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Anatomia e Biologia do Camarão de Água Doce

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Universidade do Estado da Bahia – UNEB
Departamento de Ciências Humanas e tecnologias – DCHT Campus XXIV
Docente: Darcy Ribeiro de Castro
Componentes:
Alex Sandro
Charles Araujo
Edwy Maciel		
Valber Murilo
Wenderson Bessa
Crustáceos: Camarão de água doce
macrobrachium rosenbergii
		
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Histologia Dos Crustáceos.
Filogenia e Classificação.
Algumas espécies de Decapoda.
Estrutura Externa do Camarão.
Estrutura Interna do Camarão.
Desenvolvimento e Ciclo de vida
Nutrição – Apresenta dieta e alimentação variável.
	Referencias.
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A palavra crustáceo origina-se do latim, onde crusta significa carapaça dura. 
A palavra decapoda origina-se do Grego Deka= 10 Pous= patas. Sendo assim, animal de carapaça dura com 10 patas. 
São animais invertebrados, pertencem ao filo dos artrópodes, um grupo bastante numeroso, diversificado, com cerca de 50.000 espécies. 
Atualmente sugere-se que o seu ancestral deveria ser um animal anelidiforme, ou seja, como um anelídeo: corpo mole alongado circular, vermiforme, formado por uma série de segmentos anelares homonomorfos (com formato igual), sem apêndices ou com apêndices rudimentares não articulados, esqueleto interno, líquido e com cabeça pouco distinta do resto do corpo. Então, ao longo de sua anagênese passaria pelo processo de “tornar-se um artrópode”, ou seja, acumularia uma série de transformações em sua morfologia, tendo assim um plano-básico artropodiforme.
1. Histologia dos Crustáceos.
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Crustáceos da Ordem Decápoda, apresentam cinco pares de apêndices locomotores, os camarões são descendentes dos malacostracos, grupo de crustáceos existentes desde o período cambriano, e portanto, com cerca de 90 milhões de anos. Os malacostracos abrangem dois grupos: os Peracarida e os Eucarida. Os camarões de água doce, embora próximos zoologicamente aos de água salgada, são da Sub-ordem Pleocyemata, diferindo daqueles da Sub-ordem Dendrobranchiata. O camarão de água doce pertence ao gênero Macrobrachium e à espécie Macrobrachium rosenbergii.
. 
2. Filogenia e Classificação.
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Filo
Arthropoda
Sub-filo
Crustacea
Classe
Malacostraca
Sub-classe.
Eumalacostraca
Super-ordem
Eucarida
Ordem
Decapoda
Sub-ordem
Pleocyemata
Infra-ordem
Caridea
Super-familia
Palaemonoidea
Familia
Palaemonidae
Sub-familia
Palemoninae
Gênero
Macrobrachium
Espécie
Macrobrachiumrosenbergii
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macrobrachium rosenbergii
3. Algumas Espécies dos Decapoda.
Decápode do gênero Callichiru
Popular corrupto
Nova espécie descoberta (USP)
Espécie do trabalho
callinectes danae
Siri Azul
Scyllarides brasiliensis
Lagosta Sapata
Potamonidae fluviatile
Caranguejo de água doce de malta
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O M. rosenbergii é originário do sul e sudeste asiático, parte da Oceania e algumas ilhas do Oceano Pacífico (New, 2002) e conhecido no Brasil como camarão da malásia ou camarão-de–água-doce. É um dos mais importantes representantes dos crustáceos decápodes em termos econômicos por ter grande potencial para a aqüicultura de água doce (D’Abramo e Sheen, 1994; Dandapat et al., 2003). Esta espécie apresenta características biológicas que favorecem sua criação devido à alta fecundidade, rápido crescimento, tolerância a diferentes faixas de salinidade e temperatura, e resistência à doenças (New, 1995; Roustaian et al, 2001; Gupta, 2007), assim como alto valor comercial pela qualidade nutricional e sabor de sua carne.
3. 1. Macrobrachium Rosenbergii.
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4. Estrutura Externa do Camarão.
Apresenta cinco pares de pernas. 
O primeiro par de pernas é modificado em quelipedes (quelas = pinças). 
Na frente das pernas tem 3 pares de apêndices denominados em maxilípede; (função de manipulação do alimento). 
Pernas geralmente não são birremes (ausência de exopódo); 
Abdome primitivo e comprimido, contendo seis pares de apêndices, o ultimo par estende-se em forma de leque junto com o telson. Os cincos últimos são natatórios ou pleopodos.
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5. Estrutura Interna do Camarão.
Estrutura interna de um decápode
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È formado pela boca, esôfago, estomago (dividido em duas câmara: cardíaca e pilórica), intestino médio e posterior, ânus e glândulas digestivas (hepatopâncreas) que têm à funcão de enzimas digestivas e armazenamento de nutrientes. 
5.1. Sistema Digestivo.
5.2. Sistema Circulatório
A sua circulação é do tipo aberta ou lacunar. O coração é curto e suspenso em um grande seio pericárdico. O pigmento que facilita e possibilita a respiração é a hemocianina, que se encontra dissolvida no plasma sanguíneo.
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Sua respiração é pelas brânquias, ficam sob a carapaça numa região denominada câmara branquial.
As brânquias são responsáveis pela osmorregulação, assim regulando os sais do animal e também faz boa parte da excreção da Amônia (NH3). 
5.3. Sistema Respiratório.
5.4. Sistema Excretor
O sistema excretor é formado por um par de glândulas verdes ou antenais, localizado na base das antenas. A sua função é eliminar os restos metabólicos e controlar a concentração de sais no seus fluidos orgânicos. A absorção de sais se realiza através de uma de suas estruturas denominada de canal nefridial. 
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O sistema nervoso é do tipo ganglionar ventral, característico dos arthropodas, é localizado na cabeça. 
Os camarões são animais dotados de alta sensibilidade à luz e aos alimentos, reconhece com facilidade diferentes ambientes. Podemos citar algumas estruturas de grande importância: 
	- os olhos do tipo composto, visão superior a 180º ; 
	- pêlos tácteis, sensíveis ao toque, na maior parte do corpo; 
	- pêlos antenulares, responsáveis pelo paladar e olfato; 
	- estatocisto, responsável pelo equilíbrio e localizado na base da antênula. 
5.5. Sistema Nervoso e órgãos sensitivos. 
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Os camarões são espécies dióicas, ou seja, sexos separados. As fêmeas têm o abdômen proporcionalmente mais largo que o macho. Os espermatozóides são desprovidos de cauda e apresentam forma de estrela; são armazenados num saco denominado ampola do espermatóforo.
O sistema do masculino têm dois testículos conectados à ductos espermáticos e glândulas andrógenas, que ficam na base do 5º par de pereiópodos. Os das fêmeas e formado por dois ovários e dois ovidutos que ficam entre o 3º e 4º par de pereiópodos.
Algumas características para diferenciar os machos das fêmeas são: Maiores, mais fortes, quelipodas mais desenvolvida, excrescência no centro do 1º somito abdominal e o apêndice masculino é localizado no 2º par de pleópodos.
Sua reprodução é primitiva podendo até gerar 80 a 100 mil ovos, dependendo das condições da fêmea.
5.6. Sistema Reprodutivo.
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Após o ato copulatório o camarão fêmea carrega os espermatóforo até o momento da desova, que não chega a durar vinte quatro horas, para chegar a eclosão demora aproximadamente vinte dias. Após isso, é liberado uma larva denominada zoea , se dividem em onze estágios larvais que levam aproximadamente 28 à 35 dias dependendo das condições ambientes, ou seja, precisam de uma água salobra e são planctônicas.
Na ultima fase larval ele sofre uma metamorfose, originando assim a pós-larva e mudando seu comportamento, passando a se locomover como juvenis em direção a água doce até chegar a fase adulta apta a reprodução. 
6. Desenvolvimento e ciclo de vida.
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Sua alimentação é muito variada e pode estar relacionado com disponibilidade. Existem herbívoros, carnívoros, detritívoro e filtrador.
Os náuplios de Artemia têm sido os organismos vivos mais utilizados na criação de larvas de crustáceos e são excelentes para a primeira alimentação de larvas das espécies marinhas e de água doce (Hung et al., 1999; Naegel, 1999), mas por ser uma fonte de alto custo, foi necessário investigar fontes alternativas de organismos vivos ou artificiais.
Larvas de M. rosenbergii apresentam metabolismo intenso e trato digestório curto, portanto se alimentam sempre para sobreviverem. Nesta fase, nadam livremente, capturando o alimento que está ao seu alcance como: zooplâncton, ração ou partículas de matéria orgânica em decomposição
(Rodrigues e Zimmermann, 2004).
7. Nutrição.
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Espécie
Nutrição
Referencia
Macrobrachiumrosenbergii
Proteína Dietética
Brigsset al. (1988)
47,9-50,7%
Lipídeo Dietético
8,46-11,95%
Níveis dietéticos proteicos e lipídicos usados na formulação de dietas para juvenis de crustáceos
Os minerais são basicamente exigidos na reprodução, embriogêneses ou nos primeiros estágios de desenvolvimento larval (Harrison, 1997), são necessários para o funcionamento normal dos processos vitais, estando envolvidos na regulação do equilíbrio osmótico ácido-base, na transferência de elétrons, na osmorregulação e na atividade de várias enzimas.
As vitaminas são nutrientes essenciais para as células. Muitas delas funcionam como coenzimas e geralmente são exigidas em pequenas quantidades, além de agir em diversos processos metabólicos e imunológicos. Pouco se conhece sobre as exigências de vitaminas em dietas para crustáceos (Harrison, 1997).
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http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/crustaceos/crustaceos-4.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crust%C3%A1ceo
http://www.biota.org.br
http://www.planetainvertebrados.com.br/index.asp?pagina=especies_ver&id_categoria=24&id_subcategoria=19&com=1&id=103&local=2
http://www.planetainvertebrados.com.br/index.asp?pagina=artigos_ver&id=50
http://www.aquicultura.br/recomendacoes_tecnicas_para.htm
http://www.mzufba.ufba.br/WEB/MZV_arquivos/artropodes.html
http://www.usp.br/agen/?p=149857
http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp?cod=1306
SEBRAE-ES: Manual de Carcinicultura de água doce. Vitória - ES, 2005.
Referencias
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