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CUSTOS INDUSTRIAIS 
Aula 12: Sistemas de mensuração – custo padrão
AULA 12: SISTEMAS DE MENSURAÇÃO – CUSTO PADRÃO
Custos industriais 
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Conteúdo
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Contexto
O custo padrão é uma forma de mensuração de custos em que são utilizados métodos de estima pré-determinando os custos de produção. Neste contexto, o objetivo da apuração de custos é a obtenção do custo real de produção e, com base nestes dados, formar os preços de venda dos produtos produzidos para apurar, desempenho, receitas e resultados. No entanto, a produção tem um ritmo diferente do modelo de gestão e apuração, pois depende da demanda de seus produtos, do comportamento do mercado e suas variáveis, bem como da legislação que é aplicada para o encerramento e divulgações de demonstrativos. Assim, a apuração de relatórios para controle e avaliação dos recursos consumidos na produção é que tem que se adaptar às atividades produtivas e comportamento do mercado, lançando mão de projeções e estimativas que não se afastem muito da realidade do esforço produtivo, utilizando critérios razoáveis de projeção, para não causar distorções nas informações de custo e preço projetadas em determinado período de apuração. O custo padrão, em suas diversas formas, é um dos instrumentos utilizados para pré-determinar os custos, enquanto ainda não se conhece o real custo de produzir determinado produto.  
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Conceitos e aplicações 
Conforme observado no contexto, o custo padrão é uma forma de mensuração de custos em que são utilizados métodos de estima pré-determinando os custos de produção enquanto não se tem a certeza dos reais custos imputados aos produtos. Apesar das muitas formas e metodologias utilizadas para fixar um padrão para os custos pré-determinados, usualmente são adotadas as seguintes formas de custo padrão:
Padrão Científico ou Ideal – É o conceito associado ao laboratório, focado nos tempos e movimentos da produção, em que são aplicadas as melhores matérias primas, a mão de obra mais eficiente, utilização de 100% da capacidade instalada de produção, com uso constante e sem interrupções, salvo as paradas previstas para manutenção e “setup”. Este padrão está em franco desuso, devido às suas restrições em relação a fuga da realidade que é bem diferente. 
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Conceitos e aplicações 
Padrão Corrente – O segundo tipo de custo padrão que é bem mais palpável e coerente do que o Padrão Científico. É fixado um custo baseado nas operações e alocações reais incorridas nos últimos períodos, considerando as deficiências e riscos inerentes a qualquer atividade humana. Nesta tipificação são utilizadas projeções estatísticas de períodos anteriores.
Padrão Meta – O terceiro a critério utilizado na prefixação do valor do custo incorrido, é também baseado nos custos incorridos anteriormente (histórico), alinhados com as metas orçadas a serem perseguidas para se atingir determinado resultado, projetado, refletindo as alterações significativas nos custos dos materiais, salários, ou no próprio processo de fabricação. É bastante utilizado na gestão de organizações industriais e na contabilidade, devendo ser ajustado periodicamente em função de suas variações em relação ao real incorrido, expectativas macro e micro econômicas de mercado, projeções e metas organizacionais. 
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Finalidade do custo padrão 
Já se destacou que o grande objetivo do custo padrão é o controle dos custos incorridos na obtenção de um determinado produto, já que a sua fixação presume um instrumento de aferição pelo confronto com o real incorrido, podendo servir como um poderoso parâmetro para a avaliação das ineficiências e apontar descontinuidades nas linhas de produção. Desta forma, o custo padrão fornece uma base comparativa entre o que foi projetado e o realmente incorrido no processo produtivo, com expressão financeira. 
A instalação do custo padrão, qualquer que seja o conceito utilizado, não elimina a aferição do real para confrontação e ajustes das divergências observadas, pois seria um equívoco não o fazer e parte da função gestão de recursos seria apenas para fins de divulgação, trazendo grandes distorções e incertezas nas informações necessárias aos processos de decisão. Por exemplo, as diferenças observadas na fixação do Padrão Meta, desde que possíveis de serem atingidas, quando confrontadas com o real incorrido, poderá trazer aos gestores de unidades produtivas instrumentos de rastreamento para as distorções e ações no sentido de eliminá-las.  
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Fixação do custo padrão 
O custo padrão deve sempre ser fixado através de associação entre a faixa de volume de produção total, as variações unitárias e o custo unitário de obtenção do produto pronto relacionado a estes volumes. Neste contexto, o mercado é dinâmico, e tanto o volume unitário associado ao produto, a faixa de volume total produzido e o valor dos recursos aplicados podem variar significativamente, o que sempre exige a atenção dos gestores em relação aos valores e as quantidades fixados como padrão unitário e os volumes associados, já que, normalmente, estas variações podem ser impactadas mutuamente, ou seja, as variações unitárias aplicadas, o volume total e os custos unitários podem comprometer as metas fixadas de lucratividade e desempenho em função dos aumentos ou reduções causados no custo do produto vendido. 
Quando as variações sobre o custo unitário de produção são favoráveis, há um impacto positivo sobre o desempenho total da organização, quando as variações são desfavoráveis podem impactar negativamente e comprometer o desempenho. Além disso, deve-se lembrar que o custo fixo unitário flutua em função do volume total associado a produção e vendas, impactando também o lucro.
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Influência das variações de custos 
Conforme já observado, o mercado é dinâmico e sujeito às variações da economia impactando o custo de obtenção de cada unidade, além disso, o desempenho da atividade produtiva pode variar o que também impacta sobre a quantidade aplicada na obtenção de cada unidade. Logo, basicamente, as variações são causadas pelas variações unitárias relacionadas ao valor financeiro investido na obtenção de cada unidade produzida e as variações sobre os volumes associados à obtenção de cada item. Desta forma, sob o foco de obtenção de cada item de produção, as variações podem ser: 
Variação de Cada Item de Produção = (Custo de Obtenção Padrão x Quantidade Padrão Aplicada em cada Unidade Produzida) - (Custo de Obtenção Real x Quantidade Real Aplicada em cada Unidade Produzida), onde o sinal negativo indica que a variação é favorável (desde que não haja comprometimento qualitativo do produto), eficiência da produção ou melhores custos de obtenção (queda de preço ou melhores condições de negociação), desfavorável, quando o sinal é negativo, indicando menor eficiência do processo produtivo ou aumento de preços (inflação). 
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Variações do custo unitário de materiais diretos 
Considere a seguinte situação relacionada aos apontamentos de determinado produto:
Nesta situação,
a empresa fez uma previsão do padrão para o Produto A e foram encontradas discrepâncias entre o custo unitário padrão e o real de matérias primas, tanto na previsão do custo de obtenção, quanto nas quantidades alocadas, exceto MP2 que logrou uma variação positiva favorável (positiva) no custo de obtenção. 
CUSTO PADRÃO x REAL (MATERIAIS) – PRODUTOA
TIPO
MAD
CUSTO POR UNIDADE
QUANTIDADE
TOTAL
VARIAÇÃO (PADRÃO- REAL)
PADRÃO
MP1
R$28,00
1,5
R$42,00
-
PADRÃO
MP2
R$45,00
1,5
R$67,50
-
PADRÃO
MP3
R$16,00
1
R$16,00
-
TOTAL
-
-
-
R$125,50
-
REAL
MP1
R$32,00
2
R$64,00
- R$22,00
REAL
MP2
R$40,00
1,5
R$60,00
+R$ 7,50
REAL
MP3
R$18,00
1
R$18,00
- R$2,00
TOTAL
-
-
-
R$142,00
- R$16,50
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Variações do custo unitário de mão de obra direta 
Considere a seguinte situação relacionada aos apontamentos de mão de obra:
Nesta situação, a empresa fez uma previsão de 3 tipos de mão de obra padrão para o Produto A com as respectivas horas trabalhadas. Na MOD 1 as variações se compensaram, na MOD 2, houve variação desfavorável e o mesmo aconteceu na MOD 3. 
CUSTO PADRÃO xREAL(MÃO DE OBRA) – PRODUTO A
TIPO
MOD
CUSTO POR HORA DE MOD
HORAS TARBALHADAS
TOTAL
VARIAÇÃO (PADRÃO- REAL)
PADRÃO
MOD 1
R$ 18,00
0,4
R$12,50
-
PADRÃO
MOD 2
R$20,00
0,5
R$10,00
-
PADRÃO
MOD 3
R$22,00
0,1
R$ 2,20
-
TOTAL
-
-
-
R$24,70
-
REAL
MOD 1
R$25,00
0,5
R$12,50
0
REAL
MOD 2
R$22,00
0,6
R$13,20
- R$ 3,20
REAL
MOD 3
R$26,00
0,2
R$ 5,20
- R$ 3,00
TOTAL
-
-
-
R$30,90
- R$ 6,20
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Variações do custo unitário indireto (Aplicado) 
Considere a seguinte situação:
O quadro mostra uma previsão de CIFs aplicados a 3 produtos. É claro que a aplicação destes itens aos produtos deve estar relacionada a um determinado volume ou faixa de volume de produção, pois os custos indiretos por natureza são fixos. Observe que na situação apresentada, os CIFs Aplicados aos produtos A, B e C causaram variações negativas (desfavoráveis) e positivas (favoráveis). 
CUSTO PADRÃO x REAL
(CIFsAPLICADOS AOS PRODUTOS A,B E C – FUNÇÃO DO VOLUMEPRODUÇÃO)
TIPO
CIF APLICADO
CUSTO POR UNIDADE
VARIAÇÃO
(PADRÃO x REAL)
PADRÃO
PROD. A
R$ 13,00
-
PADRÃO
PROD. B
R$ 18,00
-
PADRÃO
PROD. C
R$ 21,00
-
REAL
PROD. A
R$ 15,00
- R$2,00
REAL
PROD. B
R$ 15,00
+ R$3,00
REAL
PROD. C
R$ 19,00
+ R$2,00
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Comentários finais 
Finalizando, observe que o custo padrão é bastante utilizado nas atividades industriais, demais atividades econômicas e até mesmo nas atividades públicas. Quando utilizados, sustentam a atividade interna de planejamento, sob a forma de Orçamento. Quanto mais precisas as bases que dão causa a formação dos padrões de custos, maiores os benefícios e confiança dos gestores na tomada de decisão. 
Além disso, frequentemente os padrões são utilizados para aferir a eficiência da produção como um todo e dos processos internos industriais, já que, ao ser comparado com o custo real, podem identificar os pontos de ineficiência, gargalos e desvios na execução, bem como desperdícios de recursos. 
O modelo aplicado na apuração do custo padrão e de suas variações pode ser bastante diversificado, dependendo do modelo de gestão, da estrutura de controle da produção, dos requisitos das decisões necessários ao pleno acompanhamento dos processos, da cultura interna da organização, entre outros aspectos preponderantes.  
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VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?
 
Estudo de Caso – Gestão de Custos para Tomada de Decisão: Um Estudo de Caso de uma Panificadora na Cidade de João Pessoa.
AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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