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Contratualismo
A teoria contratualista parte de uma concepção de natureza humana individual. A natureza humana existe no indivíduo, independente de relações sociais. No estado de natureza, muitos seres humanos exercem livremente a sua individualidade. Existem, logo, os direitos naturais. Estes são: a vida, a liberdade e a propriedade. São direitos inerentes, inatos. Esse estado de natureza é um estado de insegurança, pois há liberdade sem controle. Para Hobbes, estado de guerra total (“O homem é o lobo do homem”). Para que se possa encontrar a sociedade civil na qual esses direitos naturais são protegidos, é necessária a existência de um Estado de Direito (para Locke, uma Cidade Política). Para a transição de estado de natureza para a sociedade civil é necessário um grande pacto: o contrato social.
(Art. 5º: dos direitos e garantias fundamentais do indivíduo → aproximação dos direitos naturais)
São três autores principais: Hobbes, Locke e Rousseau.
Movimento teórico tipicamente moderno. Pré-capitalista. Mercantilista. Um dos traços marcantes é ter, no aspecto metodológico, o individualismo e ser essencialmente racional (racionalismo abstrato). O racionalismo abstrato conta com criação teórica coerente, clara, lógica, mas que não necessariamente se contata com a realidade (como o Iluminismo, por exemplo).
Os indivíduos todos vivem soltos no chamado estado de natureza. Nesse estado existem os direitos naturais, que decorrem da condição humana: a vida, a liberdade e a propriedade. É um estado de instabilidade, é necessário que exista um Estado e o Direito para garantir os direitos naturais, a chamada Sociedade Civil. A Sociedade Civil promove a vida agregada e é um artifício, algo criado, não natural. Há o (pacto ou) contrato social.
Locke: os direitos naturais não possuem perpetuação no estado de natureza, ele coloca mais peso no direito de propriedade (lato sensu). Propriedade lato sensu: propriedade stricto sensu, vida e liberdade. Para Locke, há um direito natural chamado direito a revolução (direito de legítima defesa contra um estado que atenta contra a propriedade - Estado rebelde), que destitui a legitimação de um estado rebelde, voltando ao estado de natureza. Ele é considerado o pai do liberalismo político.
Hobbes: no estado de natureza, preserva-se a liberdade, logo, haveria uma guerra total (somos livres para nos exterminarmos - O homem é o lobo do homem.). Hobbes é um crítico das liberdades. Valoriza a vida (segurança pessoal). É um dos fundadores do Absolutismo. Para ele, um Estado forte e autoritário preserva a vida. O Direito Penal do Inimigo resgata as ideias de Hobbes.
Rousseau: no estado de natureza, a natureza do homem é essencialmente boa (mito do bom selvagem). Na sociedade civil, a natureza humana boa é corrompida. O contrato social quando defende a propriedade leva à desigualdade. Ele é um crítico da propriedade. É necessário um novo contrato social que ofereça peso maior à igualdade. Na nova sociedade, haveria soberania popular. A sociedade só se legítima se for vontade da maioria. Essa soberania relaciona-se com os mecanismos de democracia direta.
Weber: ele faz um longo debate sobre o método. Ele acredita na neutralidade científica (grande proximidade com o positivismo). Ademais, discorre sobre a atividade política (ausência da neutralidade). Ele é marcado por um niilismo muito grande (pessimismo). Weber também estuda as espécies de dominação. A primeira espécie é a chamada dominação tradicional: feita por um critério histórico, de costumes, de continuidade da prática de dominação, ou seja, obedece-se porque há uma herança, um costume (por exemplo, as monarquias). A segunda forma é denominada dominação carismática: dá-se através do critério pessoal. A terceira é a dominação racional (ou burocrática ou ainda jurídico-estatal): convicção racional.
Marx: o propósito político dele sempre foi a revolução. O seu método contém radicalidade analítica, que levava a uma radicalidade política. Ele sempre produziu ciência com política (ação e teoria andam juntas). Radicalidade no sentido de procurar a raiz dos fenômenos sociais. Marx procura compreender a forma humana mais primordial. Juntamente com Engels realiza diversas pesquisas. Eles identificam que a espécie humana lutou constantemente pela sobrevivência ao longo de sua história (reprodução das condições de existência). Além disso, há as relações sociais de produção. Nelas, Marx identifica duas formas: cooperação e/ou exploração (dominantes, existiram por mais tempo). Nas sociedades em que a produção se dá por mecanismos de exploração, existe o fenômeno da luta de classes. Ao passo que, nas sociedades cooperativas, não há luta de classes.
A classe social que domina os meios de produção é a burguesia. A classe que não domina esses meios é a dos trabalhadores, está é sempre maior (numericamente). Os trabalhadores dispõem do seu tempo e energia de trabalho. A burguesia fornece salário. A mais-valia é o montante derivado do trabalho, mas que se dirige ao burguês. 
O conjunto da relação social entre burguesia e trabalhadores é chamado de infraestrutura. O que a legítima é a chamada superestrutura, a qual é sustentado pela ideologia, pelo Estado e pelo direito. (Estes repreendem eventuais formas de enriquecimento ilegal, posse irregulamentada de propriedade privada, por exemplo.)
Schimit: possui, do ponto de vista analítico, um realismo político muito forte. Ver o fenômeno do poder como ele é, sem julgamento moral, é um certo empirismo. 
Para ele, a origem do dever-ser é a decisão política fundamental, a qual se comporta como um milagre, sem obedecer regras (para Kelsen, é uma fonte racionalizada que se encaixa perfeitamente no eixo teórico). Ele fala então sobre o Estado de Exceção, onde o soberano decide (grande crise institucional).

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