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DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA Professor Sérgio Murilo Coelho de Andrade Especialista em Análise de Situação de Saúde/UFG Mestrando em Saúde Pública/Fiocruz Pernambuco/CPqAM MKT-MDL-05 Versão 00 DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA Quando se estuda uma massa de dados é de frequente interesse resumir as informações das variáveis. Costuma-se, frequentemente, para uma melhor compreensão dos mesmos, distribuí-los em classes ou intervalos determinando-se o número de indivíduos pertencentes a cada classe ou intervalo . Desta forma, um arranjo tabular dos dados, juntamente com as frequências correspondentes aos mesmos é denominado distribuição de frequência ou tabela de frequência. DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA Dados Brutos: Conjunto de dados que ainda não foram numericamente organizados, obtidos após a crítica dos valores; Rol: É um arranjo dos dados brutos em ordem crescente; Distribuição de frequência SEM INTERVALOS DE CLASSE Distribuição de frequência SEM INTERVALOS DE CLASSE: É a simples condensação dos dados conforme as repetições de seu valores. Para um ROL de tamanho razoável esta distribuição de frequência é inconveniente, já que exige muito espaço. DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIA COM INTERVALO DE CLASSE DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIA COM INTERVALO DE CLASSE: Quando o tamanho da amostra é elevado, é mais racional efetuar o agrupamento dos valores em vários intervalos de classe. Exemplificando O banco de dados apresentado abaixo, apresenta indivíduos que foram contaminados pelo veneno de um certo tipo de inseto e submetidos a três tipos de tratamento. • QUADRO 2.1 – Indivíduos contaminados pelo veneno de um certo tipo de inseto e submetidos a três tipos de tratamento. No. idade Tempo Recuperação tratamento coágulos 2 9 42 39 I 0 3 33 53 46 I 1 4 30 52 45 I 0 5 11 46 42 I 0 6 34 59 51 II 0 7 27 53 46 I 1 8 10 44 40 I 1 9 21 58 50 II 1 10 36 54 47 I 1 11 35 55 47 I 0 12 31 10 4 II 1 13 32 9 3 II 0 14 21 3 2 II 0 15 31 9 3 II 0 16 40 20 11 III 1 17 39 12 5 II 1 18 31 9 3 II 1 19 28 7 3 II 0 20 24 3 1 II 0 21 21 1 2 II 1 22 39 17 8 III 1 23 38 30 22 III 1 24 46 13 11 III 1 25 47 13 12 III 1 26 54 18 16 III 0 27 56 30 23 III 1 DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS POR VALORES ( sem intervalo de classes) É construída considerando-se todos os diferentes valores ou categorias, levando em consideração suas respectivas repetições. Por exemplo, a tabela 2.1 apresenta a distribuição de frequência da variável TRATAMENTO, usando-se os dados do quadro 2.1. Tabela 2.1 - Freqüências e percentuais dos 26 pacientes segundo o tipo de tratamento recebido. Tratamento N % I 8 30,8 II 11 42,3 III 7 26,9 Total 26 100,0 DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS POR INTEVALOS Constroem-se classes de valores, quando a variabilidade dos dados é grande, levando em consideração o número de valores que pertencem a cada classe. A construção de tabelas de freqüências para variáveis contínuas necessita de certos cuidados. Por exemplo, a tabela 2.2 apresenta a distribuição de freqüências da variável IDADE (em anos), usando-se os dados do quadro 2.1. Tabela 2.2 - Frequências e percentuais das IDADES dos 26 pacientes. IDADE (em anos) N % 09,0 |-- 18,5 3 11,5 18,5 |-- 28,0 5 19,2 28,0 |-- 37,5 10 38,6 37,5 |-- 47,0 5 19,2 47,0 |-- 56,5 3 11,5 Total 26 100,0 Exemplo ELEMENTOS DE UMA DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIA COM INTERVALOS DE CLASSE: CLASSE: são os intervalos de variação da variável e é simbolizada por i e o número total de classes simbolizada por k. Ex: na tabela anterior k = 5 e 49 |------- 53 é a 3ª classe, onde i = 3. LIMITES DE CLASSE: são os extremos de cada classe. O menor número é o limite inferior de classe ( li ) e o maior número, limite superior de classe ( Li ). Ex: em 49 |------- 53,... l3 = 49 e L3 = 53. O símbolo |------- representa um intervalo fechado à esquerda e aberto à direita. O dado 53 do ROL não pertence a classe 3 e sim a classe 4 representada por 53 |------- 57. AMPLITUDE DO INTERVALO DE CLASSE: é obtida através da diferença entre o limite superior e inferior da classe e é simbolizada por hi = Li - li. Ex: na tabela anterior hi = 53 - 49 = 4. Obs: Na distribuição de freqüência c/ classe o hi será igual em todas as classes. • AMPLITUDE TOTAL DA DISTRIBUIÇÃO: é a diferença entre o limite superior da última classe e o limite inferior da primeira classe. AT = L(max) - l(min). Ex: na tabela anterior AT = 61 - 41= 20. AMPLITUDE TOTAL DA AMOSTRA (ROL): é a diferença entre o valor máximo e o valor mínimo da amostra (ROL). Onde AA = Xmax - Xmin. Em nosso exemplo AA = 60 - 41 = 19. Obs: AT sempre será maior que AA. PONTO MÉDIO DE CLASSE: é o ponto que divide o intervalo de classe em duas partes iguais. .......Ex: em 49 |------- 53 o ponto médio x3 = (53+49)/2 = 51, ou seja x3=( l3 + L3 )/2. NÚMERO DE CLASSES INTERVALO DE CLASSES A primeira preocupação que temos, na construção de uma distribuição de frequência, é a determinação do número de classes e, consequentemente, da amplitude e dos limites dos intervalos de classe. Para a determinação do número de classes de uma distribuição podemos lançar mão da REGRA DE STURGES, que nos dá o número de classes em função do número de valores da variável. K=1 + 3,3 . log n ou k=√n nde, K é o número de classes n é o número total de dados NÚMERO DE CLASSES INTERVALO DE CLASSES Decidido o número de classes, precisamos determinar a amplitude do intervalo de classes, o que conseguimos dividindo a amplitude total pelo número de classes: h=AT/k OBS: Quando o resultado não é exato, devemos arredondá-lo para mais. Exemplo Exemplo Tipos de Frequência • 1-Frequência Absoluta ou simples (fi); • 2-Frequência Relativa (fri); • 3-Frequência Acumulada(Fi); • 4-Frequência Acumulada Relativa(Fri) Q083 FrequênciaFrequência Acumulada Porcentagem Porcentagem Acum. 1 7508 7508 91,42% 91,42% 2 505 8013 6,15% 97,56% 3 35 8048 0,43% 97,99% 4 6 8054 0,07% 98,06% 5 159 8213 1,94% 100,00% TOTAL 8213 8213 100,00% 100,00% Presença de secreção nasal FrequênciaFrequência Acumulada Porcentagem Porcentagem Acum. 1 7508 7508 91,42% 91,42% 2 505 8013 6,15% 97,56% 3 35 8048 0,43% 97,99% 4 6 8054 0,07% 98,06% 5 159 8213 1,94% 100,00% TOTAL 8213 8213 100,00% 100,00% Referências • CRESPO,Antônio Estatística Fácil.19 ed. São Paulo: Saraiva, 2009. 218 p. • OLIVEIRA FILHO, Petrônio Fagundes de . Epidemiologia e Bioestatística: Fundamentos para a leitura crítica.Rio de Janeiro: Rubio,2015.248 p. • VIEIRA, Sonia. Introdução Á Bioestatística. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 345 p.
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