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RESUMO de processo civil B2

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RESUMO 
DE 
PROCESSO CIVIL 
B2
DA TUTELA PROVISÓRIA
        Elas existem para atenuar os malefícios do tempo do processo. O ideal seria obter desde logo a tutela definitiva que contivesse um juízo de certeza. Porém, “é inconcebível um processo que não se alongue no tempo ”principalmente respeitando todas as garantias do devido processo legal.
        O decurso do tempo processual traz prejuízos econômicos e morais às partes; afronta os princípios da efetividade e da celeridade processuais; contribui para a insegurança jurídica e pode ocasionar, inclusive, o perecimento do direito pleiteado, com o consequente fracasso do acesso à justiça.
        Diante de efeitos tão danosos, é imprescindível uma solução, mesmo que paliativa, a qual consiste numa tutela provisória, que não resolve definitivamente a lide, mas atende, em parte, à efetividade da justiça, porque pode desde logo ser executada, ou seja, realizada no mundo dos fatos.
           Podemos conceituar tutela provisória como sendo uma decisão jurisdicional com as seguintes características:
inaptidão para tornar-se imutável e indiscutível;
representativa de cognição não exauriente/
com eficácia imediata;
revogável e modificável;
tem sempre como referência e correspondente tutela definitiva;
atende aos princípios processuais constitucionais da efetividade e da celeridade em prejuízo da segurança jurídica.
        As tutelas provisórias nunca fazem coisa julgada, ou seja, são inaptas para se tornar imutáveis e indiscutíveis. Já as tutelas definitivas, ao transitar em julgado, adquirem imunidade contra decisões posteriores.
   A coisa julgada é imutável porque não pode ser modificada por decisão posterior. Consequentemente, a propositura de mesma lide em outro processo fica vedada. Além de imutável, ela é indiscutível porque impede que se aprecie a mesma questão em outro processo futuro entre as mesmas partes.      
        Já a tutela provisória não transita em julgado, de modo que pode ser modificada ou revogada por decisão posterior (ver CPC, art. 296), além de também ser rediscutida no mesmo processo ou em outro processo futuro entre as mesmas partes. Uma vez extinto o processo na qual ela foi concedida, a tutela provisória não impede a reapreciação da mesma lide em outro processo entre as mesmas partes.
        Como já dissemos, o objetivo maior das tutelas provisórias consiste em atender à efetividade e à celeridade processuais, de forma que se abre mão de um juízo de certeza em prol da efetividade e celeridade. Um juízo de certeza jurídica somente pode ser obtido após a produção integral de provas, obedecido o contraditório, a ampla defesa, efetivado todo o procedimento legal, enfim, respeitadas todas as garantias do devido processo legal.
          De acordo com Kazuo Watanabe, uma decisão definitiva está fundamentada em uma cognição plena e exauriente. Plena porque significa que o juiz examinou toda a extensão do debate das partes, e exauriente porque foi observado o maior grau de profundidade possível. A decisão proferida com base em cognição plena e exauriente propicia um juízo com o mais elevado índice de segurança em relação à certeza do direito controvertido. Por isso, o Estado confere a essa decisão a autoridade da coisa julgada.
        Ainda segundo o mesmo autor, diferentemente acontece com as decisões provisórias que estão fundamentadas em cognição sumária, não exauriente. Elas advêm de um juízo superficial e não aprofundado que se baseia na probabilidade do direito alegado pelo requerente. Para o autor, “entre a perfeição e a celeridade, o legislador procurou privilegiar este último, mas em contrapartida deixou de conferir a autoridade de coisa julgada material ao conteúdo declaratório assentado em cognição sumária”.
        Por outro lado, as tutelas provisórias têm pronta eficácia. A grande vantagem das tutelas provisórias consiste na sua executoriedade imediata. Uma vez concedida, a decisão pode ser realizada no mundo dos fatos desde logo, mesmo na pendência de recurso.
       De forma geral, as tutelas provisórias são executadas provisoriamente (ver CPC, art.297, parágrafo único).
        As tutelas provisórias podem ser revogadas ou modificadas, de ofício ou a requerimento da parte, em qualquer momento processual, enquanto houver a busca para encontrar a solução definitiva para o direito em litígio (vide art. 296 do CPC).
       As tutelas provisórias sempre estão relacionadas à tutela definitiva, que chamamos de principal. Afinal elas só existem porque a tutela principal exige o cumprimento minucioso de todo o procedimento traçado pela lei, com obediência ao contraditório e à ampla defesa, tarefa que demanda tempo, fator inimigo da efetividade e que pode trazer prejuízos às partes.
         Em regra, as tutelas provisórias têm como objetivo direto preservar a utilidade da futura tutela definitiva ou evitar que o próprio direito objeto da ação pereça completamente antes da decisão final. Em ambos os casos, para obter a tutela provisória é imprescindível demonstrar a probabilidade de obter a solução definitiva para a lide. Logo, só é possível pensar em tutela provisória se tivermos em mente qual seria a tutela definitiva correspondente.
        Por último, para que se compreenda em profundidade a natureza das tutelas provisórias é preciso identificar o conflito entre princípios constitucionais que o juízo no caso concreto tem sempre que enfrentar antes de conceder ou negar a tutela provisória.
        A concessão da tutela provisória sempre significa atender ao princípio da efetividade e da celeridade processuais, em prejuízo do princípio da segurança jurídica, conforme passamos a explicar.
       Já vimos que as medidas provisórias advêm de uma cognição superficial, não obstante, poderem ser executadas imediatamente, mesmo na pendência de recurso. De forma que se torna possível executar sem que se tenha certeza jurídica sobre o direito litigado.
          Executar sem certeza vai de encontro ao princípio da segurança jurídica, expressado no artigo 5º, inciso LIV, da Constituição, segundo o qual “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”.
           Apenas outro princípio do mesmo quilate pode justificar essa invasão da esfera jurídica de alguém sem o completo devido processo legal. Trata-se do princípio da efetividade da jurisdição, garantia decorrente da inafastabilidade da jurisdição, pois o direito de acesso à justiça compreende não apenas obter a solução jurídica ao caso concreto levado à juízo, mas igualmente o direito de ter realizado no mundo dos fatos a solução jurídica obtida.
          Ensina Teoria Albino Zavascki que “a forma para viabilizar a convivência entre a segurança jurídica e efetividade da jurisdição é a outorga de medidas de caráter provisório, que sejam aptas a superar as situações de risco de perecimento de qualquer um desses direitos”.
           Não obstante, nem todas as tutelas provisórias envolvem situações de perigo, de risco ao direito em litígio. É o caso das tutelas de evidência previstas no artigo 311 do CPC a ser estudado mais adiante.
           O pressuposto das tutelas provisórias consiste em “circunstâncias de fato” que configurem um risco ou, pelo menos, um embaraço ao princípio da efetividade da jurisdição, que garante a entrega da tutela jurisdicional em tempo e em condições adequadas à preservação do bem da vida.
           Nas tutelas provisórias de urgência a circunstância de fato deve significar um perigo, uma ameaça de perecimento do objeto do processo ou uma ameaça à utilidade/efetividade da decisão definitiva final do processo.
           Já o embaraço ao princípio da efetividade e da celeridade prescinde da situação de perigo, mas configura um entrave à prestação da tutela jurisdicional em prazo razoável e com a celeridade e presteza exigidas pelo inciso LXXVII do art. 5º da Constituição Federal.
         De qualquer modo, quando o julgador é chamado a decidir provisoriamente, ele deve enfrentar odilema de decidir qual das garantias constitucionais fundamentais sairá vencedora em prejuízo da outra: segurança jurídica ou efetividade (e celeridade) da tutela jurisdicional? Trata-se, portanto, de um conflito de normas de segundo grau, para o qual não há solução preconcebida, cabendo ao juiz elaborar no caso concreto a regra conformadora entre os princípios que se afrontam.
Classificação das tutelas provisórias
Fundamentação
Quanto à fundamentação, as tutelas provisórias são classificadas em tutela de urgência e tutela de evidência.
CPC, Art. 294.  A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Esta classificação considera os fundamentos pelos quais o juiz pode deferir a tutela provisória, que podem ser urgência ou evidência.
Tutela de Urgência – fumus boni juris + periculum in mora – art. 300.
Tutela de Evidência – fumus boni juris + hipóteses do art. 311
Fundamentos da tutela de urgência
probabilidade do direito (fumus boni juris);
perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (periculum in mora).
AS TUTELAS DE URGÊNCIA NO CPC 1973
        Era previsto no Código Processual Civil de 1973 a possibilidade em havendo situação de risco ao provimento final em decorrência da demora, a concessão de medidas de urgência. Assim, por mais eficaz que seja o processo de conhecimento ou execução, sempre haverá um lapso até que a tutela seja concedida; as tutelas de urgência surgem para evitar danos muitas vezes irreparáveis.
        Duas são as medidas possíveis, a tutela cautelar e a antecipada, em ambas o objetivo é declinar os riscos. Sendo que na primeira, serão tomadas medidas para afastar tal perigo, enquanto que na segunda, o direito será de forma provisória antecipado ao autor.
1ª. Parte
PROCESSO CAUTELAR: TUTELA CAUTELAR
        A partir da reforma do CPC –1973 – a cautelar ganhou autonomia como forma de prestação jurisdicional. O Código Processual emprega algumas expressões ao regular as cautelares. Vejamos:
Ação Cautelar: Expressão utilizada referindo-se ao direito de requerer um provimento acautelatório;
Processo Cautelar: Processo é o instrumento cautelar e é formado pelo procedimento;
Procedimento Cautelar: A expressão designa em que Livro a matéria está regulada;
Medida Cautelar: É o provimento jurisdicional de natureza cautelar. É o ato do julgador, sendo uma decisão interlocutória ou uma sentença. Tais medidas estão inseridas no processo cautelar, porém podemos encontrá-las dentro do processo de conhecimento ou do processo de execução.
CARACTERÍSTICAS:
Podemos mencionar algumas características particulares do processo cautelar, como veremos a seguir:
Instrumentalidade: Também conhecido como instrumento do instrumento ou instrumentalidade ao quadrado, o processo cautelar é utilizado para garantir a eficácia e utilidade do processo principal.
Preventividade: O principal papel do processo é resguardar direitos e evitar danos ou riscos de danos; assim se o dano ocorreu não há mais função para a utilização desse processo.
Provisoriedade: As cautelares produzirão efeitos até que não exista mais possibilidade de dano irreparável ou de difícil reparação.
Autonomia: O processo cautelar tem vida própria, por exemplo, o objeto não será o mesmo da ação principal. Aqui o requerente deverá utilizar requisitos diferentes daqueles da ação principal. Não podemos negar que a existência do processo cautelar pressupõe sempre a existência de um processo principal, mas a sua finalidade e o seu procedimento são autônomos.
Urgência: Aqui encontramos a necessidade de afastarmos de imediato. Havendo periculum in mora e ofumus boni juris, o julgador deverá conceder a medida.
Fungibilidade: O juiz, ainda que seja outra a medida postulada, poderá conceder a medida cautelar que lhe pareça mais adequada para satisfazer o direito do requerente.
CLASSIFICAÇÃO:
Em um primeiro momento podemos fazer a classificação quanto ao momento de propositura da cautelar, assim temos:
Preparatórias: São as propostas antes da ação principal. Em regra, a ação principal deverá ser proposta em 30 dias após a execução da tutela cautelar, sendo que esse prazo tem caráter decadencial, ou seja, não sendo proposta nesse prazo, é cessada a eficácia da cautelar.
Incidentais: Como o próprio nome diz, surge em uma circunstância acidental, durante o curso do processo principal.
Temos também em uma segunda classificação o seguinte tratamento:
Inominadas: São aquelas fundadas no Poder Geral de Cautela do juiz, ou seja, havendo risco ou ameaça de lesão, e preenchendo os requisitos mínimos (periculum in mora e fumus boni juris) o juiz pode conceder a tutela cautelar.
Típicas: São as pré-determinadas pelo CPC/73; já estão estabelecidas pela lei, que por sua vez relaciona os requisitos e hipóteses para sua concessão. Sendo assim, se subdividem em:
Assecuratórias de bens: Para assegurar o bem objeto da demanda.
Assecuratórias de pessoas: Tem como objetivo de evitar que alguma das partes pereça no decorrer da demanda.
Assecuratórias de provas: Fito de preservar provas, garantindo assim uma melhor sentença.
De natureza não-cautelar: Estão inseridas no Livro das Cautelares, mas não há nenhum provimento jurisdicional cautelar.
PODER GERAL DE CAUTELA
        Como citamos acima o juiz poderá utilizar-se de um poder geral de cautela, isto é, seria impossível a lei prever todas as hipóteses que haveria necessidade de proteção cautelar; assim o juiz poderá, através desse poder, conceder providências que cautelares mesmo não previstas de forma expressa.
        Mesmo assim o julgador deve atentar para algumas limitações; ou seja, deve sopesar entre as partes, direitos e deveres, sem que haja um desequilíbrio entre privações e vantagens.
        Em um segundo momento o juiz deverá levar em conta requisitos específicos, quais sejam: Periculum in morae Fumus Boni Juris.
        No primeiro deve-se levar em conta que com o aguardo do julgamento final do processo principal poderá ocorrer danos irreparáveis ou de difícil reparação, ou havendo um risco iminente ou em ultima analise um risco concreto, descartando-se meras suposições. Já no segundo o juiz observará se há uma grande possibilidade da demanda ao final ser procedente, ou seja, a aparência do bom direito.
2ª. parte
TUTELAS ANTECIPADAS
CONCEITO:
        É a possibilidade do juiz conceder, total ou parcialmente, de forma antecipada, aquilo que está sendo pedido, ainda que com caráter provisório.
REQUISITOS INDISPENSÁVEIS À CONCESSÃO DA MEDIDA:
Requerimento da parte (não se concede tutela de ofício),
Prova inequívoca da verossimilhança do alegado (equivale ao fumus boni juris).
Reversibilidade do provimento jurisdicional.
Além disso, o autor deverá demonstrar a possibilidade de dano irreparável ou de difícil reparação e, o eventual abuso de direito da parte contrária.
MOMENTO DA CONCESSÃO:
Na propositura da ação: Pode ser concedida liminarmente, se postulada na petição inicial, sem o conhecimento da parte contrária (ab initio), ou somente após a oitiva da parte contrária em audiência de justificação.
No curso do processo: Pode ser que a medida de urgência somente surja no curso do processo. Se isto ocorrer, o juiz poderá concedê-la, até mesmo junto com a sentença final.
Na existência de recurso: Pode ser concedida a tutela pelo Tribunal (relator) em processo que esteja pendente de julgamento.
EXECUÇÃO DAS TUTELAS:
Executa-se com qualquer execução de sentença, isto é, através do cumprimento de sentença regulado nos arts. 475-J e seguintes do CPC/73.
CPC, Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Fundamentos da tutela de evidência – desnecessidade de periculum in mora;
probabilidade do direito (fumus boni juris);
hipóteses do art. 311.
Natureza
 Quanto à natureza, as tutelas provisórias são classificadas em tutela antecipada e tutela cautelar.
CPC, Art. 294, Parágrafo único.A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
TUTELA ANTECIPADA E TUTELA CAUTELAR
A tutela antecipada tem natureza satisfativa, ou seja, adianta o que foi pedido pelo autor, no todo ou em parte. É coincidente com o pedido formulado na inicial . Já a tutela cautelar tem natureza protetiva, que preserva o direito do autor, mas não adianta o pedido. Não é coincidente com o pedido formulado na inicial.
Tutela Antecipada – característica satisfativa no todo ou em parte
Tutela Cautelar – medidas protetivas, não antecipa os efeitos da sentença
Exemplos: 
Tutela antecipada
Uma ação previdenciária de concessão de benefício, na qual requer-se a implantação do benefício e o pagamento das parcelas vencidas e não pagas. O juiz, em antecipação de tutela, determina ao réu que implante o benefício, que o autor já passa a receber enquanto durar o processo.
 Este foi um exemplo de tutela satisfativa em parte (implantou-se o benefício, mas o pagamento das parcelas vencidas fica para o final). 
Tutela cautelar
Em uma ação de cobrança, o autor nota que o réu está dilapidando seu patrimônio. É possível que o juiz defira uma tutela cautelar de arresto de bens e preservação destes na mão de um depositário, para que este patrimônio possa garantir a dívida quando da sentença condenatória.
2.3) Momento do requerimento
Quanto ao momento do requerimento, as tutelas provisórias são classificadas em tutela incidental e tutela antecedente.
 
Não tem nada a ver processo cautelar preparatório do CPC de 1973. Não existem mais processo autônomo para concessão de tutela provisória, seja antecipada, seja cautelar.
 
A tutela de evidência será sempre incidental, nunca antecedente. A tutela de urgência poderá ser incidental ou antecedente (CPC, art. 294, parágrafo único).
CPC, Art. 294, Parágrafo único.  A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
Tutela Incidental – evidência e urgência / requerida no processo principal
Tutela Antecedente – somente urgência / requerida antes do processo principal, que será aditado posteriormente
Tutela Incidental
Requerida no bojo do processo principal e independe do pagamento de custas (art. 295).
CPC, Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas.
DAS TUTELAS DE URGÊNCIAS REQUERIDAS EM CARÁTER ANTECEDENTE[1]
NOTAS PRELIMINARES
        O Novo CPC (Lei 13.105/15) inovou na matéria que trata das tutelas de urgências (antecipada e cautelar) ao prever que o autor pode requerer somente a medida de urgência, sem a necessidade de elaborar sua petição inicial pronta e completa.
        É medida salutar, pois em muitas circunstâncias existe uma urgência que deve ser atendida com celeridade, podendo o profissional do direito deixar para depois a busca por mais elementos e provas visando a propositura da ação definitiva, o que será feito depois por aditamento.
        Tanto as tutelas antecipadas quanto as tutelas cautelares comportam este tipo de pedido, porém cada uma delas tem suas características próprias como veremos a seguir.
É importante deixar consignado desde logo que existe três momentos diferente para requerer alguma medida de urgência:
Antecedente: Esta é a primeira hipótese, na qual a petição inicial irá conter o pedido de tutela antecipada ou cautelar antecedente, e fará a simples indicação do pedido principal (definitivo);
Contemporânea: Esta é a segunda hipótese e diz respeito a petição inicial que é protocolada já completa, isto é, já com ambos os pedidos (provisório e definitivo) prontos e acabados.
Incidental: Essa é a hipótese que representa um pedido de tutela antecipada realizado no bojo de um processo principal que está em andamento.
Parte 1
Tutela antecipada de caráter antecedente
1. URGÊNCIA CONTEMPORÂNEA
O art 303 do CPC traz importante inovação que consiste na expressão “nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à ‘indicação’ do pedido de tutela final”.
Isto significa uma autorização para requerer a tutela antecipada em caráter antecedente, pois trata-se de inovação do Novo CPC. Aliás, quando o CPC/73 foi elaborado, o instituto da tutela antecipada não estava previsto. Ela somente foi introduzido em 1994, de modo que se trata de matéria que vem progressivamente conquistando seu espaço no ordenamento jurídico nacional. A permissão do pedido antecedente é mais um avanço bem demarcado pela expressão aqui transcrita. Antes da edição do Novo CPC, se a urgência fosse contemporânea à propositura da ação, o autor só tinha como alternativa ajuizar, às pressas, a ação completa (com requerimento do pedido principal) e requerer liminarmente a tutela antecipada.
2. REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL
        O art. 303 do CPC disciplina quais são os requisitos da petição inicial. Nela o autor deve expressamente consignar:
O requerimento da tutela antecipada (tutela provisória de urgência);
Indicar qual será o pedido de tutela final, pois sem isso o juiz não tem condição de vislumbrar a tutela definitiva e consequentemente não poderia avaliar a probabilidade do direito;
Exposição da lide, visto que não basta a indicação do pedido final, são necessários a identificação das partes e dos fatos e fundamentos do pedido;
A demonstração do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo, ou seja, do periculum in mora. Nesse caso, trata-se de um dos requisitos comuns a todas as tutelas provisórias de urgência, cautelares ou antecipadas. Quanto ao fumus boni iuris, ele está inserido nos requisitos anteriores.
Uma vez concedida a medida provisória, cessa o perigo sendo dever do autor aditar a pedido inicial e confirmar seu pedido de tutela final. Caso contrário o processo deve ser extinto e a tutela provisória terá seus efeitos cassados, posto que “a tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo” (ver Novo CPC, art. 296). Ademais, conforme previsto no art. 485, X, do CPC, o processo será extinto sem resolução de mérito.
3. JUIZO COMPETENTE
        A tutela provisória quando antecedente, será requerida ao juízo que seria competente para o conhecimento da ação que versa sobre o pedido principal (CPC, art. 299)
7. A ESTABILIZAÇÃO DA TUTELA ANTECIPADA
        O Novo CPC também inovou ao prever a tutela antecipada de caráter satisfativa (art. 304 c/c art; 303, caput).
Veja-se que o caput do presente art. 304 assim dispõe: “A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.”
        Em primeiro lugar merece atenção a expressão “concedida nos termos do art. 303”, porque este artigo disciplina a tutela antecipada de caráter antecedente, aquela que inaugura a relação processual entre as partes e que contém apenas o pedido de tutela provisória para depois da decisão liminar, aditar a petição inicial com o pedido da tutela definitiva. Porém o § 5º do dispositivo combinado com o caput assegura ao autor que se utilize do processo antecedente apenas para obter a tutela provisória sem intenção de aditar a inicial para requerer a tutela definitiva. Ele assegura o direito de requerer a estabilização da tutela definitiva, desde que a parte o faça expressamente na petição inicial. 
        Uma vez concedida a liminar inaudita altera parte, o réu será citado e se não interpuser recurso de agravo de instrumento(CPC, art. 1015, I), a tutela concedida tornar-se–á estável.
        Veja-se que o legislador impôs a exigência de interposição de recurso e não apenas a contestação.    Talvez a exigência de recurso oculte um desincentivo à resistência do réu à liminar concedida, tendo em vista que a revogação da medida poderia ser requerida em contestação, em embargos de declaração ou até mesmo, em um simples pedido de reconsideração.
        Diante da concessão, oautor deverá apenas promover a citação nos termos do inciso II do artigo 303 do Novo CPC, sem a necessidade de aditamento da inicial referida no inciso I do mesmo artigo. O Réu citado, ciente da consequente estabilização, poderá se manter inerte, sem contestar ou recorrer. Decorrido, em branco, o prazo para o recurso o processo será extinto pelo juiz, sem resolução de mérito.
8. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA ESTABILIZADA
Alcançada a estabilização da tutela, e extinto o processo sem resolução de mérito, ambas as partes poderão ajuizar ação para requerer a tutela definitiva dentro do prazo decadencial de 2 anos. Por determinação do § 4º, do art. 304, o processo no qual a tutela se estabilizou deverá ser desarquivado para “instruir” a petição inicial do segundo processo.
Ao que nos parece a expressão “instruir” significa que o primeiro processo será juntado como prova documental da estabilização da tutela, em uma nova relação processual, a qual terá inclusive novas custas .
        Ressaltamos que no caso da tutela antecipada estabilizada, as hipóteses de revogação ou modificação da tutela estão adstritas ao ajuizamento desse segundo processo, a ser proposto perante o mesmo juízo do primeiro, haja vista a prevenção determinada no § 4º do artigo em comento.
9. A TUTELA ESTABILIZADA E A COISA JULGADA
Torna-se imprescindível examinar como o novo instituto se comporta perante as características da inaptidão para fazer coisa julgada, e da revogabilidade e modificabilidade.
        De acordo com o artigo 502 do Novo CPC, a coisa julgada é imutável e indiscutível. A imutabilidade se refere à impossibilidade de alteração da decisão transitada em julgado. A referida decisão também se torna indiscutível, porque ela impede o prosseguimento de outro processo que seja, porventura, instaurado a fim de discutir a mesma ação. Ademais, havendo outro processo entre as mesmas partes, cuja ação veiculada seja diferente daquela já julgada, se por alguma circunstância o assunto da primeira ação vier a ser veiculado, o juízo estará adstrito à coisa julgada da primeira ação. Em outras palavras, a coisa julgada deve ser sempre obedecida em qualquer outro processo entre as mesmas partes.
        De forma que podemos observar que a coisa julgada tem um efeito negativo que consiste em impedir que o mesmo litígio seja novamente processado; é um efeito positivo que se refere à obrigatoriedade de obedecer a coisa julgada em qualquer outro processo entre as mesmas partes.
        Já com relação à tutela antecipada estabilizada, o CPC é claro ao afirmar que ela não faz coisa julgada (art. 304, § 6º.). Por outro lado, ao se estabilizar, ela adquire imutabilidade equivalente à da coisa julgada, pois torna-se imune à modificações ou à revogação. Mas, a estabilização não impede que a questão seja novamente discutida em outro processo entre as mesmas partes. Sendo assim não existirá o efeito positivo da coisa julgada, que impõe obediência àquilo que foi decidido em outros processos entre as mesmas partes. Nesse mesmo sentido, afirma Heitor Vitor de Mendonça Sica para quem “Passados dois anos da decisão extintiva do feito, produz-se uma estabilidade qualificada, pois, embora não possa ser alterada, não se confundiria com a imunidade (da coisa julgada) pela inexistência de uma feição positiva”. 
        Portanto, podemos concluir que, não obstante os efeitos práticos da estabilização e da coisa julgada possam se equivaler, para a lei e para a ciência jurídica, a tutela antecipada estabilizada não significa coisa julgada, e por isso não deve ser conceituada como decisão definitiva, mesmo porque, a sua imutabilidade não deriva diretamente de decisão jurisdicional definitiva, mas sim da inércia das partes que não requereram, no prazo legal, o pedido de tutela definitiva.
        Ademais, se porventura, depois da estabilização uma das partes ajuizasse a ação com requerimento da tutela definitiva, o processo não poderia ser extinto com base na existência de coisa julgada (inciso V do art. 485 do CPC), ou com base em quaisquer das hipóteses de não resolução de mérito.
Parte 2
Tutela cautelar de caráter antecedente
10. TUTELA CAUTELAR ANTECEDENTE
No art. 305 do CPC regulada e disciplina os procedimentos atinentes à tutela cautelar requerida em caráter antecedente.
11. REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL
        Na petição inicial o autor deverá indicar a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e demonstrar o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (CPC, art. 305).
        Vale alertar que esses são os requisitos próprios da tutela cautelar, porém não exclui os demais requisitos que qualquer petição inicial deve atender (ver Novo CPC, art. 319).
12. FUNGIBILIDADE DAS CAUTELARES
O parágrafo único do art. 305 trata da fungibilidade quanto ao pedido da tutela cautelar requerida, para contemplar a possibilidade de o magistrado, se entender diferente, conceder a tutela específica, tudo isso reforçando o caráter do processo civil moderno que deve, tanto quanto possível, ser racional, célere e eficaz.
        Quer dizer, mesmo que o advogado da parte faça o pedido inadequado, o juiz está autorizado a conceder a medida correta.
14. A TUTELA CAUTELAR PODE TER COMO FUNDAMENTO
        Diz a nossa lei instrumento que a tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito (CPC, art. 301).
DAS TUTELAS DE URGÊNCIAS REQUERIDAS EM CARÁTER ANTECEDENTE
NOTAS PRELIMINARES
        O Novo CPC (Lei 13.105/15) inovou na matéria que trata das tutelas de urgências (antecipada e cautelar) ao prever que o autor pode requerer somente a medida de urgência, sem a necessidade de elaborar sua petição inicial pronta e completa.
        É medida salutar, pois em muitas circunstâncias existe uma urgência que deve ser atendida com celeridade, podendo o profissional do direito deixar para depois a busca por mais elementos e provas visando a propositura da ação definitiva, o que será feito depois por aditamento.
        Tanto as tutelas antecipadas quanto as tutelas cautelares comportam este tipo de pedido, porém cada uma delas tem suas características próprias como veremos a seguir.
É importante deixar consignado desde logo que existe três momentos diferente para requerer alguma medida de urgência:
Antecedente: Esta é a primeira hipótese, na qual a petição inicial irá conter o pedido de tutela antecipada ou cautelar antecedente, e fará a simples indicação do pedido principal (definitivo);
Contemporânea: Esta é a segunda hipótese e diz respeito a petição inicial que é protocolada já completa, isto é, já com ambos os pedidos (provisório e definitivo) prontos e acabados.
Incidental: Essa é a hipótese que representa um pedido de tutela antecipada realizado no bojo de um processo principal que está em andamento.
Parte 1
Tutela antecipada de caráter antecedente
3. JUIZO COMPETENTE
        A tutela provisória quando antecedente, será requerida ao juízo que seria competente para o conhecimento da ação que versa sobre o pedido principal (CPC, art. 299)
Parte 2
Tutela cautelar de caráter antecedente
10. TUTELA CAUTELAR ANTECEDENTE
No art. 305 do CPC regulada e disciplina os procedimentos atinentes à tutela cautelar requerida em caráter antecedente.
14. A TUTELA CAUTELAR PODE TER COMO FUNDAMENTO
        Diz a nossa lei instrumento que a tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito (CPC, art. 301).

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