar. O aluno dará uma volta na piscina segurando na borda. O aluno vai andar dentro da piscina segurando a prancha com os braços semi-flexionados com o auxilio do professor. Idem ao anterior sem o auxilio do professor. Exercícios É a capacidade que tem um corpo de se manter na superfície de um liquido, sem nenhum auxilio. A boa flutuação dá o domínio na água e contribui de maneira notável para o bom estilo do nadador. Flutuação/ Relaxamento FLUTUAÇÃO / RELAXAMENTO CAPACIDADE DE UM CORPO SE MANTER À SUPERFÍCIE SEM AUXÍLIO – DOMÍNIO DO CORPO NA ÁGUA –SENTIDO CINESTÉSICO RELAXAMENTO –REFLEXO AUTOMÁTICO –FÍSICO E MENTAL – TEMOR /ANSIEDADE –RIGIDEZ DO CORPO –CANSAÇO A FLUTUAÇÃO DEPENDE DE VÁRIOS FATORES, DENTRE ELES: PESO ESPECÍFICO DE CADA NADADOR / MULHERES DE MODO GERAL FLUTUAM MELHOR QUE OS HOMENS + TECIDO ADIPOSO, MENOR TÔNUS , MENOR L.B.M GRAU DE DISTENSÃO DA CAVIDADE TORÁCICA (PULMÕES) FLUTUAÇÃO / RELAXAMENTO DESCONTRAÇÃO MUSCULAR A TENSÃO E A RÍGIDEZ MUSCULAR PROVOCAM DUAS DAS MAIORES DIFICULDADES EM NATAÇÃO: MOVIMENTOS IMPRÓPRIOS CANSAÇO A RIGIDEZ MUSCULAR DIFICULTA A MOBILIDADE ARTICULAR O RELAXAMENTO DEVE SER CONSEGUIDO DE AMBAS AS FORMAS: FÍSICO E MENTAL Ex: SEGURAR A PAREDE ESTENDENDO OS BRAÇOS É o primeiro fundamento que exige do aluno assumir a posição horizontal no meio líquido. Para vivenciá-la o aluno deverá soltar o corpo para que o empuxo possa atuar na densidade do corpo, fazendo flutuar totalmente ou parcialmente Flutuação/ Relaxamento Não é um elemento ensinável, depende da densidade do corpo (+ ou- denso ). No ensino ela é vivenciada : Grupada e estendida (ventral e dorsal). Com ou sem apoio. Com ou sem a utilização dos materiais . Livre ( sem apoio e sem materiais) Flutuação/ Relaxamento FLUTUAR SEGURANDO AS MÃOS DO PROFESSOR FLUTUAR DECÚBITO DORSAL C/ O PROF. SEGURANDO LEVEMENTE OS QUADRÍS DO ALUNO FLUTUAR COM AJUDA DE 2 PRANCHAS (DECÚBITO VENTRAL E DORSAL) FLUTUAR USANDO 1 PRANCHA OU BOLA COMO TRAVESSEIRO ESTRELA DORSAL SOBRE UM ARCO FLUTUAR DECÚBTIO DORSAL C/ O PROF. SEGURANDO LEVEMENTE A NUCA DO ALUNO Flutuação/ Relaxamento Com o aluno em pé, será pedido ao mesmo que inspire profundamente pela boca , fique de cócoras com a cabeça baixa, queixo no peito e segurando os tornozelos. Ficar nesta posição por alguns segundos (retorna a posição inicial expirando pelo nariz. (tartaruga) De pé, tronco inclinado, queixo encostado no peito, braços acima da cabeça. O aluno vai elevar o joelho esquerdo ao peito e logo após abaixara os braços, em seguida retornara aposição inicial levantando a cabeça e o tronco. Idem ao anterior, elevando agora o joelho direito. Flutuação/ Relaxamento Flutuação/ Relaxamento Em decúbito dorsal com os braços ao longo do corpo, o aluno fará uma inspiração profunda, e o professor irá desloca-lo segurando pelos ombros. Idem ao anterior, porém em decúbito ventral. O professor puxará o aluno que vai estar em decúbito dorsal com os braços estendidos formando ângulo de 90° com o tronco. Idem ao anterior, em decúbito ventral. Flutuação/ Relaxamento Flutuação/ Relaxamento Flutuação/ Relaxamento DEFINIÇÃO: CAPACIDADE QUE TEM UM CORPO DE SE LOCOMOVER DENTRO DA ÁGUA COM OS PRÓPRIOS RECURSOS (PERNAS E BRAÇOS) Capacidade de locomoção do corpo no meio aquático pela exploração de recursos próprios, e pela ação conjunta de membros superiores e inferiores sendo essencial para a execução dos nados. PROPULSÃO PROPULSÃO EXISTEM 3 FASES DE PROPULSÃO: NOÇÃO DE PROPULSÃO PROPULSÃO DE PERNAS PROPULSÃO DE BRAÇOS Propulsão dos membros superiores: na qual estes lideram o deslocamento almejado nas diferentes atividades. Propulsão dos membros inferiores: nesse estágio são abordados exercícios visando ao deslocamento centrado na movimentação. A criança após dominar o meio líquido, a respiração, e a flutuação (equilíbrio), entra no aprendizado de propulsão ou deslocamentos. Esses deslocamentos serão sempre realizados, com deslizamentos, com ou sem ajuda das pernas; com ou sem ajuda dos braços, com ou sem ajuda das bordas. A forma mais eficiente de propulsão é aquela que os movimentos dos braços são similares a uma hélice. PROPULSÃO PROPULSÃO PROPULSÃO PROPULSÃO PROPULSÃO Com a prancha, deslizar entre uma borda e outra da piscina. Passar por baixo das pernas dos colegas que estarão em fila. Batimento de pernas. Rotação de braços Foguetinho morto Foguetinho vivo PROPULSÃO DOMÍNIO DOS MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS CORRESPONDENTES AO ESTILO DESDE O COMEÇO DA APRENDIZAGEM, DEVE-SE TRABALHAR MECÂNICA E AUTOMATICAMENTE OS MOVIMENTOS DA RESPIRAÇÃO PODEMOS DIVIDIR A RESPIRAÇÃO EM: EDUCAÇÃO RESPIRATÓRIA RESPIRAÇÃO FRONTAL RESPIRAÇÃO LATERAL RESPIRAÇÃO BILATERAL RESPIRAÇÃO No ambiente terrestre, normalmente inspiramos e expiramos pelo nariz, no meio aquático a respiração é mista. Para iniciar a adaptação ao controle da respiração em meio aquático é necessário promover a adaptação do aluno a sensação do contato do rosto com a água. RESPIRAÇÃO RESPIRAÇÃO Faça a máxima inspiração (forçada) com a cabeça fora da água e a máxima expiração com a cabeça dentro da água. Repita ininterruptamente. Com a cabeça fora da água, faça a inspiração no menor tempo possível. Depois, com a cabeça imersa, realize a expiração (forçada) no maior tempo possível RESPIRAÇÃO Após realizar a máxima inspiração (forçada) com a cabeça fora da água, imergir a cabeça, prendendo a respiração o máximo que conseguir. RESPIRAÇÃO Com a cabeça fora da água, faça a máxima inspiração (forçada). Em seguida, expire em um canudinho com a outra ponta dele dentro da água. RESPIRAÇÃO RESPIRAÇÃO RESPIRAÇÃO PROCESSOS PEDAGÓGICOS: SALTAR DE VÁRIAS FORMAS COM PRANCHA (DESLIZE PARA ÁGUA) SENTADO NA BORDA (AJUDA DO PROFESSOR) DE CÓCORAS DE JOELHOS DE PÉ COM CORRIDA DO BLOCO MERGULHO ELEMENTAR O mergulho elementar se caracteriza pelo aprendizado das diferentes formas de se entrar na água. Mergulho elementar Mergulho elementar Entrada na água por meio de um salto, na posição de pé. Mergulho de cabeça na água, partindo da posição deitada, de uma prancha ou escorregador se tiver. Mergulho de cabeça partindo da posição sentada na borda da piscina, pés no quebra ondas queixo no queixo no peito, estender os braços e com o pé forçando o quebra-ondas e elevar os quadris a nível da cabeça ; Mergulho partindo da posição ajoelhada. Mergulho partindo da posição dos joelhos semi-flexionados. Exercícios - CABRAL, Fernando; CRISTIANINI, Sanderson do R; SOUZA, Wagner Alves. Natação - 1000 exercícios/ Rio de Janeiro SPRINT 2001-4ª edição. - Machado, David Camargo, 1931- Metodologia da natação/ São Paulo: EPU, 1978. Referencias
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