Buscar

Posse e propriedade no Direito hindu

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Posse e propriedade no Direito hindu
A Índia foi o berço da grande civilização Hindu, por volta de 2000 a.C destacava-se a comunidade das drávidas, a partir da invasão dos arianos, o território Hindu foi sendo modificado. A partir dos arianos a sociedade se organizou em classes sociais sem possibilidades de mudanças, chamada de casta. As pessoas de uma casta não podiam casar com pessoa de outra casta. Quem nascia em outra casta ficava nela até morrer, ou seja, não havia mobilização social, eles acreditavam que as castas saíram do corpo do Deus Brama, qualquer desrespeito a casta o membro era expulso, sendo considerado um impuro ou Paria.
Direito indiano e Direito hindu não são sinônimos: o Direito indiano é o Direito do Estado indiano, que se aplica a todos os seus habitantes qualquer que seja sua religião, enquanto que o Direito hindu é o Direito aplicado à comunidade hindu. Por volta do ano de 1000 a.C, a legislação utilizada pelo povo indiano foi o código de Manu. Este é considerado a legislação mais antiga da Índia e de extremo conservadorismo. Os idealizadores do código relatavam que o castigo era necessário e essencial para evitar o caos produzido na sociedade, ou seja, no caso de crime contra a posse ou a propriedade de outro indivíduo, o criminoso era severamente condenado e castigado.
O código de Manu e suas leis privilegiavam de forma geral as classes superiores, que era a dos Brâmanes, aquele que fosse da classe média ou inferior era duramente penalizado e castigado pelos seus crimes, ou seja, o nível do castigo dependia da classe em que o infrator fazia parte. Pode-se perceber que no código realmente se preocupavam em achar o dono do objeto perdido, desde que fosse comprovado, e devolver a ele em perfeito estado em que foi encontrado, aquele que não pudesse provar todos os detalhes de que o objeto lhe pertence, sofreria as consequências, neste caso, uma multa. Usando como exemplo pode-se observar os seguintes três artigos: 
Art. 30° - Um bem qualquer cujo o dono não é conhecido deve ser proclamado ao som do tambor, depois conservado em depósito pelo rei durante três anos, antes da expiração dos 3 anos o proprietário pode retomá-lo, depois desse termo, o rei pode abjudicá-lo a si.
Art. 31° - O homem que vem dizer "isto é meu", deve ser interrogado com cuidado, somente depois que ele tenha declarado a forma, o número, e os outros sinais, é que ao proprietário deve ser restituída a posse do objeto em questão. 
Art. 32° - Aquele que não puder indicar perfeitamente o lugar e o tempo em que o objeto foi perdido, assim como a cor, a forma, e a dimensão desse objeto, deve ser condenado a uma multa do mesmo valor do objeto.

Outros materiais