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ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO 24/03/2017 Prof: FAUSTINO FILHO – faustinofff@msn.com SUPERELEVAÇÃO E RAIOS MÍNIMOS DE CURVATURA HORIZONTAL NAS ESTRADAS DE RODAGEM; CURVAS HORIZONTAIS COM TRANSIÇÃO; SUPERLAGURA EM RODOVIAS; Exemplo Prático. ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO INTRODUÇÃO Ao se definir a velocidade diretriz para o projeto geométrico de uma rodovia, procura-se estabelecer, ao longo do traçado em projeto, condições tais que permitam aos usuários o desenvolvimento e a manutenção de velocidades de percurso próximas a esta velocidade de referência, em condições de conforto e segurança. ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO INTRODUÇÃO Visando minimizar o impacto negativo inerentes aos trechos curvos, são introduzidos os conceitos de superelevação e de superlargura que, devidamente considerados nos projetos das curvas horizontais, ensejam condições de operação mais homogêneas para os usuários ao longo das rodovias. ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO SUPERELEVAÇÃO Ao percorrer um trecho de rodovia em curva horizontal com certa velocidade, um veículo fica sujeito à ação de uma força centrífuga, que atua no sentido de dentro para fora da curva, tendendo a mantê-lo em trajetória retilínea, tangente à curva, conforme esquematiza abaixo: ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO SUPERELEVAÇÃO Para minimizar os efeitos das forças laterais, utiliza-se o conceito de superelevação da pista de rolamento, que é a declividade transversal da pista nos trechos em curva. A superelevação é medida pela inclinação transversal da pista em relação ao plano horizontal, sendo expressa em proporção (m/m) ou em percentagem (%). ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO SUPERELEVAÇÃO Estando a pista inclinada com um ângulo α, a superelevação (e) pode ser expressa por: e = tg(α) (proporção ou m/m) ou e = 100⋅tg(α) em (%) ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO SUPERELEVAÇÃO ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO SUPERELEVAÇÃO ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO SUPERELEVAÇÃO ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO SUPERELEVAÇÃO Os valores a adotar para o coeficiente de atrito f são fixados pelas normas de projeto geométrico, tendo sido obtidos a partir de resultados de medições de campo realizadas em pesquisas bastante antigas, nas décadas de 30 a 50, e confirmadas por trabalhos posteriores, de 1985, nos Estados Unidos. As normas do DNIT fixam, como valores máximos admissíveis de coeficiente de atrito transversal, para fins de projeto, os transcritos na Tabela abaixo, para diferentes velocidades diretrizes. ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO SUPERELEVAÇÃO Os valores de raios de curva dos quais as normas do DNIT sugerem considerar as curvas como se fossem tangentes, no dimensionamento das seções transversais, vide tabela abaixo informa os raios que dispensam superelevação: A maior taxa de superelevação admitida para fins de projeto de rodovias no Brasil é de 12 %, admite-se 10% para projetos da classe “0” e “I”. Para as demais classe o DNIT recomenda máximo 8%. ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO SUPERELEVAÇÃO A superelevação máxima de 10 % tem aplicação limitada ao projeto de rodovias de elevado padrão, onde as velocidades de operação dos veículos são relativamente elevadas. As normas do DNIT permitem a consideração desse valor de superelevação máxima para os projetos na classe 0 e na classe I, mas recomendam limitar o seu emprego, nos casos de projetos de rodovias em classe IB, para as regiões de relevo plano e ondulado, que compreendem velocidades diretrizes não inferiores a 80 km/h. Para as demais classes de projeto de rodovias, as normas do DNIT preconizam a adoção da superelevação máxima de 8 %. ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO SUPERELEVAÇÃO Recomendações sobre valores máximos de superelevação: ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO SUPERELEVAÇÃO Uma vez estabelecida a superelevação máxima a ser observada nas concordâncias horizontais para determinada condição ou classe de projeto de uma rodovia, fica também definido o menor raio de curva que pode ser utilizado, de forma a não haver necessidade de empregar superelevações maiores que a máxima fixada. A Equação de “e”, devidamente convertida, é utilizada pelas normas com vistas à determinação dos raios mínimos de curva admissíveis nos projetos. Explicitando, na citada equação, o raio R, tem-se: ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO SUPERELEVAÇÃO É utilizado pelas normas com vistas à determinação dos raios mínimos de curva admissíveis nos projetos, a equação abaixo, explicitando, na citada equação, o raio R (m), tem-se: R ai o s m ín im o s d e cu rv a p ar a p ro je to s (m ) ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO SUPERELEVAÇÃO As normas do DNIT fornecem a Tabela abaixo para os raios mínimos de curva para projetos (para a superelevação máxima), em função da classe da estrada e da região onde a mesma será construída: ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Exemplo: Com base na maior taxa de superelevação admitida pelo DNIT para fins de projeto, calcule o raio mínimo para uma velocidade diretriz de 70km/h. ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Exemplo: Com base na maior taxa de superelevação admitida pelo DNIT para fins de projeto, calcule o raio mínimo para uma velocidade diretriz de 70km/h. emax.=12% = 0,12 -> V=70km/h -> fmax.=0,15 (tab slide 11) Rmin.= 70² / (127x(0,12+0,15)) = 4900 / 34,29 -> Rmin. = 143m ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Exemplo: Em situação onde as margens da estrada está obstruída parcialmente e/ou impossibilitada de executar adequado raio de curvatura, qual a elevação máxima permitida pelas normas do DNER? E qual seria a velocidade permitida sabendo-se que o raio será limitado è 290m e o coeficiente de atrito não superior à 0,15? ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Exemplo: Em situação onde as margens da estrada está obstruída parcialmente e/ou impossibilitada de executar adequado raio de curvatura, qual a elevação máxima permitida pelas normas do DNER? R: 4% (tab slide 14) E qual seria a velocidade permitida sabendo-se que o raio será limitado è 290m e o coeficiente de atrito não superior à 0,15? R: 80km/h (290 = v² / (127x(0,04+0,15)) -> v² = 290 x 24,13 -> v² = 84km/h) ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Exemplo: Em um projeto de rodovia, Classe I, um de seus trecho de região ondulada o caminhamento do eixo diretriz identificou um obstáculo natural onde deverá proceder uma mudança de direção. E sua tangente a velocidade definida inicialmente para máxima de 110km/h. No cenário local identificou que o raio máximo de curvatura não pode exceder à 480m. a)Qual o coeficiente de atrito(f) transversal a ser adotado para esse trecho? b)Qual a taxa máxima para a superelevação(e)? c)Qual seria o raio mínimo de curvatura para esse trecho? d)Calcule a superelevação(e) necessária para esse trecho atender às normas do DNIT; 14-10-2015 ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Exemplo: a)Qual o coeficiente de atrito(f) transversal a ser adotado para esse trecho? f=0,13 (slide 11) b)Qual a taxa máxima para a superelevação(e)? emax.=10% (slide 14) c)Qual seria o raio mínimo de curvatura para esse trecho? Rmin.= 110² / (127x(0,10+0,13)) = 12100 / 29,21 -> Rmin. = 414m d)Calcule a superelevação(e) necessária para esse trecho atender às normas do DNIT; emax.= 110² / (127x414) – 0,13 -> 12100 / 52578 – 0,13 -> emax. = 0,10 ou 10% 14-10-2015 INTRODUÇÃO ENGENHARIACIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Quando um veículo passa de um alinhamento reto para um trecho curvo, surge uma força centrífuga atuando sobre o mesmo, que tende a desviá-lo da trajetória que normalmente deveria percorre. Em outras palavras, a partir da passagem pelo PC, o veículo segue uma trajetória de “transição intermediária” entre a tangente e a curva, a qual varia de acordo com a velocidade, o raio de curvatura e a superelevação. INTRODUÇÃO ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Para fins de projetos rodoviários convencionais, o DNIT recomenda o critério associado à velocidade diretriz resumido pelos valores constantes da Tabela a baixo. Valores-limite dos raios R acima dos quais podem ser dispensadas curvas de transição: COMPRIMENTO MÍNIMO DE TRANSIÇÃO ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Para fins práticos, o menor comprimento de transição admissível é de 30 m ou o equivalente à distância percorrida por um veículo, na velocidade diretriz, no tempo de 2 segundos, prevalecendo o maior. Representando por v a velocidade diretriz em m/s, o comprimento mínimo (Le), equivalente à distância percorrida no tempo t = 2 s, será: V = Velocidade diretriz (Km/h); Rc = Raio de Curvatura na Transição (m). COMPRIMENTO MÁXIMO DE TRANSIÇÃO ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO AC = Arco da Curva (graus); Rc = Raio de Curvatura na Transição (m); Le (m). Exemplo ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO a)Em um projeto de rodovia, onde sua velocidade máxima é limitada à 90km/h e AC=30º, qual será seu comprimento máximo de transição para uma determinada curva? b)Qual o comprimento mínimo(Le) de transição de uma curva para uma determinada rodovia, sabendo que sua velocidade diretriz é 80km/h e seu raio de curvatura na transição é 260m? c)Para o mesmo trecho acima, qual seu comprimento máximo de transição, sabendo que o arco dessa curva de transição é 32°? Exemplo ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO a)Em um projeto de rodovia, onde sua velocidade máxima é limitada à 90km/h e AC=30º, qual será seu comprimento máximo de transição para uma determinada curva? Lemin=30m ou Lemin=Vxt/3600 -> Lemin=90000x2/3600 -> Lemin= 50m Lemin=0,036xV³/Rc -> Rc=0,036x90³/50 -> Rc=524,88m Lemax=524,88x30ºx3,14/180º -> Lemax=275m Exemplo ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO b)Qual o comprimento mínimo(Le) de transição de uma curva para uma determinada rodovia, sabendo que sua velocidade diretriz é 80km/h e seu raio de curvatura na transição é 260m? Lemin=0,036xV³/Rc -> Lemin=0,036x80³/260 -> Lemin=71m c)Para o mesmo trecho acima, qual seu comprimento máximo de transição, sabendo que o arco dessa curva de transição é 32°? Lemax=260x32x3,14/180 -> Lemax=145,13 ou Lemax=145m ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO
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