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REMIÇÃO por TRABALHO e ESTUDO

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Anotações de Helen dos Santos
REMIÇÃO por TRABALHO e ESTUDO DO APENADO
Por trabalho:
Com base na experiência, é concluso dizer, que nas penitenciárias em que os presos não exercem qualquer atividade laborativa o índice de tentativas de fuga é muito maior ao daquelas em que os detentos atuam de forma produtiva, aprendendo e trabalhando em determinado ofício.
O trabalho, sem sombra de dúvidas, é uma das formas mais visíveis de levar a efeito a ressocialização. Mais do que um direito, a LEP afirma que o condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho interno na medida de suas aptidões e capacidade (art. 31). Entretanto, há algumas exceções… os presos provisórios (art. 31, P.Ú., LEP) e o condenado por crime político (art. 200, LEP) não estão obrigados ao trabalho. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a três quartos do salário mínimo (art. 29, caput, LEP).
Além da importância psicológico-social que o trabalho traz ao preso, o condenado que cumpre pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, pelo trabalho, parte do tempo da execução da pena, nos termos do art. 126 da LEP. No entanto, não caberá aplicação da remição para condenados em regime aberto, nem o condenado que é submetido a pena de prestação de serviço à comunidade, pois, o trabalho no regime aberto é uma condição para estar neste regime, e a prestação de serviço o trabalho é o próprio cumprimento da pena.
O cálculo da remição é feita única e exclusivamente da seguinte forma: 
3 dias de trabalho abatem 1 dia de pena.
OBS: o preso que, em virtude de acidente de trabalho, não poder mais exercer a função, continuará a beneficiar-se com a remição (art. 126, §§ 1º e 2º da LEP); e, se o Estado não está permitindo que o preso trabalhe, este não poderá ficar prejudicado no que diz respeito à remição de sua pena, assim, excepcionalmente (remição sim, remuneração não, pois ele estaria enriquecendo ilicitamente), deverá ser concedida a remição mesmo que não haja efetivo trabalho.
Por estudo:
O STJ, por meio de súmula, consolidou seu posicionamento no sentido de permitir a remição de pena do condenado que, durante a execução da pena, se dedica aos estudos.
Súmula nº 341 - A freqüência a curso de ensino formal é causa de remição de parte do tempo de execução de pena sob regime fechado ou semiaberto.
Isto serve para proporcionar e estimular o estudo do condenado que cumpre a sua pena no estabelecimento prisional, preparando-o para seu regresso ao convívio em sociedade. Além disso, a Lei nº 12.245, inseriu o parágrafo 4º do art. 83 da LEP, onde consta a seguinte determinação:
Parágrafo 4º: serão instaladas salas de aula destinadas a cursos do ensino básico e profissionalizante. 
Assim, em todos os estabelecimentos penais deverão ser criadas fisicamente essas salas de aula, sendo implementadas suas destinações, com a contratação de profissionais habilitados, a fim de fazer com que o preso possa obter a instrução básica necessária ou mesmo capacitar-se mediante algum curso profissionalizante.
Pela nova redação o artigo 126, caput, e parágrafo 1º, inciso I, da LEP, assegura o direito à remição pelo estudo, na proporção de um dia de pena a cada 12 horas de frequência escolar – atividade de ensino fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional – divididas, no mínimo, em três dias.
Isso quer dizer que o estudo poderá ter carga horária diária desigual, mas para que se obtenha direito à remição é imprescindível que estas horas somadas resultem em 12 a cada três dias para que se alcance o abatimento de um dia de pena, e, portanto, se o preso tiver jornada de 12 horas de estudos em um único dia, isso não irá proporcionar isoladamente um dia de remição.
Tais atividades de estudo poderão ser desenvolvidas de forma presencial ou por metodologia de ensino a distância e deverão ser certificadas pelas autoridades educacionais competentes dos cursos freqüentados.
Admite-se a acumulação dos casos de remição (trabalho mais estudo), desde que exista compatibilidade das horas diárias (parágrafo 3º), e sendo assim, o preso que trabalhar e estudar regularmente e com atendimento à carga horária diária que a lei reclama para o trabalho e também para o estudo, poderá, a cada três dias, reduzir dois dias de sua pena.
O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a beneficiar-se com a remição (parágrafo 4º).

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